Harry Potter - fanfic Brumas Negras (Amor em Hogwarts - nome no site)
Obs: Sei que legendas normalmente ficam embaixo, no fim do texto, mas assim fica bem melhor de se acompanhar.
*O Krum fala normal (na escrita) porque eu simplesmente não sei como escrever o sotaque dele, então deixei assim mesmo, mas lembrando que o seu sotaque não influencia em nada a história.
**Os feitiços já serão traduzidos (mais ou menos) porque eu odeio ver aquelas malditas linhas embaixo das palavras que estão erradas, e com certeza aquelas palavras dos feitiços ficam erradas, por isso, já me utilizo das palavras em português (ou não, ainda não decidi) para os feitiços.
*~*~*~*~*~*~*~*~*
Capítulo 0002: Anna
Os dias foram se passando. Harry tinha conseguido que Hermione e seus pais fossem busca - lo. Tio Valter, tia Petúnia e Duda estavam apreensivos pela presença de outros bruxos em sua casa; Harry havia "esquecido" de mencionar que os pais de Hermione não eram bruxos, mas trouxas como seus tios.
Quando Hermione chegou, ela e seus pais entraram. Tio Valter e tia Petúnia se impressionaram com o carro caro e luxuoso com o qual eles tinham vindo, e imaginando se eles realmente eram bruxos. Quando viu Hermione, que crescera e mudara bastante durante o Verão, ficando muito mais bonita, Duda ficou com o rosto todo vermelho. A garota cumprimentou gentilmente os tios de Harry e abraçou carinhosamente o rapaz.
Os dias foram se passando. Harry permaneceu com Hermione no Caldeirão Furado, fizeram suas compras e se preparam para ir até a estação King Cross no dia primeiro de Setembro. Rony tinha escrito e dizia que iria encontrar os dois amigos na estação mesmo.
-Harry! Mione! - gritou Rony no meio da multidão. Não estava muito diferente, exceto pelo fato de ter crescido bastante. Harry e Hermione andaram até Rony e sua família calmamente, e cumprimentaram a senhora e o senhor Weasley, que sorriam alegremente. Gina, como sempre, ficou escarlate ao cumprimentar Harry, mas ela crescera e ficara mais bonita. De repente, faltando dez minutos para que o trem saísse, Harry começou a pensar em Anna. Na verdade, ele ainda não tinha comentado nem com Hermione nem com Rony sobre a amiga de tantos anos antes, simplesmente porque não queria ser gozado.
-Harry Potter! - exclamou alegremente uma voz atrás do rapaz. Ele, Hermione e a família Weasley se viraram na mesma hora, e avistaram uma linda e estonteante garota, que vestia o uniforme da escola, com a camisa para fora, a gravata torta e a saia muita mais curta que o normal. Tinha óculos escuros na cabeça, longos e lisos, encaracolados nas pontas, cabelos negros e olhos azuis que miravam fixamente Harry. O rapaz, assim como Rony, Fred e Jorge, ficou com o rosto todo vermelho. Ao lado da linda garota estava um rapaz alto, com cabelos dourados, de olhos azuis e um rosto muito bonito. A garota disse algo rapidamente para ele e começou a correr na direção de Harry. Ela o abraçou com força, e muitas pessoas os olhavam, deixando o rapaz ainda mais vermelho.
-Anna? - perguntou Harry sem jeito quando a garota o soltou finalmente. Hermione sorria, e ainda estava surpresa com a garota, e Rony continuava vermelho e perplexo com a beleza da garota.
-Eu mudei tanto assim que você nem me reconhece mais, Harry? Bem, você também mudou um pouquinho, mas continua com o mesmo cabelinho preto tão espetadinho e gracinha que eu sempre amei, e com esses olhos verdes!
-Anna, é ele? - perguntou o rapaz que estava ao lado de Anna antes, atrás dela.
-É sim. Harry, este é o meu irmão mais velho David.
-Pode me chamar de Dave que é até melhor, sabe?
-Ah, tá... - Harry finalmente olhou para os amigos, ficando meio envergonhado - Desculpa gente, este é o Rony Weasley, Hermione Granger, meus dois melhores amigos, e Fred, Jorge e Gina Weasley, e o senhor e a senhora Weasley.
-Ah, prazer em conhece - los. Sou Anna Corwin, uma antiga amiga de Harry.
-Prazer! - disseram os amigos de Harry. Anna olhou vermelha para Harry e se agarrou ao braço dele. O rapaz ficou com o rosto totalmente vermelho, e Fred, Jorge e Rony começaram a rir histericamente. Hermione ria discretamente com o senhor e a senhora Weasley, e Gina era a única que parecia desconfortável e brava com a cena. David sorriu para ela, fazendo - a corar e virar o rosto.
-Ah, mas vamos entrando, né? Vocês não querem perder o trem, querem? Vamos, entrando - disse gentilmente a senhora Weasley e mandando os jovens para dentro do trem. Ela abraçou e beijou no rosto seus filhos, Harry e Hermione, e acabou abraçando Anna também. Ela só não chegou perto de David porque ele estava levando (com muita facilidade) o malão de Anna e o seu próprio.
-Então, até crianças. Comportem - se - disse o senhor Weasley especificamente para os gêmeos, que se encontraram com uns amigos na porta do trem e sumiram de vista. Harry, Hermione, Rony, Gina, Anna e David se despediram mais uma vez e foram embora com o rápido trem.
Sem nenhum problema, os jovens encontraram uma cabine vazia. Logo, as conversas que se pode esperar de um grupo de jovens começaram.
-Então... De onde você conhece o Harry, Anna? - perguntou Gina envergonhada. Anna a olhou sorrindo.
-O Harry não disse nada mesmo? Que feio, senhor Potter! - disse a garota olhando seriamente para o rapaz a sua frente, que corou quando ela começou a rir - Bem, nós nos conhecemos quando eu me mudei para a Inglaterra. Deixe - me ver... Eu tinha uns oito anos, mas eu fui embora pouco antes do fim do ano em que completei onze anos, indo para os Estados Unidos estudar...
-Ah... Mas por que? - indagou Rony curioso.
-Porque o papai arranjou um trabalho lá, e é claro que ele não ia deixar os dois filhos soltos numa escola de magia num outro continente...
-Hã? Então você estudou em Hogwarts, David? - perguntou Hermione astutamente.
-Sim, mas só por um ano. É bom voltar para lá depois de quatro anos... - disse ele olhando para Gina, que ficou muito vermelha - Eu queria perguntar uma coisa pra você, Harry, e para você, Rony...
-O que? - perguntaram Harry e Rony.
-Todas as garotas de Hogwarts são assim bonitas e inteligentes? - Gina e Hermione ficaram escarlates, pois o rapaz tão bonito olhava diretamente para Gina (sentada a sua frente) e de lado para Hermione (ao seu lado). Rony não pareceu muito feliz com a pergunta, mas Harry riu alegre. Anna o olhou.
-Bem, sei lá, Dave. A Mione é muito inteligente e bonita, e tem a Gina, que também tá ficando linda, mas... Bem, a maioria das garotas em Hogwarts é bonita... Mas inteligentes, bem... - disse Harry sem nenhum constrangimento.
-E... Hã... - Anna corava - Harry, todos os rapazes em Hogwarts são bonitos...? - ele corou.
-Hã...
-Mione?
-Bem, eu... - ela começou a corar mais ainda; já estava corada pelo que David e Harry disseram - Acho que... Acho que sim...
-Como eles dois? - Anna apontou para Harry e Rony, que coraram intensamente. Anna e David riram diante das respostas que seus novos amigos haviam dado.
-Vocês são bem diferentes dos nossos antigos colegas... - comentou David num tom amigável e doce.
-Por que? - perguntou Gina corajosamente, mas o olhar gentil de David a fez corar novamente e abaixar o rosto.
-Eu estudei um ano em Hogwarts, e depois, a Anna e eu estudamos um ano nos Estados Unidos, e depois um ano em Beaxbaton, e, finalmente, dois anos em Durmstang...
-Vocês estudaram em Beaxbaton e em Durmstang? - perguntou Hermione surpresa.
-Sim. O papai se mudava muito por causa do trabalho dele, e é claro que ele arrastava a gente junto - disse Anna sorrindo, apesar do que dizia parecer duro de se aceitar.
-O que ele faz? - perguntou Rony.
-Ele é auror... - disseram Anna e David num tom sombrio e um tanto baixo. Ninguém na cabine pareceu confortável, afinal, provavelmente o pai deles já devia ter sofrido algum tipo de acidente sendo auror...
-Ele anda tendo muito...? - começou Harry, mas lembrando - se de que ninguém ligado ao Ministério de Magia acreditava nele quando ele dissera que Voldemort tinha voltado, ele não terminou a frase, mas Anna pareceu entender e suspirou olhando a paisagem que mudava rapidamente.
-O papai anda estressado ao extremo... Quase não volta pra casa e nem fala com a gente direito... Você - Sabe - Quem voltou... E o papai é um dos únicos no Ministério que acredita nisso... - disse Anna num tom normal. Gina arregalou os olhos com o que ela dissera, mas não disse nada. Rony, Hermione e Harry se entreolharam apreensivos. O que será que Anna e David sabiam sobre Voldemort?
Nesta hora, Draco Malfoy, o maior inimigo de Harry, e o maior pé no saco de Rony, Hermione, Gina, e qualquer um ligado a Harry Potter, abriu a porta de uma vez, e seu olhar se virou rapidamente de David (sorrindo) para Anna. Os dois se entreolharam por um segundo, e Anna abriu um sorriso. Ninguém entendia nada daquela situação.
-Anna e David Corwin indo para Hogwarts? Que surpresa! - disse Malfoy num tom que Harry e os outros nunca tinham ouvido: amigável e gentil, até! David levantou - se e abraçou Malfoy, os dois sorrindo. Anna simplesmente acenou para Malfoy, que colocou uma expressão indignada no rosto antes sorridente - Que foi, Anna? Nem um abraço, nem um beijo no rosto?
-Ah, bem, desculpa - disse a garota parecendo levemente envergonhada, levantando - se e abraçando Malfoy, mas ela não sorria tanto quanto David. Ela deu um rápido beijo no rosto do rapaz, que ficou intensamente vermelho - É bom te ver, Draco. Como vai a sua mãe e o seu pai? - ela começou a andar para trás.
-Vão bem como sempre, Anna. Mas parece que você e você, David, sofreram um tipo de acidente que os prejudicou mentalmente, né? - disse Draco em tom de zoeira.
-Por que? - perguntou David ainda sorrindo.
-Porque vocês estão na mesma cabine que dois Weasley, uma sangue - ruim e Harry Potter, o grande Harry Potter - Anna olhou sem expressão para Harry, Rony, Hermione e Gina, que estavam apreensivos: se ela e David conheciam Draco, será que pensavam como ele? A garota andou até Draco e sorriu. Ele deu um meio sorriso, mas, de repente, ela deu - lhe um forte soco no rosto - Anna!
-Nunca mais fale assim deles, Draco! - exclamou a garota com o rosto vermelho de raiva. Seus novos amigos ficaram surpresos com o que ela fizera a Malfoy, mas ficaram alegres em saber que tinham arranjado uma amiga tão boa quanto ela. Malfoy recobrou - se e olhou para David, que fechou os olhos e suspirou calmamente.
-Você devia saber que nós odiamos quando falam mal dos nossos amigos, Draco. E também que não somos preconceituosos. Pena que você seja assim... Se não fosse, poderíamos até ser amigos, sabe? - disse David friamente e sem mudar a expressão de seu rosto. Sem dizer mais nada, Malfoy foi embora. Anna voltou calmamente ao seu lugar, e sorriu para Harry, Rony, Hermione e Gina.
-Muito obrigado, Anna - disse Rony rindo e apertando a mão da garota.
-Por que, Rony?
-Porque eu sempre quis ver alguém dar um soco na cara do Malfoy e não levar de volta.
-Ah... Mas é que o Draco consegue ser muito irritante de vez em quando.
-De vez em sempre, é melhor dizer, né, Harry?
-É... O Malfoy nos incomoda desde que nos conhecemos no primeiro ano - disse Harry sem sorrir.
-E... De onde vocês o conhecem? - perguntou Hermione.
-Nós nos encontramos umas vezes durante os anos, sempre em festas de gala e coisas assim... Como éramos sempre os únicos jovens, fomos obrigados a nos conhecer e conviver, ao menos durante as festas - disse Anna parecendo meio infeliz.
-É... O Draco sempre foi meio idiota, mas... Fazer o que, né? - disse David rindo alegre.
-Hum... Mas por que seria errado estar com vocês, Rony e Gina? - perguntou Anna com uma expressão verdadeiramente sincera e ingênua. Rony e Gina coraram.
-É que... A nossa família não tem muito dinheiro... - murmurou Rony. Harry e Hermione pareciam desconfortáveis.
-E daí? - Rony e Gina olharam para David sorrindo e com os corações leves - E daí? Dinheiro é importante? Sim. Mas é mais importante que ser uma pessoa boa de verdade e ser amigo de qualquer feliz, assim como eu? Claro que não!
-É verdade - disseram Harry e Hermione a fim de deixar Rony e Gina mais alegres, e conseguiram.
-Ah, Harry! Por que é que você não disse nada sobre a Anna pra gente, heim? - perguntou Rony rindo.
-É, por que? - perguntou Hermione. Harry corou diante dos olhares inquisidores de seus amigos e lembrando - se muito bem do motivo para não ter dito nada sobre Anna antes...
-É por causa... Da carta...? - perguntou Anna corada. Os olhares se voltaram para ela.
-Bem... É... - concordou Harry vermelho. Rony abafou uma risadinha, e Hermione ria baixinho. David suspirou e Gina simplesmente continuou a evitar o olhar de David.
-Ah, já entendi... É, dá pra entender por que você não disse nada sobre mim... Não é de se espantar, já que na carta eu disse que...
-AH! - exclamou Harry muito corado e constrangido. Anna riu e se calou na hora. Os amigos de Harry nunca tinham visto o rapaz tão envergonhado assim, e começaram a rir alegremente. Ele pareceu mais constrangido - Ah, parem com isso, por favor!
-É que foi hilário como você... - o trem parou de uma vez, e Rony caiu no chão de uma vez. Ele pareceu envergonhado, mas vendo que Harry também tinha caído, assim como Hermione tinha sido jogada para os braços de David, e Gina tinha caído pro lado, no lugar do irmão, ele sentiu - se melhor. A única pessoa que não tinha se abalado com a súbita parada do trem era Anna. Ela tinha uma expressão de calma no belo rosto.
Hermione se mexeu muito envergonhada com a situação, e até pediu para trocar de lugar com Rony. Gina havia batido a cabeça de leve, e a sua testa estava levemente vermelha. Harry e Rony se recompunham, e Anna olhava para fora da janela com curiosidade.
-Por que pararam tão de repente? - exclamou Rony nervoso.
-Mas é estranho... - começou Hermione - As luzes nem se apagaram... Lembram no terceiro ano quando os dementadores entraram no trem e as luzes se apagaram e tudo?
-É... O que aconteceu, então?
-Barreira mágica - disse Anna. Seus novos amigos a olharam.
-O que...? Barreira mágica? De verdade? - David pareceu muito interessado, e foi até a janela, olhando para fora - É mesmo... Sempre quis ver uma grande assim!
-Barreira mágica? O que...? - começou Gina a perguntar.
-É um campo mágico de proteção - explicou Hermione rapidamente - É incrível que haja uma assim, no meio dos trilhos do trem para Hogwarts...
-Mas talvez... Não seja... - pensou Anna nervosa.
-Ah, recomeçou - disse Hermione aliviada. O trem começou a andar novamente, e pegou velocidade rapidamente.
-O que será que foi aquilo? - perguntou Rony se acomodando no lugar onde estava sentado.
-Pode ser... - começou Anna calmamente, mas ela não terminou a frase. David a olhou e sorriu.
-Não deve ser isso não, Anna. Não se preocupe. Tenho certeza de que está tudo certo.
-Do que vocês estão falando? - perguntou Harry curioso. David olhou para a irmã.
-Bem...
-É por causa daquela barreira mágica, não é? - Hermione realmente era muito inteligente e sagaz.
-Sim, é...
-Vocês sabem por que...?
-É que... Não podemos falar nisso... É coisa do Ministério... O papai tá envolvido nisso, e...
-Entendemos, Anna. Se não dá pra falar, então não precisa falar nada, tá? - Anna olhou o rapaz a sua frente por um segundo e abriu um sorriso tão grande que o fez corar.
-Que sono... - disse Anna apoiando a cabeça na janela e dormindo rapidamente.
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Obs: Sei que legendas normalmente ficam embaixo, no fim do texto, mas assim fica bem melhor de se acompanhar.
*O Krum fala normal (na escrita) porque eu simplesmente não sei como escrever o sotaque dele, então deixei assim mesmo, mas lembrando que o seu sotaque não influencia em nada a história.
**Os feitiços já serão traduzidos (mais ou menos) porque eu odeio ver aquelas malditas linhas embaixo das palavras que estão erradas, e com certeza aquelas palavras dos feitiços ficam erradas, por isso, já me utilizo das palavras em português (ou não, ainda não decidi) para os feitiços.
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Capítulo 0002: Anna
Os dias foram se passando. Harry tinha conseguido que Hermione e seus pais fossem busca - lo. Tio Valter, tia Petúnia e Duda estavam apreensivos pela presença de outros bruxos em sua casa; Harry havia "esquecido" de mencionar que os pais de Hermione não eram bruxos, mas trouxas como seus tios.
Quando Hermione chegou, ela e seus pais entraram. Tio Valter e tia Petúnia se impressionaram com o carro caro e luxuoso com o qual eles tinham vindo, e imaginando se eles realmente eram bruxos. Quando viu Hermione, que crescera e mudara bastante durante o Verão, ficando muito mais bonita, Duda ficou com o rosto todo vermelho. A garota cumprimentou gentilmente os tios de Harry e abraçou carinhosamente o rapaz.
Os dias foram se passando. Harry permaneceu com Hermione no Caldeirão Furado, fizeram suas compras e se preparam para ir até a estação King Cross no dia primeiro de Setembro. Rony tinha escrito e dizia que iria encontrar os dois amigos na estação mesmo.
-Harry! Mione! - gritou Rony no meio da multidão. Não estava muito diferente, exceto pelo fato de ter crescido bastante. Harry e Hermione andaram até Rony e sua família calmamente, e cumprimentaram a senhora e o senhor Weasley, que sorriam alegremente. Gina, como sempre, ficou escarlate ao cumprimentar Harry, mas ela crescera e ficara mais bonita. De repente, faltando dez minutos para que o trem saísse, Harry começou a pensar em Anna. Na verdade, ele ainda não tinha comentado nem com Hermione nem com Rony sobre a amiga de tantos anos antes, simplesmente porque não queria ser gozado.
-Harry Potter! - exclamou alegremente uma voz atrás do rapaz. Ele, Hermione e a família Weasley se viraram na mesma hora, e avistaram uma linda e estonteante garota, que vestia o uniforme da escola, com a camisa para fora, a gravata torta e a saia muita mais curta que o normal. Tinha óculos escuros na cabeça, longos e lisos, encaracolados nas pontas, cabelos negros e olhos azuis que miravam fixamente Harry. O rapaz, assim como Rony, Fred e Jorge, ficou com o rosto todo vermelho. Ao lado da linda garota estava um rapaz alto, com cabelos dourados, de olhos azuis e um rosto muito bonito. A garota disse algo rapidamente para ele e começou a correr na direção de Harry. Ela o abraçou com força, e muitas pessoas os olhavam, deixando o rapaz ainda mais vermelho.
-Anna? - perguntou Harry sem jeito quando a garota o soltou finalmente. Hermione sorria, e ainda estava surpresa com a garota, e Rony continuava vermelho e perplexo com a beleza da garota.
-Eu mudei tanto assim que você nem me reconhece mais, Harry? Bem, você também mudou um pouquinho, mas continua com o mesmo cabelinho preto tão espetadinho e gracinha que eu sempre amei, e com esses olhos verdes!
-Anna, é ele? - perguntou o rapaz que estava ao lado de Anna antes, atrás dela.
-É sim. Harry, este é o meu irmão mais velho David.
-Pode me chamar de Dave que é até melhor, sabe?
-Ah, tá... - Harry finalmente olhou para os amigos, ficando meio envergonhado - Desculpa gente, este é o Rony Weasley, Hermione Granger, meus dois melhores amigos, e Fred, Jorge e Gina Weasley, e o senhor e a senhora Weasley.
-Ah, prazer em conhece - los. Sou Anna Corwin, uma antiga amiga de Harry.
-Prazer! - disseram os amigos de Harry. Anna olhou vermelha para Harry e se agarrou ao braço dele. O rapaz ficou com o rosto totalmente vermelho, e Fred, Jorge e Rony começaram a rir histericamente. Hermione ria discretamente com o senhor e a senhora Weasley, e Gina era a única que parecia desconfortável e brava com a cena. David sorriu para ela, fazendo - a corar e virar o rosto.
-Ah, mas vamos entrando, né? Vocês não querem perder o trem, querem? Vamos, entrando - disse gentilmente a senhora Weasley e mandando os jovens para dentro do trem. Ela abraçou e beijou no rosto seus filhos, Harry e Hermione, e acabou abraçando Anna também. Ela só não chegou perto de David porque ele estava levando (com muita facilidade) o malão de Anna e o seu próprio.
-Então, até crianças. Comportem - se - disse o senhor Weasley especificamente para os gêmeos, que se encontraram com uns amigos na porta do trem e sumiram de vista. Harry, Hermione, Rony, Gina, Anna e David se despediram mais uma vez e foram embora com o rápido trem.
Sem nenhum problema, os jovens encontraram uma cabine vazia. Logo, as conversas que se pode esperar de um grupo de jovens começaram.
-Então... De onde você conhece o Harry, Anna? - perguntou Gina envergonhada. Anna a olhou sorrindo.
-O Harry não disse nada mesmo? Que feio, senhor Potter! - disse a garota olhando seriamente para o rapaz a sua frente, que corou quando ela começou a rir - Bem, nós nos conhecemos quando eu me mudei para a Inglaterra. Deixe - me ver... Eu tinha uns oito anos, mas eu fui embora pouco antes do fim do ano em que completei onze anos, indo para os Estados Unidos estudar...
-Ah... Mas por que? - indagou Rony curioso.
-Porque o papai arranjou um trabalho lá, e é claro que ele não ia deixar os dois filhos soltos numa escola de magia num outro continente...
-Hã? Então você estudou em Hogwarts, David? - perguntou Hermione astutamente.
-Sim, mas só por um ano. É bom voltar para lá depois de quatro anos... - disse ele olhando para Gina, que ficou muito vermelha - Eu queria perguntar uma coisa pra você, Harry, e para você, Rony...
-O que? - perguntaram Harry e Rony.
-Todas as garotas de Hogwarts são assim bonitas e inteligentes? - Gina e Hermione ficaram escarlates, pois o rapaz tão bonito olhava diretamente para Gina (sentada a sua frente) e de lado para Hermione (ao seu lado). Rony não pareceu muito feliz com a pergunta, mas Harry riu alegre. Anna o olhou.
-Bem, sei lá, Dave. A Mione é muito inteligente e bonita, e tem a Gina, que também tá ficando linda, mas... Bem, a maioria das garotas em Hogwarts é bonita... Mas inteligentes, bem... - disse Harry sem nenhum constrangimento.
-E... Hã... - Anna corava - Harry, todos os rapazes em Hogwarts são bonitos...? - ele corou.
-Hã...
-Mione?
-Bem, eu... - ela começou a corar mais ainda; já estava corada pelo que David e Harry disseram - Acho que... Acho que sim...
-Como eles dois? - Anna apontou para Harry e Rony, que coraram intensamente. Anna e David riram diante das respostas que seus novos amigos haviam dado.
-Vocês são bem diferentes dos nossos antigos colegas... - comentou David num tom amigável e doce.
-Por que? - perguntou Gina corajosamente, mas o olhar gentil de David a fez corar novamente e abaixar o rosto.
-Eu estudei um ano em Hogwarts, e depois, a Anna e eu estudamos um ano nos Estados Unidos, e depois um ano em Beaxbaton, e, finalmente, dois anos em Durmstang...
-Vocês estudaram em Beaxbaton e em Durmstang? - perguntou Hermione surpresa.
-Sim. O papai se mudava muito por causa do trabalho dele, e é claro que ele arrastava a gente junto - disse Anna sorrindo, apesar do que dizia parecer duro de se aceitar.
-O que ele faz? - perguntou Rony.
-Ele é auror... - disseram Anna e David num tom sombrio e um tanto baixo. Ninguém na cabine pareceu confortável, afinal, provavelmente o pai deles já devia ter sofrido algum tipo de acidente sendo auror...
-Ele anda tendo muito...? - começou Harry, mas lembrando - se de que ninguém ligado ao Ministério de Magia acreditava nele quando ele dissera que Voldemort tinha voltado, ele não terminou a frase, mas Anna pareceu entender e suspirou olhando a paisagem que mudava rapidamente.
-O papai anda estressado ao extremo... Quase não volta pra casa e nem fala com a gente direito... Você - Sabe - Quem voltou... E o papai é um dos únicos no Ministério que acredita nisso... - disse Anna num tom normal. Gina arregalou os olhos com o que ela dissera, mas não disse nada. Rony, Hermione e Harry se entreolharam apreensivos. O que será que Anna e David sabiam sobre Voldemort?
Nesta hora, Draco Malfoy, o maior inimigo de Harry, e o maior pé no saco de Rony, Hermione, Gina, e qualquer um ligado a Harry Potter, abriu a porta de uma vez, e seu olhar se virou rapidamente de David (sorrindo) para Anna. Os dois se entreolharam por um segundo, e Anna abriu um sorriso. Ninguém entendia nada daquela situação.
-Anna e David Corwin indo para Hogwarts? Que surpresa! - disse Malfoy num tom que Harry e os outros nunca tinham ouvido: amigável e gentil, até! David levantou - se e abraçou Malfoy, os dois sorrindo. Anna simplesmente acenou para Malfoy, que colocou uma expressão indignada no rosto antes sorridente - Que foi, Anna? Nem um abraço, nem um beijo no rosto?
-Ah, bem, desculpa - disse a garota parecendo levemente envergonhada, levantando - se e abraçando Malfoy, mas ela não sorria tanto quanto David. Ela deu um rápido beijo no rosto do rapaz, que ficou intensamente vermelho - É bom te ver, Draco. Como vai a sua mãe e o seu pai? - ela começou a andar para trás.
-Vão bem como sempre, Anna. Mas parece que você e você, David, sofreram um tipo de acidente que os prejudicou mentalmente, né? - disse Draco em tom de zoeira.
-Por que? - perguntou David ainda sorrindo.
-Porque vocês estão na mesma cabine que dois Weasley, uma sangue - ruim e Harry Potter, o grande Harry Potter - Anna olhou sem expressão para Harry, Rony, Hermione e Gina, que estavam apreensivos: se ela e David conheciam Draco, será que pensavam como ele? A garota andou até Draco e sorriu. Ele deu um meio sorriso, mas, de repente, ela deu - lhe um forte soco no rosto - Anna!
-Nunca mais fale assim deles, Draco! - exclamou a garota com o rosto vermelho de raiva. Seus novos amigos ficaram surpresos com o que ela fizera a Malfoy, mas ficaram alegres em saber que tinham arranjado uma amiga tão boa quanto ela. Malfoy recobrou - se e olhou para David, que fechou os olhos e suspirou calmamente.
-Você devia saber que nós odiamos quando falam mal dos nossos amigos, Draco. E também que não somos preconceituosos. Pena que você seja assim... Se não fosse, poderíamos até ser amigos, sabe? - disse David friamente e sem mudar a expressão de seu rosto. Sem dizer mais nada, Malfoy foi embora. Anna voltou calmamente ao seu lugar, e sorriu para Harry, Rony, Hermione e Gina.
-Muito obrigado, Anna - disse Rony rindo e apertando a mão da garota.
-Por que, Rony?
-Porque eu sempre quis ver alguém dar um soco na cara do Malfoy e não levar de volta.
-Ah... Mas é que o Draco consegue ser muito irritante de vez em quando.
-De vez em sempre, é melhor dizer, né, Harry?
-É... O Malfoy nos incomoda desde que nos conhecemos no primeiro ano - disse Harry sem sorrir.
-E... De onde vocês o conhecem? - perguntou Hermione.
-Nós nos encontramos umas vezes durante os anos, sempre em festas de gala e coisas assim... Como éramos sempre os únicos jovens, fomos obrigados a nos conhecer e conviver, ao menos durante as festas - disse Anna parecendo meio infeliz.
-É... O Draco sempre foi meio idiota, mas... Fazer o que, né? - disse David rindo alegre.
-Hum... Mas por que seria errado estar com vocês, Rony e Gina? - perguntou Anna com uma expressão verdadeiramente sincera e ingênua. Rony e Gina coraram.
-É que... A nossa família não tem muito dinheiro... - murmurou Rony. Harry e Hermione pareciam desconfortáveis.
-E daí? - Rony e Gina olharam para David sorrindo e com os corações leves - E daí? Dinheiro é importante? Sim. Mas é mais importante que ser uma pessoa boa de verdade e ser amigo de qualquer feliz, assim como eu? Claro que não!
-É verdade - disseram Harry e Hermione a fim de deixar Rony e Gina mais alegres, e conseguiram.
-Ah, Harry! Por que é que você não disse nada sobre a Anna pra gente, heim? - perguntou Rony rindo.
-É, por que? - perguntou Hermione. Harry corou diante dos olhares inquisidores de seus amigos e lembrando - se muito bem do motivo para não ter dito nada sobre Anna antes...
-É por causa... Da carta...? - perguntou Anna corada. Os olhares se voltaram para ela.
-Bem... É... - concordou Harry vermelho. Rony abafou uma risadinha, e Hermione ria baixinho. David suspirou e Gina simplesmente continuou a evitar o olhar de David.
-Ah, já entendi... É, dá pra entender por que você não disse nada sobre mim... Não é de se espantar, já que na carta eu disse que...
-AH! - exclamou Harry muito corado e constrangido. Anna riu e se calou na hora. Os amigos de Harry nunca tinham visto o rapaz tão envergonhado assim, e começaram a rir alegremente. Ele pareceu mais constrangido - Ah, parem com isso, por favor!
-É que foi hilário como você... - o trem parou de uma vez, e Rony caiu no chão de uma vez. Ele pareceu envergonhado, mas vendo que Harry também tinha caído, assim como Hermione tinha sido jogada para os braços de David, e Gina tinha caído pro lado, no lugar do irmão, ele sentiu - se melhor. A única pessoa que não tinha se abalado com a súbita parada do trem era Anna. Ela tinha uma expressão de calma no belo rosto.
Hermione se mexeu muito envergonhada com a situação, e até pediu para trocar de lugar com Rony. Gina havia batido a cabeça de leve, e a sua testa estava levemente vermelha. Harry e Rony se recompunham, e Anna olhava para fora da janela com curiosidade.
-Por que pararam tão de repente? - exclamou Rony nervoso.
-Mas é estranho... - começou Hermione - As luzes nem se apagaram... Lembram no terceiro ano quando os dementadores entraram no trem e as luzes se apagaram e tudo?
-É... O que aconteceu, então?
-Barreira mágica - disse Anna. Seus novos amigos a olharam.
-O que...? Barreira mágica? De verdade? - David pareceu muito interessado, e foi até a janela, olhando para fora - É mesmo... Sempre quis ver uma grande assim!
-Barreira mágica? O que...? - começou Gina a perguntar.
-É um campo mágico de proteção - explicou Hermione rapidamente - É incrível que haja uma assim, no meio dos trilhos do trem para Hogwarts...
-Mas talvez... Não seja... - pensou Anna nervosa.
-Ah, recomeçou - disse Hermione aliviada. O trem começou a andar novamente, e pegou velocidade rapidamente.
-O que será que foi aquilo? - perguntou Rony se acomodando no lugar onde estava sentado.
-Pode ser... - começou Anna calmamente, mas ela não terminou a frase. David a olhou e sorriu.
-Não deve ser isso não, Anna. Não se preocupe. Tenho certeza de que está tudo certo.
-Do que vocês estão falando? - perguntou Harry curioso. David olhou para a irmã.
-Bem...
-É por causa daquela barreira mágica, não é? - Hermione realmente era muito inteligente e sagaz.
-Sim, é...
-Vocês sabem por que...?
-É que... Não podemos falar nisso... É coisa do Ministério... O papai tá envolvido nisso, e...
-Entendemos, Anna. Se não dá pra falar, então não precisa falar nada, tá? - Anna olhou o rapaz a sua frente por um segundo e abriu um sorriso tão grande que o fez corar.
-Que sono... - disse Anna apoiando a cabeça na janela e dormindo rapidamente.
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