N/A: Desculpem a demora. Eu estava viajando. Depois de me matar de estudar pras provas e pros vestibulares que ainda nem começaram, tivemos nossa viagem de formatura. Porto Seguro é tudo de bom. Mas é melhor eu parar por aqui senão eu me empolgo. Espero que vocês gostem desse capítulo!
Aquela Magia Antiga 3
Capítulo 6 – Theodora, Novamente
Quando Ruby acordou, ela sentiu que estava deitada sobre algo macio, que não lembrava uma cama. Ela abriu os olhos devagar, tentando se lembrar dos eventos da noite anterior.
E então ela realmente despertou. Tinha contado tudo sobre Joseph para o Lupin! Pior, tinha chorado na frente dele. Ruby se levantou de supetão, confirmando suas suspeitas. A coisa macia sobre a qual tinha dormido era o próprio lobisomem, que dormia tranqüilamente. Ela se ergueu do sofá com violência, e se sentou em uma das poltronas. Apesar de todo o barulho que ela fizera, Remus nem se mexeu. Ruby rapidamente anotou que ele definitivamente não era um lobisomem do tipo Fenris; esses eram conhecidos por estarem sempre alerta. O sono dos Fenris era leve, e o de Remus era definitivamente um dos mais pesados que Ruby já vira.
Ruby sentou-se em uma das poltronas e esperou que Remus acordasse, o que demorou a acontecer. Quando ele abriu os olhos, já era quase hora do almoço, e ela estava sentindo muita fome.
Remus se sentou, parecendo um tanto atordoado.
- Ruby? O que foi que...
- Almoço, Lupin! – ela disse de supetão. – Já é quase hora do almoço, e você ainda está dormindo! Francamente, se você veio aqui para dormir...
- Ei, Carter! – ele interrompeu, levantando a voz. – Calma! Eu já vou fazer o almoço! Também estou com fome.
Ele se calou de repente, olhando-a com as sobrancelhas levantadas.
- O que foi, Lupin? – ela perguntou. – Por que está me encarando?
- Nada. Acabei de me lembrar da noite de ontem.
- E daí? Escuta, você não vai fazer o almoço, não? Eu estou morrendo de fome. E depois, preciso saber de algumas coisas.
Remus viu que não iria adiantar muito discutir. Ela tinha voltado com a frieza, mas ele se sentia contente em ao menos saber o que tinha acontecido com ela. Tentaria conversar com ela mais tarde.
~*~
- Você acha que eles já se apaixonaram? – Evelyn perguntou.
- O que te faz pensar que eles vão se apaixonar? – indagou Sapphire, rindo.
Era fim-de-semana, e as duas estavam em Hogsmeade, tomando uma cerveja amanteigada no Três Vassouras.
- Escute o que eu estou te dizendo. Eles vão se apaixonar.
- Você teve uma premonição?
- Não, mas é óbvio! Pense. Quando eu vim para Hogwarts, Dumbledore pediu ao Severus para me ajudar. E você sabe que ele nunca faz nada sem motivo. Ele sabia que nós dois poderíamos acabar nos apaixonando.
- Mas e comigo e com Remus? Ele também tentou nos juntar, mas eu me apaixonei mesmo foi pelo melhor amigo dele.
- Eu sei. Mas você e Remus chegaram a achar que estavam apaixonados. Além do mais, dos três, Remus é o mais compreensivo e gentil, você sabe disso. E eu acho que é exatamente isso que Ruby precisa. De alguém gentil.
- Não sei. Quero dizer, ela anda com esse Andrew há anos, e nunca se apaixonou por ele. Eu quero, de todo coração, que você esteja certa, mas tenho minhas dúvidas.
A porta do Três Vassourasse abriu, interrompendo a conversa. Severus entrou, e Sapphire logo perguntou:
- Onde está Sirius?
- Encontrou uma velha amiga lá fora e já está vindo.
Sapphire franziu as sobrancelhas. Como assim, velha amiga? Ela resistiu à tentação de ir verificar quem era, e logo depois, Sirius apareceu, acompanhado da amiga. Ela era bem morena, e tinha cabelos pretos e curtos. Não era muita alta, mas era jovem e muito bonita. Sapphire sentiu uma pontada de ciúmes ao vê-la com seu namorado.
- Olá! – disse Sirius alegremente.
Ele deu um beijo em Sapphire, e tratou logo de apresentar:
- Essas são Sapphire Carter e Evelyn Greenstone, e Snape você acabou de conhecer. – Sapphire e Evelyn sorriram, e a mulher sorriu de volta. – Essa é Theodora James, uma antiga amiga de Remus. Dumbledore a chamou.
~*~
- Ah, Srta James! Sente-se. Fez boa viagem?
Theodora sorriu para o diretor.
- Perfeita. Fazia tempo que não viajava em paz. Mas ainda não entendo porque me chamou, Sr Dumbledore.
- Bem, Srta James, eu te chamei porque preciso da sua ajuda. Eu contratei uma caçadora para identificar um amigo lobisomem, e poder dessa maneira encontrar uma cura.
- E o que eu tenho com isso? – ela franziu as sobrancelhas.
- O lobisomem é Remus Lupin, e você foi a única a ser mordida por ele. A Srta Carter terá de examiná-la.
- Carter? Ruby Carter?
- Sim, você a conhece?
- Claro que conheço! Ela está ajudando Remus? – ela riu. – Acho difícil de acreditar. Ruby Carter me persegue há anos, é famosa. Já pegou muitos vampiros e lobisomens. Dizem até que sente mais ódio por lobisomens do que por vampiros.
- A Srta Carter está ajudando Remus, por livre e espontânea vontade.
Theodora não disse nada. Claro que ajudaria Remus em qualquer circunstância, mas naquele caso, teria de enfrentar Ruby Carter. Bem, Remus merecia sua ajuda.
- Está bem. Eu vou ajudar.
- Ótimo! Então iremos para a Casa dos Gritos esta tarde.
~*~
- Por que você não cozinha? – perguntou Remus.
Ele e Ruby estavam almoçando, mas até aquele momento a caçadora não tinha dito uma única palavra, e Remus estava começando a fica agoniado.
- Não tenho tempo.
- Nem pra aprender?
- Não.
- Você disse que queria fazer umas perguntas. Faça.
- Ah, sim. Você sabe que a lua cheia está chegando, e que você não vai poder tomar a Poção Mata-Cão, não sabe?
- Por que não posso tomar?
- Preciso vê-lo se transformando. Sem nenhum efeito.
- Eu posso machucá-la.
- Estou acostumada. Além do mais, sou uma caçadora, tenho meus meios de te parar.
Eles terminaram de almoçar em silencio, e Ruby observava Remus comer. Ele tinha as mãos firmes, lisas. Seu rosto possuía profundas olheiras, mas ele ainda parecia jovem. Ela se perguntou quantos anos ele tinha.
- Quantos anos você tem? – ela perguntou num impulso.
- Como? – ele indagou, confuso. Mal tinha ouvido o que ela tinha dito.
- Quantos anos você tem?
- Trinta e nove.
- Então você é lobisomem há mais ou menos trinta e quatro anos.
- É, por aí.
Eles ficaram em silêncio mais uma vez, e ela o observou novamente. Não achava que ele parecia ter quarenta anos. As olheiras o deixavam com cara de mais velho, e os cabelos quase grisalhos também contribuíam. Mesmo assim, ele é bonito, ela pensou, querendo se bater logo em seguida por pensar em algo parecido.
- E você? – ele perguntou, despertando-a de seus pensamentos.
- Eu o que?
- Quantos anos você tem?
- Vinte e oito.
Ele ficou satisfeito em receber uma resposta sem uma ofensa. Ele ia começar a pensar se achava que ela parecia ter mais ou menos que a sua idade quando os dois ouviram um barulho na sala.
- Alguém acabou de chegar pela lareira. – ele disse.
Continua...
N/A 2: Sim, o próximo capítulo já está pronto, e a Theodora aparece sim na Casa dos Gritos. Só uma pista. O nome do capítulo é "Ciúmes". Deixei vocês curiosos? Deixem suas reviews! E obrigada por todos que deixaram, vocês me fizeram muito feliz e inspirada também!
