1 Admito que eu demorei a atualizar. Mas para compensar o capítulo está grande. Espero que gostem!!!Não deixem de colocar suas opiniões. Ë muito importante para mim.



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5 CAPÍTULO IV



O festival estava animado. Pessoas andavam de um lado para o outro, rindo e aproveitando a noite. Havia várias barracas, todas alegremente decoradas.

-Umm...que tal você me dar um prêmio?

-Pelo quê?

-Por te aturar todo esse tempo. Vamos naquela barraca. – apontou para um de Tiro ao alvo.

Na barraca, os vários prêmios estavam pendurados e para ganhá-los era preciso acertar em cheio três vezes. Os prêmios eram bons e quanto melhor ele fosse, menor era e ficava mais longe. Muitos estavam tentando, mas somente eventualmente alguém conseguia, e mesmo assim nunca os melhores. Os dois chegaram e ficaram observando um tempo. Os olhos de Ayla fixos nas pessoas que tentavam, mas seus pensamentos estavam em um certo ruivo. Eles eram amigos desde pequenos, sempre ficavam juntos. Mas agora, ambos tinham crescido, ela ficava imaginando se Kenji continuava tendo por ela só amizade. Ela adoraria saber e ao mesmo tempo tinha medo. E se o sentimento que ela sentia não fosse mútuo.

-Qual é o que você quer? – sua linha de pensamento foi bruscamente interrompida pelo pensamento em si.

-Você acha que consegue alguma coisa, é?

-Você duvida? Escolhe um e eu pego para você.

-Não acha que está muito convencido, não? Dois Matsus eu não vou agüentar – com esse comentário ele fez uma cara de nojo – Tá, eu exagerei. Duvido que pegue aquele colar.

Não era por acaso que o colar era um dos mais difíceis. Kenji pagou e pegou as três bolas. Jogou a primeira e acertou e assim se repetiu com as duas restantes.

-Tem uma mira e tanto! Tome aqui o seu prêmio.

-Obrigado.

Tendo recebido o colar, colocou-o numa perplexa Ayla. Ele era simples: uma corrente prateada fina com um pingente verde. Ficara lindo no pescoço da garota, era como se a pedra tivesse brilho próprio. Mesmo não tendo valor comercial, esse colar era, agora, um tesouro para Ayla, mesmo que ela não admitisse. Os dois ficaram olhando um nos olhos do outro, tentando penetrar em sua alma e descobrir sues segredos. Flashs de várias emoções apareciam e se esvaiam rapidamente.

-Você é cheio de surpresas. Eu nem imagino quando você vai deixar de me surpreender?

-Espero que nunca, porque se isso acontecer, a graça acaba. – disse dando um sorriso maroto.

Eles passearam e foram em mais alguns jogos. Estava quase na hora das homenagens. Começaram a caminhar em direção ao templo e pouco depois avistaram Kenshin, que veio falar com eles.

-Tudo bem com vocês? – se virou para Kenji e perguntou – Algum problema? – isso deixou Ayla furiosa, falando como se ela não estivesse presente!

-Eu odeio isso! Se vocês querem fingir que eu não estou aqui, não precisa. Eu vou indo! Vou falar com meus pais! – e saiu sem olhar para trás e que alguém estivesse no seu caminho!

-Ai não! Viu o que você me arranjou? Eu vou procurá-la. – tentou fazer uma cara de bravo, mas não deu muito certo. Seu pai só sorriu e a sua máscara caiu.

Kenji se afastou um pouco de seu pai e começou a olhar em volta. Onde será que ela pode ter se metido? Seu pai não deveria ter falado daquela maneira, mas também não era para fazer aquele drama. Ele, como sempre, só estava preocupado e é esse mesmo sentimento que está aumentando no espírito de Kenji. Só após alguns minutos é que ele resolveu ir procurar os pais da garota, se sentindo um idiota por não ter feito isso em primeiro lugar. Alguns empurrões depois chegou onde estavam os homenageados e o Sr. Hika o viu.

-Kenji, aqui! – se virou para os seguranças – deixem-no passar. Então, onde está Ayla?

-O que? Ela não está aqui?

-Não! Eu pensei que estivesse com você!

-Estava, mas ela se irritou e disse que vinha falar com você.

-Céus, onde será que ela está?

-AHHH!!!! – alguém havia gritado e nisso todos começaram a procurar a origem. Terror se estampou no rosto de Kenji.

-Ah não...Ayla!

Ele saiu correndo o pai da garota perplexo e assustado uma vez que entendeu de quem o grito viera. Passou pela multidão empurrando e sendo empurrado, mas isso era o que menos importava, tinha que alcançá-la. Quando conseguiu visualiza-la, seu medo se tornou realidade, ela estava sendo arrastada por dois homens. Começou a correr mais rápido, quando quem ele menos queria encontrar entrou na sua frente.

-Parece que você está com pressa. Vai aonde? E onde está aquela outra vadia? Finalmente ela percebeu o perdedor que você é? – Matsu falou com toda arrogância que tinha em si – E para que essa espada se não sabe usá-la ?

-Agora não Matsu. Não ouse nunca mais se referir à Ayla dessa maneira. Ela vale muito mais do que você. - A voz de Kenji era baixa, carregada de ameaça e seus olhos flamejavam de raiva.

Matsu não suportou toda aquele aumento de ki e cambaleou para trás assustado, mesmo não sabendo direito porquê. Ele tivera sorte que Kenji não ouviu seu último comentário, porque, se não, dado ao estado de espírito do garoto, ele teria grande chances de aprender que Kenji era um ótimo espadachim. Kenji não olhou uma segunda vez para a patética figura estendida no chão e correu. Ele não podia acreditar que isso tinha acontecido. Só a deixara por um instante e ela fora raptada. Teimosa ela também, para é que ela foi fazer aquela cena. A única coisa que ele tinha por certo é que vão se arrepender se tocarem num único fio daquele cabelo castanho.

Tinha chegado à entrada do festival e pode ver os seqüestradores empurrando-a para dentro de uma carruagem, enquanto ela tentava resistir. Um deles notou Kenji e fez sinal para o outro, que largou a garota e veio em direção a ele.

-KENJI! – Ayla gritou, mas logo depois foi jogada dentro da carruagem.

-Eu vou te ajudar – ele começou a ir a ela, mas foi barrado.

-Quer um conselho? Não se meta onde não for chamado, moleque.

-Quer um conselho? Saia da minha frente agora – seu tom de voz deixou o outro assustado, mas ele conseguiu responder.

-Nem pensar.

Sua mão estava indo à espada presa na cintura, mas Kenji, como o esperado, foi mais rápido. A espada do homem caiu no chão, e este, agora, estava com a ponta da espada de Kenji ameaçadoramente na sua garganta. Quando levantou a cabeça, viu apenas a carruagem desaparecendo na noite. Voltou a atenção para o homem , seu olhar era desconcertante.

-Para aonde estão levando-a?

-Não te interessa, moleque.

-Eu não vou perguntar de novo. Se souber o que é melhor para você, responda: para aonde estão levando-a? – com essa ultima fala, toda a pretensão de coragem ou o que fosse desmoronou.

-Pra....pra...a...m-mansão abandonada, numa rua no f-final da es- estrada.

Kenji largou o homem no chão e levantou a cabeça, olhando para a estrada, analisando a situação. Não daria para ir correndo, mas então como? Observando em volta seu olhar caiu sobre uns cavalos que estavam lá amarrados. Correu até eles e montou num. Atiçou-o e saiu em disparada num galope desenfreado pela estrada. Estava tudo escuro, e naquela velocidade seria fácil se perder se não fosse a margem bem feita pelas árvores. Ele estava com medo, não por ele, mas por Ayla. Se alguma coisa acontecesse com ela, não saberia o que fazer e pior: não saberia o que fazer com os seqüestradores. Com certeza nada agradável. Não deveria tê-la deixado ir sozinha, sabia que havia chances disso acontecer e, por sua causa, aconteceu. Provavelmente a melhor coisa que deveria ter feito era esperar por seu pai e a polícia ou quem fosse. Mas era inútil ficar pensando nisso. Ele muito bem sabia que nunca iria ficar lá, vendo-os partirem enquanto esperava por ajuda. O que está feito, está feito. Tinha que fazer seu melhor para trazer sua amiga de volta, não importava como.

O cavalo parecia saber da urgência da situação e corria com uma rapidez incrível. Em pouco tempo surgiu a tal estrada secundar mencionada pelo homem. Alguns metros depois de seu início, havia uma porteira e ao longo uma cerca. Como se não houvesse nada o caminho, Kenji salto-a. Tocando o chão novamente reiniciou o galope, mas não durou muito, uma vez que vários homens se postaram no caminho. Mais uma vez, como se ignorando os obstáculos, Kenji avançou. Desta vez desembainhando a espada. Quando passou pela fileira de homens, estavam todos caídos.

A lua estava em seu ápice quando chegou aos portões duplos da mansão, desmontou e tocou o cavalo. Eram de madeira escura com sua parte superior oval. Se Kenji fosse de se impressionar à toa, teria cambaleado pela sensação imperativa que eles passavam. Mas como não era, simplesmente pegou sua espada e destruiu as dobradiças, fazendo com que o portão inteiro caísse para trás, provocando, imprudentemente, um estrondo. Avisando assim, quem ainda não soubesse, de sua presença. Foi o tempo dele passar sobre o portão e estava rodeado. Ficou parado no centro da agora formada roda. Sua cabeça estava abaixada, mas se seus olhos pudessem ser vistos, seriam de um azul frio e perigoso. Metade dos homens atacaram. Ouviu-se apenas o barulho de encontro das espadas e todos estavam no chão imóveis, mas ainda, graças à lâmina invertida, vivos. A outra metade, depois do espanto, partiram para cima de Kenji e foram igualmente repelidos.

A alameda que levava para a entrada da casa estava, agora, deserta. O vento soprava, fazendo com que as folhas secas das árvores se desprendessem e formassem pequenos rodamoinhos. Ao se aproximar da casa, o borrão negro que era à distância, tomava forma e detalhes. Era uma casa muito grande, devia ter inúmeros cômodos, mas estava caindo aos pedaços. A tinta estava descascada em diversos lugares, várias telhas quebradas e a porta, que tinha perdido sua fechadura já devia ter um tempo, estava aberta.

No que um dia fora o salão principal estavam agora reunidos uma dúzia de homens mal-encarados. A sala era espaçosa com apenas alguns móveis cobertos com pano. Mais ao fundo terminavam duas escadas que tinham seus degraus aparentemente podres devido à ação do tempo. O pé direito do aposento era grande, aproximadamente por volta dos quatro, cinco metros. No teto estava pendurado um lustre no centro e na parede, um dia salmão, podia- se ver as marcas deixadas onde os quadros foram retirados. E num dos cantos estava Ayla amarrada numa cadeira com uma mordaça na boca e inconsciente.

Kenji observou-a por um breve momento e quando teve certeza de que estava intocada, voltou sua atenção para os demais ocupantes do ambiente. Eles estavam em pé perto de uma das escadas, cada um tinha pelo menos uma espada e eram esquisitos, mas não deveriam passar de, no máximo, ladrões comuns. Porém o que estava sentado no segundo degrau era peculiar, devia ter um trinta anos, possuía cabelo preto e uma estatura média alta. O que chamou atenção em Kenji foram seus oh\lhos castanhos, eram vazios, pareciam apenas vidro, como se não houvesse vida por traz deles, somente uma sombra. Kenji sabia que nenhum deles seria problema, a não ser ele, com quem deveria ter cuidado. Depois de um tempo olhando para o jovem, o suposto líder se levantou.

-Não acha que está um pouco longe de casa.- fez uma pausa e esperou os outros terminarem de dar pequenos risos – O que é que você quer?

-Nada de mais, só vim, porque trouxeram uma amiga minha para, vamos dizer "passear" contar a sua vontade. Vim busca-la.- Kenji falou com calma, como se estivesse tendo um papo agradável.

-E você acha que pode fazer o que? Vai correr gritando mamãe? – um dos homens perto do líder falou esboçando um sorriso de deboche.

-Cale a boca imbecil! Eu não o vi correndo para casa quando os imprestáveis iguais a vocês lá fora atacaram, pelo contrário. – o outro ficou rangendo os destes, mas calado – Você disse que levar sua amiga? Sinto, mas não vai sair daqui vivo. Ataquem!

Todos os homens que estavam em volta desembainharam suas espadas e avançaram. Kenji sem que nenhum de seus oponentes pudesse ver nocauteou quatro de uma vez com apenas um golpe. Com mais dois movimentos a luta estava acabada e ele tinha somente um corte superficial no braço esquerdo.

-São mesmo uns imbecis que não servem para nada, bem que eu falei para o chefe – desviou o olhar dos corpos estendidos e mirou-os no rapaz – Você vê, eu os avisei para lutarem sério e eles se atiram dessa maneira. Você realmente luta bem, vai se uma pena ter matar. Mas fazer o quê, trabalho é trabalho.

-Se você chama isso de trabalho...

-Sabe, meu pai que se torneou um samurai sem rumo, me ensinou – pegou a espada e sacudiu-a na sua frente – não foi uma infância muito feliz. Comecei cedo nesse mundo. Mas fazer o que? É a vida.

-Todos têm suas escolhas. Meu pai também é um samurai, minha mãe morreu quando eu era pequeno, mas nem por isso fico tendo pena de mim mesmo e sou um seqüestrador barato – sua raiva era perceptível em sua voz – Vai me deixar levá-la ou não?

O seqüestrador pegou sua espada e entrou em uma estância inicial, ele segurava a espada com as mãos na altura dos quadris verticalmente. Sem disser nada ele atacou, Kenji bloqueou facilmente e tentou um conta-ataque. Só que, diferente dos outros, ele conseguiu desviar. Os dois ficaram parados um frente ao outro, concentração e sentidos ao máximo.

-KENJI!

Ayla tinha acabado de acordar e estava agora se debatendo na cadeira. Ela se mexeu tanto que acabou tombando, no chão tentava afrouxar as cordas.

-Parece que nossa convidada acordou.

Kenji ficou parado olhando-a. Com certeza não queria que ela o visse lutando, pelo menos não da maneira séria que estava agora. Como será que ela iria reagir. Bom já que não tem jeito era melhor deixar pra pensar nisso quando ela estivesse livre. Mesmo que estivesse inerte em suas preocupações, estava consciente e alerta naquele que era o causador desse desastre. Ele se aproveitando do momento de aparente desatenção do jovem tentou um ataque, que foi devidamente contido. Dando seqüência, Kenji desferiu um contra-ataque. O golpe atingiu o outro em cheio e o atirou para trás. Ele só parou quando bateu na parede. Após alguns minutos se recuperando, sem dizer nada, simplesmente entrou em uma posição de ataque. Seu corpo estava meio virado de lado e segurava a espada um pouco inclinada para baixo com ambas mãos. Ficou parado por alguns instantes olhando de maneira fria e intimidadora. Kenji recolocou a espada na bainha deixando sua mão perto da extremidade. Era a estância do Batsu.

Como se a intimidação não surtisse efeito em Kenji, ele atacou com uma velocidade superior a que vinha usando anteriormente. Kenji permaneceu imóvel esperando o último momento. Desviou do ataque e finalmente tirou a espada da bainha. Ela saiu com extrema velocidade e atingiu o peito do inimigo, que ficou parado imóvel durante alguns segundos para depois cair no chão. Se não fosse a inversão da espada, ele estaria certamente morto.

Kenji ficou olhando-o mais alguns instantes como para ter certeza que não iria levantar tão cedo. Ele guardou a espada. Seus olhos que estiveram semi-cerrados e frios durante a luta relaxaram voltando ao normal. Virou-se e foi andando na direção de Ayla. O que seria que ela estaria pensando dele, quando o choque passar ela deve ficar furiosa, mas era isso ou não se sabe o que poderia ter acontecido.

Quando chegou perto dela deu um sorriso amigável. Abaixou-se e desamarrou-a. Ele estendeu sua mão para ajuda-la, mas nesse momento o inimigo mesmo já derrotado tentou seu último golpe. Porém foi inútil graças à velocidade e a habilidade do rapaz que com um giro, enquanto desembainhava a espada, conseguiu bloquear. Kenji, durante toda aquela confusão evitou matar alguém, mas naquela hora não teve escolha, era a única maneira de parar o golpe.

O corpo do seqüestrador caiu já morto no chão. O rapaz ficou alguns instantes observando-o antes de voltar sua atenção para a amiga que olhava vidrada para o cadáver. Ela era uma pessoa forte, mas o seqüestro, o cativeiro e mais aquele desfecho foram demais para ela. Diferente de Kenji, que mesmo não tendo nunca matado ninguém antes, quando pequeno já tinha visto sua mãe morrer ou até mesmo já um pouco maior quando um espadachim querendo vingança matou um garoto cujo pai esteve no bakumatsu antes que alguém pudesse fazer alguma coisa; ela nunca estivera tão próxima da morte, dela mesma ou de outra pessoa. Poucos segundos depois ela levantou os olhos encontrando os dele, quase que simultaneamente, os dois olharam para suas mãos ainda unidas. Foi somente nesse momento que ambos perceberam que o golpe havia deixado um corte mínimo, mas muito peculiar: o corte fora feito na parte superior das mãos, começando numa e terminando na do outro. Kenji esperava que o corte não deixasse nenhuma cicatriz na mão da amiga, mas, intimamente, sabia que ficaria uma marca que os uniria para sempre. Sacudiu levemente a cabeça como se para espantar os pensamentos.

-É melhor nós sairmos agora. Seus pais devem estar preocupados como você.

Ela apenas assentiu com a cabeça ainda estando muito chocada para falar qualquer coisa. Ayla mirava no amigo que a ajudava a se levantar e que a pouco salvara sua vida. Estava impressionada com a sua habilidade com a espada, é lógico que ela tinha conhecimento de que ele sabia manejar uma espada e treinava com seu pai, mas não esperava que ele possuísse tal maestria. Porém o que a mais impressionou foi à maneira que ele mudou, ela viu seu amigo se transformar num lutador frio e calculista, mas também percebeu que ele evitara aa todo custo matar o oponente.

-Obrigada – custou-lhe muito dizer aquilo, mas sentia que depois de tudo que seu amigo tinha passado para salva-la, era o mínimo que ela podia fazer naquele momento.

Aquilo pareceu ter trazido de volta o Kenji que ela estava acostumada, pois ele retribuiu com um sorriso que ela adorava e sempre a fazia sentir-se melhor não importando a situação. Iniciaram o caminho de volta pela floresta que começava a receber os primeiros raios de sol. Já estavam andando a uns vinte minutos quando saíram da floresta e encontraram Kenshin e os pais de Ayla que quando a viram, foram correndo ao seu encontro, a mãe dela não pode mais se conter e começou a chorar abraçada na filha, que tinha superado o choque inicial, e permaneceu assim até que Kenshin quebrou o silêncio.

-Tudo bem com vocês?

-Está. É melhor chamarem a polícia, eles ainda devem estar lá desacordados, mas chefe...bem...eu não tive escolha...

-Depois vamos ter tempo e você conta, o importante agora é ver se a Ayla está bem.-só nesse momento é que os pais de Ayla pareceram se dar conta de Kenji.

-Kenji, você está bem?- a sra. Hika agora dava atenção ao garoto –Você está todo machucado o que foi que aconteceu?

-Foi você não foi? Foi você que a salvou.- era o patriarca da família.

Kenji apenas assentiu de leve com a cabeça. O que seria que iriam pensar dele, é claro que sabiam que ele aprendia kenjutsu, mas que ele tinha capacidade de matar, ou graças a sakabatou apenas mocautear, vários oponentes com poucos golpes era outra coisa. Mas ele não teve escolha, se não tivesse ido atrás dela, à essa hora provavelmente os seqüestradores estariam fugindo com o dinheiro e a única coisa que teriam de sua amiga seria seu corpo. De acordo ou não ele agira para preservar a vida da amiga e não estava arrependido.

-Acho que é melhor irmos para casa. Gostariam de vir conosco?

Os dois, pai e filho, se olharam e depois Kenshin falou:

-Está bem.





UFFA! Desculpas pela demora, mas ela teve três motivos.

1-Eu estive toda enrrolada, se não eram testes era negócio de viajem e tal

2-O ff.net estava ( acho que ainda está um pouco) caindo, não entrava, atualização se perdiam...

3-O capítulo está grande. Eu poderia tê-lo dividido, mas acho que seria horrível parar no meio da luta por exemplo.

Vou ficar sem atualizar durante 3 semanas, pq vou viajar. POR FAVOR DEIXEM SUA REVIEW!!!

Vocês não têm idéia como é bom saber que alguém leu o que você escreveu. No próximo capítulo eles regressarão à Tókio. Esperem!