Nota de Autor: olá a todos! Este capítulo é mais calmo, mas deixo a
promessa que o próximo vai ser mt (mas mt mt mt) mais agitado... nem vos
passa pela cabeça...
Bem, que o espectáculo comece...
~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~' O Castigo '~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~
Enquanto subia as escadas, Hermione soltou uma pequena gargalhada que só ela podia ouvir. No fim das escadas estava uma porta de madeira vermelha. Tinha uma placa com o nome dela, e a maçaneta era a pata de um leão. Hermione abriu a porta e ficou bastante satisfeita com o seu novo quarto. As paredes eram de um azul muito claro, e o chão tinha um enorme tapete também azul. Em frente tinha uma cama de dossel em madeira escura talhada minuciosamente, com lençóis de seda de cor azul para condizer com o resto. Havia um enorme guarda-fatos que era do conjunto da cama. À esquerda Hermione ficou feliz de constatar que havia uma estante que cobria quase toda a parede com livros antigos e raros, que tinha um sofá branco incorporado. Do lado esquerdo da cama havia uma grande janela que tinha um miradouro com almofadas brancas.
Olhando em volta, Hermione reparou numa porta em madeira. Abriu-a e deu por si na casa-de-banho. A casa-de-banho era muito acolhedora, toda em azulejo branco. E no outro extremo havia outra porta. A porta abriu-se, e Draco entrou. O que fez com que Hermione percebesse que a casa-de-banho ia ser partilhada pelos dois... o que podia trazer problemas no futuro... mal viu Hermione, Draco voltou-se e saiu.
Hermione apressou-se a sair dali para à torre dos Gryffindor a fim de ir buscar os livros para as aulas da manhã. Pouco depois Hermione entrou no Salão principal onde ainda encontrou Ginny, Ron, Harry, e Neville. Mal a viu, Ron deixou entornar um copo que ainda tinha um pouco de sumo de abóbora com um gesto brusco.
"Vais mesmo ter que viver com aquele atrasado?!"
"Parece que sim... mas este ano acabaram-se os gozos. O que ele me desejar a mim, eu desejo-lhe o mesmo a dobrar."
Enquanto saboreava uma sandes, Harry disse.
"Assim é que se fala Mione. Aquele patife não merece a atenção de ninguém. Nunca percas uma oportunidade de o deitares abaixo."
"Sabes Mione, há um bocado passaram aqui umas miúdas hufflepuff a dizerem que eras a mais sortuda deste ano..."
"Bem, se elas chamam sorte conviver com um idiota chapado horas a mais, então sim. Sou a que tem mais sorte deste ano!"
Todos se riram com a afirmação de Hermione. E Ginny respondeu num tom um pouco sonhador.
"Mas tens que admitir que o Malfoy é sem dúvida um dos mais bonitos da escola..."
Ron não estava a gostar muito da conversa. Talvez por ter tido sempre um fraquinho por Hermione.
"Depende. Se gostares de um lagarto malcheiroso..."
Mais uma vez todos se riram. Mas Hermione voltou a falar.
"Tenho que admitir que tens razão Ginny. O Malfoy é sem dúvida muito bonito. Mas para quê isso, se tenho na minha frente os rapazes mais giros que já passaram por Hogwarts?"
As sardas de Ron até desapareceram de tão vermelho que ele ficou. Harry limitou-se a sorrir envergonhado. E Neville engasgou-se com a sandes tal foi o choque. Ao perceber o embaraço dos rapazes, Hermione quebrou o gelo.
"Vamos lá. Temos herbologia. E não queremos chegar tarde no primeiro dia pois não? E tu também tens que ir Ginny."
Todos se levantaram bastante ensonados e sem vontade alguma para ter aulas. Só Hermione parecia entusiasmada. Ron murmurou entredentes para Harry 'ela nunca há de mudar...'. Ginny foi ter com umas amigas que estavam na ponta da mesa.
Do outro lado do castelo Draco tinha transfiguração. Estava a ser uma aula bem monótona por isso Draco e Mark conversavam.
"Nem acredito na tua sorte. Vais viver com a Granger! Como é que se estão a dar?"
"Põe uma coisa na tua cabeça. Eu e a Granger JAMAIS nos daremos bem. Entendeste? Ela é uma peste. Narizinho empinado... pensa que é muito boa..."
"E é... admite lá. Hoje de manhã babavas por todo o lado... vais negar?"
"Ok ok... ela é boa. E inteligente. Mas somos incompatíveis. É impossível ter uma conversa decente. Não dá."
"Ainda bem. Assim fico eu com ela. Com jeitinho vai-se a todo o lado..."
Os dois rapazes trocaram sorrisos maldosos. Pouco depois Draco recebeu um bilhete de dizendo:
Querido Drakie,
Hoje à noite estou livre para ti. Imagino como te deves sentir com a ideia de viver com a sangue-de-lama-sabe-tudo. Estares comigo é sempre um alivio... tu sabes... vem ter comigo depois da meia-noite. Vou estar à tua espera...
Beijos cheios de amor,
Da tua Pansy
Draco levantou os olhos e olhou para Pansy, que enrolava uma madeixa de cabelo com os dedos e sorria para ele. Draco simulou um sorriso para Pansy e mostrou o bilhete a Mark.
"o que eu tenho que aturar..."
Mark desatou a rir depois de ler, o que fez com muitos slytherins olhassem para ele, e a própria Mcgonnagal olhou para ele com uma cara bastante severa, o que fez com que ele voltasse a trabalhar. Depois de algum tempo, Draco levantou a cabeça e reparou numa rapariga Slytherin loira que olhava fixamente para ele. A rapariga corou ligeiramente ao ver que Draco se tinha apercebido do seu olhar. Mas Draco com muita prática no campo de sedução olhou sedutoramente para ela e passou a língua pelo lábio superior. A rapariga sorriu envergonhada e Draco murmurou entredentes para Mark.
"Está no papo... já tenho diversão hoje à noite..."
O resto do dia foi um pouco agitado. Hermione num dos intervalos foi apanhada por um grupo de raparigas Ravenclaw do quarto ano que lhe perguntavam entusiasmadas 'achas que vais conseguir vê-lo nu?' ou 'ele é perfeito não é?' ou então 'o meu nome é Sarah... achas que me podes apresentar um dia destes?' Hermione achava ridículo que as raparigas pudessem achá-lo perfeito se nem sequer o conheciam. Depois do jantar, despediu-se dos amigos, e dirigiu-se para a sala comum dos Chefes de Turma para fazer os trabalhos de casa. Quando lá chegou a sala estava vazia, o que a levou a pensar que Draco podia ainda não ter chegado. Hermione foi ao quarto, onde as suas coisas já se encontravam arrumadas, e levou para baixo os livros e outros materiais. Sentou-se na sua secretária da sala comum e começou a trabalhar. Uma hora depois tinha acabado todos os trabalhos. Arrumou as coisas e começou a procurar um livro interessante nas estantes. Escolheu e estendeu-se num dos sofás para começar a ler. o tempo passou e eram onze e meia. Hermione estava a apreciar aqueles momentos de descontracção, deitada naquele sofá muito confortável e sentindo o calor que emanava da lareira. E foi então que ouviu a porta do quarto de Draco a abrir-se.
Draco desceu envolto num manto preto. Ia preparar-se para sair. Estava todo arranjado. Hermione calculou de imediato que era para ir ter com mais uma ingénuazinha.
"Que horror... onde compraste essa colónia Malfoy? No cemitério? Desculpa lá, mas é que é mesmo enjoativa..."
Draco parou no meio da sala e virou-se para Hermione.
"Tens problemas Granger? Eu cheiro bem, enquanto que tu..."
Hermione não o deixou acabar a frase. Sentou-se no sofá recostando-se e cruzando os braços com ar decidido.
"Eu o que Malfoy?"
Tal determinação e segurança fez com que Draco se engasgasse um pouco.
"Sabes, eu ainda tenho uma vida social enquanto que tu... sempre agarrada aos livros. De é que isso te vale?"
"Eu também tenho vida social. Tu não podes falar do que não sabes... eu ao menos respeito os outros. E agora tu vais dizer-me. Respeitas alguém? Nem sequer te preocupas quando elas te dizem que não... só pensas em ti."
Draco ficou mais uma vez preso sem palavras. Hermione exibia um sorriso inocente.
"Não tenho tempo para discussões com uma sangue-de-lama como tu. Tenho gente à espera."
Draco voltou as costas e começou a andar na direcção do retracto. Hermione voltou a esticar-se e pegou no livro, e depois simulou uma tosse parecida com 'lagarto malcheiroso'. Draco virou-se rapidamente.
"O que é que disseste?"
"Credo! É que és mesmo atrasado. Uma pessoa agora não pode tossir?"
"és muito espertinha..."
sempre a olhar pelo canto do olho Draco abandonou a sala. Hermione voltou a ler com um sorriso vitorioso nos lábios. Mas daí a pouco adormeceu.
Draco vinha em silêncio pelos corredores depois de se ter despedido de Michelle. Draco vinha satisfeito. Michelle não fora como Kate e soubera 'aproveitar'. Talvez amanhã ele fosse ter com ela de novo. Com o máximo de silêncio possível, Draco entrou na sala comum. E ficou boquiaberto ao olhar para o sofá. Hermione estava estendida a dormir. Os seus cabelos de chocolate encaracolados estavam estendidos na almofada, e ela parecia mesmo um anjo, com pele de seda. Draco teve que exercer um enorme autodomínio para não lhe acariciar os cabelos macios e beijar os seus lábio suaves cor de rosa. Ela parecia estar a dormir profundamente. Então, Draco aproximou- se um pouco mais e pôs-se de joelhos ao lado dela. Começou a respirar o cheiro dela e fechou os olho. O cheiro dela era doce, e leve. Hermione sentiu a presença de alguém e abriu os olhos lentamente. Olhou para o lado e viu Draco de olhos fechados a poucos centímetros dela.
"Posso perguntar o que é que estás a fazer?"
Draco deu um pulo para trás com o susto. E ficou muito corado. O anjo parecia agora um vulcão ameaçador.
Hermione permanecia deitada mas agora estava de lado com a cabeça apoiada na mão. Começou a brincar com uma madeixa de cabelo entre os dedos. Draco permanecia calado a observá-la. Ela estava a repetir o gesto que Pansy tinha feito há horas atrás. Mas a diferença era enorme. Enquanto Pansy o fazia desajeitadamente e sem qualquer sensualidade, Hermione fazia-o com postura era a sensualidade em pessoa. Draco ficou de tal maneira sem saber o que dizer, que ainda ficou bastante tempo a olhar para ela de boca aberta. E então começou a ouvir as suas vozes interiores. 'O que estás a fazer? Já te esqueceste que ela é apenas uma sangue-de-lama nojenta?' 'deixa de ser parvo. Ela foi feita para ti. Ela é perfeita, tudo o que sonhaste!' 'não oiças esse idiota romântico. Ela nunca te dará o que tu queres!' 'já é altura de começares a ser tu próprio. Deixa de ser a sombra do teu pai.' 'ora ai está um ponto interessante! O que achas que o teu pai pensaria de tu andares com uma sangue-de-lama? Desce à terra rapaz.' Draco levantou-se endireitou o manto.
"Não tens nada a ver com isso. Vou-me deitar."
"porque é que nunca admites nada do que sentes? Porque é que tens de ser sempre um bloco de gelo? Também é bom ser humano, sabes, para variar..."
Draco virou as costas e foi para o quarto dele. Hermione levantou-se e também foi para o seu quarto.
Quando acordou na manhã seguinte, Draco começou a recordar os acontecimentos do dia anterior, e imediatamente lhe veio à cabeça a imagem de Hermione a dormir. De facto uma das suas vozes interiores tinha razão. Ela era tudo o que ele queria. Ele gostava de raparigas decididas, inteligentes, com uma resposta sempre pronta, e muito bonitas. Mas ele não podia nem pensar duas vezes. Eles odiavam-se e ia ser assim para sempre. Ele foi ensinado a odiar, e nunca a amar. Abanou a cabeça com força para afastar aqueles pensamentos. Levantou-se e dirigiu-se à casa-de-banho. Tomou banho, vestiu-se e desceu para a sala comum. Ele ainda tinha um trabalho para acabar, por isso foi sentar-se na sua secretária. Pouco tempo depois, Hermione desceu também. Draco tentou concentrar-se e não perder tempo a virar a cabeça sequer. Mas assim que Hermione o viu, começou imediatamente a falar.
"Ah! Ainda bem que te vejo. Temos que conversar."
Hermione sentou-se em cima da secretária de Draco com os braços cruzados a olhar para ele.
"Não vês que estou a trabalhar? O que é que queres?"
"Não sei se te lembras mas o baile de recepção é depois de amanhã, e hoje é a reunião com os professores. Tens alguma ideia para a festa?"
"Não. Agora deixa-me trabalhar. Se me lembrar digo-te."
Draco molhou a pena no tinteiro e continuou a escrever.
"Óptimo. Queres ser assim, tudo bem. Até logo cretino."
Hermione saiu da sala e foi em direcção ao salão. Ela detestava não ter as coisas organizadas. E com Draco isso parecia ser o mais certo. Ela ficou com a impressão de que na noite anterior, Draco a admirava enquanto ela dormia. Hermione não ficou contente com o facto, mas também não ficou chateada. Mal chegou ao salão foi ter com Ron e Harry.
"Bom dia."
"Ena! Que boa disposição... o que se passa?"
"Se foi aquele Malfoy... eu mato-o..."
"Deixa lá o Malfoy... ele nunca há de mudar. Eu acordei maldisposta. Foi só isso."
Harry e Ron trocaram um olhar desconfiado e depois voltaram a comer.
Depois de acabado o pequeno almoço, Os três dirigiram-se para a primeira aula. Poções com Slytherin. Draco e hermione trocaram vários olhares de ódio. Snape mandara-os fazer uma poção de cura extremamente forte. E como sempre, Neville teve bastantes dificuldades... então, Hermione aproximou-se dele e deu-lhe algumas dicas, tentando evitar que Snape tirasse pontos aos Gryffindor por causa dele. A poção de Neville já estava a correr bastante bem, e então Hermione sentiu uma mão no ombro que a voltou.
"Miss Granger, penso que já está a abusar. Volte para o seu lugar e deixe o Longbottom sozinho. JÁ!"
"Desculpe professor. Mas o Neville não conseguiu compreender algumas coisas, e como já tenho a minha poção preparada, achei por bem dar-lhe algumas dicas. Com isto ele só aprende."
"Penso que ainda sou o professor aqui. Achei que com o cargo de Chefe de turma tivesse ganho algum juízo. Lembre-se de que quanto maior é o voo, maior é a queda. Se o Longbottom não percebeu alguma coisa era comigo que tinha que falar. Além disso ele nunca percebe nada, mesmo que lhe repitam vinte vezes."
A esta altura já todos tinham deixado de trabalhar, para prestar atenção à discussão.
"20 pontos a menos para os Gryffindor. Está contente Miss Granger?"
"Tenho a consciência tranquila. O lema de Gryffindor é ajudar sempre quem tem necessidade. Eu não prejudiquei ninguém. Antes pelo contrário."
Neville corou ligeiramente ao sentir a protecção de hermione.
"Castigo pela sua ousadia. Às 10 horas no meu gabinete esta noite."
Hermione ia começar a argumentar mas sentiu um beliscão nas costas dado por Harry. Snape olhava-a altivamente. Ela virou as costas e foi sentar-se no seu lugar de braços cruzados e com uma enorme vontade de atirar a sua poção fumegante à cara de Snape. Ela evitou a todo o custo o olhar de Draco que estava muito divertido com a situação.
A partir daí a manhã passou a voar. Ao almoço, Draco fez um sinal para chamar Hermione. Ela levantou-se relutante, imaginando o que ele queria. Draco olhou em volta e sussurrou no ouvido dela "tenho que te contar uma coisa. Vem comigo.". Hermione foi atrás dele, e entraram numa sala da aulas abandonada.
"Aqui estamos mais à vontade. Preciso de um favor teu..."
Hermione sentou-se numa das mesas e cruzou as pernas. Ao ouvir as palavras de Draco começou a rir-se.
"Tu? E eu que pensava que nunca veria um Malfoy a pedir um favor a uma sangue-de-lama! Qual é o desespero?"
"Deixa-te lá de sarcasmos... Sabes o Crabbe e o Goyle? Nós já não nos damos mais. Agora ando mais com o Mark. E então aqueles cabeçudos andam a ver se me lixam a vida. E eu soube agora que eles... foram dizer uma coisa... bem..."
"Sabes Malfoy, eu tenho mais que fazer. Importas-te de abandonar esse estilo de atrasado e começar a desembuchar?"
Draco revirou os olhos e continuou a falar.
"Eles foram falar com todas as raparigas com quem eu ando, e contaram-lhes que andava com mais ao mesmo tempo..."
Draco não teve tempo de contar mais, porque mal falou Hermione começou a rir descontroladamente.
"Não posso... é demais!!! Pobre Drakiezinho... já não tem as suas concubinas! Vou morrer... de... tanto... rir!!!"
Draco sentou-se mesa à frente de hermione, e esperou que ela terminasse de rir. Ao ver que Draco ostentava uma expressão impaciente, ela parou de rir. Pelo menos tentou. Ainda tinha um sorriso de gozo.
"Eu não fiquei sem miúdas. Ainda há quem saiba aproveitar."
"Quem? A Pansy? E já agora, tu tens alguma coisa que se aproveite?"
Com a sua última afirmação hermione voltou a rir histericamente. Draco levantou-se e dirigiu-se à porta.
"Desisto."
Hermione levantou-se e puxou-o por um braço.
"Vá. Conta lá o resto que eu não me rio mais."
Draco olhou para ela ainda um pouco apreensivo.
"Bom, eles fizeram um papel de coitadinhos, e elas agora andam todas embasbacadas com eles. E tenho a certeza que amanhã eles vão ter muito sucesso."
"Portanto, tu queres vingar-te deles, e queres que as raparigas os detestem. Certo?"
"Isso mesmo. Adoro a tua perspicácia. Então? tens alguma ideia?"
"Por acaso até tenho..."
"Isso quer dizer que me ajudas?"
"Não. Isso quer dizer que eu sou uma mulher de ideias..."
"Ok. Já entendi. O que queres em troca?"
"Lindo menino! Não me está a apetecer muito passar a noite no gabinete do Snape. Por isso tudo o que tens a fazer, é ir falar com ele ao jantar e pedir-lhe para ele me anular o castigo. É simples não é?"
"queres que me humilhe em frente de toda a escola a pedir ao Snape para ele te anular o castigo? Estás doida?!"
"Esta era a minha condição. É pena que não a aceites... a ideia era mesmo boa... então até logo."
"Espera! Ok. Eu alinho. Eu falo com o Snape ao jantar. Palavra de Malfoy. Agora diz-me a ideia."
"óptimo! Então é assim..."
Draco e Hermione ficaram a discutir a grande partida que vai ser feita no dia do baile.
Às seis horas, Draco dirigiu-se ao gabinete de Dumbledore. Hermione estava na entrada à espera dos outros professores. Pouco depois, estes apareceram e todos entraram. Dumbledore estava sentado na ponta da mesa de reuniões.
"Miss Granger, Mister Malfoy. estamos todos ansiosos por ouvir as vossas ideias para a festa. Podem começar."
Draco e Hermione começaram a trocar olhares nervosos. Na verdade eles não tinham combinado nada. Então Draco começou a falar.
"Bom, nós... er... nós não... er..."
Dumbledore e os outros pareciam confusos. Snape perguntou impaciente.
"Vocês o quê?"
Draco olhou para Hermione um pouco desesperado. Não era muito bom sinal, logo na primeira reunião os Chefes de Turma não mostrarem qualquer trabalho. Mas então, Hermione foi iluminada por uma ideia magnífica.
"Eu e o Mal... Draco tivemos uma ideia bastante original para a festa. Certo Draco?"
"Er... claro."
Draco moveu os lábios para ela dizendo 'o que estás a fazer?'.
"Estou muito interessado em ouvir. Pode dizer Miss Granger."
"Vamos fazer um baile muggle!"
Hermione teve que se controlar para não começar a rir da cara de Draco. Ela nunca o tinha visto tão chocado. Falar em muggles a um Malfoy era o mesmo que tirar um peixe de água. Dumbledore vibrou com a ideia e mostrou-se muito entusiasmado.
"É deveras uma ideia muito original Miss Granger! Fantástico! E já pensaram nos pormenores?"
Hermione ao ver que estava em campo seguro, continuou com o olhar aprovador de todos os professores (menos Snape, mas esse já nasceu com cara de enjoado, coitado...).
"Teria que ser obrigatório o uso de roupas muggle. A comida era muggle segundo as tradições inglesas, a música era muggle também..."
Mcgonnagal olhava-a fascinada.
"Interessante... mas como se vai arranjar tudo isso?"
"É fácil, todos os alunos têm quase de certeza roupa muggle, eu posso falar com os elfos e dar-lhes receitas tradicionais, e quanto à música, o Fred Rogers dos Ravenclaw é DJ no mundo muggle, por isso pode tratar da música."
Draco ainda não tinha abandonado a sua expressão de espanto. Pela sua cara, ele parecia não ter roupas muggle e a ideia parecia enojá-lo.
"DJ?"
"Sim. É como uma pessoa que toma conta da música e organiza tudo relativo a ela. Também podíamos por um placar mágico com dedicações de músicas. Eu posso tratar disso."
"Mas, Miss Granger, que eu saiba os muggles apenas usam electricidade. Como vai fazer os aparelhos funcionarem?"
"É simples professora Mcgonnagal. Eu arranjei um feitiço que permite aparelhos muggles trabalharem dentro do castelo."
O professor Flitwick que tinha a cabeça apoiada nas mãos murmurou.
"Fascinante!"
O professor Lupin (N\A: é verdade ele tá de volta! Não é bom?! YES!) estava recostado na cadeira, e tinha um sorriso amigável.
"A nossa Hermione é assim... sempre cheia de surpresas..."
"Bem, sendo assim vamos começar a organizar tudo esta noite. Agora penso que podemos ir todos jantar!"
Draco mostrava um sorriso falso, e arrastou Hermione consigo para fora do gabinete.
"Baile Muggle? Estás parva ? Deves estar-te a passar!"
"Qual é o mal? Lá por tu quereres ficar ignorante e saloio para sempre, não quer dizer que os outros tenham que ir pelo mesmo caminho. Ah! E não te esqueças de falar com o Snape ao jantar..."
Hermione apressou o passo e entrou no Salão. Foi sentar-se ao lado de Ginny. Pouco depois, Draco e os professores entraram também. O jantar decorreu calmamente, e então Hermione deitou um olhar encorajador a Draco, para este ir falar com Snape. Draco levantou-se e dirigiu-se à mesa dos professores. Ele era o único que estava em pé, portanto todos os olhares se viraram para ele. Hermione já previa um grande momento de diversão...
Ao chegar perto de Snape, Draco começou a falar.
"Professor, preciso de lhe dar uma palavrinha..."
"Diz Draco."
"Será que pode...."
"O quê? Não te oiço. Fala mais alto."
"Eu queria pedir..."
"Desembucha rapaz!"
"Será que podia... er..."
"É para hoje rapaz?!"
"PODE ANULAR O CASTIGO DA HERMIONE GRANGER?"
O salão encheu-se de pequenos risos, e muitas caras de espanto. Hermione estava encostada à cadeira com um enorme sorriso de triunfo. Ron não conseguia parar de rir. O GRANDE Malfoy a pedir a um professor para tirar um castigo a uma sangue-de-lama. Era um momento histórico! Ginny dava gargalhadinhas e apertava o braço de Hermione. Draco olhou em volta e corou. Ele não se tinha apercebido de que tinha falado muito alto. Snape desenhou no rosto que era mais perto de conseguir ser um sorriso (apesar de que ele não poder sorrir. Com tantas plásticas que deve ter feito para mudar aquela monstruosidade, os músculos devem ter ficado presos...)
"E posso saber porquê?"
"Porque temos muito trabalho nesta noite por causa do baile. De certeza que compreenderá..."
"Sim Severus. Miss Granger tem que estar disponível. Deixa o castigo para outro dia. Pode ir sentar-se Mister Malfoy."
Draco virou as costas e caminhou cabisbaixo para o seu lugar. Quando lá chegou olhou para Hermione, que sorria incessantemente, e batia palmas silenciosas. Mas o melhor ainda estava para vir no dia de festa...
~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~
Então? O que é q axaram? Se acharam que estava um pouco monótono é normal. É o próximo capítulo que guarda as grandes surpresas! Qual vai ser a partida? Como vai ser a festa? Muitas coisas vão acontecer... ando aqui a engendrar umas coisas...
Fiquei tão feliz com as reviews! Vocês nem imaginam! Obrigada do fundo do meu coração!
Ritinha - a minha fiel leitora! Não para ser convencida, mas eu também adorei o diálogo do fim... demais! Aki está o 2º capítulo! Obrigada pela review!
Belinha - Fico bastante contente de saber que gostas mesmo das histórias! Obrigada pela review!
Anne Potter - Ainda bem que gostaste! Continua a ler! Obrigada pela review!
Blue Angel - Obrigada pelos elogios... e obrigada pela review!
Pandora - tu também és das minhas fiéis! Realmente estava muito inspirada com akela parte! Obrigada pela review!
Lessy - Isto foi o mais rápido que consegui fazer. Obrigadão pela review!
Dely_li - adoro quando vcs gostam das histórias! Obrigada pelos elogios e obrigada pela review!
Silvy - O teu desejo vai ser realizado... vamos poder vê-lo de peito nu (se fosse só isso...) espera para ver! Obrigada pela review!
Rita Malfoy - podes crer Rita! As coisas ainda vão fikar mt picantes... Obrigada pela review!
VERA - sim sim... eu sei que nasci pa isto lololol (tou no gozo amiga...) Obrigada pela review!
Obrigada também a: Catarina, Ângela, Vânia, Coxa, Vampira, Ana Alves, Mara, e à grande miúda que tem ideias absolutamente GENIAIS e que eu adoro... SORAIA!!! Obrigada por tudo!!!
~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~
Pronto. Q mais posso dizer? Ah! Já sei! Deixem as vossas reviews! PLEASE!!! É tão importante pour moi!!! Façam-me feliz! Eu PROMETO que o 3º capitulo vai ser... simplesmente... fabuloso!!!
Jokas mt mt mt mt mt gands pa todos ;)
P.S. se kiserem deixem sugestões também
Bem, que o espectáculo comece...
~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~' O Castigo '~'''~'''~'''~'''~'''~'''~'''~
Enquanto subia as escadas, Hermione soltou uma pequena gargalhada que só ela podia ouvir. No fim das escadas estava uma porta de madeira vermelha. Tinha uma placa com o nome dela, e a maçaneta era a pata de um leão. Hermione abriu a porta e ficou bastante satisfeita com o seu novo quarto. As paredes eram de um azul muito claro, e o chão tinha um enorme tapete também azul. Em frente tinha uma cama de dossel em madeira escura talhada minuciosamente, com lençóis de seda de cor azul para condizer com o resto. Havia um enorme guarda-fatos que era do conjunto da cama. À esquerda Hermione ficou feliz de constatar que havia uma estante que cobria quase toda a parede com livros antigos e raros, que tinha um sofá branco incorporado. Do lado esquerdo da cama havia uma grande janela que tinha um miradouro com almofadas brancas.
Olhando em volta, Hermione reparou numa porta em madeira. Abriu-a e deu por si na casa-de-banho. A casa-de-banho era muito acolhedora, toda em azulejo branco. E no outro extremo havia outra porta. A porta abriu-se, e Draco entrou. O que fez com que Hermione percebesse que a casa-de-banho ia ser partilhada pelos dois... o que podia trazer problemas no futuro... mal viu Hermione, Draco voltou-se e saiu.
Hermione apressou-se a sair dali para à torre dos Gryffindor a fim de ir buscar os livros para as aulas da manhã. Pouco depois Hermione entrou no Salão principal onde ainda encontrou Ginny, Ron, Harry, e Neville. Mal a viu, Ron deixou entornar um copo que ainda tinha um pouco de sumo de abóbora com um gesto brusco.
"Vais mesmo ter que viver com aquele atrasado?!"
"Parece que sim... mas este ano acabaram-se os gozos. O que ele me desejar a mim, eu desejo-lhe o mesmo a dobrar."
Enquanto saboreava uma sandes, Harry disse.
"Assim é que se fala Mione. Aquele patife não merece a atenção de ninguém. Nunca percas uma oportunidade de o deitares abaixo."
"Sabes Mione, há um bocado passaram aqui umas miúdas hufflepuff a dizerem que eras a mais sortuda deste ano..."
"Bem, se elas chamam sorte conviver com um idiota chapado horas a mais, então sim. Sou a que tem mais sorte deste ano!"
Todos se riram com a afirmação de Hermione. E Ginny respondeu num tom um pouco sonhador.
"Mas tens que admitir que o Malfoy é sem dúvida um dos mais bonitos da escola..."
Ron não estava a gostar muito da conversa. Talvez por ter tido sempre um fraquinho por Hermione.
"Depende. Se gostares de um lagarto malcheiroso..."
Mais uma vez todos se riram. Mas Hermione voltou a falar.
"Tenho que admitir que tens razão Ginny. O Malfoy é sem dúvida muito bonito. Mas para quê isso, se tenho na minha frente os rapazes mais giros que já passaram por Hogwarts?"
As sardas de Ron até desapareceram de tão vermelho que ele ficou. Harry limitou-se a sorrir envergonhado. E Neville engasgou-se com a sandes tal foi o choque. Ao perceber o embaraço dos rapazes, Hermione quebrou o gelo.
"Vamos lá. Temos herbologia. E não queremos chegar tarde no primeiro dia pois não? E tu também tens que ir Ginny."
Todos se levantaram bastante ensonados e sem vontade alguma para ter aulas. Só Hermione parecia entusiasmada. Ron murmurou entredentes para Harry 'ela nunca há de mudar...'. Ginny foi ter com umas amigas que estavam na ponta da mesa.
Do outro lado do castelo Draco tinha transfiguração. Estava a ser uma aula bem monótona por isso Draco e Mark conversavam.
"Nem acredito na tua sorte. Vais viver com a Granger! Como é que se estão a dar?"
"Põe uma coisa na tua cabeça. Eu e a Granger JAMAIS nos daremos bem. Entendeste? Ela é uma peste. Narizinho empinado... pensa que é muito boa..."
"E é... admite lá. Hoje de manhã babavas por todo o lado... vais negar?"
"Ok ok... ela é boa. E inteligente. Mas somos incompatíveis. É impossível ter uma conversa decente. Não dá."
"Ainda bem. Assim fico eu com ela. Com jeitinho vai-se a todo o lado..."
Os dois rapazes trocaram sorrisos maldosos. Pouco depois Draco recebeu um bilhete de dizendo:
Querido Drakie,
Hoje à noite estou livre para ti. Imagino como te deves sentir com a ideia de viver com a sangue-de-lama-sabe-tudo. Estares comigo é sempre um alivio... tu sabes... vem ter comigo depois da meia-noite. Vou estar à tua espera...
Beijos cheios de amor,
Da tua Pansy
Draco levantou os olhos e olhou para Pansy, que enrolava uma madeixa de cabelo com os dedos e sorria para ele. Draco simulou um sorriso para Pansy e mostrou o bilhete a Mark.
"o que eu tenho que aturar..."
Mark desatou a rir depois de ler, o que fez com muitos slytherins olhassem para ele, e a própria Mcgonnagal olhou para ele com uma cara bastante severa, o que fez com que ele voltasse a trabalhar. Depois de algum tempo, Draco levantou a cabeça e reparou numa rapariga Slytherin loira que olhava fixamente para ele. A rapariga corou ligeiramente ao ver que Draco se tinha apercebido do seu olhar. Mas Draco com muita prática no campo de sedução olhou sedutoramente para ela e passou a língua pelo lábio superior. A rapariga sorriu envergonhada e Draco murmurou entredentes para Mark.
"Está no papo... já tenho diversão hoje à noite..."
O resto do dia foi um pouco agitado. Hermione num dos intervalos foi apanhada por um grupo de raparigas Ravenclaw do quarto ano que lhe perguntavam entusiasmadas 'achas que vais conseguir vê-lo nu?' ou 'ele é perfeito não é?' ou então 'o meu nome é Sarah... achas que me podes apresentar um dia destes?' Hermione achava ridículo que as raparigas pudessem achá-lo perfeito se nem sequer o conheciam. Depois do jantar, despediu-se dos amigos, e dirigiu-se para a sala comum dos Chefes de Turma para fazer os trabalhos de casa. Quando lá chegou a sala estava vazia, o que a levou a pensar que Draco podia ainda não ter chegado. Hermione foi ao quarto, onde as suas coisas já se encontravam arrumadas, e levou para baixo os livros e outros materiais. Sentou-se na sua secretária da sala comum e começou a trabalhar. Uma hora depois tinha acabado todos os trabalhos. Arrumou as coisas e começou a procurar um livro interessante nas estantes. Escolheu e estendeu-se num dos sofás para começar a ler. o tempo passou e eram onze e meia. Hermione estava a apreciar aqueles momentos de descontracção, deitada naquele sofá muito confortável e sentindo o calor que emanava da lareira. E foi então que ouviu a porta do quarto de Draco a abrir-se.
Draco desceu envolto num manto preto. Ia preparar-se para sair. Estava todo arranjado. Hermione calculou de imediato que era para ir ter com mais uma ingénuazinha.
"Que horror... onde compraste essa colónia Malfoy? No cemitério? Desculpa lá, mas é que é mesmo enjoativa..."
Draco parou no meio da sala e virou-se para Hermione.
"Tens problemas Granger? Eu cheiro bem, enquanto que tu..."
Hermione não o deixou acabar a frase. Sentou-se no sofá recostando-se e cruzando os braços com ar decidido.
"Eu o que Malfoy?"
Tal determinação e segurança fez com que Draco se engasgasse um pouco.
"Sabes, eu ainda tenho uma vida social enquanto que tu... sempre agarrada aos livros. De é que isso te vale?"
"Eu também tenho vida social. Tu não podes falar do que não sabes... eu ao menos respeito os outros. E agora tu vais dizer-me. Respeitas alguém? Nem sequer te preocupas quando elas te dizem que não... só pensas em ti."
Draco ficou mais uma vez preso sem palavras. Hermione exibia um sorriso inocente.
"Não tenho tempo para discussões com uma sangue-de-lama como tu. Tenho gente à espera."
Draco voltou as costas e começou a andar na direcção do retracto. Hermione voltou a esticar-se e pegou no livro, e depois simulou uma tosse parecida com 'lagarto malcheiroso'. Draco virou-se rapidamente.
"O que é que disseste?"
"Credo! É que és mesmo atrasado. Uma pessoa agora não pode tossir?"
"és muito espertinha..."
sempre a olhar pelo canto do olho Draco abandonou a sala. Hermione voltou a ler com um sorriso vitorioso nos lábios. Mas daí a pouco adormeceu.
Draco vinha em silêncio pelos corredores depois de se ter despedido de Michelle. Draco vinha satisfeito. Michelle não fora como Kate e soubera 'aproveitar'. Talvez amanhã ele fosse ter com ela de novo. Com o máximo de silêncio possível, Draco entrou na sala comum. E ficou boquiaberto ao olhar para o sofá. Hermione estava estendida a dormir. Os seus cabelos de chocolate encaracolados estavam estendidos na almofada, e ela parecia mesmo um anjo, com pele de seda. Draco teve que exercer um enorme autodomínio para não lhe acariciar os cabelos macios e beijar os seus lábio suaves cor de rosa. Ela parecia estar a dormir profundamente. Então, Draco aproximou- se um pouco mais e pôs-se de joelhos ao lado dela. Começou a respirar o cheiro dela e fechou os olho. O cheiro dela era doce, e leve. Hermione sentiu a presença de alguém e abriu os olhos lentamente. Olhou para o lado e viu Draco de olhos fechados a poucos centímetros dela.
"Posso perguntar o que é que estás a fazer?"
Draco deu um pulo para trás com o susto. E ficou muito corado. O anjo parecia agora um vulcão ameaçador.
Hermione permanecia deitada mas agora estava de lado com a cabeça apoiada na mão. Começou a brincar com uma madeixa de cabelo entre os dedos. Draco permanecia calado a observá-la. Ela estava a repetir o gesto que Pansy tinha feito há horas atrás. Mas a diferença era enorme. Enquanto Pansy o fazia desajeitadamente e sem qualquer sensualidade, Hermione fazia-o com postura era a sensualidade em pessoa. Draco ficou de tal maneira sem saber o que dizer, que ainda ficou bastante tempo a olhar para ela de boca aberta. E então começou a ouvir as suas vozes interiores. 'O que estás a fazer? Já te esqueceste que ela é apenas uma sangue-de-lama nojenta?' 'deixa de ser parvo. Ela foi feita para ti. Ela é perfeita, tudo o que sonhaste!' 'não oiças esse idiota romântico. Ela nunca te dará o que tu queres!' 'já é altura de começares a ser tu próprio. Deixa de ser a sombra do teu pai.' 'ora ai está um ponto interessante! O que achas que o teu pai pensaria de tu andares com uma sangue-de-lama? Desce à terra rapaz.' Draco levantou-se endireitou o manto.
"Não tens nada a ver com isso. Vou-me deitar."
"porque é que nunca admites nada do que sentes? Porque é que tens de ser sempre um bloco de gelo? Também é bom ser humano, sabes, para variar..."
Draco virou as costas e foi para o quarto dele. Hermione levantou-se e também foi para o seu quarto.
Quando acordou na manhã seguinte, Draco começou a recordar os acontecimentos do dia anterior, e imediatamente lhe veio à cabeça a imagem de Hermione a dormir. De facto uma das suas vozes interiores tinha razão. Ela era tudo o que ele queria. Ele gostava de raparigas decididas, inteligentes, com uma resposta sempre pronta, e muito bonitas. Mas ele não podia nem pensar duas vezes. Eles odiavam-se e ia ser assim para sempre. Ele foi ensinado a odiar, e nunca a amar. Abanou a cabeça com força para afastar aqueles pensamentos. Levantou-se e dirigiu-se à casa-de-banho. Tomou banho, vestiu-se e desceu para a sala comum. Ele ainda tinha um trabalho para acabar, por isso foi sentar-se na sua secretária. Pouco tempo depois, Hermione desceu também. Draco tentou concentrar-se e não perder tempo a virar a cabeça sequer. Mas assim que Hermione o viu, começou imediatamente a falar.
"Ah! Ainda bem que te vejo. Temos que conversar."
Hermione sentou-se em cima da secretária de Draco com os braços cruzados a olhar para ele.
"Não vês que estou a trabalhar? O que é que queres?"
"Não sei se te lembras mas o baile de recepção é depois de amanhã, e hoje é a reunião com os professores. Tens alguma ideia para a festa?"
"Não. Agora deixa-me trabalhar. Se me lembrar digo-te."
Draco molhou a pena no tinteiro e continuou a escrever.
"Óptimo. Queres ser assim, tudo bem. Até logo cretino."
Hermione saiu da sala e foi em direcção ao salão. Ela detestava não ter as coisas organizadas. E com Draco isso parecia ser o mais certo. Ela ficou com a impressão de que na noite anterior, Draco a admirava enquanto ela dormia. Hermione não ficou contente com o facto, mas também não ficou chateada. Mal chegou ao salão foi ter com Ron e Harry.
"Bom dia."
"Ena! Que boa disposição... o que se passa?"
"Se foi aquele Malfoy... eu mato-o..."
"Deixa lá o Malfoy... ele nunca há de mudar. Eu acordei maldisposta. Foi só isso."
Harry e Ron trocaram um olhar desconfiado e depois voltaram a comer.
Depois de acabado o pequeno almoço, Os três dirigiram-se para a primeira aula. Poções com Slytherin. Draco e hermione trocaram vários olhares de ódio. Snape mandara-os fazer uma poção de cura extremamente forte. E como sempre, Neville teve bastantes dificuldades... então, Hermione aproximou-se dele e deu-lhe algumas dicas, tentando evitar que Snape tirasse pontos aos Gryffindor por causa dele. A poção de Neville já estava a correr bastante bem, e então Hermione sentiu uma mão no ombro que a voltou.
"Miss Granger, penso que já está a abusar. Volte para o seu lugar e deixe o Longbottom sozinho. JÁ!"
"Desculpe professor. Mas o Neville não conseguiu compreender algumas coisas, e como já tenho a minha poção preparada, achei por bem dar-lhe algumas dicas. Com isto ele só aprende."
"Penso que ainda sou o professor aqui. Achei que com o cargo de Chefe de turma tivesse ganho algum juízo. Lembre-se de que quanto maior é o voo, maior é a queda. Se o Longbottom não percebeu alguma coisa era comigo que tinha que falar. Além disso ele nunca percebe nada, mesmo que lhe repitam vinte vezes."
A esta altura já todos tinham deixado de trabalhar, para prestar atenção à discussão.
"20 pontos a menos para os Gryffindor. Está contente Miss Granger?"
"Tenho a consciência tranquila. O lema de Gryffindor é ajudar sempre quem tem necessidade. Eu não prejudiquei ninguém. Antes pelo contrário."
Neville corou ligeiramente ao sentir a protecção de hermione.
"Castigo pela sua ousadia. Às 10 horas no meu gabinete esta noite."
Hermione ia começar a argumentar mas sentiu um beliscão nas costas dado por Harry. Snape olhava-a altivamente. Ela virou as costas e foi sentar-se no seu lugar de braços cruzados e com uma enorme vontade de atirar a sua poção fumegante à cara de Snape. Ela evitou a todo o custo o olhar de Draco que estava muito divertido com a situação.
A partir daí a manhã passou a voar. Ao almoço, Draco fez um sinal para chamar Hermione. Ela levantou-se relutante, imaginando o que ele queria. Draco olhou em volta e sussurrou no ouvido dela "tenho que te contar uma coisa. Vem comigo.". Hermione foi atrás dele, e entraram numa sala da aulas abandonada.
"Aqui estamos mais à vontade. Preciso de um favor teu..."
Hermione sentou-se numa das mesas e cruzou as pernas. Ao ouvir as palavras de Draco começou a rir-se.
"Tu? E eu que pensava que nunca veria um Malfoy a pedir um favor a uma sangue-de-lama! Qual é o desespero?"
"Deixa-te lá de sarcasmos... Sabes o Crabbe e o Goyle? Nós já não nos damos mais. Agora ando mais com o Mark. E então aqueles cabeçudos andam a ver se me lixam a vida. E eu soube agora que eles... foram dizer uma coisa... bem..."
"Sabes Malfoy, eu tenho mais que fazer. Importas-te de abandonar esse estilo de atrasado e começar a desembuchar?"
Draco revirou os olhos e continuou a falar.
"Eles foram falar com todas as raparigas com quem eu ando, e contaram-lhes que andava com mais ao mesmo tempo..."
Draco não teve tempo de contar mais, porque mal falou Hermione começou a rir descontroladamente.
"Não posso... é demais!!! Pobre Drakiezinho... já não tem as suas concubinas! Vou morrer... de... tanto... rir!!!"
Draco sentou-se mesa à frente de hermione, e esperou que ela terminasse de rir. Ao ver que Draco ostentava uma expressão impaciente, ela parou de rir. Pelo menos tentou. Ainda tinha um sorriso de gozo.
"Eu não fiquei sem miúdas. Ainda há quem saiba aproveitar."
"Quem? A Pansy? E já agora, tu tens alguma coisa que se aproveite?"
Com a sua última afirmação hermione voltou a rir histericamente. Draco levantou-se e dirigiu-se à porta.
"Desisto."
Hermione levantou-se e puxou-o por um braço.
"Vá. Conta lá o resto que eu não me rio mais."
Draco olhou para ela ainda um pouco apreensivo.
"Bom, eles fizeram um papel de coitadinhos, e elas agora andam todas embasbacadas com eles. E tenho a certeza que amanhã eles vão ter muito sucesso."
"Portanto, tu queres vingar-te deles, e queres que as raparigas os detestem. Certo?"
"Isso mesmo. Adoro a tua perspicácia. Então? tens alguma ideia?"
"Por acaso até tenho..."
"Isso quer dizer que me ajudas?"
"Não. Isso quer dizer que eu sou uma mulher de ideias..."
"Ok. Já entendi. O que queres em troca?"
"Lindo menino! Não me está a apetecer muito passar a noite no gabinete do Snape. Por isso tudo o que tens a fazer, é ir falar com ele ao jantar e pedir-lhe para ele me anular o castigo. É simples não é?"
"queres que me humilhe em frente de toda a escola a pedir ao Snape para ele te anular o castigo? Estás doida?!"
"Esta era a minha condição. É pena que não a aceites... a ideia era mesmo boa... então até logo."
"Espera! Ok. Eu alinho. Eu falo com o Snape ao jantar. Palavra de Malfoy. Agora diz-me a ideia."
"óptimo! Então é assim..."
Draco e Hermione ficaram a discutir a grande partida que vai ser feita no dia do baile.
Às seis horas, Draco dirigiu-se ao gabinete de Dumbledore. Hermione estava na entrada à espera dos outros professores. Pouco depois, estes apareceram e todos entraram. Dumbledore estava sentado na ponta da mesa de reuniões.
"Miss Granger, Mister Malfoy. estamos todos ansiosos por ouvir as vossas ideias para a festa. Podem começar."
Draco e Hermione começaram a trocar olhares nervosos. Na verdade eles não tinham combinado nada. Então Draco começou a falar.
"Bom, nós... er... nós não... er..."
Dumbledore e os outros pareciam confusos. Snape perguntou impaciente.
"Vocês o quê?"
Draco olhou para Hermione um pouco desesperado. Não era muito bom sinal, logo na primeira reunião os Chefes de Turma não mostrarem qualquer trabalho. Mas então, Hermione foi iluminada por uma ideia magnífica.
"Eu e o Mal... Draco tivemos uma ideia bastante original para a festa. Certo Draco?"
"Er... claro."
Draco moveu os lábios para ela dizendo 'o que estás a fazer?'.
"Estou muito interessado em ouvir. Pode dizer Miss Granger."
"Vamos fazer um baile muggle!"
Hermione teve que se controlar para não começar a rir da cara de Draco. Ela nunca o tinha visto tão chocado. Falar em muggles a um Malfoy era o mesmo que tirar um peixe de água. Dumbledore vibrou com a ideia e mostrou-se muito entusiasmado.
"É deveras uma ideia muito original Miss Granger! Fantástico! E já pensaram nos pormenores?"
Hermione ao ver que estava em campo seguro, continuou com o olhar aprovador de todos os professores (menos Snape, mas esse já nasceu com cara de enjoado, coitado...).
"Teria que ser obrigatório o uso de roupas muggle. A comida era muggle segundo as tradições inglesas, a música era muggle também..."
Mcgonnagal olhava-a fascinada.
"Interessante... mas como se vai arranjar tudo isso?"
"É fácil, todos os alunos têm quase de certeza roupa muggle, eu posso falar com os elfos e dar-lhes receitas tradicionais, e quanto à música, o Fred Rogers dos Ravenclaw é DJ no mundo muggle, por isso pode tratar da música."
Draco ainda não tinha abandonado a sua expressão de espanto. Pela sua cara, ele parecia não ter roupas muggle e a ideia parecia enojá-lo.
"DJ?"
"Sim. É como uma pessoa que toma conta da música e organiza tudo relativo a ela. Também podíamos por um placar mágico com dedicações de músicas. Eu posso tratar disso."
"Mas, Miss Granger, que eu saiba os muggles apenas usam electricidade. Como vai fazer os aparelhos funcionarem?"
"É simples professora Mcgonnagal. Eu arranjei um feitiço que permite aparelhos muggles trabalharem dentro do castelo."
O professor Flitwick que tinha a cabeça apoiada nas mãos murmurou.
"Fascinante!"
O professor Lupin (N\A: é verdade ele tá de volta! Não é bom?! YES!) estava recostado na cadeira, e tinha um sorriso amigável.
"A nossa Hermione é assim... sempre cheia de surpresas..."
"Bem, sendo assim vamos começar a organizar tudo esta noite. Agora penso que podemos ir todos jantar!"
Draco mostrava um sorriso falso, e arrastou Hermione consigo para fora do gabinete.
"Baile Muggle? Estás parva ? Deves estar-te a passar!"
"Qual é o mal? Lá por tu quereres ficar ignorante e saloio para sempre, não quer dizer que os outros tenham que ir pelo mesmo caminho. Ah! E não te esqueças de falar com o Snape ao jantar..."
Hermione apressou o passo e entrou no Salão. Foi sentar-se ao lado de Ginny. Pouco depois, Draco e os professores entraram também. O jantar decorreu calmamente, e então Hermione deitou um olhar encorajador a Draco, para este ir falar com Snape. Draco levantou-se e dirigiu-se à mesa dos professores. Ele era o único que estava em pé, portanto todos os olhares se viraram para ele. Hermione já previa um grande momento de diversão...
Ao chegar perto de Snape, Draco começou a falar.
"Professor, preciso de lhe dar uma palavrinha..."
"Diz Draco."
"Será que pode...."
"O quê? Não te oiço. Fala mais alto."
"Eu queria pedir..."
"Desembucha rapaz!"
"Será que podia... er..."
"É para hoje rapaz?!"
"PODE ANULAR O CASTIGO DA HERMIONE GRANGER?"
O salão encheu-se de pequenos risos, e muitas caras de espanto. Hermione estava encostada à cadeira com um enorme sorriso de triunfo. Ron não conseguia parar de rir. O GRANDE Malfoy a pedir a um professor para tirar um castigo a uma sangue-de-lama. Era um momento histórico! Ginny dava gargalhadinhas e apertava o braço de Hermione. Draco olhou em volta e corou. Ele não se tinha apercebido de que tinha falado muito alto. Snape desenhou no rosto que era mais perto de conseguir ser um sorriso (apesar de que ele não poder sorrir. Com tantas plásticas que deve ter feito para mudar aquela monstruosidade, os músculos devem ter ficado presos...)
"E posso saber porquê?"
"Porque temos muito trabalho nesta noite por causa do baile. De certeza que compreenderá..."
"Sim Severus. Miss Granger tem que estar disponível. Deixa o castigo para outro dia. Pode ir sentar-se Mister Malfoy."
Draco virou as costas e caminhou cabisbaixo para o seu lugar. Quando lá chegou olhou para Hermione, que sorria incessantemente, e batia palmas silenciosas. Mas o melhor ainda estava para vir no dia de festa...
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Então? O que é q axaram? Se acharam que estava um pouco monótono é normal. É o próximo capítulo que guarda as grandes surpresas! Qual vai ser a partida? Como vai ser a festa? Muitas coisas vão acontecer... ando aqui a engendrar umas coisas...
Fiquei tão feliz com as reviews! Vocês nem imaginam! Obrigada do fundo do meu coração!
Ritinha - a minha fiel leitora! Não para ser convencida, mas eu também adorei o diálogo do fim... demais! Aki está o 2º capítulo! Obrigada pela review!
Belinha - Fico bastante contente de saber que gostas mesmo das histórias! Obrigada pela review!
Anne Potter - Ainda bem que gostaste! Continua a ler! Obrigada pela review!
Blue Angel - Obrigada pelos elogios... e obrigada pela review!
Pandora - tu também és das minhas fiéis! Realmente estava muito inspirada com akela parte! Obrigada pela review!
Lessy - Isto foi o mais rápido que consegui fazer. Obrigadão pela review!
Dely_li - adoro quando vcs gostam das histórias! Obrigada pelos elogios e obrigada pela review!
Silvy - O teu desejo vai ser realizado... vamos poder vê-lo de peito nu (se fosse só isso...) espera para ver! Obrigada pela review!
Rita Malfoy - podes crer Rita! As coisas ainda vão fikar mt picantes... Obrigada pela review!
VERA - sim sim... eu sei que nasci pa isto lololol (tou no gozo amiga...) Obrigada pela review!
Obrigada também a: Catarina, Ângela, Vânia, Coxa, Vampira, Ana Alves, Mara, e à grande miúda que tem ideias absolutamente GENIAIS e que eu adoro... SORAIA!!! Obrigada por tudo!!!
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Pronto. Q mais posso dizer? Ah! Já sei! Deixem as vossas reviews! PLEASE!!! É tão importante pour moi!!! Façam-me feliz! Eu PROMETO que o 3º capitulo vai ser... simplesmente... fabuloso!!!
Jokas mt mt mt mt mt gands pa todos ;)
P.S. se kiserem deixem sugestões também
