Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! Tudo bem? Já voltei das minhas férias, mas já estou com saudades (... bem aqui está o capítulo. Sim, sim, eu sei que demorei muito, mas acho que vão gostar... ok LEIAM!!! ;)

"ll"ll"«»"ll"ll"«»"ll"ll"«»"ll"ll" Um dia para esquecer "ll"ll"«»"ll"ll"«»"ll"ll"«»"ll"ll"

Cansada da aborrecedora história de Neville, Hermione levantou-se e foi à procura de Harry e Ron. Dirigiu-se à torre dos Gryffindor na suposição de que ambos estavam lá. E não se enganara. Harry e Ron estavam sentados a um canto da sala comum, perto da lareira, e falavam muito baixinho, com as cabeças muito próximas. Levaram algum a tempo a perceber que Hermione também estava presente.

"Mione... estás aí à muito tempo?"

"O suficiente para perceber que vocês andam a preparar alguma... digam lá. Tem a ver com quem?"

Harry e Ron entreolharam-se comprometidos. E então, Ron fezHerm um sinal com a boca a Harry e este levantou-se.

"Bem, vou andando... tenho que ir falar com o Hagrid... vemo-nos em poções."

"Mas Harry, nós vamos contigo, já não falo com o Hagrid há imenso tempo."

Hermione aproximou-se de Harry para o acompanhar. Mas Ron puxou-lhe o pulso para baixo.

"Fica Hermione. Preciso de falar contigo..."

Hermione olhou para Ron desconfiada, e de seguida olhou para Harry que fez um movimento para a encorajar.

"Até logo."

Hermione tomou o lugar de Harry, cruzou as pernas, e ficou á espera que Ron falasse. Mas ele não falou. Parecia bastante nervoso. Apertava as mãos uma contra a outra, e olhava para o chão concentrado. Hermione receou que ele tivesse algo muito importante para lhe contar.

"Ron, não gosto quando ficas assim... conta logo. Estás a assustar-me. É sobre o quê?"

Ron levantou lentamente a cabeça para olhar para Hermione.

"É sobre o nosso relacionamento Mione."

"Oh não Ron! Não me digas que ainda estás chateado comigo! Já me começo a cansar."

"Não Hermione. Embora ultimamente me tenhas dado razões para isso, e os teus comportamentos tenham mudado, eu não estou chateado contigo. Só te quero contar uma coisa que está presa dentro de mim há muito tempo, e agora é a altura para sair.

Hermione já imaginava o que se seguia. Ron respirou fundo e disse:

"Eu gosto de ti. Gosto mesmo muito de ti. E magoa-me ver que andas a dar demasiada atenção ao Malfoy. Ele não serve para ti! Ele não presta! Não te deixes enganar. Ele decepciona toda a gente. Por isso, como teu melhor amigo, eu dou-te a escolher. A minha amizade, ou ele."

Ron corou um pouco, mas manteve a expressão séria e dura. Hermione deixou cair o queixo com tamanho espanto. Durante um tempo ficou assim, atónita, e à espera que Ron abandonasse a sua expressão séria e dissesse que tudo aquilo não tinha passado de uma brincadeira. Isso não aconteceu, e Hermione tomou uma atitude.

"Nem acredito no que me dizes Ronald Weasley! Tu estás a insinuar que EU gosto de andar sempre às turras com o Malfoy, e que vais deixar de ser meu amigo por isso?"

"Não! Eu estou a dizer que tu andas a provocá-lo de propósito! Tu gostas desses joguinhos com ele! Ele não te merece Mione... é por isso que..."

"Nunca pensei que fosses assim tão parvo! E sabes que mais? Estou farta disto! Estou farta de todos, de intrigas, de mal-entendidos, de insinuações patéticas, de TUDO!!! Por isso eu não escolho nem o Malfoy, nem tu, porque ninguém me pressiona, e muito menos me intimida e manda em mim! Parabéns, porque com essa estupidez acabaste de perder uma amizade!"

Hermione levantou-se de rompante, pronta a sair da sala. Mas também Ron se levantou e disse uma frase que a gelou e a fez parar a meio do caminho.

"Mas eu amo-te!!!"

Ron ficou mais vermelho do que Hermione alguma vez tinha visto. Ela virou- se muito lentamente, e com a sua expressão furiosa, olhou bem fundo nos olhos de Ron.

"Então prova-o."

E sem dar mais oportunidade de resposta a Ron, saiu pelo retrato, direita às masmorras. Os alunos que geralmente a cumprimentavam, nem se atreveram a fazê-lo devido à expressão grave que Hermione levava. *Era só o que me faltava agora! O Ron a dizer-me o que fazer! Sinceramente, não estou mesmo nos meus dias. E só começou agora...*

"Ei! Granger!"

Hermione virou-se para ver a quem é que pertencia a voz. Era Bertha.

"Estás com uma cara! O que é que se passou? Não me digas que foi o Draco outra vez..."

"Oh! O que o Malfoy faz ou deixa de fazer já nem me interessa. Eu só sei que a minha vida é um inferno, e estou rodeada de demónios por todo o lado!"

"Bem, devo admitir... já me chamaram muita coisa, mas demónio é uma novidade..."

"Não era para te ofender. Desculpa. Mas é que hoje estou mesmo chateada..."

"É só hoje? A mim parece-me que estás de trombas todos os dias..."

Bertha e Hermione viraram-se ao mesmo tempo para olharem para Draco que tinha acabado de chegar ao corredor mal iluminado perto da aula de Snape.

"Só me faltavas tu para me azucrinares a cabeça!"

Bertha fez um trejeito com a boca.

"Bem... acho que vou andando... não quero chegar atrasada à aula do Snape..."

Mas Draco e Hermione nem olharam, demasiado ocupados com os olhares que lançavam um ao outro como punhais de gelo.

"Tinhas que me humilhar à frente do meu pai?"

"Soube-me muito bem ver a cara dele, que está tão habituado a ver-te a ti a dar ordens a sangues de lama... deve ter sido o único momento bom deste dia de merda..."

"Ninguém goza com a minha cara Granger. Muito menos tu... já te avisei muitas vezes... andas a brincar com o fogo."

Com os lábios a escassos centímetros dos de Hermione, Draco disse cada palavra pausadamente e explicitamente.

"Que...não...se...volte...a...repetir... Ouviste bem Granger? Senão..."

"Senão o quê? Eu não tenho medo de ti, ao contrário do que tu pensas. Eu tenho personalidade. Não me escondo atrás de disfarces..."

"Isso é para mim Granger?"

"Se a carapuça te serve..."

Draco deixou cair os livros no chão e empurrou Hermione contra a parede com tamanha força que Hermione até soltou um pequeno gemido de dor. Agarrando nos pulsos com bastante força, encostou os lábios aos ouvidos de Hermione.

"Estamos os dois sozinhos... estão todos nas aulas. Se gritares ninguém te vai ouvir. Já viste como é fácil dominar-te? Como é fácil pôr-te a tremer de ansiedade... de medo... de desejo..."

A última palavra ecoou na cabeça de hermione como se fosse um grito. Ela sabia que era verdade. Ele podia dominá-la muito facilmente. *Maldição!* pensou ela. Draco desceu os lábios até ao pescoço de Hermione e começou a depositar beijos quentes e leves, e murmurava entredentes, para que apenas ela pudesse ouvir.

"Já imaginaste o que te podia fazer agora? Estás completamente indefesa..."

Hermione baixou a cabeça ao nível da de Draco, e disse.

"Acabamos esta conversa na nossa sala comum. O melhor agora é irmos à aula do Snape. Acho que o teu paizinho não ia achar muita piada a andares a perder aulas, por estares com sangues de lama em corredores escuros..."

"Não me escapas Granger... ainda temos muitos..."

Draco deu um miradela ao corpo de Hermione com o mesmo olhar sedutor de Lucius.

"...'pontos' a focar..."

Draco largou Hermione e pegou nos seus livros. Ela fez o mesmo. Ambos caminharam lado a lado em silêncio, num passo rápido para a aula de Snape. Mal lá chegaram bateram à porta. As turmas já estavam no interior, e Hermione já podia pressentir um castigo pesado da parte de Snape. A sala estava mergulhada em silêncio. Algum tempo depois puderam ouvir alguns passos a virem em direcção à maçaneta da porta. A porta abriu-se e Hermione teve de se conter para não soltar um grito. Na ombreira da porta não era Snape que estava. Mas sim Lucius Malfoy. Draco manteve a sua postura calma e séria, mas podia ver-se que tinha menos cor do que o habitual, e Hermione podia sentir o seu nervosismo.

"Pai?"

"Não. Professor Malfoy. Miss Granger, Mister Malfoy, estávamos à vossa espera. Entrem por favor."

Draco entrou seguido de Hermione. Prontos para ouvir o habitual discurso de vocês-vão-ser-castigados, foi com muita surpresa que ouviram as próximas palavras de Lucius.

"Sentem-se rapidamente. Falamos no fim."

Mais aliviados correram para os seus lugares. Lucius seguiu para a secretária em frente às turmas. Em pé com a sua pose altiva, continuou o seu discurso.

"Como os vossos colegas já tiveram a oportunidade de ouvir antes da vossa abrupta interrupção, Mr. Malfoy, e Miss Granger, eu estarei aqui para substituir o vosso habitual professor de poções, Severus Snape, uma vez que este estará a substituir o vosso professor Lupin..."

Ao pronunciar o nome de Lupin, Lucius fez uma cara desagradável.

"... que teve de se ausentar por uns tempos."

Lucius fez uma pausa. Ninguém se atrevia a fazer um único ruído. Respirar demasiado alto já seria um crime a punir por Lucius.

"Espero trabalhar tão bem quanto o vosso verdadeiro professor, ou até melhor. Tenho conhecimento do vosso método de aulas, e irei mantê-lo. Não vou permitir conversas, trocas de pares, e muito menos ajudas."

Com este último comentário Lucius olhou directamente para os olhos de Hermione, com um pequeno sorriso de malícia no canto dos lábios.

"Seguindo as regras que vos dei, podem agrupar-se em pares como estavam nas últimas aulas, e acabar a poção que deixaram a repousar."

Mais uma vez Hermione teve que se agrupar com Pansy, que lhe deitava olhares de puro veneno várias vezes. A poção estava a correr bem. Hermione trabalhava eficazmente e era muito mais rápida que Pansy. Perto do fim da aula, Lucius começou a rondar as poções fumegantes, e rapidamente chegou à mesa de Hermione.

"Muito bem, Miss Granger... parece ter uma poção em condições. Mas para a próxima sugiro que trabalhe com o seu par e pare de se armar em protagonista. Menos 10 pontos para os Gryffindor."

"Mas a Parkinson não quer trabalhar! Desculpe professor, mas não está a ser justo!"

"Já tinha ouvido falar da sua ousadia. Menos 20 pontos, juntamente com os outros 10. E não se esqueça de falar comigo no fim da aula, para discutirmos o seu castigo. Fiz-me entender?"

"Perfeitamente professor."

Hermione sentou-se e cruzou os braços deixando uma boa visão do caldeirão para Pansy. Lucius ficou ainda mais furioso do que o que já estava.

"E o que é que julga que está a fazer?"

"Estou a deixar que a Parkinson recupere o tempo que perdeu a olhar para o rabo do seu filho e acabe a poção. Assim não sou eu a ter o protagonismo, pois não?"

Lucius bateu com o punho na mesa de trabalho daquele par, o que fez com que Pansy dê-se um pulo com o susto.

"Menina Granger..."

Mas mesmo a tempo, a hora de saída tinha chegado. Os alunos começaram a arrumar tudo para abandonarem a sala. Mas Lucius ainda gritou.

"Quero um resumo de 10 páginas sobre as plantas usadas para venenos na Ásia! Tiro pontos a quem não tiver um resumo a condições!"

Hermione começou a arrumar os seus pertences, e Draco já se situava em frente à secretária do pai. Lucius mantinha a sua pose altiva frente a Hermione.

"Siga-me Miss Granger."

Lucius sentou-se na secretária, com Draco e Hermione em frente. Draco e Hermione trocaram um olhar de receio. Mas voltaram a olhar em frente com medo que Lucius captasse a troca de olhares.

"Miss Granger, o seu castigo é hoje às nove nesta sala, uma vez que o meu escritório não é acessível a alunos. Quanto a ti Draco, depois falamos."

"O QUÊ?! Eu sou castigada e ele não? Isso não é justo!!! Vou imediatamente falar com a Professora Mcgonnagal!"

"À vontade Miss Granger. Mas lembre-se... é a sua palavra contra a minha. Pense bem no que faz. Eu não sou apenas um professor, sou também um dos elementos mais importantes da direcção desta escola..."

Lucius levantou-se e abriu a porta.

"Agora podem sair. E não quero que este tipo de atrasos se volte a repetir."

Furiosa com a situação, Hermione saiu rapidamente da sala com Draco imediatamente atrás. Draco acompanhou o passo dela. E Hermione parou bruscamente virando-se para Draco.

"Nem te atrevas a fazer comentários! Um Malfoy já é impossível, dois levam- me ao suicídio!"

"Se te conforta de alguma maneira, deixa-me dizer-te isto: acredita, o meu castigo vai ser bem pior que o teu."

E sem dizer mais nada, Draco passou por Hermione e desapareceu ao fundo do corredor escuro.

*

Hermione nem deu a atenção suficiente às aulas, devido aos acontecimentos dessa manhã. Ela odiava Lucius com toda a sua força. Pelo que ele lhe fazia, e pelo que fazia aos outros. Mas o pior do dia ainda estava para acontecer. Como se não bastasse ter uma aula de poções com Lucius, e uma de defesa contra artes negras com Snape, à hora de almoço, muitos alunos paravam a olhar para ela. Os rapazes riam e piscavam o olho, e as raparigas lançavam olhares fulminantes. Hermione não entendeu porquê. Quando caminhava para o salão a fim de almoçar, um rapaz Slytherin parou à sua frente e segredou-lhe ao ouvido:

"Fazes-me o mesmo que fizeste ao Mark? Olha que eu ia saber aproveitar..."

Hermione olhou para o rapaz com um ar bastante confuso, não fazendo a mínima ideia do que este estava a falar. O rapaz desenhou um sorriso de malícia, e partiu no sentido oposto de Hermione. Mas as abordagens não ficaram por aqui. Um grupo de raparigas Slytherin do 5º ano, gritaram bem alto para Hermione:

"Sua cabra!!!"

Mas Hermione continuou a andar, fingindo que não ouvia nada. Qual seria a razão para tudo aquilo? Ao entrar no salão, os murmúrios aumentaram, muitos apontavam para ela e segredavam ao ouvido do companheiro, e outros simplesmente olhavam de lado desprezando-a. Mas foi ao sentar-se na mesa dos Gryffindor que a bomba rebentou. Ron sentou-se na sua frente com a fúria de um vulcão.

"Já nem te conheço Hermione!"

"Não acredito... desculpa?! Não estou a entender."

"Agora finge que não sabe... nunca pensei que fosses tão cínica!"

"Tu importas-te de te explicares?! Estou completamente a apanhar do ar!"

"Tu mudaste tanto! Eu julgava conhecer-te. O que tu andas a fazer é nojento! Diz-me lá: o que é que fizeste ao Mark?"

"Ao Mark?! Nada! O que é que eu havia de ter feito? Mas já que estás tão informado importas-te de me esclarecer?!"

"Tu és uma tarada sexual! Querias levá-lo para a cama à força! Não soubeste respeitá-lo. Devias ver a cara dele! Foste uma autêntica cabra! Como é que pudeste fazer isso? Tu realmente..."

"Espera lá! Quem te contou isso? É por isso que andam a apontar para mim?"

"O que é que te parece? É claro que é por isso! E acho que fazem muito bem em censurar-te!"

"Diz-me JÁ quem te disse isso!!!"

"Não foi ninguém em especial! Toda a gente sabe! Toda a gente descobriu a cabra que tu és!"

"Como é que pudeste achar que isso era verdade? Achas que alguma vez eu ia fazer isso?! Pensa bem antes de falares e ouve os dois lados, porque há um lado que está a mentir! E não é o meu! Eu nunca tentei levar o Mark para a cama! E acredita que ele não é um virgenzinho inocente! Foi mais ao contrário! Ou porque é que achas que ele andava com outras ao mesmo tempo? Obrigada Ron por seres tão meu amigo, e me compreenderes tão bem, mas para amizades assim para que é que eu preciso de inimigos? E agora vou ver se paro com este falatório, porque eu não tenho culpa nenhuma!"

E mais furiosa que nunca, Hermione levantou-se violentamente arrastando atrás de si um copo que se partiu em mil bocados ao encontrar o chão. Mas ela nem sequer se preocupou em olhar para trás, tal era a ânsia de encontrar Mark. Não ia ser fácil encontrá-lo dado a dimensão do castelo, e a falta de pistas.

Disparada pelos corredores, ao virar uma esquina bateu com alguém. Olhou para ver quem era. Draco.

"Vê lá se tens mais cuidado! O Mark?!"

"Desde quando é que eu sei da vida dele?"

"Tens que ter uma ideia!"

"À minha procura?"

Hermione voltou-se rapidamente para encarar Mark. Este estava encostado à parede e olhava para Hermione com um sorriso de troça.

"Sim! Estava mesmo à tua procura! O que é que andaste a espalhar pela escola?"

"Minha querida... não me digas que ficaste aborrecida com os rumores..."

Disse Mark fingindo uma cara preocupada, mas que depressa foi substituída por um sorriso malicioso.

"Isto foi apenas uma lição, para que aprendas, que ninguém me humilha..."

Draco olhava para ambos, confuso. Pelo vistos devia ser o único naquela escola que não sabia o que se passava. Hermione aproximou-se mais de Mark, e levantou o braço com o punho cerrado. Reunindo toda a sua força deu o seu melhor murro na face de Mark. O lábio dele começou de imediato a sangrar. Alguns alunos pararam para tentar entender o que se passava.

"Quero esta história esclarecida ainda hoje. Arranja-te!"

"Podes fazer o que quiseres Granger! Eu vou negar sempre tudo. Ou eu nunca te disse que sou óptimo actor?"

E nesse momento, Draco 'acordou'.

"Vamos para a sala comum Mark. Vai para as aulas Granger."

"Pára Malfoy! ainda não acabei..."

Draco agarrou no braço de Hermione com força, e Hermione quase tremeu ao ver o brilho de ódio que havia nos seus olhos.

"Eu trato disto! Sai daqui!"

Hermione afastou-se bastante contrariada, mas sem vontade de enfrentar um Malfoy em fúria. E com menos vontade ainda, dirigiu-se à aula de Aritmancia...

*

Transfiguração era a última aula de Hermione. No fim da aula, Mcgonnagal fez um sinal a Hermione para que esta se aproximasse.

"Miss Granger, devo confessar que estou um pouco preocupada consigo. De algumas aulas para cá, tenho notado que não anda a prestar a devida atenção. Mais que sua professora, eu sou sua amiga, por isso quero que se sinta livre para desabafar comigo sempre que quiser."

"Obrigada professora... mas eu não tenho nada de especial, tenho andado apenas um pouco cansada. Nada que um bom jantar não resolva."

"Se é isso que acha Miss Granger, pode ir então."

"Mas obrigada na mesma professora..."

"Sempre ao seu dispor Miss Granger."

Hermione saiu de transfiguração. Deambulava pelos corredores quase sem destino. Não queria ir para a biblioteca nem para a sala comum dos Gryffindor. Na verdade não queria ouvir de novo aqueles estúpidos comentários. Não tinha fome, nem vontade de ler. mas uma voz fê-la voltar à realidade.

"Mione!"

No fundo do corredor, Harry corria para ela. Afogueado pela corrida, encostou-se na parede ao lado de Hermione.

"Harry, se vens com discursos podes desistir já, porque estou completamente esgotada e não me apetece ouvir mais sermões."

"Tem calma. Vim só dizer-te que podes sempre contar comigo porque eu acredito em ti, e sei que eras incapaz de fazer aquilo que o Mark anda aí a espalhar. Agora, não me perguntes porquê, mas tenho que te levar ao Salão Principal."

"O quê? Nem penses! Para ouvir todos aqueles murmúrios outra vez? Não!"

"Foi o Malfoy que me disse. E eu estou encarregado de te levar para lá. Garanto-te que não é nada de mau."

"Não sei Harry... os esquemas do Malfoy dão sempre para o torto..."

"Confia em mim. Se der para o torto eu dou um murro no Malfoy. dou-te a minha palavra de honra."

"Mas olha que se me chatear a culpa é tua!"

"Ok. Só te peço. Não ligues ao que as pessoas dizem."

"Vou tentar..."

Harry pôs o braço à volta dos ombros de Hermione, e conduziu-a até ao salão. A maior parte da escola já se encontrava a comer. Nem sinais de Draco, Mark, ou Ron. Hermione sentou-se com Harry tentando ignorar todos os comentários. Pouco tempo depois, Mark entrou no salão. Tinha um olho negro e parecia andar com um pouco de dificuldade. Harry sorriu para Hermione.

"Parece que andou à pancada..."

Hermione retribuiu o sorriso. E Mark, em vez de se sentar na mesa dos Slytherin, colocou-se bem no meio das quatro mesas, virado para Hermione. Assobiou para chamar as atenções para si, e começou a falar alto para que todos conseguissem ouvir.

"Desculpem interromper o vosso jantar. Mas quero esclarecer uma coisa agora que estão todos aqui. O que estive a contar acerca da Hermione Granger, é tudo mentira."

Hermione ficou com a boca ligeiramente aberta. Ela nem queria acreditar no que os seus ouvidos ouviam. E Mark continuou.

"Ela nunca tentou abusar de mim, e eu confesso que foi mais ao contrário. A Hermione é uma rapariga excelente, uma óptima namorada, e a culpa da relação ter acabado, foi minha. Estes rumores inventados por mim foram só uma forma de me vingar. Por isso quero pedir desculpas a todos os que enganei, e em especial à Hermione. Desculpa."

Mark olhou bem fundo nos olhos de Hermione. E Hermione sorriu vitoriosa. Depois do discurso, Mark virou as costas e saiu do salão. Hermione pôde sentir os sentimento de arrependimento de todos aqueles que a ofenderam. *é uma pena não estar aqui o Ron...*

Depois de um jantar muito mais tranquilo, e com várias pessoas a pedirem- lhe desculpa, Hermione sentiu-se mais preparada para o castigo. Se bem que para ir ter com um Malfoy uma pessoa nunca está bem preparada. Faltavam dez minutos para as nove quando Hermione saiu do salão principal, em direcção às masmorras. Fez o percurso lentamente, sem qualquer pressa para lá chegar. Bateu à porta da sala de poções, e ouviu os passos de Lucius no interior. A porta abriu-se.

"Boa noite Miss Granger... faça favor de entrar..."

Hermione entrou na enorme sala, agora sem qualquer presença de alunos. Apenas uma ou duas velas estavam acesas, dando à sala um ambiente fantasmagórico. Lucius fechou a porta atrás de si. Passou à frente de Hermione, e sentou-se na secretária de Snape.

"Muito bem. Olhe à sua volta. São só mesas imundas, cheias de restos de poções que são entornados pelos alunos mais desastrados. Tenho uma tarefa para si. Sem qualquer tipo de artes mágicas, irá limpar cada mesa, e aplicar uma camada impermeável para que esta imundice não se volte a repetir..."

"Professor, desculpe mas julgo que esse tipo de trabalhos pertence a Mr. Filch."

"Isto é suposto ser um período de castigo, e não umas férias nas paraíso. Poupe-me à sua ousadia. Além disso, criada num meio de muggles, deve ter muita facilidade em realizar trabalhos como este..."

Lucius fez um sorriso de malícia. O mesmo que Draco fez tantas vezes ao humilhá-la. Era hereditário.

"Dê-me a sua varinha. Tenho que ter a certeza de que não é uma menina malandra... tem ali alguns utensílios muggle que irão ajudar, e a camada impermeável dentro daquele balde. Pode começar."

Hermione nem podia acreditar no que lhe estava a acontecer. Aquilo era um abuso. Ela pensou que o castigo seria fazer um poção de grau muito elevado ou qualquer coisa do género, e nunca servir de empregada aos olhos de Lucius. Pegou no esfregão e começou a limpar as mesas que estavam no fundo da sala, tendo o cuidado de não tocar nos líquidos, porque nunca se sabe para o que vai servir. Mesa a mesa, Hermione limpou e tratou sob o olhar atento de Lucius. O calor começou a apertar, e apesar de estar nas masmorras, Hermione foi obrigada a tirar o manto. Ela podia sentir os olhares demorados de Lucius por todas as partes do seu corpo. Tentando ignorá-lo, Hermione continuou o seu trabalho. Cada vez tinha mais calor, mas recusava-se a tirar mais peças de roupas para evitar mais olhares embevecidos do homem loiro.

Estava na última mesa. Ao terminar, olhou em volta para admirar o seu trabalho. Tinha as roupas completamente sujas e cheias de produto de limpeza, o cabelo apanhado no topo da cabeça sem estilo, e a gravata desapertada com alguns botões da camisa abertos.

"Acabei professor."

Lucius levantou-se e colocou-se ao lado de Hermione. Olhou em volta e sorriu maliciosamente.

"Bem Miss Granger, parece que tem jeito para a limpeza... agora teremos que testar."

Com um movimento de varinha, Lucius fez aparecer um caldeirão cheio de uma substância laranja. Com uma concha, tirou um pouco do líquido, e deitou em cima da mesa acabada de limpar. Como era de esperar a camada impermeável fez com que todo o líquido desaparecesse fazendo com que a mesa parecesse limpa como dantes. Hermione deu um pequena risada ao ver a cara de desapontamento de Lucius. Mas Lucius continuou e repetiu o processo em todas as mesas, e em todas as mesas o liquido desapareceu revelando a eficácia do produto. Quando acabou pousou o caldeirão em cima da sua secretária.

"Cumpriu o seu castigo. Agora..."

Com um gesto simples, Lucius deixou cair o caldeirão ao chão, fazendo com que toda aquela substância se espalhasse pelo chão.

"Que desastrado que eu sou! Parece que vai ter que limpar isto também..."

Hermione não aguentou mais e enfrentou Lucius.

"Não! Eu não vou limpar isto, porque eu não sou sua criada. Nem sua nem de ninguém! Isto é um abuso e eu recuso-me a ficar aqui!"

De punhos cerrados, Hermione dirigiu-se ao cabide onde tinha o seu manto, pronta a sair. Mas Lucius foi mais rápido, e agarrou-a. Pegou no seu braço e torceu-o nas costas de Hermione, deixando-a imobilizada. Com o ar superior que lhe é característico, aproximou os lábios dos ouvidos de Hermione e segredou-lhe.

"Isso não foi nada bonito Miss Granger... quem é que pensa que é para falar comigo assim? A coragem pode ser uma coisa muito bonita, mas também pode ser uma coisa muito estúpida... agora, habilita-se a passar mais umas horinhas comigo... e o Draco terá de esperar. Eu não sou parvo, e sei muito o que você lhe anda a fazer. A provocá-lo, a fazer jogos com ele. Mas eu não sou o Draco... quando me provocam eu sei responder à altura. Tenha cuidado Miss Granger... não queira ser provocada também, quem sabe se irá conseguir resistir à tentação."

A voz sedutora de Lucius entrava no ouvido de Hermione como uma flecha e fazia com que as suas pernas começassem a fraquejar. Lucius rodou Hermione lentamente, fazendo com o que os seus lábios ficassem quase juntos. Hermione sabia o que Lucius queria, e a última coisa que podia fazer era mostrar fraquezas. Por isso, tentar sair dali implorando a sua clemência não era a acção mais correcta. Sendo assim, Hermione manteve uma expressão dura e esperou para ver o que se seguia.

"Onde é que está toda a sua coragem? Não vai dizer nada? Vai deixar-me fazer o que eu quero? Eu vou tentá-la Miss Granger. Vou testá-la ao máximo, para ver até onde a sua ousadia e postura vão. Mas já lhe deixei o aviso... havemos de nos falar de novo..."

Lucius largou Hermione e abriu a porta para a deixar sair. Hermione pegou no manto, enrolou-se nele e disse a Lucius:

"Nunca irá conseguir o que quer. E sabe porquê? Porque você mete-me nojo."

E com isto, Hermione saiu em direcção à sua sala comum. *só me faltava esta também. Já não me basta o Malfoy júnior, também tenho que aturar o sénior. Resumindo: a minha vida anda uma porcaria, e se não tiver cuidado ainda pode piorar. E há uma coisa que não me sai da cabeça. Aquele pedido de desculpas do Mark não foi muito natural. Será que a Bertha foi falar com ele? É muito provável... amanhã vou ter que investigar isso.*

Em poucos minutos, Hermione chegou ao quadro de Zeus.

"Boa noite Zeus."

"Boa noite! Vens num estado deplorável, Hermione. Deve ser a sina desta sala comum. Vai ver como está o Draco. não te esqueças de que a senha é nova."

"sim... vespertilio."

O quadro abriu-se, e Hermione entrou. Em cima do sofá, a dormir, estava Draco. Hermione pôde ver que ele tinha um corte perto da sobrancelha, um olho ligeiramente negro, e uma ferida no canto da boca, maior que a que Lucius fez de manhã. Hermione agachou-se perto de Draco e acariciou-lhe a face.

"Malfoy... Malfoy..."

Draco abriu os olhos lentamente.

"Granger..."

"O que se passou? Estás com um aspecto horrível... precisas de alguma coisa? Eu posso ajudar?"

"Bem, tu não estás muito melhor que eu... ficaste com o meu pai até agora?"

"Fiquei... que horas são?"

"Onze e meia... ele... fez-te alguma coisa?"

Hermione sorriu ao ver a cara de preocupação de Draco.

"Descansa... não aconteceu nada. Agora diz-me o que é que se passou."

"Não foi nada Granger. Não insistas. Deixa-me dormir. Eu estou bem."

"Olha, eu vou só tomar um banho e já venho falar contigo. Até já."

Hermione subiu ao seu quarto, e foi tomar um duche. Esfregou-se muito bem para ver se conseguia tirar toda aquela sujidade do corpo. Quando acabou, enrolou-se numa toalha e fechou a torneira. Mal acabou o ruído da torneira, Hermione ficou abismada ao ouvir os gritos que vinham da sala. Entrou no quarto, vestiu a camisa de noite, e abriu um pouco a sua porta para tentar perceber o que se passava na sala. Podiam ouvir-se duas vozes distintas. A de Draco, e a de Lucius.

"Porque é que fizeste aquilo ao Mark, Draco? Foi por causa da sangue de lama?!"

"Não me pareceu justo o que ele lhe fez... foi só isso..."

"E agora para te armares em anjinho precisas de andar à pancada com o filho de um amigo meu?! Eu nunca te ensinei isso! Onde é que estão os teus valores?! Já nem pareces meu filho! O teu nome não é nada para ti?!"

"Pai... eu... desculpe-me... não vai voltar a acontecer."

"Pára de mentir!!!"

Hermione pode ouvir um som metálico, e a seguir o barulho de uma pessoa a cair no chão. De seguida o som seco de alguém a dar pontapés numa pessoa. Era demasiado óbvio, e Hermione tinha que intervir. Abriu a porta do quarto de rompante, e desceu as escadas a correr. Lucius dava pontapés a Draco que estava no chão enrolado.

"PARE!!!"

Hermione empurrou Lucius e pôs-se em frente de Draco. Lucius deu uma gargalhada maléfica e Draco levantou-se.

"Só cá faltava a menina Granger! Junte-se à festa! Chega para todos!"

Draco puxou Hermione para trás.

"Sai daqui Granger. Vai para o teu quarto. Não te metas."

"Ora ora Draco! não sejas mal educado. A tua amiga também pode ficar... aliás, ela até pode ser bem útil... o que é que achas Draco? uma festa a três?"

Ao lado de Draco, Hermione assistia à cena e tentava que Lucius não se apercebesse do medo que se tinha apoderado dela.

"Mas fiquem descansados Romeu e Julieta. Por hoje estou farto de vocês... amanhã volto a falar contigo Draco. quanto a si Miss Granger, teremos de ajustar umas contas, também amanhã. Sonhos cor de rosa..."

Lucius ajeitou a capa, e saiu.

"Estás bem Malfoy? vou arranjar-te um chá. Deita-te aí no sofá."

Draco pegou na mão de Hermione e puxou-a para si.

"Não te preocupes comigo. Eu estou bem. Não é nada a que eu não esteja habituado. Eu quero saber como é que tu estás... o Mark pediu desculpas?"

Sem largar a mão de Draco, Hermione respondeu.

"Pediu, em frente de toda a escola... e pelo que eu ouvi tu tiveste alguma coisa a ver com isso... porquê?"

"Porque eu não gostei do que ele te fez. Achei que ele estava a abusar. Então tentei dar um novo rumo às coisas."

"Mas desde quando é que tu te preocupas comigo? Desde quando é que me defendes?"

"Sabes... eu já não sinto ódio por ti... é estranho... não sei explicar. Sinto-me obrigado a defender-te, a proteger-te..."

Draco passou a mão pela face de Hermione. Ela sorriu levemente e apertou mais a mão de Draco, talvez com medo de que tudo aquilo não passasse de um sonho. O sonho que ela sempre desejou que se tornasse realidade.

"Eu sinto o mesmo. Já não te quero odiar..."

"shhh... não digas nada."

Draco passou os lábios ao de leve nos de Hermione e sorriu. Hermione nunca tinha visto um sorriso de ternura em Draco tão sincero como aquele. Hermione retribuiu o sorriso e ambos se beijaram. Era um beijo que revelava toda a paixão que existia entre os dois.

Já não existia ódio...

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A tradição é para ser mantida... aki vão os agradecimentos pessoal!

Pandora the vampire - Olá mamã!! Sinceramente, às vezes ponho-me a pensar... quem é que eu escolhia? O Draco ou o Lucius? É msm mt difícil... mas nesta história tinham entrar os dois. Obrigada pela review! ******

Dely_li - Oi! Obrigada pela review e obrigada por estares sempre atenta!

Gina Malfoy - Eu tinha que fazer com que o Lucius tivesse algum protagonismo, senão matava-me! Obrigada pela review!

Emma - Nunca me hei de eskecer d ti! É claro q me salvaste a vida! Obrigada pela review! ******

Carol - com o charme do Lucius qualquer história fica interessante! Espero que tenhas gostado deste capítulo que já teve um cheirinho de romance no fim. Obrigada pela review!

Ratinha - Ah pois é! Parece que a Hermione tem queda para os Malfoys... quem me dera estar no lugar dela! Jinhus e obrigada pela review!

Belinha - oi! Td bem? Olha eu ainda não tive tempo para te mandar um novo e- mail, mas prometo que o vou fazer em breve. Tive umas férias excelentes, obrigada! Ainda q gostaste, e espero q ainda tenhas gostado mais deste capítulo! Obrigada pela review! ***********

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Bem, este deve ter sido o maior capítulo que eu escrevi... axo eu! Vou tentar escrever mais rapidamente, mas como agora começam as aulas não vou ter tanto tempo... kero saber as vossas opiniões sobre este capítulo... o que é que axaram dos atakes do Lucius? E o Draco a defender a nossa Mione? Espero que sejam kridos pa mim e deixem todas uma reviewzinha ;)

Jokas mt grandes pa todos e já sabem:

Deixem REVIEW!!!!!!! **********************************************