Oiiiii, tudo bom? ^____^
Desculpem, desculpem, desculpem!!! * Dai fazendo reverencia*
Tive alguns problemas e não pude postar este capítulo antes (tirando o fato que levei quase duas semanas para escrever e que incomodei muita gente por causa dele... ~_~)
Finalmente, não sei se para a alegria ou azar de vocês esta aqui o meu capítulo 8. Posso afirmar com certeza que a história do fic em geral vai ficar mais interessante a partir de agora.
É a última vez que aviso para fãs da raposa não lerem!!! Se não me escutarem não posso fazer nada a não ser problema é de vocês. Eu avisei.
Este capítulo é diferente dos outros porque nele eu mudo um pouco o meu jeito de escrever(um pouco??) e posso a detalhar mais as coisas, como no meu fic de Inuysha: Amantes. Eu até fico com vergonha do jeito que eu escrevia antes, e peço perdão por ter feito vocês lerem aquilo. Me desculpem ~_~
Chega de conversa. Esta aqui a minha nova atrocidade.
Rurouni Kenshin pertence infelizmente a Nobuhiro Watsuki eu não tenho nada a ver com a criação da história, personagens e tal (até porque se tivesse não criaria a raposa, ou a mataria depois ^____^ Eu não presto mesmo? Descobriu agora? Não eu já sabia. Tu estás falando sozinha sua maluca! Eu sei...~_~ )
Capítulo 8
Enfim, acontece.
Já tinha algum tempo que amanhecera. A shihandai do estilo Kamiya Kasshin quase corria pelo dojo, eufórica. Finalmente uma das festas que mais gostava aconteceria. Um festival. Sua prima ia adorar participar de um, antes de... antes de partir. Embora imaginasse que Sanosuke e não permitiria que ela voltasse para a Inglaterra.
Queria dar logo a notícia para ela. Por isso apressava mais o passo. Se olhasse para frente veria que alguém estava se aproximando.
Voz: - Orooooo!
Kaoru (juntando as roupas que Kenshin derrubou) – Desculpe-me Kenshin. Realmente não vi que tu estavas na minha frente. É uma pena, mas a roupa sujou toda...
Kenshin (ajudando ela a juntar) – Tudo bem, Koishii. Não se preocupe.
Kaoru (sem encará-lo) – Como eu sou tonta! Devia olhar para frente, mas é que eu...
Não pode terminar, Kenshin segurou seu queixo com uma doçura que impressionaria qualquer um. Kaoru não teve forças para fazer nada. Esqueceu tudo que tinha em mente. Via somente duas ametistas fitando-a com um amor incomensurável. As faces da jovem tornaram-se rubras pelo modo como ele a olhava. Com a mesma doçura com que a segurava, a trazia para mais perto de si. Os lábios estavam quase se tocando quando...
Yahiko (gritando) – Ahhhhhhhh!
Kaoru (dando um soco nele) – O que foi??
Yahiko (com o mundo rodando em sua frente) – Um cavalo acabou de passar em cima de mim.
Kaoru: - O quê?
Kenshin (segurando-a pelos ombros) – Koishii, este servo acha que Yahiko não se habituou a nós ainda.
Yahiko: - Claro. É muito difícil de adivinhar a mágica que tu fizeste para encarar esta busu!
Kaoru: - Saia já daqui moleque atrevido!
Yahiko: - Claro que vou sair. Só queria saber se o café estava pronto.
Kenshin: - Esta sim. Este servo o preparou antes de lavar e passar a roupa.
Yahiko então foi embora deixando uma Kaoru furiosa e um Kenshin com uma cara de dar dó. Teria que lavar toda a roupa novamente.
Kaoru, então se lembrou do porquê de estar tão feliz. Deixou Kenshin com as roupas e correu para o seu quarto onde provavelmente Kitsune ainda dormia. Surpreendeu-se por encontrar a jovem de cabelos negros e olhos cor de mel vestindo um kimono amarelo e arrumando o futon.
Kaoru: - Bom dia, Kitsune.
Kitsune (sorrindo) – Bom dia, Kaoru.
Kaoru : - Nem sabes o que vai acontecer daqui há uma semana.
Kitsune: - O quê?
Kaoru : - Adivinha!
Kitsune: - Se eu fosse adivinha trabalhava em circo. Dá-me uma pista do que seja.
Kaoru: - Uma festa!
Kitsune (espantada) – Kenshin te pediu em casamento?
Kaoru (com uma gota na cabeça) – Não, não é isso. Acho que se fosse isso eu desmaiaria.
Kitsune (curiosa) – O quê é?
Kaoru: - Lembra-se do que tu me falavas nas cartas? Que tinha muita vontade de conhecer um festival japonês?
Kitsune : - Sim, que pelo pouco tempo que vivi aqui não pude ir a nenhum. Espere! Não me digas que...
Kaoru (sorrindo) – Sim!
Kitsune (abraçando a prima) – Não acredito! Que bom!!!
Um jovem de cabelos arrepiados, sem camisa que acabara de acordar por causa da gritaria, resolve verificar o que esta acontecendo. Parecia que havia uma festa na casa. Festa? Não! Ninguém faz uma sem Sanosuke Sagara. Ele era a alma das festas. Foi até o quarto de Kaoru, onde viu duas mulheres abraçadas e pulando feito loucas.
Sano (esfregando os olhos) – O que estás acontecendo aqui?
Kitsune (vermelha) – Galinho?
Kaoru (voando para cima dele): - Saia já daqui, Sanosuke!
Sano (saindo todo roxo depois da surra que Kaoru deu nele) – Com esta delicadeza toda é claro que eu saio.
Kitsune (indo atrás dele) – Não precisava ter feito isso, Kaoru.
Ao sair do quarto, ela a começou a correr para alcançá-lo. Mas passos apresados e kimonos não combinavam com ela. Foi quando tropeçou e estava pronta para sentir o quanto o chão poderia ser duro, quando braços fortes envolveram sua cintura. Era ele. Só ele fazia isso, e tinha esses braços... essas mãos.
Sano (a virando de frente para ele e sussurrando em seu ouvido) – Tudo isso era saudade?
Kitsune: - Como alguém pode ser tão pretensioso?
Sano: - É verdade. Como quase sempre concordo contigo.
Kitsune (se soltando dos braços dele e ficando de pé em sua frente) – Quase?
Sano : - Tu sabes no que não concordamos.
Kitsune : - Há! É verdade! Como pude me esquecer?
Sano (sorrindo) – A resposta ainda é a mesma?
Kitsune: - Ai, my God! Que homem mais necessitado!
Sano: Tu me deixas assim!
Kitsune : - Eu não! Não venha jogar a culpa disso também em cima de mim. Desse jeito a minha lista de pecados vai ser tão grande que acabarei indo direto para o Inferno.
Sano: - Tem razão! Mas mudando de assunto...Por que aquela alegria toda de manhã?
Kitsune (séria) – Irei embora!
Sano (preocupado) – O quê? Vai me deixar? Por quê?
Kitsune: - Hahahaha. Brincadeira!
Sano: - Nunca mais faça isso! Deixaste-me preocupado!
Kitsune: - Desculpe. Mas vamos ficar parados no meio do corredor?
Sano : - É tens razão. Vamos tomar café. Acordei com uma disposição...
Kitsune: - Vamos. Eu também estou com fome.
Sano (passando o braço pelo ombro dela) – Vamos então.
Kitsune (o analisando melhor) – Por que estás sem camisa?
Sano (que não tinha reparado) –Me esqueci.
Kitsune (o empurrando) – Vá logo colocar uma camisa!
Sano (a abraçando) – Por quê? Estás atraída pelo meu corpo?
Kitsune (baixando a cabeça vermelha de vergonha) – Bem... eu...
Sanosuke a puxou para mais perto de si. Abraçou-a com uma força que não machucava, mas sim acolhia. Ele a queria. Estava estampado em todos os seus gestos. Seus rostos ficaram bem próximos. E então, quando ela menos esperava, Sanosuke tomou seus lábios em um beijo apaixonado. Seus braços a apertavam de modo que Kitsune não pudesse fugir. Nem ela queria sair dentre seus braços. De repente seus beijos foram descendo para o seu pescoço, fazendo com a que a garota se arrepiasse. Percebendo que ela havia gostado, a olhou de forma maliciosa e obtendo um sorriso como resposta. Abriu um pouco o kimono dela, e aos poucos os beijos chegavam na nuca da mesma, fazendo a estremecer. Quando um fio de lucidez atingiu-a, fazendo com que ela o tirasse de perto de si. Realmente, Sanosuke não era fácil de controlar e da próxima vez, talvez nem ela conseguisse controlar a si mesma.
Kitsune (o empurrando) – Vá logo colocar uma camisa! Que Galinho mais apressado!
Sano (com um sorriso enorme nos lábios) – Como quiser, minha senhora.
Kitsune (sorrindo para ele) – Bobo. Agora vá antes que eu...
Sano (interessado) – Antes que tu o quê?
Kitsune (envergonhada) – Antes que eu não me segure mais.
Sano (a puxando pelo braço) – Então não se controle mais!
Kitsune (beliscando o braço dele) – Como assim? Eu estou indo tomar café.
Sano (esfregando o braço) – Que gatinha estúpida...
Durante o café da manhã, Kaoru e Kitsune não paravam de falar. Tinham que decidir a roupa que iriam, o cabelo. Quase não comeram. Isso não fez tanta diferença já que Sanosuke estava com a fome de sempre.
Kitsune: - E quando vai ser, Kaoru?
Kaoru: - Daqui a uma semana.
Sano (com a boca cheia) - Nunca vi a minha Gatinha tão feliz. Acho que este festival tem mais importância que eu!
Kitsune: - Não fales besteira! Eu sempre quis ir a um evento desses, mas não tive oportunidade. É claro que eu vou ficar muito mais feliz se for acompanhada.
Sano (se levantando) – Estava muito bom, Kenshin. – e olhando para ela - Pois bem, aproveite com a tua companhia.
Kitsune (dando um soco na cabeça dele) – A minha companhia serás tu, seu idiota!
Sano (esfregando a cabeça) – E se eu não quiser ir?
Kitsune (com um sorriso debochado) – Arrumo quem queira me levar.
Kenshin: - Para que essa discussão? Este servo acha que poderíamos ir todos juntos.
Yahiko: - Eu não vou acompanhado de duas busus! Pensando melhor... Elas vão espantar o movimento e nós poderemos andar livremente.
Kitsune e Kaoru apenas se olharam. Com um soco sincronizado mandaram Yahiko fazer um passeio pelos céus.
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A semana que antecedia o festival foi a mais longa a passar, na opinião das mulheres do dojo, mas finalmente o grande dia havia chegado. Durante aquela semana, a cidade estava enfeitando-se para chamar atenção de seus habitantes e de turistas que estivessem ali.
Com seu manto escuro e as estrelas enfeitando-o, a noite deixava tudo mais bonito. Os enfeites, as lanternas, e até mesmo as várias barriquinhas de brincadeiras, desafios ou aquelas da sorte.
No dojo Kamiya a preparação para esta grande noite havia começado há horas. Kaoru e Kitsune estavam trancadas no quarto se arrumando, mas devido ao tempo os homens da casa estavam começando a ficar impacientes. Yahiko que era o mais incomodado batia com força na porta dizendo para elas se apressarem, pois ele não queria deixar Tae e Tsubame esperando. Coisa que já era impossível.
Kenshin e Sanosuke estavam sentados no alpendre conversando quando algo os chamou atenção. Ficaram desconcertados pela beleza de seus pares.
Kaoru estava com o cabelo solto usando um kimono azul marinho com detalhes de flores de cerejeira que destacava ainda mais seus olhos de safira que naquele dia estavam mais brilhantes. Uma fraca maquiagem rosa sobre os olhos completava o visual.
Kitsune estava com seu cabelo repartido para o lado direito e uma trança que caia graciosamente pelo seu ombro, mas mesmo assim, não prendia todo o seu cabelo, já que algumas mechas soltas moldavam seu rosto. Vestia um kimono verde escuro com borboletas vermelhas enfeitando-o. Semelhante a Kaoru,usava uma fraca maquiagem vermelha sobre os olhos.
Com um sorriso que misturava expectativa e felicidade, Kaoru e Kitsune deixaram Kenshin e Sanosuke atônitos. Eles não conseguiam agir, nem falar. Parecia que todos os seus sentidos tinha se acumulado em apenas um: a visão, pois era apenas isso que eles conseguiam fazer: olhar, admirar o belo, admirar o que era deles...
Ficaram assim durante um tempo indeterminado. Eles as devorando com os olhos as deixando completamente rubras pela vergonha. Kenshin aproximou-se de Kaoru e, por fim, quebrou o silêncio:
Kenshin: - Koishii, este servo estava e ainda estás sem palavras para definir a tua bela imagem...
Ao falar isso, as piscinas azuis de Kaoru ficaram ainda mais brilhantes. Deu-lhe um lindo sorriso e se jogou em seus braços, tamanha era a sua felicidade. Ela apenas queria o seu rurouni... Rurouni? Não! O seu Kenshin, presente na sua vida. Ao ser abraçado por Kaoru, ele sorriu e retribuiu o abraço envolvendo as costas dela com seus braços. Esquecendo-se do resto do mundo, Kenshin a apertou um pouco mais descendo o abraço até envolvê-la pela cintura. Aproximou seu rosto do dela até que seus rostos se tocassem. Com movimentos leves roçou sua bochecha na de Kaoru. Ela, por sua vez, surpreendeu-se com a atitude dele, mas adorou o gesto. Um arrepio estremeceu todo o seu ser, fazendo com que Kenshin percebesse. Ele sorriu maliciosamente, aproximou-se mais e beijou-a no lóbulo orelha direita, por fim, sussurrou:
Kenshin: - Ai shiteru, minha Koishii.
Toda essa cena estava deixando Sanosuke incomodado. Eles que deixassem esse tipo de atitude para quando estivessem sozinhos. Cruzou os braços e se apoiou em um dos postes que sustentava o dojo. Dois olhos o fuzilavam com o olhar. Era Kitsune. Diferente de Kenshin, ele não tinha falado nada ou feito algo que demonstrasse o quanto ela estava bonita, e que o agradava lhe ver daquele jeito. Um sorriso brotou de seus lábios, a recompensaria depois. Por fim, resolveu acabar com a cena romântica. Kaoru sempre fazia isso com ele.
Sano: - Que pouca vergonha! Vocês não têm a menor consideração com os que estão presentes? Ficam dando mau exemplo a santas criaturas como eu... Quem não tem moral, não pode cobrá-la, ouviu Jou-chan?
Kaoru que ainda estava envolvida pelos braços de Kenshin deu-lhe um lindo sorriso e obteve outro como resposta. Soltou-se de seus braços e virou para Sanosuke. Ele a tinha a acordado de uma hipnose magnífica e pagaria por isso.
Kaoru (sarcasticamente) – Desculpe-nos, ó ser divino. Peço perdão por fazer coisas indignas na sua frente.
Sano: - Eu, como ser supremo, tenho o dever de lhe desculpar, simples mortal. Por isso, eu perdôo a ti e aquele homem possuído.
Kaoru: - Nossa! Muito obrigada. – e fazendo uma reverência - Como poderei pagar por isso?
Sano (sorrindo) – Nada de mais. Apenas quero que não interfiras mais quando eu estiver com a bela mortal que escolhi para ser a minha esposa.
Kenshin: - Oro? Este servo não está entendo, Sanosuke.
Sano: - Normalmente, simples seres humanos não entendem deuses.
Kitsune apenas observava a tudo. Tinha arrumado-se tanto, elaborado um penteado novo, tudo para ele a elogiar. Quando viu a atitude de Kenshin sentiu inveja da prima por alguns instantes, mas logo passou. Kaoru já tinha sofrido com a distância que Kenshin impunha entre eles. Balançou a cabeça para os lados tentando expulsar estes pensamentos. Voltando a lembrar-se do porquê de estar brava. Esperava algo de Sanosuke como: "Como estás linda!" ou "Estás muito bem assim, minha Gatinha!" Mas nada. Resolveu fitá-lo com raiva, mas ao mesmo tempo como alguém que pedia por algo. Desistiu, ele era muito burro, ou talvez a tivesse achado horrível. Pagaria por isso depois. Sua cara fechada se desfez quando viu como Sanosuke e sua prima soltavam faíscas pelos olhos, mas continuavam sendo amáveis um com o outro.
Kitsune: - Hahahahaha. Deuses? Por favor, Galinho! Mas, poderiam parar com isso? Já ficamos tempo demais por aqui. Chegaremos atrasados.
Kenshin: - Kitsune-dono tem razão. Este servo acha melhor irmos.
Sano: - Concordo com a minha Gatinha.
Kaoru: - Esperem aí! E o Yahiko?
Kenshin: - Koishii, Yahiko já foi. Ele havia combinado com Tae e Tsubame de irem juntos, mas como vocês estavam demorando demais ele foi na frente.
Kaoru: - Desculpe! Demoramos muito, mesmo?
Kenshin: - Esqueça isso, Koishii!
Sano (piscando para Kitsune) – Concordo com o Kenshin. O tempo que vocês demoraram valeu a pena!
Kitsune: - É mesmo?
Sano (a olhando nos olhos) – Sim, minha Gatinha.
Kitsune deu-lhe um grande sorriso enquanto Sanosuke colocava seu braço em torno de seu ombro. Kenshin fez o mesmo com Kaoru após fecharem o dojo e começarem a se dirigir para o festival.
************************************
Quando chegaram ao lugar onde estava acontecendo o festival, Kitsune ficou deslumbrada. Durante toda a semana que o antecedeu não a haviam deixado sair do dojo. Fariam uma surpresa a ela. E conseguiram. A moça ficava encantada com tudo que via: os enfeites, a luzes espalhadas por todo o lugar que mais pareciam estrelas caídas do céu, a quantidade de pessoas se divertindo. Sem sombra de dúvidas estava tudo encantador para a moça que praticamente corria na frente de Sanosuke, Kenshin e Kaoru. Quando de repente, a garota parou assustada por um barulho ensurdecedor. Sano apoio o braço no ombro dela acalmando-a enquanto ria do susto. Kaoru lhe explicou que era o homem-bala, muito comum em festivais.
Competições era o que mais havia. E em uma espécie de palco no centro da festa, casais divertiam-se muito dançando em rodinhas.
Era tanta informação, que a cabeça da moça doía. Kaoru então puxou o braço da prima, afirmando-lhe que havia escutado que em uma barraca dessas tinha uma cigana. Com a desculpa de que verem coisas bobas para comprar de lembranças à eles, elas conseguiram ir até a cigana sozinhas.
Kitsune (sendo puxada pela prima) – Kaoru! Eu não gosto deste tipo de coisas!
Kaoru: - Vamos, Kitsune! Disseram-me que ela é muito boa! Apenas me acompanhe.
Kitsune: - Tudo bem.
Chegaram a uma tenda afastada das demais. Por fora era de um tecido todo negro, que fazia com que a tenda ficasse quase imperceptível à noite. Quando entraram foram surpreendidas por um azul muito escuro e por desenhos que representavam o Sol e a Lua. A notícia que uma cigana estava por ali não fora divulgada, apenas algumas pessoas sabiam, por isso naquele momento encontravam-se sozinhas com uma moça lindíssima. A princípio estranharam, não era comum alguém vestir-se assim, tanto no Japão como na Inglaterra. A mulher trajava um vestido vermelho extremamente decotado e justo. Ao longo de seu pescoço, desciam várias correntes douradas acompanhadas por brincos longos em forma de argolas igualmente douradas. Sua cabeça estava coberta por um lenço igualmente rubro.
Moça (as encarando) – O que desejam?
Kaoru (surpresa) – A senhora é a cigana que eu ouvi falar?
Cigana: - Senhora não, criança! Sou apenas alguns anos mais velha do que usted.
Kitsune (se aproximando) – És moura, senhorita?
Cigana: - Sim. Mas... vão querer alguma coisa?
Kaoru: - Sim, queremos uma consulta.
Cigana: - Entendo. Por favor, queiram me acompanhar.
Foram levadas mais adentro da tenda. Um lugar de igual azul, mas com velas mantendo-o iluminado. A mulher sentou-se atrás de uma mesa com uma enorme bola de vidro em cima. Fazendo sinal para que se sentassem em cadeiras que havia em sua frente.
Cigana: - O que gostariam de saber?
Kaoru iria perguntar algo, mas Kitsune perguntou em sua frente:
Kitsune: - O que é preciso para um casamento perfeito?
Cigana: – Case com um homem que não coma muito, não beba ou jogue, nem fique na rua até tarde ou faça bagunça em casa, e terá um casamento perfeito.
Kaoru (achando muito engraçado o que a cigana havia falado) – Hahahahah. Em outras palavras, case com um homem morto! Porque assim não existe... Principalmente o Sanosuke que é o contrário de tudo isso!
Kitsune olhou para prima com reprovação. Agradeceu a mulher e achou melhor pagar. Não queria ser alvo de uma praga por causa do ataque de riso de Kaoru. A puxando pelo braço, Kitsune fez com que ela se levantasse e foram em direção a porta. Porém, antes que saíssem a mulher as chamou de volta.
Cigana (apontando para Kitsune) – Usted, minha criança! Estás vivendo seus últimos momentos de felicidade, por isso não tente evitar nada que deva acontecer. Depois será muito tarde para isso...
Kaoru (a interrompendo) – Não diga besteiras! Vamos embora, Kitsune!
Kitsune (tentando ficar e ouvir o que a cigana ia falar) – Mas Kaoru...
De dentro da tenda ela apenas observava as duas jovens se afastarem. Foi uma pena não ter conseguido falar o que a jovem de olhos de mel deveria escutar. Iria sofrer muito, e dependendo do que fizesse... Sim, porque o destino pode ser mudado! Poderia ter um final feliz.
"Espero que consiga, criança..."
Kitsune então falava que o que ela tinha feito com a moça era falta de educação. Kaoru logo lhe disse que eram besteiras e que não se podia acreditar nesse tipo de coisa. Continuou falando mal da mulher até a prima lhe dizer que a idéia de ir até lá tinha sido dela. Foi o suficiente para ela calar-se.
Caminhavam em silêncio até que Kitsune perguntou como achariam Sanosuke e Kenshin novamente. Com isso, Kaoru ficou preocupada. Seria praticamente impossível encontrar duas pessoas em uma multidão. Deveria ter combinado algo antes de ter ido visitar a "fraude" como chamava a cigana.
Ficaram algum tempo perguntando às pessoas se elas haviam visto dois homens com as características de seus pares, quando avistaram os dois em uma competição de força. Sanosuke provavelmente tinha desafiado Kenshin ou algo do tipo. E para a sua tristeza perdeu.
Kaoru (gritando) – Kenshin!!!!!
Kenshin (sorrindo ao ver Kaoru) – Koishii!
Sano (acompanhando Kenshin) – Jou-chan? Onde está a minha Gatinha?
Kitsune (levantando o braço dentre as pessoas) – Aqui, Galinho!
Sanosuke, empurrando as pessoas que estavam a sua frente, chegou até ela. Puxando-a pelo braço, levou onde estava Kenshin e Kaoru. Então elas perguntaram o porquê deles estarem em uma competição. Ainda mais naqueles aparelhos que se segura um martelo e mede a força do golpe. Kenshin respondeu que foi por insistência de Sanosuke usando como argumento que eles não tinham nada para fazer e que elas já estavam demorando.
Foi então que a roda de casais dançando formou-se novamente. Kaoru ficou com os olhos brilhantes ao ver esta cena. Puxou Kenshin pelo braço e os dois juntaram-se aos demais casais.
Sano (observando) - Ela esta muito feliz, não?
Kitsune: - Sim, estás. E eu fico muito feliz por ela. Ninguém mais do que estes dois merecem ser felizes.
Sano: - Como assim, ninguém? E nós?
Kitsune: - Me entendeste mal. Eles já sofreram muito até se declararem. E nós? Até fomos muito rápidos para o padrão que a nossa sociedade exige.
Sano: - Eu sei. Mas, importa-se com isso? O jeito que os outros querem que tu ajas é mais importante do que o que tu queres?
Kitsune (o olhando nos olhos) – Claro que não, meu Galinho.
Sano (sorrindo) – É assim que eu gosto! Mas... vamos! Tem um lugar que eu quero te mostrar!
Kitsune: -Aonde vais me levar?
Sano: - Surpresa!
Durante todo o caminho Sanosuke estava em silêncio. Kitsune, por sua vez, tentava arrancar alguma coisa dele, mas era inútil. Nada quebrava o seu estado emudecido. Achou melhor ficar quieta também.
Chegaram a uma espécie de barraca. Diferente daquela que Kitsune tinha ido com Kaoru, esta tinha muita gente. Na verdade, havia fila para entrar. Ao entrarem, sentaram em banquinhos espalhados pela orla do palco. Um espetáculo então aconteceu: homens seguravam-se em uma espécie de balanços e jogavam-se de uma altura impressionante. A moça só conseguia louvar a Deus por ter uma rede que os protegeria se caíssem. Quando o primeiro jogou-se, ela fechou os olhos e agarrou-se na manga da camisa de Sanosuke. Este vendo que ela estava assustada, ergueu sua cabeça de modo que ela pudesse ver que nada tinha acontecido. Pelo contrário! Ele estava fazendo acrobacias esplêndidas, acompanhado de mais alguns homens. A garota agora sorria. Achava aqueles movimentos maravilhosos. Então três homens vestidos de amarelo jogaram-se ns direção do outro trapézio, deixando a menina aflita. Quando o que estava de cabeça para baixo agarrou-se aos outros homens que estavam do outro lado, ela solta um suspiro de alívio. O espetáculo terminou com o público aplaudindo de pé. Sanosuke olhava satisfeito para Kitsune. Ela realmente tinha gostado. E ele também, mas o que mais apreciava era a companhia dela.
Na saída houve um tumulto, tamanha era quantidade de pessoas que saiam e as que queriam entrar. Sanosuke sempre a trazia bem junto de si, até que não pode segurá-la quando várias pessoas os separam querendo entrar.
A menina não sabia o que fazer. Agora estava sozinha. Começou a sentir medo que algo mal lhe acontecesse. Estava com vergonha de procurar Kenshin e Kaoru, estes com certeza estavam aproveitando o tempo juntos e ela não queria atrapalhar. Teria que procurar Sanosuke.
Ficou algum tempo procurando sem rumo. Até que resolveu ir até o lago. Estava maravilhoso, enfeitado por origames e algumas luzes que chegavam até a sua borda. Olhando a calmaria do lago, sua mente foi longe... Precisamente atravessou o oceano e parou na Inglaterra. Como será que seu pai estaria? Estaria com saudades? Não, não estaria. Um homem extremamente ocupado com os negócios que não tinha nem tempo para saber da filha, não teria tempo também para sentir saudade. Algumas lágrimas teimaram em descer pelo rosto da garota. Logo ela as secou com as mangas do kimono e afastou as lembranças do pai da cabeça. Hoje era um dia especial e feliz. Seu pai não iria estragar mais este dia, mesmo que fosse apenas por pensamento. Sentindo uma mão em seu ombro a garota assustada virou-se na esperança de ser Sanosuke. Não era, todavia era alguém que ela conhecia muito bem. Estava vestido como um legítimo cavalheiro: calça, colete e terno negro. A luz da Lua tornava seu cabelo mais loiro, seus olhos mais azuis, se é que era possível olhos mais azuis que aqueles.
Richard: - Good Evening, lady Kamiya!
Kitsune (surpresa) – Oh! Good evening, Mr. Stwart!
Richard (sorrindo) – Que coincidência, novamente!
Kitsune: - É verdade. Mas o que o senhor faz aqui?
Richard: - Minha mulher quis vir. Então eu apenas estou acompanhado-a. Por falar nela, nós nos perdemos. Pensei em vir até o lago que não tem tantas pessoas e...
Kitsune (interrompendo) – Pensei a mesma coisa. Também me desencontrei de minha prima.
Richard (passando a mão no rosto dela) – Estavas chorando, lady Kamiya?
Kitsune (corando pelo gesto dele) – Bem...
Richard (sorrindo) – Não precisa me contar.
Kitsune: Thank you.
Em resposta recebeu um sorriso. Ela apenas agradeceu por aquele jovem senhor ser tão gentil. Continuaram conversando até uma mulher chegar. Alta, morena, olhos castanhos. Estava diferente das demais: enquanto todas estavam vestidas com kimonos ela trajava um elegante vestido ocidental marrom. Seus cabelos estavam presos em um coque e seus lábios rubros como o fogo.
Richard (a vendo) – Darling? Pensei que só fosse te encontrar no final do festival!
Mrs. Stwart (dando um breve beijo nele) – Eu também. Mas que bom que consegui te encontrar, dear!
Richard lembrou-se da jovem japonesa. Então as apresentou. A mulher assim que foi apresentada a Kitsune disse ao marido que tinha esquecido sua bolsa em uma barraca da sorte. Ele a repreendeu e disse-lhe para tomar mais cuidado, mas foi atrás da bolsa. Se tivesse sorte a encontraria, ou talvez alguma alma boa a devolvesse. Despediu-se da esposa com um beijo rápido nos lábios e quando foi despedir-se de Kitsune a olhou nos olhos, segurou sua mão e beijou-lhe nas costas das mesmas. Retirou-se em seguida.
Mrs. Stwart (com faíscas nos olhos) – Tu e o meu marido se conhecem faz tempo?
Kitsune (sem jeito) – Sim, há muito tempo. Mr. Stwart foi um dos meus instrutores de línguas, embora ele não seja muito mais velho que eu... Eu o admiro muito, ele é tão inteligente.
Mrs Stwart: - Apenas isso?
Kitsune: - Sim, por quê?
Mrs. Stwart: - Ele é sempre tão atencioso contigo...
Kitsune: - Ele é um cavalheiro, apenas isso.
Mrs. Stwart: - Sim... Mas creio que uma moça tão bela como tu já tenha compromisso...
Kitsune (corando) – Sim...
Mrs. Stwart: -Há quanto tempo conheces o Crista de Galo?
Kitsune: - O quê?
Mrs Stwart (gritando) – Faz muito tempo que estás com o Crista de Galo?
Kitsune (assustada) – Sinceramente, não te interessa!
Sanosuke estava feito louco procurando Kitsune. Fazia algum tempo que eles tinham se perdido no tumulto da tenda dos trapezistas. Perguntava a todas as pessoas que via se a tinham visto, a descrevia, mais não adiantava. Parecia que ela havia evaporado. Até que pensou em ir na direção do rio. Quando estava se aproximando, viu duas mulheres discutindo, uma ele conhecia muito bem, e outra... Não! Não podia ser! Ele estava tendo um pesadelo, tendo uma miragem, era mentira. Tinha que ser! Chegou na hora em que a mulher estava com o braço levantado quase batendo em Kitsune...
Sano (a segurando pelo pulso) – Não ouse fazer isso, Raposa maldita!
Kitsune (não entendo) – Raposa? Mas... Não, é a senhora Stwart, Galinho!
Mrs. Stwart (debochando) – Prazer, lady Kamiya. My name is Megumi Takani Stwart. (O_O oh! E agora?Quem poderá ajudar?)
Kitsune (não acreditando) – Não pode ser. É um engano!
Sano (puxando Kitsune para perto de si) – Não é. É a Raposa.
Megumi: - Hohohoho. Surpreso, Crista de Galo?
Sano: - Não imaginas o quanto!
Megumi: - Então, nunca pensei que depois do que fiz contigo se atrevesse a olhar para uma inglesa...
Sano: - Enganou-se, minha cara.
Megumi: - E então, menina. Ele já te mostrou do que é capaz?
Kitsune: - Como assim?
Megumi: - Como homem. Ele já te fez mulher? Sabe, ele é o melhor nisso. Nem o Richard é tão bom... Não que ele seja ruim, mas não se compara ao crista de galo.
Kitsune: - Como tu és nojenta. Mr. Stwart não sabe que se casou com uma cobra.
Megumi: - Talvez, mas ele ama a cobra com quem se casou. Pelo que pude perceber... Sanosuke não gostas de ti o suficiente. Pois quando ele estava comigo me levava aos céus várias vezes, sempre que tinha oportunidade.
Kitsune (chorando) – Cale a boca, maldita!
Megumi (adorando vê-la chorar) – Teve uma vez que ele...
Sano (gritando) – Cala a boca! Suma daqui Raposa!
Megumi (indo na direção dele) – Não sentes mais nada por mim, crista de galo?
Sano (atordoado com a proximidade dela) – Sim. Ódio. Serve?
Megumi: - Hohohoho. Claro que sim. Ódio e amor são sentimentos parecidos.
Megumi foi em direção a Sanosuke. Ela empurrou Kitsune, que caiu no chão sujando o seu kimono. Olhou com ódio para a garota que permanecia inerte no chão. Aproximou se de um Sano totalmente sem ação e o beijou. Aquilo foi demais. Kitsune saiu correndo, chorando. Seu mundo tinha acabado ali. Fechou os olhos tentando conter as lágrimas, mas foi impossível. Por quê? Por que isso tinha que acontecer com ela? Isso não era justo! Maldita! Maldita mulher!
Ao ser beijado por Megumi, ele arregalou os olhos. Pensou que nunca mais fosse sentir esses lábios sobre os seus. Mas tudo o que conseguiu sentir foi nojo, repulsa. Afastou-a imediatamente de si e viu Kitsune correndo desesperadamente. Ela estava chorando? E por causa disso? Maldita raposa! Se ele não conseguisse se reconciliar com a sua Gatinha ela iria pagar. Empurrou Megumi com força, fazendo-a cair no chão e foi atrás de Kitsune.
Kitsune corria sem olhar para trás. Sabia que ele estava atrás dela e desesperado como ela. Suplicava para que ela parasse de correr. Precisavam conversar. Conversar com ele? Era o que ela menos queria nesse momento. Queria sumir. Entrar em um navio direto para a Inglaterra.
Sano (gritando) – Me espere! Gatinha, por favor!
Kitsune (chorando) - ...
Sano (que já estava alcançando-a) – Gatinha, pare de correr. Precisamos conversar. Não faça isso comigo! Eu não tive culpa. Eu não tive...culpa.
Kitsune: - ...
Sano: - Pare de correr. Lembre-se que tu estás de...
Kitsune: - Ahhhhhh.....
Sano: - ...kimono.
Ela caiu no chão batendo a cabeça. Não se mexia. O tombo tinha sido muito forte. Sano, desesperado, correu até ela. Erguendo-a, viu que estava desmaiada. O choque emocional, o desespero, o tombo... Ela não havia agüentado. Sanosuke a pegou no colo e olhou para o seu rosto com ternura. Murmurou em seu ouvido que não tinha culpa, obtendo como resposta: - Eu sei...
CONTINUA.....
Adivinhem o que vai acontecer agora??? Segredo!! Só posso dizer isso: imaginem aqueles dois sozinhos e depois do que a cigana falou para a Kitsune.
Eu queria agradecer a muitas pessoas. Afinal muita gente leu esse treco antes e me ajudou. Gente que nem lê esse fic: Murilo, Kagome-Chan e Chibi-Lua. Obrigada meus amigos pela opinião de vocês.
Minha querida amiga Rae obrigada mais uma vez por revisar este fic para mim e me animar a escrever a cena do festival, ela deu tanto trabalho. @_@
Minha irmã Diana, obrigada por revisar para mim também. Eu não sei o que varia sem vocês duas. Eu já falei isso antes...Que falta de criatividade.
Makimachi Misao, desculpe pela demora. Eu não pretendia demorar todo esse tempo. Mas acabei me envolvendo com outros fics e acabei desanimando com esse. Prometo que não vai mais acontecer!! ^____^
Isa, eu sinceramente agradeço por tu ter perdido tempo com isso e ter lido em tão pouco tempo. Desculpe pelo demora! Está aqui em capítulo novo!
Hime, minha cumadre! Obrigada por ter lido antes isso. Espero que tenha gostado! ^_^
Megumi Sagara: Provavelmente tu não vás gostar. Mas ta aqui o capítulo 8
Beijos a todos e espero os ver logo!!!!! E me deixem review!!
Até o próximo capítulo!
DAI
