Olá para todos como vão? ^___^
Viva!!! Vamos festejar o um aninho do fic!! Parabéns, parabéns!! Eu trabalhei rápido neste capítulo, porque eu queria que ele fosse um especial de aniversário! ^_^ Espero que gostem dele, embora eu tenha uma leve desconfiança que não...mas tudo bem...como diz um grande filósofo da televisão brasileira: "Faz parte!" XD
Eu juntamente com este fic também faço aniversário como escritora! Há exatamente um ano eu começava incomodá-los com as minhas maluquices! ^_^ Espero que eu possa comemorar muitos aniversários ainda na presença de vocês! Obrigada pelo apoio, tenham certeza que ele é fundamental.
Quanto ao conteúdo do capítulo em si eu devo dizer que era algo que eu planejava há muito tempo escrever. Espero que tenha ficado bom e que não tenha ficado muito estúpido...fazer o quê? Olhem o grande ser criativo que escrever...¬_¬
Infelizmente, Rurouni Kenshin não me pertence. Tudo é do egoísta do Watsuki...Que cria uma história dessas, deixa matarem o Kenshin e a Kaoru daquele modo...e simplesmente não faz nada... Sem falar que assim não dá nem para matar a dita raposa...bem, não definitivamente. Que coisa! Pelo amor de Deus...é de madrugada...Não leiam isso e vão direto ao capítulo, sim? XDD
Capítulo 11
Noiva...
O reflexo mostrava cada vez mais um homem impecável: vestido rigorosamente de acordo com os padrões da sociedade ele apenas acabava de apertar a gravata borboleta que daria um toque requintado ou seu traje amaronsado. As mexas rebeldes do seu cabelo estavam completamente alinhadas deixando seu semblante mais que visível. Após arrumar o terno mais algumas vezes sorriu para a imagem que se formava no espelho. Agora tudo estava perfeitamente como ele gostava.
Seus olhos azulados, deram mais uma longa olhada para si mesmo refletido. Não que ele fosse convencido, isso ele nunca havia sido, mas não podia negar que era um homem de presença, que chama a atenção...e por que não dizer bonito? Sim, ele era bonito. Encontrava-se nos padrões perfeitos de beleza ocidental. Contudo, se ele era bom para a mulher, fez questão de ressaltar, em todos os sentidos, era bem apessoado, tinha dinheiro, bens, posição, estudo...por que sempre pareceu que a esposa ficava de certo modo distante dele? Não era algo que ela demonstrava, era algo que ele sentia...
Pela última vez olhou para si e deu uma longa suspirada, hoje ele não trabalharia no consultório nem teria reuniões a respeito das novas descobertas da Medicina. Meditando sobre o que fazer, um sorriso gentil surgiu dentre seus lábios quando se recordou da menina Kamiya. Ela estava bela. Lembrou-se de quando o pai da moça a ofereceu, em sigilo é claro, em matrimônio para ele. A jovem era muito nova, e ele gentilmente recusou, dizendo que tinha certeza que ela acharia alguém que amasse e só assim se ela se casaria...Tomado por recordações Richard, então, decidiu fazer uma visita a Kitsune.
Dando mais uma rápida olhada no cômodo do hotel, ele percebe mais uma vez algo que já sabia: sua senhora havia saído e ele não tinha a menor idéia de onde ela poderia estar...Aliás, desde que ele anunciou que voltaria ao Japão por alguns dias ela mostrava-se estranha...Cheia de segredos e toda misteriosa. Parecia que ele nem a conhecia mais...ou melhor...às vezes ele pensava que não conhecia a pessoa com quem casou. Todavia, sempre quando ele suspeitava de algo e começava pensar sobre estes assuntos ela o fazia esquecer rapidamente por meio de carícias, lindas palavras e próprio corpo dela cheio de curvas. Sim, ela o enlouquecia. E fazia isso muito bem...
Absorto em tais pensamentos, Richard Stwart descia as majestosas escadas e chegava no saguão do local. Pediu aos rapazes que ficavam na portaria que avisassem Megumi de sua saída, caso ela chegasse. Dando-lhes uma gorjeta acompanhada de um sorriso, despediu-se e se dirigiu ao dojo Kamiya.
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Kaoru vagarosamente deixou que a luz invadisse suas pupilas ao abrir os olhos. Após espreguiçar-se demoradamente olhou para o lado para acordar a prima, com certeza já deveria passar das dez da manhã haviam dormido demais graças ao festival...Espere! Festival, Kenshin a beijando no meio da rua, Kitsune nua sobre o Sanosuke...Deus! Não era um pesadelo o que tinha acontecido ontem...hoje aliás, mais cedo. Bem, nem tudo havia sido horrível...enrubesceu ao recordar-se dos toques ávidos do ruivo...eles poderiam ter? Poderiam. Encolheu-se mais no futon e encarou o lado em que o andarilho estaria repousando...
Não havia ninguém lá. O futon estava arrumado, muito melhor do que a prima tivesse o feito. O homem de olhos ametistas sempre acordava cedo e hoje apesar de tudo não fora diferente.
Apesar de estar acordada a coisa que ela menos queria era levantar. A jovem estava com pressentimentos de que algo aconteceria hoje. Esperava que estivesse errada, ou melhor, ela queria estar errada.
Decidiu lutar contra a preguiça e a vontade de ficar deitada ali até ter a devida coragem para enfrentar o dia e tudo o que viria depois do que havia acontecido. Levantou-se demoradamente do futon e espreguiçou-se novamente. Escolheu um kimono de tons avermelhados e tirou o yukata.
Kenshin (entrando no quarto) - Koishii...Eu vim avisá-la...- vendo Kaoru seminua – Ororororo....
Kaoru (com a face completamente vermelha) - Kenshin!!! – ela escondeu-se com o tecido leve do traje que estava anteriormente – Saia daqui!!!
Kenshin (sem jeito) - Mas Koishii...Eu vim avisar que...
Kaoru (gritando)- Saia AGORA! – disse começando a jogar nele o que ela achava pela frente.
Kenshin - Orororo...- se esquivando – Até mais...- finalmente retirando-se.
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Sanosuke encontrava-se acordado há algumas horas, porém apesar disso mantia-se estático para não acordar a figura que repousava tranqüilamente sobre o seu peito. Depois do escândalo que a mestra substituta do estilo Kamiya havia feito eles não conseguiram mais dormir. A jovem que estava com ele ficou pensativa, como se tentando adivinhar o que aconteceria depois daquilo que fizeram juntos. Aliás, ele não cansava de pensar em como seus corpos encaixavam-se perfeitamente...em como ele gostava daquela mulher e em como ele gostaria de ficar com ela.
Ele era um idiota. Estava apaixonado de novo, mas dessa vez ele apenas esperava que tudo fosse diferente. Enfim, esperava que sua vida não fosse feita de desgraças...ele não queria passar mais uma vez por nada do que passou antes da chegada da moça.
Levou suas mãos a cintura da garota que ainda dormia graciosamente em uma atitude possessiva, como se isso fosse impedir que nenhuma das besteiras, sim porque eram besteiras, que se passava na mente dele se concretizasse. A Raposa estava na cidade e alguma coisa ela faria, pois com certeza ela não se deu satisfeita pelo o que aconteceu no festival.
Repentinamente, a garota sobre começa a se mexer...movimenta levemente os braços e estica os dedos para depois colocar de novo onde estava anteriormente. Levemente ela ergue a cabeça e encontra-o já desperto. Somente os românticos falavam que uma mulher poderia estar sempre linda. Os cabelos mais desalinhados do que estavam não poderiam...os olhos maravilhosos dela inchados, porém ele não se importava. Queria estar sempre com ela, acordar com ela e até mesmo ver o que ela faz para ficar sempre do jeito que ele gosta.
A jovem de olhos mel leva uma de suas mãos até a face dele. Apenas o contato com aquela pele era esplendoroso...e como ele adorava tocá-la, senti-la perto...senti-la dele. Somente dele. Sano, então, fechou os olhos para apreciar devidamente o toque...a carícia dela.
Kitsune (sorrindo) – Bom dia, meu querido. – falou enquanto passava, agora, as costas da mão na bochecha dele.
Sano (abrindo os olhos e a encarando) – Bom dia, minha linda Gatinha. Dormiste bem?
Kitsune: - É...até que dormi. O meu travesseiro não estava muito confortável.
Sano: - O que disseste? Estás reclamando de mim...garanto que se eu fosse um gordo pançudo...
Kitsune (colocando o dedo indicar sobre os lábios dele) – Psiu...Não diga besteira! Eu estava brincando apenas...dormi muito bem, como há muito tempo eu não dormia...Senti-me segura, me senti querida, me senti amada...E nada de gordo pançudo! Se não eu te largo! E além do mais...Eu não tenho o que reclamar de ti...nada mesmo.
Sano: - Que bom...eu já sabia que eu era lindo.
Kitsune (inconformada) – Abrir a boca para gente pretensiosa dá nisso mesmo...invés de eu ficar quieta...mas não! Agora será que poderias soltar a minha cintura? Estás me apertando demais.
Sano (divertindo-se com a reação dela) – Ontem tu não reclamaste. Pelo contrário...adorava quando eu te apertava contra o meu fabuloso corpo...
Kitsune (ficando brava) – Solte-me!
Sano (rolando e a colocando sob si) – Não. – vendo que ela virava o rosto para fitá-lo. – Acho que vou procurar a Raposa para ver se ela fica feliz em me ver...
Kitsune (descontrolada) – Não te atreva! Eu te transformo em um eunuco antes! Aí eu quero ver se ela vai ficar feliz em te ver...
Sano: - Que mulher mais violenta eu fui arrumar...- vendo que a expressão dela tornava-se cada vez mais assassina-...mas também é bem fogosa...e linda...perfeita.
Kitsune (corada) – Pare com isso.
Ele a segurou fortemente pelos ombros e os dois ficaram encarando-se fixamente. Sanosuke, então foi vagarosamente aproximando seus lábios dos dela até...
Kaoru (entrando no quarto sem avisar) – Muito bem casal de pombinhos, hora de levantar.
Rapidamente os dois olharam assustados para Kaoru que tinha gritado e logo em seguida colocado as mãos sobre a boca virando-se de costas pra eles. Olharam novamente um para outro entendendo o motivo do brado e o homem de olhos castanhos saiu logo de cima da garota.
Kitsune (sentando-se no futon envolta por em fino lençol) – O que foi, Kaoru?
Kaoru (ficando de frente para eles) – O senhor Stwart está aí...ele chegou até mesmo antes de eu acordar, mas o Kenshin já fazia companhia a ele. Se vista ele gosta muito de ti, Kitsune. Certamente, veio te fazer uma visita. E saiam logo deste quarto! Até parece que são recém casados...Sanosuke, tu estás cômico escondendo-se atrás da minha prima.
Sano: - Invejosa. Teve a chance com o Kenshin e não aproveitou...agora ela acorda desse jeito. Ele é meio lerdo Jou-chan, mas aposto que ele estava louco para tirar o atraso contigo.
Kaoru: - Estás achando que sou igual a Kitsune? Por falar nisso ela também deve ter tirado o teu atraso, não?
Kitsune: - Hei Kaoru! O que quer dizer com isso?
Sano: - Se fosses como a minha Gatinha poderia ser mais feliz e menos parecida com uma velha amargurada... Deve ser por isso que ele não se animou...E respondendo a tu pergunta: não...ela ainda vai precisar de muito tempo para me saciar...
Kaoru: - Repita isso se for homem, Sanosuke!
Kitsune: - Saia daqui, Kaoru. Vá para lá enquanto nos vestimos que já estamos indo...
Sano: - Isso mesmo. Nos deixe aqui. Ande! Deixe o todo poderoso deus com a mulher dele.
Kaoru: - Ah claro...como quiser, DEUS. Vou me juntar à visita e ao homem ainda possuído.
Sano (fazendo sinal para ela ir embora) – Exatamente...e agora nos deixe.
Após a saída da moça de olhos azuis, o ex-membro do Sehikoutai puxou-a mulher que estava deitada com ele e perguntou onde estavam antes de serem interrompidos. Ela apenas sorriu e puxou-o para perto de si dando-lhe um beijo arrebatador.
Kitsune (rindo da cara de espanto dele) – Estava me devendo um bom dia decente e além do mais era isso que querias, não era?
Sano: - Adorei o cumprimento. E sim...era isso que eu queria...embora..
Kitsune (se fazendo de desentendida) - Sim eu sei, embora precisemos levantar para sair.
Sano: - Não era isso que eu tinha pensando.
Kitsune (maliciosamente) – Eu sei. Porém, agora me dê licença. Eu quero receber o Richard – vendo a cara de emburrado que ele fazia – E não faça essa cara, galinho. Depois eu te digo se acertei o que tinhas pensando. – piscando para ele.
Kitsune levantou-se enquanto ele permaneceu deitado. Ele munido de olhares devoradores apenas a observava deixando a garota completamente sem jeito.
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Kaoru e Richard algum tempo já conversavam, ao passo que Kenshin havia os abandonado momentaneamente para fazer o almoço. O médico inglês sem duvida alguma era um homem muito inteligente e agradável sem falar que era bonito. Há muito tempo eles estavam tendo uma ótima interação, falavam sobre tudo, menos Medicina que ele havia pedido que aquele dia queria esquecer um pouco o assunto. A jovem apenas concordou e falou que dá próxima vez que viesse ao Japão com mais tempo ela mesma o ensinaria kenjujitsu. Ele apenas agradeceu com um lindo sorriso para ela.
" Megumi tirou a sorte grande casando com este homem" - pensou Kaoru ainda brava com Sanosuke.
Porém via que ele não olhava mais para ela. Seus olhos mais azuis do que qualquer coisa que havia visto estavam fixos em um outro ponto do dojo. Ele levantou-se. Ela olhou para o mesmo lado em que ele perdera seus olhos. Era a prima que estava chegando. E ela não tinha nem ao menos trocado a roupa que estava no festival. Como ela era descuidada...Parecia querer que todos soubessem o que tinha acontecido.
Kitsune (sorrindo) – Bom dia!
Richard (indo de encontro a ela e beijando-lhe a mão) – Good morning miss Kamiya!
Kitsune: - Como vai senhor Stwart?
Richard (oferecendo o braço para acompanhá-la até o alpendre do dojo onde estava Kaoru) – Muito bem, menina Kamiya! Tirei um dia de folga e aproveitar para visitá-la. Espero não ter atrapalhado algo...Mas e a senhorita como estás?
Kaoru (se metendo) – Não imagina. O senhor não atrapalhou NADA, não é Kitsune?
Kitsune (querendo pegar a prima pelo pescoço) – Claro que não. Eu nunca estive tão bem, senhor.
O inglês apenas observa-as. Elas se davam muito bem apesar do tempo que ficaram separadas. E além do mais, beleza neste caso deveria ser de família, porque Kaoru também era muito bonita. Se não fosse o tom dos olhos e o corte de cabelo...elas poderiam se passar por gêmeas. Pensando em tudo isso ele começou a sorrir ao passo de que elas duas estavam soltando faíscas pelos olhos.
Enrubesceram em seguida e pediram desculpas pela cena dando uma desculpa idiota em que ele fingiu acreditar. Algo que ele também não compreendia era o porque da ex-pupila estar com o mesmo traje da noite anterior...Ela havia trazido tanta coisa para cá, conquanto a curiosidade fosse grande ele não perguntaria, seria uma falta de educação com a jovem e também ele era discreto demais para com assuntos que não lhe diziam respeito.
Richard: - Estás apaixonada, menina Kamiya?
Kitsune (não entendendo a pergunta) – Por que me perguntas isso, senhor? E por favor..poderias parar de me chamar de menina? Eu já cresci com o senhor mesmo pode ver.
Richard: - Well..eu vejo fogo em seus olhos e uma alegria que eu nunca havia visto, não achas senhorita Kamiya? – diz virando-se para Kaoru que apenas observava tudo.
Kaoru: - Sim...fogo demais. – olhando para a prima.
Richard: - Viste? Até a tua prima concorda comigo. Eu apenas pararei de chamá-la de menina se não me chamares mais de senhor.
Os olhos de cor de mel dela apenas brilharam mais e ela sorriu assentindo com a cabeça. Seu ex-professor era muito gentil mesmo. E os anos apenas o deixava mais carinhoso, inteligente e belo. Recordou-se de quando pequena, da paixão platônica que sentiu por ele. Pelo visto ele nunca chegou a saber e isso era muito bom. Não queria constranger ninguém e sim apenas evitar algumas confusões. O seu namorado era ciumento. Seus olhos brilharam ainda mais ao lembrar-se de Sanosuke.
Richard (vendo a expressão sonhadora da moça) – Não há duvidas que está apaixonada.
Kaoru (concordando) – Realmente, não.
Richard: - Isso vale para a senhorita também. Eu percebi o modo de como olhava para o senhor Himura. Formam um lindo casal.
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Uma mulher de longos cabelos negros, vestida com longo vestido verde escuro ocidental aproximava-se do dojo Kamiya. Faziam muitos anos que ela não entrava ali...Como estaria tudo? Como a receberiam? Porém, ao fitar demoradamente a entrada do mesmo sentiu que o tempo não passara. Que ela nunca havia saído dali e que agora os visitaria e quem sabe acabasse dando em cima do ex-retalhador.
Sorriu ao lembrar-se disso.
A dona do local ficava uma verdadeira fera quando ela fazia este tipo de brincadeiras. Este era o tempo em ela apesar de trabalhar muito era feliz, não que ela fosse infeliz com o marido agora. Isso não. Porém, tinha algo mais que a fazia ter a felicidade plena. Era o lutador...e isso ela não tinha mais, entretanto teria de volta, faria o possível para que aquela menina tola não se colocasse entre eles. Aqueles músculos todos, aquele corpo tinha dona...e essa dona era única e exclusivamente ela: Megumi Takani Stwart.
Ele bem que poderia ter ido com ela para a Inglaterra e assim eles continuarem a relação deles. Todavia ele tem muitos princípios e não aceitou o modo e o motivo pelo qual foi trocado e muito menos participar de uma suposta vida dupla que ela teria: à noite ela era a típica esposa que todo o homem quer ter e à tarde quando o marido saísse para trabalhar ela seria a mulher mais extraordinariamente ardente que o lutador de rua poderia ver.
Seria uma vida mais que perfeita. O marido de tão estúpido jamais descobriria e ela sempre teria o amante.
Acordou dos seus devaneios e parou de fitar a placa do lugar. Decididamente resolveu entrar. Aquilo tudo terminaria ali. A menina já havia o tido por uma noite para saber como ele era insaciável e isso era mais do que suficiente. Ela já tinha decidido tudo terminaria hoje.
Com passos largos e firmes chegou logo no pátio do dojo e fitou as figuras que estavam lá sentadas: a maldita garota com a mesma roupa do dia anterior, Sanosuke ao lago dela com um braço envolto nos ombros dela trajando a roupa branca de sempre, Kaoru com um kimono em tons de vermelho e o marido. Espere! O que o marido estaria fazendo lá? Bem, não importava. Isso não estragaria os planos dela, pelo contrário pareceria mais natural ainda. Sem querer ele acabou ajudando-a a acabar com a vida de sua pupila favorita.
Aproximou-se de todos. O homem de cabelos dourados assim que a viu deixou escapar um lindo sorriso. Ele estava feliz por ver a mulher amada perto de si mais uma vez. Os demais viraram para ver o que Richard encarava de modo tão fixo e viram de quem se tratava.
Era a Raposa. A maldita Raposa pensaram Kitsune e o homem ao seu lado.
Megumi (dando um rápido beijo no esposo) – Olá, dear. Não pensei que fosse encontrá-lo aqui!
Richard: - Nem eu, darling. E isso me deixou muito feliz.
Kitsune (levantando-se) – Desculpe-me Richard, mas eu vou me retirar um instante. -" Eu não suporto a cara desta mulher"-Se me dão licença, mais tarde eu volto.
Sano (dando a mão para ela) – Eu te acompanho.
O que eles pensavam que estavam fazendo? Ela não deixaria os dois retirarem-se.
Megumi: - Oh! Por favor, fiquem! Até parecem que estão indo embora, porque eu cheguei.
Kitsune (cinicamente) – Não imagina. – "Claro que é sua vaca!" - sentou-se de novo no lugar onde ela estava com Sanosuke do seu lado.
Kaoru (sem saber o que fazer) – Mas então! Quanto tempo, Megumi! Como estás?
Megumi: - Muito bem, Kaoru. E como vai o Kenshinzinho?
Kaoru a olha com fúria, enquanto ela apenas ria copiosamente. O médico inglês não entende nada, todavia, mesmo assim sorri para a discussão que se formaria. A esposa era muito espirituosa.
Megumi (sentando-se ao lado do inglês) – Então pararam de conversar? Do que estavam falando?
Richard: - Love...
Megumi: - Hum...amor..e quem era a vítima da conversa?
Richard: - A menina...digo, a jovem Kamiya.
Megumi (olhando para Kitsune e Sanosuke) – Realmente, eles parecem muito apaixonados...
Richard (surpreso) – Como adivinhaste?
Megumi: - Está estampado no rosto deles, dear. –sorrindo maldosamente.
O ambienta mostrava-se pesado. Ninguém respondia a mulher, nem mesmo Kaoru que havia parado com as alfinetas e indiretas. A presença dela ali não eram bem vinda e ela sabia disso. No entanto, era exatamente isso que deixava tudo mais excitante, mais arrasador...Decidiu ser direta, sucinta. Ser a protagonista, ou a antagonista da cena, não importava.
Ela não esperaria mais para agir. Tinha durado demais.
Megumi (puxando assunto) – Falando em amor...Como vai o casamento, menina?
A jovem de olhos cor de topázio arregalo-os em seguida. Como ela se atreveu a revelar o que a atormentava todo esse tempo? Como ela podia fazer isso? Como ela podia usar um golpe tão baixo? Como? Por quê? Lágrimas começaram a surgir de seus olhos. Ninguém sabia que era esse o motivo que a deixava dormir em paz. Sanosuke nem sonhava. E agora essa galinácea vestida de raposa se achava no direito de revelar algo tão..pessoal ? Ela deveria ter pensado nesta possibilidade, a madrasta dela sempre falava muito bem da senhora Stwart. Ela deveria saber que as duas eram iguais e não prestavam.
Neste momento em diante ela sofreria por isso.
Queria gritar que era mentira, que era invenção, que era uma intriga para separá-la de Sano, porém como poderia?
Era verdade.
A jovem estava de casamento marcado e tentava desesperadamente fugir. O pai dela a obrigava de complô com a segunda esposa a casar com um aristocrata poderoso da Inglaterra, muito ligado a rainha e que em breve poderia receber um título de nobreza elevando ainda mais o prestígio de uma família estrangeira lá.
Ela não queria. Nunca quis. Isso importava a alguém? Não. Ninguém se compadecia dela, ela era filha de uma mulher já morta, enterrada e esquecida pelo pai. Sem falar que era a enteada incomoda e inconveniente para a inglesa arrogante que era a mulher de seu pai, agora. Nessas horas tudo o que queria era o colo da mãe, para que ela a salvá-se do sacrifício que estavam impondo. Por isso, ela quis is voltar ao Japão, para ficar com a prima e ter um tempo para pensar no que fazer, apesar de só pensar em fugir e não ser achada por aquele que a tinha, bem ou mal, a trazido ao mundo.
Só que ela não poderia mais fugir. Tinha encontrado alguém. Tinha encontrado o amor. Tinha encontrado algo que ela nunca pensou que viria na vida desgraçada dela. Tinha encontrado aquilo que sempre achou que faltava no seu ser e entregou-se completamente. A sua alma e corpo pertenciam a aquele homem ao lado dela.
Entretanto, agora ela não sabia mais o que fazer. Tudo poderia acabar ali, tudo o que ela havia se apegado, tudo o que ela mais amava...a pessoa que ela mais se importava...
Sano (segurando-a entre seus braços para que ela lhe desse atenção) – Gatinha! – vendo que ela não voltava – Kitsune! Responda-me! Olhe para mim! Por favor, diz que é mentira dela!! Mostre-me alguma reação. Fala alguma coisa, pelo amor de Deus! Estás me assustando!
Sanosuke estava em pânico. Que história era aquela que a raposa havia inventado de casamento? A prima de Kaoru tinha dono. E era ele. Somente ele. Contudo, ele não obteria nenhuma reação dela, por que ela não falou que era invenção? Por quê? Não poderia ser verdade. Ela não poderia ser casada. Caso contrário, por que teria se envolvido com ele? E o pior...deixar chegar aonde chegou. Atos mais íntimos que um homem e uma mulher poderiam praticar, eles praticaram. Uniram-se.
"Só falta ser verdade." – sua mente gritava.
Só mais uma vez. Somente mais uma vez, ele teria sido enganado. Teria feito papel de idiota em mais uma história. Ele não poderia ter tanto azar assim, poderia?
Sim poderia. E ele temia que fosse realmente verossimilhança o que aquela maldita mulher falava.
Estupefata.
Era isso o que as feições de Kaoru mostravam a ele. Pelo jeito, a jovem de olhos azuis não sabia de nada e estava tão surpresa com as palavras de Megumi quanto o lutador. Era tudo invenção. Se que Kitsune fosse casada ela teria ficado sabendo, teria sido convidada ao menos por ela, já que o pai da garota nunca gostara muito dela. A moça estava com pena do amigo, ele estava transtornado, apavorado somente com a hipótese...
Richard não podia crer no que a esposa tinha feito. Ele mesmo depois de não mais freqüentar a casa Kamiya não sabia disso. Como a mulher teve coragem de fazer algo tão...sórdido e mesquinho? Aqueles jovens mostravam um amor mais que comovente um pelo outro. Será que era essa a mulher que ele se casou? Quanta coisa a mais não habitava naquela mente que ele nem sonhava? A atitude dela pareceu passional demais...até mesmo vingativa.
Ele se recusava a aceitar...
Sano (gritando) – Fala alguma coisa! Esboce alguma reação. Diga-me algo. – Kitsune encarava-o com o olhar vago, perdido em algum lugar que ele não tinha noção de onde era. – bateu no rosto dela, até surgir um fino filete de sangue dele – Eu estou ficando desesperado. Fale comigo, por favor...
A moça apenas levou a mão fria e suada ao próprio sangue que sentiu escorrer na face. A atitude de Sanosuke tinha surpreendido a todos, porém a ex-médica era a única que sorria ao passo que os demais estavam perturbados demais.
Kitsune (levando a mão suja de sangue ao semblante do lutador) – Dizer...o que eu posso dizer? – ela parecia desequilibrada.
Sano (tentando sorrir para ela) – A verdade, por favor. Somente ela.
Kitsune (virando o rosto para o lado) – Já conheces a verdade.
Sano (chorando) – Como pudeste fazer isso comigo? Como? Não tens coração? Não sentia nada quando eu te tocava? E ontem? Eu fui apenas uma aventura? Uma cobaia? RESPONDA-ME MULHER!
O que ela poderia dizer? Adiantaria falar que ele estava errado? Certamente não. Adiantaria dizer que ela o amava? Com certeza não.
Kitsune (tentando falar algo) – Galinho eu...
Sano (interrompendo-a gritando) – Não me chame assim! De agora em diante eu não quero que se dirija a mim com tamanha intimidade, vadia! Enganaste-me cruelmente. Como pôde? Deve ter se divertido muito nas minhas costas. Ah! Eu esqueci de perguntar...foi bom para ti? Aliás, quanto eu te devo?
A garota tinha a face marejada em lágrimas. Como ele podia falar isso para ela? Nunca ninguém a tinha humilhado dessa forma. E como ele ousava chamá-la de prostituta? Sim, havia sido maravilhoso. Todavia, tudo morreria ali. Ela não merecia tanta felicidade, realmente. Deveria pagar. Pagar...por algo que nem ela mesma sabia o que era.
Olhou-o durante mais uns instantes fixamente. Bateu-lhe com força no rosto. Era mentira que ela era casada. Ela era apenas noiva. Noiva? Fazia alguma diferença agora? Não, não fazia. Neste instante Kitsune não queria que ele soubesse de mais nada. Coisas demais já haviam sido ditas por ele. Coisas que ela não perdoaria.
Era tarde demais para tentar arrumar o estrago.
Megumi (com um sorriso maquiavélico dentre os lábios) – Nossa! – fingindo que não sabia. – Vocês não sabiam disso? Desculpem-me, não era a minha intenção.
Richard (não acreditando na falta de emoção da mulher) – Pare com isso, Megumi! Já chega! Cale essa boca e vamos embora! – todos olharam surpresos para o inglês que sempre se mostrava gentil. - Já falaste demais.
Megumi (tendo soltar-se do marido que segurava seu braço) – Solte-me Richard! Eu tenho que ver isso...Aliás, eu tenho que dizer algo! Bem feito menininha...-olha para Sanosuke – Não sabem o quanto eu estou feliz...
Kaoru: - Feliz? Como pode, Megumi? Alguém não pode ser feliz vendo a infelicidade dos outros!
Megumi: - Sim, estou muito feliz....de vê-los novamente, é claro.
Richard (surpreso com a atitude da mulher) – Não estou te reconhecendo...Onde está a mulher doce com quem me casei? Por favor, chega de escândalos...Vamos embora NOW!
O homem de louros cabelos puxou fortemente pelo braço para se fazerem ausentes do dojo. Ele não queria causar mais confusão...Mais problemas para sua querida ex-aluna. Ela era como uma irmã para ele...uma irmã muito querida...não permitiria que ninguém, fizesse ela sofrer mais. Mesmo que se tratasse de sua senhora. Aliás, que ele cada vez mais se espantava de conhecer...Se soubesse que tudo isso aconteceria jamais teria retornado ao país do sol nascente de novo.
Kenshin somente agora figurava no dojo do pátio. Ele tinha ouvido os gritos, no entanto como ele havia dito para a Kaoru na noite anterior...não interferiria. Isso era algo que eles deveriam resolver. A jovem de olhos próximos a turquesa havia presenciado a tudo e se metido. Ela tinha quebrado a promessa que havia feito a ele. Então, ele chamou-a dizendo que precisava de ajuda na cozinha. Realmente, era um absurdo, mas foi a única coisa que ele pensou no momento.
Deixando assim os dois sozinhos.
Sanosuke fitava-a com desdém. Parecia que todos aqueles sentimentos que ele dizia, ou menos, sentir por ela tinham evaporado...junto com as palavras daquela mulher.
Kitsune havia sim, o enganado. Porém, nesse momento não tinha a mínima importância. À vontade que a garota tinha era se atirar em um navio qualquer e voltar o mais rápido possível para a Inglaterra...para oferecer-se aos leões em sacrifício. Eles não teriam uma bela surpresa quando descobrissem que ela não era mais pura. Que tinha sido violada. Que tinha entregado-se ao homem que amava...Provavelmente eles a castigariam...ou fariam algo pior.
Nada importava mais.
Sano: - Diga alguma coisa...- ele ainda mostrava abalado.
Kitsune (finalmente o encarando com os olhos inchados e o sangue resvalando sobre seu rosto) - O que queres que eu diga? Que sinto muito? Não, isso eu não vou dizer. Não vou dizer que sinto muito por ter vivido os melhores dias da minha vida. Apenas posso dizer que sinto muito por teres descoberto assim...somente isso.
O homem a olhava-a num misto de ódio e fúria. Se alguém tivesse batido nela, poderia considerar-se uma criatura morta. Entretanto, nenhum estranho havia a machucado. ELE a esbofeteou. Ao mesmo tempo em que ele alimentava uma cólera sem tamanha por ela, ele tinha uma vontade incontrolável de ir até a jovem e abraçá-la, confortá-lhe e dizer que tudo ficaria bem. O que era impossível...
Sano (levantando do lado dela) – Pretendias me contar que era casada?
Kitsune: - Não. Porque, eu não sairia nunca mais deste país. Nem que o meu pai colocasse a Inglaterra inteira para vir atrás de mim. Eu não queria, mas agora que está tudo acabado...
Sano (inclinando-se até ele falou-lhe com uma voz assustadora perto do ouvido dela) - Quem disse que está tudo acabado?
Kitsune (arrepiando-se) – E não está?
Sano: - Idiota. Ainda tinha algum resquício de esperança? Pois a perca.
Kitsune (olhando fixamente para os olhos dele) – Quem disse que eu tinha? Assim que eu conseguir um navio, voltarei para a casa de meu pai.
Sano (não gostando do que ela havia falado) – Isso mesmo! Volte para o teu marido. Ele vai adorar saber que é corno...e que eu dormi com a mulher antes dele..
A moça bateu-lhe novamente na face.
Kitsune: - Não me trate como se eu fosse uma vagabunda.
Sano: - Se não queria se tratada não poderia ter agido como uma. – ele segurou o braço dela que certamente viria contra o seu semblante mais uma vez. – E ainda queria que eu me casasse contigo...E o pior era que eu queria. Mas, não é possível com quem já se encontra casada, não é?
Ele apenas segurava-a fortemente não conseguia afastar-se dela. Aqueles olhos...não podia admitir que não poderia ficar sem admirá-los...Aqueles lábios mordidos por ela mesma em sinal de nervosismo...Ele deveria ter problemas, porque depois de tudo ele ainda a queria.
Kaoru apesar dos protestos de Kenshin volta ao pátio. Ela não poderia ficar impassível a situação que envolvia pessoas que ela gostava. Ao sair deu de cara com o belo homem segurando a prima pelo pulso e a outra mão na cintura dela. Será que tinham se reconciliado? Esperava que sim. Contudo...
Sano: - Hei Jou-chan! Vou pegar as minhas coisas no quarto do Kenshin. Estou dando um jeito de voltar para o albergue. Aqui eu não tenho mais condições de ficar.
Kitsune (olhando para a prima) – Eu também, Kaoru. Anteciparei minha volta para a Inglaterra. Poderia me acompanhar até o porto?
Kaoru: - Sim, Kitsune. Após o almoço nos vamos.
Depois destas palavras, ele dirigiu-se até o lugar onde poucas horas atrás, estava nos braços da garota de olhos de mel...E desejou não ter levantando nunca do futon naquele dia...
Após a saída dele, a moça jogou-se nos braços da prima buscando conforto. Ela havia sido forte até aquele momento...todavia, não agüentava mais. E assim, desabou emocionalmente e em lágrimas dentre os braços da prima.
CONTINUA...
Nossa...como eu estou triste com este capítulo. Só uma idiota como eu para chorar com algo que ela mesma escreve. Mas é a vida...~_~ A Raposa malévola entrou em ação e acabou com a relação do meu casalzinho. _ Quem ela pensa que é? Que mulherzinha mais...bem sem comentários. Pelo menos o Richard começou a ter uma idéia do que a esposa realmente é...Bem feito para ela.
E agora o que será que vai acontecer? O que será que a minha mente doentia vai inventar para os próximos capítulos? Por falar nisso...este fic está chegando ao final...somente mais alguns capítulos e fim. Esta sessão estará livre de mim por algum tempo, porque eu já tenho projetos novos mais do que desenvolvidos para Rurouni Kenshin.
Agora vamos aos agradecimentos:
Rae. Estou me superando e dando um jeito de me virar sozinha. Provavelmente este capítulo deve estar cheio de erros, mas tudo bem...a intenção é válida. Realmente, eu me diverti muito vendo o Kenshin e também e a Kaoru encontrar aqueles dois. O galinho estava quente...porém neste capítulo a cabeça dele esquentou demais...acho que deu curto...tadinho...informação demais. XD Obrigada pelo apoio e por ler uma certa cena antes.
Hime Hayashi: Lia! Este capítulo não deu para ti ler antes, porque eu digo que o escrevi praticamente em um dia. XD Nossa! Nem eu acredito que consegui terminá-lo! E a Raposa...bem...ela estragou tudo...todavia, foi algo bem sutil. Ela ainda fará coisas piores! Eu garanto! ^_~
Ana Paula: O que não faz as férias para a gente atualizar fics logo, não? ^_~ Eu também estava com saudade de escrever...e isso sempre me deixou muito feliz. Obrigada pelo "linda, romântica e sensual" A Era já diria que eu sou hentai, mas tudo bem...XD A gente acostuma!
Sa: Bem, bem eles separam-se. Agora, é só ver o que vai acontecer depois de tudo o que aconteceu entre eles...Esperamos que termine tudo bem, não? ^_~ Obrigada pelos parabéns.
Lili-chan: Lídia! Este capítulo saiu bem rápido, não? ^_~ Agradeço os elogios e fico feliz que já tenha se acostumado com a segunda pessoa, porque eu apenas escrevo com ela mesmo. Kenshin e Kaoru provavelmente apareceram mais nos outros capítulos...neste eu acho que tu sabes o porquê deles não aparecerem muito! ^_^
Sanssuni Maioki: Obrigada pelo review. Espero que goste deste fic!
Beijos a todos...
Até o próximo capítulo!
DAI
