NATAL NA CASA DA ÁRVORE

AUTHOR: Lady K. Roxton

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

SPOILERS: "Unnatural selection".

COMMENTS: Finalmente chegamos ao final! Como será o Natal de R&M? Que presentes eles irão ganhar? Será que vai ser um Natal comum? Review, please! Eu não me lembrava do nome da rainha das fadas (se é que ela tem!) de "Unnatural selection", por isso tive que inventar: Katrina. Sorry!

Ah e eu não sou pervertida (aliás, essas fics q já publiquei são bem lights, estou guardando as mais "quentes" para breve) mas novamente, tem cenas eróticas, ok?

Capítulo 4 (final, finalmente)

Chegando em casa, os exploradores se deram conta de que tudo estava exatamente igual a quando eles saíram. Os enfeites não haviam sido postos totalmente e não havia comida feita. Apenas um bilhete em cima da mesa. "Amigos

Assai pediu para que a acompanhássemos até sua aldeia para ajudar em um parto. Seremos escoltados por guerreiros zangas, não há perigo algum. Mas não sabemos se voltaremos a tempo para o Natal, sentimos muito.

Comportem-se bem, crianças!

Challenger, Verônica e Finn."

"Ah que bom, vão comemorar um nascimento enquanto nós ficamos aqui. Em lugar de um bom jantar, vamos comer frutas. Eu sempre quis ser vegetariana!" disse Marguerite visivelmente mal humorada.

Roxton se sentiu mal. Ele entendia porque ela estava magoada. No fundo ela esperava que esse natal fosse especial, depois de tantos natais abandonada no orfanato, sem ninguém de sua família... e agora que ela começava a ter uma "família" eles também a abandonam. Roxton entendia tudo isso.

"Marguerite, não pense assim. Pelos menos ainda temos um ao outro!" ele disse enquanto ela fazia aquela cara de "eu sabia que você ia dizer isso". "Por que você não vai tomar um banho enquanto eu preparo algo para nós? Demore o tempo que for preciso, você merece depois de tudo o que fez..." ele disse enquanto a abraçava pela cintura.

Quando Marguerite chegou em seu quarto, sentiu uma agradável brisa, fresca e suave. Um delicado pó dourado caiu sobre ela e antes que pudesse dizer qualquer coisa, caiu desmaiada.

Roxton estranhou o silêncio, já havia se passado um bom tempo e ele ainda não tinha ouvido ela fazer nenhum barulho, até sentiu falta de ouvi-la cantando debaixo do chuveiro; foi ver o que estava acontecendo. Quando chegou ao quarto dela, viu-a caída e antes que pudesse fazer qualquer coisa, o mesmo pó dourado caiu sobre ele, fazendo-o cair também.

"Hahahaha temos que ser rápidos, antes que eles acordem..." disse uma voz de menina.

"Por onde começamos?" perguntou um menino.

"Pelos enfeites, depois pela comida e depois as roupas deles. Depressa e façam tudo bem feito, certo?" a menina disse.

Quem seriam essas crianças? Como entraram? O que queriam? A magia está presente no nosso mundo, por que não no platô, que é a fonte de toda a vida? A menina era simplesmente a rainha das fadas, que só voltou a ser fada graças à ajuda de Ned (principalmente, ao dar seu sangue), Marguerite e Summerlee. E sabendo da importância que essa data tem para os humanos, ela quis retribuir o favor...

As crianças fadas trabalhavam rapidamente. Terminaram de enfeitar toda a casa da árvore e trouxeram muitos enfeites, arranjos, flores. A mesa estava perfeita: havia doces, castanhas, pães, frutas e um imenso peru assado, desprendendo fumaça de tão quentinho, parecia delicioso. Num passe de mágica, um dos meninos mudou a roupa de Marguerite para um lindo vestido branco: de alcinhas, longo, e tão leve que parecia flutuar no corpo dela. Seus cabelos estavam soltos. Em Roxton, o menino colocou uma calça bege, apertada (seu corpo ficou lindo), uma camisa branca e suspensórios. "Eles irão adorar", a fadinha pensou. "Nosso trabalho POR AQUI já está terminado, vamos embora." Ela mal terminou e Roxton e Marguerite começaram a despertar.

"Mas que diabos aconteceu?" Roxton disse enquanto despertava, ainda meio tonto.

"Mas... Roxton, o que foi que você... como.. Roxton, que roupas são essas?"

Roxton também não sabia, e também estava sem entender nada.

"Bom, você está muito bem, Marguerite" ele disse por fim. "Levante-se, vamos ver o que está acontecendo aqui, deve ter alguma explicação lógica para tudo isso".

Eles foram cuidadosos para a sala e a surpresa foi imensa ao ver tudo arrumado, parecia um sonho.

"Será que nós morremos?" ela disse com sua ironia habitual.

"Não Marguerite, eu acho que não" ele sorriu.

Em cima da mesa havia um bilhete.

"Uma vez vocês me ajudaram. Vocês foram amigos. Amigos ajudam amigos. Estou retribuindo o favor. Sejam muito felizes... Katrina, rainha das fadas."

Roxton não entendeu nada. Achou que fosse algum tipo de piada. Marguerite também não estava entendendo, mas se lembrou do episódio da mulher que dizia ter sido fada e que precisava do sangue de um virgem. Ela contou meio por cima a história para Roxton, lembrando-se que Summerlee disse ter visto a mulher transformada numa fadinha, mas ela e Malone não haviam acreditado. Era a única explicação "lógica" para o que estava acontecendo.

"Parece que tudo que nos resta é desfrutar deste presente, não acha?" disse Roxton conduzindo-a até a mesa.

Ela sorriu.

"O que vai querer, minha rainha?" Roxton ofereceu para servi-la enquanto puxava a cadeira para que ela se sentasse.

"Eu quero que você fique para sempre comigo John. Quero que este momento dure para sempre."

Ele sorriu, sentou-se na cadeira ao lado e beijou-a. Um beijo tão romântico. Tudo estava perfeito, como se fosse um sonho. Mas não era!!!

Eles experimentaram de tudo que havia na mesa. Por vezes um dava na boca do outro, trocando beijos e carícias. Riram muito do que estava acontecendo e de tudo que já haviam passado de bom no platô. Quando a meia noite foi se aproximando, Roxton disse:

"Bom, parece que já é hora da troca de presentes" e sorriu para ela.

"Eu estava ansiosa por isso! Pensei que não fosse conseguir esperar pela hora certa."

"Oh Marguerite, não consigo imagina-la ansiosa dessa maneira."

Começaram a sorrir e correram para seus quartos para buscar seus presentes. Voltaram cada um com uma caixinha pequena, embrulhadas em lenços de seda, foi a única coisa que conseguiram para fazer os embrulhos.

Eles não conseguiam parar de rir quando se sentaram lado a lado no sofá. Estavam realmente muito felizes.

"John, eu estava com um pouco de medo de lhe dar este presente. Eu não sabia o que você pensaria disso e na verdade..."

"Eu só posso esperar um presente de você meu amor. Que você diga sim" então pela primeira vez ele ficou com medo. Teve medo da resposta dela. Tentou consertar "Pelo menos diga que vai pensar Marguerite".

"Roxton, do que você está falando?", ela perguntou assustada.

Então ele abriu seu embrulho e de dentro de uma caixinha de madeira ele tirou um lindo anel dourado, com um imenso diamante. Ele havia passado meses tentando fazer essa surpresa para Marguerite e contou com a ajuda de Challenger para que pudessem fabricar o anel, escolhendo materiais puros. E não foi fácil deixar que ela não percebesse as idas de Challenger às cavernas para procurar ouro!!!

"Marguerite, quer se casar comigo?" ele perguntou por fim decidido.

Ela ficou um pouco surpresa. Ela não estava esperando pelo pedido formal, afinal eles já estavam dormindo juntos, apesar de ela no fundo desejar isso mais que tudo, não esperava por um pedido formal.

"Eu... bom.. Roxton... você... EU ACEITO!!!"

Ele mal pôde acreditar que depois de três anos atrás dessa mulher, finalmente ele havia conseguido penetrar no coração de Marguerite Krux. Não, Lady Marguerite Roxton. Só de pensar no som que fazia "Lady Marguerite Roxton" ele ficou extasiado.

Se abraçaram bem apertado e não paravam de sorrir. Não poderia haver nada no mundo que destruísse esse momento. Nada.

"John, será que agora eu posso dar o MEU PRESENTE?" ela perguntou.

"Ah Marguerite, que outro presente você poderia me dar? Confesso que tive medo de você recusar minha proposta, mas agora não. Estou imensamente feliz, nada mais no mundo pode ser melhor do que isto. Melhor do que nós."

"Isso é o que nós vamos ver" ela disse baixinho sorrindo, entregando-lhe o presente. Ele abriu. Era uma caixa de charutos.

"Oh Marguerite, não posso imaginar como você acharia que uma caixa de charutos me deixaria mais feliz do que a sua resposta, apesar de..."

"Você vai ser papai. Vai ter um filho. É o presente que eu tenho para lhe dar. O maior de todos" ela disse sorrindo, esperando a sua resposta.

"Marguerite, um filho?" Ele levantou-se levando-a pela mão. "Um filho?" Então pegou-a no colo e começou a gira-la pela sala. "Um filho! Eu vou ser pai! Nosso filho! Marguerite, você não poderia me fazer mais feliz" ele gritava, como o homem mais feliz do mundo.

Então levou-a para o quarto dela, pousando-a na cama. Ela ficou olhando para ele. Então ele abriu botão por botão de sua camisa, enquanto sorriam um para o outro. Marguerite nunca o havia visto tão feliz.

Ao ver seu tórax, sua barriga tão bem delineada, seus ombros, ela pensou "Eu nunca me cansaria de olhar para ele". Aquele cheiro de homem a excitava demais. Do homem que ela amava.

Ele terminou tirando a calça também e deitou-se ao lado dela. Beijou sua mão e disse "Eu te amo Marguerite".

"Te amo Roxton."

Então ela ajoelhou-se na cama e tirou seu vestido, mostrando seu corpo para o amor de sua vida. Roxton mal podia se conter, ele estava adorando tudo aquilo.

Quando ela terminou de se despir, ele puxou-a para perto de si, abraçando- a. Então começaram um ritual de amor e magia. Roxton, com suas mãos e lábios, explorou cada centímetro do corpo dela. Marguerite se contorcia, em movimentos cada vez mais prazerosos. Então ela pediu, implorou: "John, faça amor comigo".

Como se recebesse uma ordem, Roxton deitou-se por cima dela, beijando seu seus lábios, seu pescoço e um pouco mais abaixo, com muita paixão e desejo. Ele estava completamente fora de si. E assim eles se amaram a noite toda, tornando-se apenas um.

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Marguerite acordou com barulhos no portão da cerca elétrica. Os outros estavam chegando. Ela lembrou-se vagamente da noite passada, teria sido um sonho? Ela olhou para Roxton, dormindo, tão tranqüilo, tão lindo. Olhou para o chão e viu as roupas deles. Não, não havia sido um sonho: lá estavam as roupas brancas que haviam aparecido misteriosamente e ela lembrou-se do pedido de Roxton e sentiu o anel em seu dedo. Definitivamente, não era um sonho.

Então ela vestiu rapidamente seu hobby e saiu para receber os outros.

"Roxton, Marguerite, chegamos!" gritou Challenger.

Todos pararam porque era inevitável não notar a arrumação da casa. Eles acharam que os dois haviam feito isso. Então Roxton veio muito tranqüilo e feliz enrolado em um lençol.

"Marguerite eu ouvi... oh Challenger, Finn, Verônica eu... vocês.. é... com licença" ele saiu correndo, muito constrangido.

Finn e Verônica não agüentaram e não conseguiam parar de rir. Challenger estava tão envergonhado quanto Roxton.

"Parece que vocês tiveram uma noite e tanto hein?" disse Finn. "Talvez devêssemos ter demorado um pouco mais hahahaha". Verônica teve que se sentar no sofá para poder rir melhor.

"Anh, com licença..." Marguerite disse também constrangida, o que provocou mais ainda o riso das loiras.

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Depois que todos estavam "recompostos", Marguerite e Roxton contaram sobre a vila de Bellver e também sobre o que aconteceu na casa. Bom, não tudo, é claro. Contaram sobre o desmaio, as roupas, a arrumação e a comida, ah e claro, do bilhete. Mas todos perceberam que havia algo mais, principalmente pelo anel de Marguerite. Só Challenger sabia dele.

Todos ficaram bastante surpresos.

Desejaram-se feliz natal e até trocaram alguns presentinhos. Coisas que haviam recolhido aqui e ali.

Marguerite estava radiante. E Roxton se sentia realizado porque sabia que aquele natal havia sido o melhor da vida de Marguerite. E pensar que ele havia contribuído para isso lhe dava uma ótima sensação.

A normalidade foi rompida por gritos lá de baixo.

"Tem alguém em casa?"

"Malone!!!!!!" Verônica gritou.

Eles correram para a sacada e lá estavam Summerlee e Malone. Todos correram para baixo.

Agora a família estava completa novamente.

Malone contou que estava vivendo em uma caverna, refletindo sobre sua vida. Disse que a casa lhe trazia muitas lembranças da garota da selva, que ele não sabia se havia voltado. Por isso ficou isolado. Contou que de repente um vento começou a soprar e ele se viu em frente a casa, com Summerlee a seu lado.

E Summerlee disse que a história era longa, que depois entraria em detalhes, mas que depois de cair no rio, foi achado por um povo muito amigável que vive por dentro daquela imensa cachoeira, que cuidou dele e o acolheu. Mas ele não sabia como voltar, a saída não era tão simples quanto a entrada. Foi quando ocorreu o mesmo que com Malone e ele apareceu frente à casa.

Depois dos relatos fantásticos, Marguerite foi para a sacada, o olhar perdido na imensidão daquelas selvas.

"Marguerite, você está bem?"

"Eu estava pensando..."

Ele por um instante teve medo de que ela estivesse arrependida. Ele preferiria morrer a ouvir algo assim.

"Vamos precisar de um espaço maior para nós, não acha?" ela disse sorrindo.

"Eu acho, minha rainha, que você terá tudo que desejar. E eu vou satisfazer todos os seus desejos. E os seus também" ele disse acariciando sua barriga. "Eu daria um castelo nas nuvens para você Marguerite, porque você é o meu maior tesouro".

Então se beijaram. É, realmente tudo havia voltado ao normal.

FIM!!!

E então, valeu a pena esperar pelo final? Gostaram? Review!!! Agora sim dá para ir para "Reencarnação", explicada a volta do Summerlee rs...