Esta é a
continuação do meu primeiro fic, O ciclo do Livro Clow. Espero que gostem da história. Dúvidas, sugestões,
críticas ou xingamentos enviem para chibiusa-chan@bol.com.br
ou reviews. A opinião de vocês é muito importante !
Lita mal conseguira dormir aquela noite. Sua mãe havia morrido,
ela teria de recuperar todas as cartas que fugiram ... "Não, eu nunca
serei tão forte como a minha mãe. Eu nunca vou conseguir !". Lita chorava. Não conseguia acreditar que tudo isso
acontecera em tão pouco tempo e ela não pode fazer nada para evitar.
- Lita, tá na hora de você
ir para a escola. Vamos, minha filha. Eu sei que está sendo tão difícil para
você quanto para mim. Kha está aí. Ele disse que vem
lhe pegar todos os dias para te levar ao colégio. Arrume-se e não o deixe
esperar muito. - e Shaoran dava um beijo na testa da
filha.
- Se dependesse de mim eu nunca mais ía pro colégio
...
- Vai, Lita. Vai ser divertido. Agora, se aparecer
alguma carta Sakura me avise imediatamente.
- Tá, kero, eu já sei disso
...
- Se anima, Lita. Eu acho lindo o seu sorriso.
- Kha ?!
- Desculpe-me, mas achei que poderia ter acontecido alguma coisa.
- Não, não aconteceu nada. Eu já vou descer. Aproveita e toma café.
- Obrigado pelo convite.
Os dois saem para o colégio. No caminho, uma moça varre a calçada de um templo
...
- Bom dia, Sra. Mizuki.
- Bom dia para vocês, garotos. Lita se anime, você
conseguirá recuperar aquilo que foi perdido. Não foi tua culpa.
- Muito obrigada. Tchauzinho !
"Como Lita se parece com a mãe ! É
admirável." E Mizuki entra dentro do Templo Tsukimine.
- Bom dia, pessoal !
- Bom dia Lita e Kha.
Lita possuía uma melhor amiga, seu nome era Tellu. Possuía cabelos e olhos prateados, e ela era
bastante bonita. Tellu sabia da existência das cartas
e dos poderes da amiga e de Kha. As aulas
transcorreram normalmente. Ao final do dia, na saída, Lita
sente uma presença estranha.
- Kha, você está se sentindo estranho ?
- Você também percebeu.
- É uma carta Sakura ?
- Não sei. Você está com o tabuleiro do seu pai ?
- Estou sim.
- As quatro direções dos poderes sagrados. Deuses dos relâmpagos e das
tempestades elétricas. Mostrem-me com seu raio de luz o ser que está se
escondendo nessa região. Mostrem-me o espírito da carta!
De fato era uma carta. Todos correram na direção apontada pelo tabuleiro e
chegaram a uma praça, onde havia crianças brincando. De repente, todas elas
caem num sono profundo.
- Ali, olha é a carta !
- É sim, é a carta do Sono !
- Olha, ela tá fugindo !
Na perseguição, todos se vêm na borda de um desfiladeiro. Sono faz Tellu adormecer.
- Chave que guarda o poder da minha estrela! Mostre seus verdadeiros poderes
sobre nós e ofereça-os à valente Lita que aceitou
essa missão! Liberte-se !
- Alada !
Lita persegue Sono, mas parece que a carta é mais
rápida. LIta volta e Kha
diz que vai tentar.
- Grandes deuses que me concederam seus incomensuráveis poderes, venham a mim !
- Uau, como é que você consegue fazer isso ?
- Bem, meu pai descobriu que eu sou a reencarnação do faraó Ramsés
II, e que os meus poderes mágicos estão inteiramente ligados a ele. Meu nome ia
ser Ramsés, mas como a minha mãe não gostou, ela
colocou o nome de um dos filhos dele, Kha-em-Quaset,
que significa "o que aparece em Tebas"
(cidade egípcia), mas ela disse que simplesmente Kha
seria mais "encantador"...
- Ah, tá. E o que significa este báculo ?
- Essa fênix azul em cima dele significa prosperidade para os egípcios, o
início de uma nova era. Apareceu no primeiro ano do reinando de Ramsés II ... Mas não é hora para isso. Olha a carta
aprontando !
- É verdade, eu já tinha me esquecido. O que você vai fazer ?
- Bem, os deuses que me concedem poderes são gregos e não egípcios.
- Por quê ?
- Sei lá.
- Ai, ai *(gotinha)
- Ramsés me protege com o seu ka (não é ki não, é que
para os egípcios, ka é uma a força eterna presente nos faraós), mas os deuses
que me concedem poderes são os gregos e romanos.
- Sim, mas e a carta ?
- Ha via me esquecido. Agora fique quieta e observe.
- Éolo, filho de Poseidon.
Tu és o Deus do Vento. Conceda-me os seus infinitos poderes !
Uma corrente de ar sai do báculo de Kha e prende
Sono.
- Volte a forma humilde que merece, carta Sakura !
A carta é presa e vai para Kha.
- Acho que isso lhe pertence.
- Muito obrigada ! Tellu acordou, vamos lá !
- Que pena que eu não pude ver você capturar uma carta ! Quero fazer parte
desta sua jornada.
- Tá, Tellu. Agora se ficar
perigoso demais, você vai se afastar. Não quero que se machuque.
- Certo.
- Kha, o seu báculo pode se transforma em espada ?
- Pode sim. Eu posso mudar a forma dele quando eu quiser. Só que os sortilégios
são dos deuses, certo ?
- É meio complicado de entender, mas fiz o que pude. Já está tarde, vamos
voltar ?
Ao longe, alguém observa todos os acontecimentos.
Tellu deixa Kha e Lita em suas casas.
"O que é isso ? É o templo Tsukimine. Tem alguém em cima do torii
(é o nome daquele treco que fica na porta dos templos).Mas, mas é o Kha. Ele tá com o báculo dele.
Tem, tem uma garota estranha, com roupas de luta. Quem é ela ? Não dá pra ver o
rosto direit... "
- Lita !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Ai, o que foi Kero ?
- Você vai se atrasar !
- Eu tive um sonho com uma menina com roupas de luta.
- Você a conhece ?
- Não. Ela estava com Kha na entrada do templo Tsukimine.
- O templo Tsukimine ...
- O que foi ?
- Nada, não. Olha que você vai acabar se atrasando ...
Lita vai a mil por hora. Kha
não apareceu e ela vai para a escola sozinha.
- Bom dia classe !
- Bom dia professora Rika.
- Hoje chegou uma nova aluna na classe. Seu nome é Nanaka
Li e vai se sentar atrás de Kha.
- Olá, meu nome é Nanaka. Eu vim de Hong Kong, meus pais se mudaram para cá, mas já estiveram
aqui antes. Espero me dar bem com todos !
Nanaka tinha cabelos e olhos negros, sendo o primeiro
curtinho (para imaginá-la, lembrem-se da Nanaka Nakatomi de Mahou Tsukai Tai, caso tenham tido
oportunidade de assistir)
Nanaka encara Kha e Lita até sentar-se.
Na hora do recreio, Tellu, Lita
e Kha estavam conversando. Nanaka
se aproxima.
- Olá, posso sentar-me aqui com vocês ?
- Pode.
- Nanaka, porque você possui o sobrenome Li ?
- Lita, você conhece alguém com este sobrenome.
- Digamos que sim.
- Faço parte desta família.
- Por parte de quem ?
Toca o sinal.
- Na saída a sua pergunta será respondida.
Lita esperou ansiosamente até a saída. Quando tocou,
ela foi até o portão e encontrou sua tia Mei Ling.
- Tia !
- Lita ! Como você cresceu !!!!!
- O que a senhora está fazendo aqui em Tomoeda ?
- Oi, mamãe.
- Olá. Lita está é sua prima, Nanaka.
- O queeeeeeeeeeeeeeeeê ?
- Eu sei tudo sobre as cartas e herdei os poderes mágicos de meu pai. Estou
aqui para ajudar.
- Impressionante. Sabe também sobre o meu báculo ?
- Claro que sei, Kha Hirasigawa.
- Sinto a presença de uma carta.
- É verdade, Lita.
- Onde está a Nanaka ?
A menina fora na frente de todos. Lita e Kha correram o máximo que puderam, mas tiveram de parar. Lita pegou o seu tabuleiro mágico para ver onde se
encontrava a carta.
- As quatro direções dos poderes sagrados. Deuses dos relâmpagos e das
tempestades elétricas. Mostrem-me com seu raio de luz o ser que está se
escondendo nessa região. Mostrem-me o espírito da carta!
O tabuleiro indicou que ela estava dentro da carta. Lita
olhou ao redor e estremeceu. Estava só, no meio de um labirinto. Sabia que
demoraria a encontrar a saída, mas tinha de tentar. Do lado de fora, Kha gritava desesperadamente por Lita,
mas ninguém respondia.
- Não adianta. Ela caiu na travessura do Labirinto.
- Eu sei disso, mas ... Nanaka ! Que roupas são essas
?
- São as roupas de batalha. Usava lá em Hong Kong,
quando participava do clube de Magia com minhas amigas (a roupa é a mesma da Nanaka de Mahou, aquela
amarelinha ...).
- Você está muito bonita, mas é hora de salvar Lita !
- Etokafe Nan !
- O quê ?
Ao dizer as palavras, o báculo de Nanaka, que possuía
uma espécie de pato na ponta (é impressionante como todo mundo agora tem báculo
...) cortou as paredes do labirinto, fazendo Lita
sair.
- Volte a forma humilde que merece, carta Sakura !
- Pode ficar com a carta, vim para te ajudar.
- Sabe Nanaka, gostei da roupa.
- Obrigada.
No caminho para casa, Lita vinha pensando que até
agora ela sozinha não capturara nenhuma carta, sempre os outros capturavam e a
entregavam.No dia seguinte eles iriam passear, para ver Yukito
jogar arco e flecha.
"Eu tenho que dizer isto a Lita amanhã. Não posso mais esconder. Tenho de me
revelar", pensa Kha em seu quarto, quando Tomoyo entra.
- Meu filho, está apaixonado por Lita ?
- Mamãe ?!
- Eu percebi, assim como o seu pai. Também fui uma das primeiras a perceber o
amor de Shaoran pela a minha amiga Sakura ...
- Mãe, não chora !
- Declare-se para Lita. Tenho certeza que ela também
sente algo especial por você, assim como Sakura
sentia pelo Shaoran ...
Ao ouvir estas palavras, Kha se assusta. Ele sente a
presença de Sakura naquele quarto e mais, ele vê Sakura reconfortando a sua mãe e pedindo para que ele se
calasse. Kha foi dormir com uma sensação estranha
sobre o que havia acontecido.
Era uma linda manhã de domingo. Kero jogava videogame. Lita iria passear com Tellu, Nanaka e Kha. Eles iam até um
centro esportivo, ver Yukito treinar arco e flecha.
- Oi, tio Yukito !
- Olá, Lita. Vejo que trouxe seus amigos. Mas, você é
Nanaka Li, a filha de Mei
Ling ?
- Sim, sou eu.
- Yuke, estão te chamando.
- Obrigado, Touya.
- Tio Touya, o que você tá
fazendo aqui ?
- Ué, isso sou eu que te pergunto. Eu vim aqui pra
acompanhar o Yukito.
- Ah, tá. Eu vim trazer um lanchinho.
- Obrigado, deixa aí e vá até a platéia, pois esta área é restrita, olha a
placa.
- Tchauzinho.
Yukito tinha excelente mira. Nenhum arqueiro era como
ele. Lita vibrava a cada flecha no alvo, até que ...
- Eu, eu, eu não a-a-acredi-di-di-to !
- O que foi, Lita ?
- É a minha mãe !!!!!
Era uma garota muito parecida com Sakura, mas quando
viu Lita correu. Ao correr, esta menina esbarrou em Touya.
- Há quanto tempo não nos víamos. Guardou o enfeite de cabelo que eu te dei,
Espelho ?
- Guar-guardei sim.
- Oh, não. Ela tá conversando com o tio Touya ! Aqui tem muita gente ... já sei!
- Carta Sakura, adormeça a todos com seus incríveis
poderes. Sono !
Todos na cidade adormecem.
- Você não é a minha mãe. Revele-se carta Sakura !
- Lita, ela é uma carta especial.
"Das cartas especiais, só uma poderia fazer isso."
- Você é o Espelho !
A carta foi trancada. "Finalmente tranquei uma carta sozinha !" -
pensou Lita.
Todos continuaram seu passeio até que, em um determinado momento, Lita e Kha ficaram sozinhos no
parque Pingüim.
- Lita eu, eu queria te dizer uma coisa.
- O que é ?
- Lita, Kha, vamos para
casa !!! Tellu nos levará. - grita Nanaka.
- O que você ia dizer ?
- Deixa pra lá.
Todos se dirigem ao carro onde, mais uma vez, Tellu
deixaria todos em suas residências. "Eu não vou deixá-lo fazer isso. Tenho
muito poder em minhas mãos." - pensava Nanaka ao
observar Kha entrando em casa, ao longe.
Shaoran estava muito estranho. Desde que Sakura
morreu, esta era a primeira vez que sonhava com ela. Ela o mandava ter cuidado,
muito cuidado. Ele não conseguia entender. Foi acordar Lita
em seu quarto e desceu, para preparar o café.
- Oi, papai !
- Lita, por que você não leva Kerberus
com você até o colégio ?
- Mas por quê ?
- Não sei ... Mas acho melhor você fazer isto.
- Tudo bem. Hoje eu vou voltar um pouco mais tarde, pois vou passear com minhas
amigas, certo ?
- Tchau, minha filha. Tome muito cuidado.
- Tchau, papai !
Lita foi a escola. Naquela
manhã, Shaoran foi procurar Touya,
na casa de Yukito.
- Touya, eu sei que não temos um ótimo
relacionamento, mas hoje sonhei com a Sakura.
- Eu também sonhei com ela. E ela mandava lhe alertar sobre algum tipo de
perigo. Para que você tivesse cuidado.
- Ela também me mandava ter cuidado, mas não disse com quê.
- Vá atrás de Lita. Deve ter alguma relação com ela.
- Tudo bem, eu já queria fazer isto mesmo ...
E Shaoran sai correndo. No meio do caminho ele pára
bruscamente. Tinha alguém naquele lugar. Não, ela não podia acreditar ! Era Sakura.
- Sakura ! Quanta saudades !
Meu amor, com que você quer que eu tenha cuidado ?
Sakura não respondia; apenas sorria.
Em outro lugar, bem perto daquele bosque ...
- Lita,
sinto a presença de uma carta Sakura !!!
- É verdade, Kero.
- Está no bosque.
- Você tem ótimos poderes, Nanaka.
- Muito obrigada, Kha.
Todos saem em disparada até o bosque, onde encontram Shaoran quase a beira daquele precipício.
- Papai !
- Não adianta, Lita. É a carta da Ilusão. Seu pai
deve acordar sozinho do transe pelo qual está submetido.
Shaoran chega cada vez mais perto do precipício.
Quando vai cair, o transe é interrompido.
- Sakura me mandou ter cuidado com você, Ilusão. Lita, tranque a carta !
- Volte a forma humilde que merece, carta Sakura.
A carta voa em direção de Li que prontamente dá a carta a
filha.
- Lita, a sua mãe tinha me avisado, através de um
sonho, que eu correria perigo. E, no último momento, lembrei-me do aviso.
Agradeço a ela. Agora volte para casa, vou ficar mais um pouco aqui ...
Shaoran pensa em Sakura.
"Como eu a amo !". O anjo de Sakura aparece
e lhe dá um abraço.
- Shao, eu sei que é duro para você viver sem mim,
mas é necessário.
- Quando poderei me juntar a você ?
- Quando tudo estiver terminado.
- É Lita ?!
- Sim. Tenha paciência. Logo se juntará a mim. Cuide de Lita
e lhe dê todo o seu amor. Agora tenho de partir ... Eu te amo, posso dizer isto
apesar de estar morta.
- Eu também te amo.
E assim, Sakura se despede, deixando para trás seu
marido e sua filha Lita, com uma grande missão. Será Lita capaz de cumprir a missão que lhe foi entregue pela
sua mãe Sakura ? Será ela capaz de chegar até o fim ?
