Esta é a continuação do fic A troca de corpos. Eu agilizei um pouquinho as coisas para não ficar naquela lengalenga. MANDEM A OPINIÃO DE VOCÊS PARA e reviews !
Os dias até o início de dezembro passaram-se rapidamente. Na casa de Shaoran, Lita e Kero organizavam a árvore.
- Vai ficar linda !
- Também, olha só quem está arrumando ! O incrível guardião Kerberus !
- Cala a boca, bicho de pelúcia. Lita, eu fiz um lanchinho para vocês.
- Obrigada papai ! Por que o senhor não põe a estrela na ponta da árvore ?
- Vai me dar esta honra ?
- Ah, por favor, queira fazê-lo !
- Com todo o prazer !
- Parece até que vocês dois viajaram no tempo ... Tão falando igualzinho àquelas novelas de época mexicana que passa na tv ...
- ... e que você não gosta nadinha ...
- ... só vive assistindo e até chora em algumas delas ...
- EU TAMBÉM TENHO EMOÇÃO !
- Come logo esse doce, boneco !
- Oba ! Bolo de chocolate !
Na casa de Tomoyo, a situação não era diferente. Kha e Tomoyo arrumavam a árvore, enquanto Suppi-chan observava tudo deitado no sofá (como sempre...). Uma luz dourada aparece e, rodopiando, vai parar na ponta da árvore e lá fica parada durante alguns segundos. Dela aparece uma linda estrela ...
- Eriol ...
- Acho que colocar a estrela na ponta da árvore ainda é minha obrigação ... - diz Eriol, enlaçando Tomoyo em seus braços.
- Você sempre tem uma maneira encantadora de nos surpreender ...
- Acho que devo ser imprevisível. E um pouquinho de magia tola não vai fazer mal. Tudo isso para deixar a sua vida mais "encantadora". Tudo isso para deixar a nossa vida mais feliz.
- Vamos, Suppi. Já está tarde. É melhor irmos ...
- Você não muda mesmo, Kha !
- É sério, mãe. Olha, já são 10 horas ... É melhor irmos. Tô indo, tchau, já vou, FUI !
Tomoyo e Eriol se beijam apaixonadamente.
- Por que nós saímos da sala ? Logo você que não gosta de dormir cedo ...
- Se manca, Spi. - Kha põe o pijama em seu quarto - Não vê que é um momento de intimidade do casal. Vai dormir, vai. É bem melhor ...
Na sala, Tomoyo e Eriol se abraçam e dirige-se ao quarto.
- É impressionante como Kha sempre nos deixa a sós ...
- Só para eu poder fazer as maiores loucuras com você ...
- Ah, Eriol ...
O relógio da sala dá 12 e quase silenciosas badaladas.
No outro dia, Lita acorda bem cedinho. Ela havia combinado com a turminha de darem uma volta no parque e irem até o cinema. Ela veste um lindo vestido rosa, com uma fita na cabeça, e desce as escadas.
- Bom dia, Lita !
- Bom dia pai !
- Está tão bonita ! Eu quero que tomem muito cuidado no cinema, viu ? Nada de besteiras ...
- Ai que desconfiado ! Eu nunca vou trair a sua confiança. Eu vou indo. Vai demorar até chegarmos no cinema ...
- Cuidado ...
- Tchauzinho !
Ela vai até o parque. Não há ninguém.
- Eu vou me sentar um pouquinho ... Acho que vão demorar ...
E ela fica admirando um monte de borboletas azuis que voam no céu.
No momento em que Lita saía de casa, Shaoran vê Sakura sentada na mesa, com um bebê em seus braços.
- Olha, Shao. Ela é tão linda ! Mas é muito frágil. Também consigo ver um grande poder emanando da pequena Lita ...
- Sakura ! Lita é um bebê !
- Claro, não lembra que voltamos ontem da maternidade ? Onde é que você está com a cabeça, meu amor ? Foi tanta emoção assim que te deixou atordoado ?
- Sakura ! - Shaoran corre para dar-lhe um abraço, mas vê-se abraçando Kero. Ao mesmo tempo vê um vulto azul voando pela janela.
- Pena que tudo foi um sonho ...
- Me solta, moleque !
- De novo, Kero. Aquela carta me dá a segunda ilusão com o amor de Sakura.
- Não me diga que é ... ?
- Sim, é.
Passado algum tempo, Lita sente uma mão em seu ombro. Como quem costuma fazer isso é Kha, ela vai logo cumprimentando.
- Oi, Kha. Você demorou, hein ?
- Olhe para mim, filha. Eu voltei. Você está tão crescida ! Já falei com seu pai. Minha viagem demorou mais do que o previsto. Seu marido vem vindo aí com o sorvete que você pediu. Ah, como Kha é atencioso ! Ainda mais com você grávida ...
- Como é que é ?
- Vem, me dá um abraço !
Lita corre desesperada para abraçar a mãe que tanto ama, mas acaba abraçando o rei Pingüim. O grupo de borboletas havia descido para o parque e subido novamente com o grito de tristeza que Lita deu ao ver que tudo não passava de uma ilusão, de um sonho bom ...
- O que foi ?
- Kha ! - Lita cora ao se lembrar da miragem que tivera.
- Por que você gritou ?
- Se preocupou comigo, é ?
Agora Kha é quem cora.
- Claro, você é minha amiga !
- Como eu.
- Oi Nanaka !
- Ei, não me excluam !
- Tellu !
- Agora que já estamos todos reunidos, é melhor irmos.
- OK.
E todos se dirigiram para a Estação Tomoeda. O trem partiu para a direção do centro de Tóquio. O lindo grupo de borboletas azuis voava nos céus, fazendo todos se admirarem. Nanaka suspira e, quando abre os olhos, vê algo muito estranho. Ela já não estava mais no metrô e sim numa praça e se vê conversando com um desenhista. (não é ela, é outra Nanaka)
- Olha profº. Tokugawa. Este é o desenho que eu fiz !
"Mas o que é que eu estou fazendo aqui com o meu professor de desenho !"
- Muito bonito, Nanaka.
Era uma linda menina de cabelos e olhos castanhos. Os cabelos longos presos no estilo "rabo-de-cavalo", nem alta nem baixa, magra e muito forte. Esta menina era a Lita. Ela estava sentada na escada de um templo xintoísta. O desenho era perfeito.
- Nanaka, você já deu um nome a este quadro ?
- Dei sim. Mas isto vai ser um segredo entre a gente. Ele se cha...
O sonho é interrompido.
- Nanaka ! Acorda ! Nós já chegamos !
- Hã, o que ?
- Você parecia estar dormindo e ...
- Olha isso ! Como são lindas estas borboletas !
O grupo de borboletas azuis agora cruzava os céus de Tóquio.
A cidade estava incrivelmente linda, toda enfeitada para o Natal. Os garotos deliraram com a decoração, mas tiveram de entrar rápido no cinema ou perderiam a sessão. No meio do filme, Kha, que por sinal estava detestando o filme sobre dinossauros, deu uma saidinha. Mas não estava mais no cinema. Ele estava no Templo Tsukimine com Nanaka e Lita.
"O que é que eu estou fazendo aqui ?"
- Diz Kha. Qual de nós duas que você ama ? - dizia Nanaka.
- É sim. Não agüentamos mais dividir você e agora queremos uma decisão final.
- Qual de nós duas ?
- É, qual de nós duas ?
- Eu não sei ! Eu estou muito confuso ! Eu não estava aqui !
- Qual de nós duas ?
- É, qual de nós duas ?
As vozes ecoavam na cabeça de Kha.
- Qual de nós duas ?
- É, qual de nós duas ?
Kha leva um tombo. Estava dentro do banheiro masculino com a cara dentro da pia.
- Hã, onde é que eu estou finalmente ? Ei, dá pra ver o céu daqui. Estas borboletas de novo ! Parece até que estão perseguindo a gente ... É melhor eu ir andando ou vão ficar muito bravas as meninas ...
- Onde é que você esteve ?
- Calma Nanaka. Eu só fui ao banheiro !
- E passou duas horas lá dentro ! Você saiu quando filme ainda estava no comecinho e só voltou agora, depois que ele acabou !
- Calma, deixa o garoto.
- Obrigado, Tellu. - Kha sussurra no ouvido da garota.
Eles estavam andando e no meio da rua Tellu desmaia. Quando Lita olha, há uma borboleta azul pousada em cima da cabeça da amiga.
- É a carta Sonho ! Foi por isso que todo mundo desmaiou ! Ela estava seguindo a gente e nos fez sonhar !
- Chave que guarda o poder da minha estrela mostre os seus verdadeiros poderes sobre nós e ofereça-os a valente Lita que aceitou esta missão. Liberte-se !
- Carta Sakura, faça-os adormecer com seu magnífico pó. Sono !
Sono entra em ação.
- Carta Sakura, transforme-se em correntes da justiça. Vento !
Sonho é envolvido por Vento e Tellu acorda automaticamente.
- Volte a forma humilde que merece, carta Sakura !
Tellu se levanta atordoada.
- Tudo bem ?
- Sim. Nós já devíamos ter percebido isso antes.
- Estes sonhos são predições ...
- ... já que foram mostrados por esta carta.
- Kero e Suppi-chan !
- Vocês acham que nós íamos deixar de vir aqui ? Se tiver farra, nós estamos no meio !
- Ai Kero. Você não muda mesmo ... gotinha
Todos voltam para casa. Nanaka olha para o quadro que realmente havia pintado de Lita. O mesmo quadro que aparecera em seus sonhos.
- Eu realmente já tinha pensado no nome desse quadro. Ele se chama "A pessoa que mais admiro." (quem assiste Sailor Moon Super S já sabe de onde é que eu tirei isso...)
No outro dia, Nanaka iria levar seu quadro para emoldurar, pois iria dá-lo de presente para Lita. Resolvera isto na última noite. Ela havia feito várias cópias do desenho e daria uma delas para seu professor. Mas, quando foi tocar no quadro, algo muito estranho aconteceu. Ela foi arremessada para trás, caindo em cima de sua mãe, Mei Ling, que acabava de abrir a porta.
- O que foi, filha ?
- Tem uma carta Sakura no meu quadro.
- O que ?
- Exatamente, mas Lita não pode ver o quadro. Como irei trancar a carta ?
- Tive uma idéia. Corte o Escudo e conte a ele o quanto você cuida bem e gosta do quadro. Quem sabe ele se transforme em carta.
- Como sabia que era o Escudo ?
- Este quadro é muito importante para você. Então só poderia ser o Escudo.
- Então eu vou tentar.
- Etokafe Nan !
O Escudo foi cortado.
- Escudo, eu cuido muito bem deste quadro e não quero fazer-lhe nenhum mal. Confie em mim. Este quadro é tão importante quanto a minha vida. Mas não posso deixar que você seja trancado por quem faz os sortilégios, pois esta mesma pessoa não pode ver o quadro que você tanto quer proteger. Por favor !
O Escudo se trancou sozinho.
- Mamãe, eu consegui !
- Conseguiu sim. Agora mande a carta para o quarto de Lita.
- Etokafe Nan !
A carta saiu voando pelos céus.
Na casa dos Kinomoto/Li, um ventinho entra pela janela de Lita, fazendo-a acordar.
- O que é isso ? Essa carta não estava aqui antes. É o Escudo ! Mas tudo bem, menos trabalho para mim.
E ela escreveu seu nome na carta e a guardou com cuidado.
O dia 25 de dezembro chegou voando. Todos estavam reunidos na mansão de Tomoyo para juntos comemorarem data tão especial. Finalizado o discurso de Eriol, foi iniciada a tão esperada troca de presentes. Lita ganhou várias coisas, mas o que mais a surpreendeu foi o presente de Eriol : 4 cartas Sakura bem embaladinhas que Tomoyo havia achado quando fez uma arrumação "cabeça-para-baixo" na casa. São elas Tempestade, Trovão, Voz e Nuvem.
- Imagine se estas cartas tivessem entrado em ação ao mesmo tempo ! Nem quero imaginar a confusão ...
- Foram tantas as cartas que eu achei que quase não me considero uma Card Captor ...
- Confie no seu potencial, Lita. Falo isso em nome de Clow.
- Eu confiarei. Eu confiarei.
Lá pelas tantas, Nanaka chamou Lita a um canto, onde poderiam conversar sem serem ouvidas.
- Lita, este é meu presente.
- Nanaka, mas é lindo !
- Eu gostaria de me desculpar, caso tenha feito algo errado. No começo eu te odiava, mas vi que você não tem culpa alguma do que estava acontecendo e ...
- Acontecendo o que ?
- ... eu queria te dizer que o nome desse quadro é "A pessoa que mais admiro". Que isto seja um segredo entre nós duas.
- Tudo bem. Muito obrigada por me admirar, mas não sei o que fiz de tão extraordinário.
- Tudo em você é extraordinário, Lita. Você é muito especial. Tem um coração puro e lindos sonhos. Você é realmente muito especial.
- Obrigada .
- Acho que está na hora de Tomoyo cantar. Vamos ou perderemos o show.
- Claro.
Tomoyo cantou uma linda canção. Todos aplaudem freneticamente. Tomoyo foi mais uma vez esplêndida. Era um Natal feliz.
Muito tempo se passou desde o Natal e Lita tinha agora sonhos estranhos. Só lhe faltava duas cartas Sakura a serem capturadas. A maioria de seus sonhos, Lita se encontrava em meio ao Templo Tsukimine e um som muito estranho tocava ao fundo. Algo incompreensível até aparecer uma sombra de cabelos longos em cima do templo.
Kero já podia voltar a sua forma normal, mas não o fez esperando um dia especial. E este dia estava perto. Tomoyo fez uma fantasia para Lita, para que ela usasse no dia em que capturasse a última carta. Era uma réplica da fantasia que Sakura usou ao capturar a carta da Água. Todos estavam em frente a cerejeira-mor do templo Tsukimine, pois sentiam a presença de mais uma carta Sakura.
- Não conseguimos identificar a carta ... Onde será que ela está ?
- Não fazemos mínima idéia.
- AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH !
- O que é isso ?
Lita era arrastada e agora sumira dentro da cerejeira. Era lua cheia.
"Isto é obra de Retorno. Mas onde é que eu estou ? O que é que eu tô fazendo aqui perto da Torre de Tóquio ? O que está acontecendo ali ? Sinto uma presença mágica muito forte ... Mas é da minha mãe ! Aquele que está com ela é, é ... É Yue ... Então este deve ser o julgamento da minha mãe ..."
Lita assiste a todo o julgamento de Sakura.
No Templo Tsukimine, Kha, Tellu e Nanaka, juntamente com Kero, unem suas forças para tentar trazer Lita de volta.
- Etokafe Nan !
- Cronos, cujo nome significa O Tempo, faça o tempo parar e aquela jovem voltar !
- Meus poderes, ajudem-me e fazei com que Lita volte !
Quase exaustos, eles conseguem fazer Lita sair da árvore.
- Volte a forma humilde que merece, carta Sakura !
- Você conseguiu, Lita !- Kha se empolga e rouba um lindo beijo de amor de Lita, fazendo com que a carta Amor apareça entre eles e voe para o bolso da Card Captor. Lita fica muito envergonhada.
- Me desculpe !
- Isso era necessário. Agora o deck está completo.
- Kerberus ...
Yukito, que passava pelo local, entra em transe profundo. Todos o vêem se transformar em Yue.
- Está na hora, filha. Ali estão todos. Eles vieram assistir ao julgamento. - Sakura, que brevemente havia aparecido, se despede emocionada.
- Yue ...
- Hum, você é quem capturou as cartas ...
- Sim, sou eu.
- Qual o seu nome ?
- Sou Lita, filha de Sakura, sua antiga dona.
- Sakura ... Era uma dona maravilhosa. Agora minha memória voltou. Como poderia esquecer-te, Lita. Mas não pense que vou facilitar. Serei ainda mais cruel por te conhecer anteriormente.
- Não tenho medo. Pode começar.
- Lita é muito valente.
- É verdade, Kha. Mas vamos assistir atentos.
- Ó maga toda poderosa. Aqui está a humilde pessoa que deseja ser a dona de todas as cartas. Você é a jovem escolhida por Kerberus. Seu nome é Lita. Eu posso ver que possui grandes poderes. Eu sou o Juiz Yue... E está na hora de começar seu Juízo Final.
O que acontecerá com Lita, agora que enfrenta mais este desafio ? Conseguirá ela passar pelo terrível Juiz Yue, ainda mais agora que ele promete ser mais implacável ? Aguarde e descobrirá.
Chibiusa-chan .
