NOTA 1: TODOS OS PERSONAGENS PERTENCEM A J.K.ROWLING, A ROCCO, A WARNER E A TODOS QUE POSSUEM DIREITOS SOBRE A MARCA HARRY POTTER (QUE NÃO SÃO POUCOS). ALGUNS PERSONAGENS INCLUÍDOS NA HISTÓRIA PERTENCEM A MIM. MAS EU ACHO QUE NINGUÉM VAI QUERER UTILIZÁ-LOS EM OUTRA FIC, ENTÃO ISSO NÃO TEVE RAZÃO DE SER. ESPERO QUE GOSTEM DA FIC E BOA DIVERSÃO!
NOTA 2: UM BAILE À FANTASIA E DE MÁSCARAS SACODE HOGWARTS DURANTE O NATAL. CASAIS IMPROVÁVEIS SE ENCONTRAM, SE GOSTAM E DEPOIS CADA UM LUTA PARA DESCOBRIR QUEM ERA A PESSOA QUE TANTO LHE MARCOU. PIOR É QUANDO SE DESCOBRE QUE ESTA PESSOA ERA AQUELA QUE VOCÊ MENOS ESPERAVA.
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Capítulo 6- O encontro
Durante o almoço, Draco estava impaciente. Toda a hora colocava a mão no pescoço, sentindo falta do cordão. Draco amava aquele cordão. Com certeza era o melhor presente que já havia recebido do seu pai. Já havia ganhado coisas mais caras e valiosas que aquela, mas aquele cordão significava muito pra ele. E ele já estava tão acostumado com ele que se sentia desprotegido ou como se faltasse algo. Foi quando a coruja de Gina chegou. Draco apanhou o pergaminho e leu-o.
"Malfoy,
Tenho certeza que você deve estar procurando pelo seu cordão. Ele está comigo. Se quiser de volta, me encontre na 5ª sala do corredor esquerdo do quarto andar, após o jantar. Essa sala fica vazia por isso não precisamos nos preocupar com perda de pontos ou detenções. Cuidado com Pirraça. Não quero me ferrar por tua causa.
Ps: Apareça sozinho ou eu desistirei de entregar o seu cordão."
Draco crispou os lábios. Era o que faltava. Alguém estava com o seu cordão e esse alguém só poderia ser o Weasley. Ele tinha certeza que acordara com o cordão e deu falta dele logo após a briga com o Weasley no corredor. Chegou a voltar lá pra ver se o encontrava, mas não tinha nem sinal dele. "Weasley deve estar querendo me ferrar, me fazer perder pontos... Ah, mas eu não vou mesmo. Vou guardar esse bilhete e se algo der errado hoje à noite, eu mostro. Aí eu digo que ele roubou o meu cordão e me atraiu até lá, usando-o como isca, só para que eu perdesse pontos. Aí, quem se ferrar é ele". – e deu um sorrisinho vitorioso.
...
Gina quase nem tocou no seu jantar. Estava nervosa. Não era normal ter que enfrentar um Malfoy. Haviam conversado (ou melhor, discutido) naquela vez, na Floreios e Borrões. Depois eles haviam se esbarrado pelos corredores algumas vezes. Em umas, Draco debochava dela e ela ficava quieta. Em outras, simplesmente não via que ela estava ali. Ao contrário de todos os seus irmãos que sempre foram bem famosos... sim, porque Percy era famoso. Pela sua chatice, mas era. Rony era o melhor amigo do famoso Harry Potter e sempre se metia em confusões e acabava ajudando a salvar a Pátria. Carlinhos era um ótimo jogador de Quadribol; Gui era um aluno exemplar, monitor-chefe e tinha um grande dom com as mulheres e Fred e Jorge... sem comentários. Gina, não. Gina era praticamente invisível. Até os próprios alunos da turma dela esquecem que ela faz parte da turma. No primeiro ano ninguém havia tomado conhecimento da existência dela até o incidente na Câmara. Depois disso, sua popularidade aumentou. Mas não foi nada que a tornasse mais conhecida. Até Colin Creevey era mais famoso que ela. Gina não se importava com isso. Tinha sua verdadeira amiga, Cindy e isso pra ela já bastava. O que importa é a qualidade e não a quantidade de amigos. Mas, mesmo assim, Gina se sentia fraca em ir falar com o Malfoy. Ele era importante, famoso e rico. Também era arrogante, frio e cruel. Será que ela seria forte o suficiente pra enfrentá-lo? Porque, mesmo que uma voz fininha, baixa, ignorante e irritante dissesse a ela que o Draco iria abraçá-la e beijá-la quando a encontrasse, Gina tinha certeza de que ele a insultaria e ela não poderia deixar isso barato. Seguiu para a sala do quarto andar. Queria chegar antes dele pra ter tempo para se preparar.
Draco jantou calmamente. Calmo até demais, é necessário acrescentar. Depois disso dispensou Crabble e Goyle. Não precisava inventar desculpas absurdas pra eles, era só ordenar que o deixassem em paz. Subiu, tão calmamente quanto jantara, até o quarto andar. Parou algumas vezes pra insultar alguns quadros nos corredores. Não, não costumava fazer isso. Mas parecia que naquele momento queria demorar o tempo que fosse necessário. Não queria que o Weasley achasse que ele estava desesperado pra ter o cordão de volta, o que era a verdade. Queria de qualquer jeito aquele cordão, e ele usaria de todos os meios. Até falar com o idiota do Dumbledore, se fosse necessário.
E então, Draco chegou à sala que haviam marcado. A porta estava entreaberta. Draco terminou de abrir a porta e já entrou falando:
- Tá legal, Weasley. Acabou a brincadeira. Devolva o meu cordão.
Porém, Draco percebeu que aquele cabelo, mesmo sendo vermelho, estava um pouco grande demais pra ser o cabelo do Rony.
- Calma, Malfoy. Seu cordão está aqui, mas antes nós vamos conversar um pouco.- Gina se virou pra ele e olhou bem dentro dos olhos dele. Balançou o cordão pra ele ver que era verdade e que o cordão estava intacto. Tentou mostrar-se o mais calma que ela poderia estar. Draco não esboçou nenhuma reação. Apenas sua testa se enrugou, levemente.
- Weasley? Não sabia que era você.
- Ué, como não? Se você ao entrar falou: Tá legal, Weasssleyyyy.- Gina arrastou bem o seu nome. Draco cruzou os braços.
- Você sabe muito bem o que eu quis dizer, garotinha. Eu esperava que fosse o seu irmão e não você.
- Ah...
- Devolve logo o meu cordão.
- Primeiro vamos conversar, Draco.
- Eu não tenho o que conversar com você, Weasley. Devolve o meu cordão.- Draco estava tentando se conter. Ainda não achou prudente ofender aquela garota enquanto ela estivesse com o seu cordão. Mas se ela o irritasse um pouco mais...
- Quem te deu esse cordão? - Gina insistiu.
- O que te interessa? Quer saber se ele é valioso? Sim... ele é. Deve valer mais do que tudo que o seu pai ganhou em toda a vida deprimente dele. Agora me devolve.
Gina preferiu ignorar essa resposta.
- Quem te deu esse cordão, Draco?
- Foi o meu pai, ok? Era isso que você queria saber? Meu pai me deu. Era dele. Satisfeita?
- Muito.
Gina esticou a mão e Draco pegou o cordão. Já havia virado as costas pra ir embora quando Gina falou.
- Que lindo cordão? Posso ver? Que lindo! Seu nome começa com M? Não, o nome da minha família que começa com M. Oh, já sei quem você é! MacDougal? Moon? Mc Fallen? - Gina fazia mímicas, imitando Draco e ela mesmo enquanto falava e Draco foi se virando lentamente.
- Anda escutando as minhas conversas por trás dos arbustos, Weasley?
- Lógico que não.
Draco permanecia imóvel. Seu rosto não mostrava nenhuma expressão. De tudo que Gina imaginara que poderia acontecer... Nada estava perto disto. Ela imaginou que ele pularia no pescoço dela, que ele a jogasse da janela, que a transformasse em sapo, até que ele a pedisse em namoro. Mas em nenhum flash veio a imagem do Draco ficar sem dizer nada. Gina olhou, desacreditada, pra ele. Até, que uns dois minutos depois, Draco entendeu.
- Não... - ele sorriu - Não... Não pode ser... Você tá querendo me dizer... que você era a garota que tava comigo?
- Até que enfim você entendeu.
- Não acredito em uma só palavra. Do que você estava vestida?
- De Dama Antiga. Você chegou até mim me chamando de princesa, enquanto eu pegava o meu suco de abóbora, aí eu lhe disse que não era princesa e sim Dama Antiga.
Draco escutara tudo aquilo absorto. Depois começou a esboçar crises de vômito. Tinha a ânsia de vomitar. Levou a sua mão ao estômago e colocava a língua pra fora. Se fosse em outras condições, Gina acharia aquilo super engraçado. Mas ela tratava de se lembrar que ele queria vomitar porque a havia beijado. De repente, Draco foi perdendo a cor...
- Eu preciso respirar... Eu preciso respirar...- ele ofegava.
Gina se aproximou dele e começou a assoprar, pra ver se ele melhorava. Ela estava preocupada com ele. Ele parecia bem malzinho...
- Sai daqui, Weasley pobretona! - Draco gritou.
- Ah... pensava que você estava morrendo, por isso que eu me aproximei. Pra ver mais de perto. Vejo que, infelizmente, você goza de perfeita saúde.
- Eu vou morrer sim! Mas de desgosto! - gritou, mas logo em seguida baixou o tom de voz até um mero sussurro.- Por quê eu não fiquei com a Pansy???? Por quê??? Uma voz estava me dizendo... Fica com a Pansy, ela é garantida. Mas não... eu queria ter novas experiências! E OLHA A EXPERIÊNCIA QUE EU TIVE!!!! Eu beijei uma Weasley... Devo estar doente... Devo ter pegado leptospirose...
- Malfoy... Leptospirose só se pega em contato com ratos.
- E você acha que você se parece com o quê? Não duvido nada que seus pais te pegaram em um ninho de ratos e te criaram!
- OLHA AQUI, MALFOY! - Gina se estourou.- Se você acha que eu estou satisfeita por ter te beijado, você está muito enganado. Se você quer saber, eu já vomitei cinco vezes hoje só de imaginar que eu te beijei ontem! - mentiu. - E nem por isso eu estou te humilhando e dando showzinho como você está fazendo!
- Essa é a grande diferença entre nós, Weasley. Eu existo.
- Eu também existo, Malfoy. E não preciso humilhar os outros pra provar isso.
- Que sentimental - Draco parecia mais calmo, mas mantinha a mão no estômago e ainda não tinha voltado a cor habitual. De vez em quando, tinha novas ânsias de vômito. Isso geralmente acontecia quando ele olhava pra Gina. - Tá legal. Você já conseguiu o que queria... Contar-me que era você, a garota de ontem à noite. Agora nós precisamos acertar alguns detalhes.
- Detalhes??
- É lógico! Eu não quero que você saia por aí contando que me beijou no baile. Quanto que você quer pra manter essa sua boca fechada? Que tal 10 galeões?
- Eu não quero seu dinheiro, Malfoy.
- 20 galeões e cestas básicas durante um ano. Aposto que a sua família precisa...
- MALFOY! EU NÃO QUERO O SEU DINHEIRO E MINHA FAMÍLIA NÃO PASSA FOME! - Gina gritou tão alto que até Draco se assustou. Demorou um tempo até que ele se recuperasse do susto.
- Se você prefere ignorar a realidade...
- Presta bem atenção pra ver se você entende, loiro aguado. Eu não quero o seu dinheiro porque eu te chamei aqui pra te pedir pra ficar com a boca calada, porque pra mim é bastante humilhante ter beijado alguém como você. Como nós temos propósitos iguais, eu não aceito o seu dinheiro. Você cala a tua boca e eu também fico quieta. Feito? - Gina estendeu a mão.
- Feito... mas vai abaixando essa mão aí. Eu não vou tocar em você... eca.
Gina respirou fundo. Ficou um silêncio entre eles. Malfoy o quebrou.
- Agora sai da minha frente! Quero ir embora.
- Há!há!há! Até parece que EU vou sair da sua frente.
- Tudo bem - falou Draco, pensando um pouco. - Eu vou imaginar que você é um grande bolo de bosta deixado por um cão no meio do caminho. Como a bosta não tem capacidade pra se mover, eu serei obrigado a me desviar, pra não me sujar.
- SEU GROSSO!!!
Draco já ia desviando quando Gina sorriu e falou.
- Você com certeza não é o Don Juan...
- Do que você está falando, Weasley?
- Você ontem me perguntou se você fazia jus a fantasia... Você precisa aprender muito pra chegar a ponta do dedo do Don Juan.
- Mas você ficou comigo - Por mais que doesse falar isso, Draco teve que dizer. A pior coisa que ele sentia era ter o seu ego ferido. E era isso que Gina estava tentando fazer.
- Não é algo de que eu me orgulhe. Pode acreditar.
- Muito menos eu - e teve ânsias de vômito novamente.
- Ah... Mas você disse que o meu beijo foi um dos melhores que você já teve...
- Acorda, Weasley! É lógico que eu menti. Você beija pior do que um sapo!
- Então, você já beijou um sapo... Estava achando que ia aparecer o seu príncipe encantado, Malfoy? - Gina falou divertida.
Draco bufou, falou algo que muito lembrou a Gina uma das palavras que o Rony usava quando Fred aprontava alguma pra cima dele e foi embora.
Gina ainda sorriu na sala. "Não foi tão ruim assim... Pelo menos ele não me jogou da janela...".
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E então? O que acharam? Gostaram? Odiaram?? Revisem, please!
Bom... no próximo capítulo, vemos como Draco e Gina reagem a isso tudo quando já estão com a cabeça fria. Será que Gina odiou tanto assim de ter ficado com o Malfoy? E Draco, o que achou? Até logo!
