NOTA 1: TODOS OS PERSONAGENS PERTENCEM A J.K.ROWLING, A ROCCO, A WARNER E A TODOS QUE POSSUEM DIREITOS SOBRE A MARCA HARRY POTTER (QUE NÃO SÃO POUCOS). ALGUNS PERSONAGENS INCLUÍDOS NA HISTÓRIA PERTENCEM A MIM. MAS EU ACHO QUE NINGUÉM VAI QUERER UTILIZÁ-LOS EM OUTRA FIC, ENTÃO ISSO NÃO TEVE RAZÃO DE SER. ESPERO QUE GOSTEM DA FIC E BOA DIVERSÃO!

NOTA 2: UM BAILE À FANTASIA E DE MÁSCARAS SACODE HOGWARTS DURANTE O NATAL. CASAIS IMPROVÁVEIS SE ENCONTRAM, SE GOSTAM E DEPOIS CADA UM LUTA PARA DESCOBRIR QUEM ERA A PESSOA QUE TANTO LHE MARCOU. PIOR É QUANDO SE DESCOBRE QUE ESTA PESSOA ERA AQUELA QUE VOCÊ MENOS ESPERAVA.

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Capítulo 12 – Família Malfoy

Draco havia chegado há poucas horas em sua casa. Estava feliz por estar de volta. Sentia muita falta de casa enquanto estava em Hogwarts. Era onde tinha sua liberdade; podia ir e vir sem dar explicações a ninguém, nem por causa do horário nem por nada. Só tinha uma ponta de saudades de Gina, afinal antes ficavam todos os dias juntos, e quando não estavam em 'sua' sala, viam-se pelos corredores, pois por mais que Hogwarts fosse grande, sempre se encontravam com as turmas das outras casas.

Jantaram em silêncio, como era o costume desde que se entendia por gente. Depois, seguiu com seu pai para a biblioteca.

Lúcio Malfoy estava sentado numa cadeira confortável, atrás de uma mesa. Estava com um livro bem antigo nas mãos, e parecia concentrado em sua leitura. Draco estava meio que sentado, meio que deitado no sofá da biblioteca. Também tinha um livro nas mãos, mas não o lia. Estava muito ocupado pensando em Gina para ler alguma coisa daquele livro. Não sentia só saudade, mas ciúme também, pois o Potter estaria a qualquer momento junto com ela. E sentia-se estranho por causa da última conversa. Havia dito que não era capaz de amar, mas Draco já não tinha tanta certeza disso. O que sentia por Gina era tão forte e tão intenso que não poderia ser chamado apenas de "gostar". Só que ele tinha dificuldades em lidar com isso. O que falara da sua opinião sobre o amor, era verdade. E tinha medo. Não queria ficar preso e dependente de Gina. Não sabia se era a garota certa para ele, não sabia se poderia amá-la sem arrepender-se depois. Além disso, sabia que seu pai ficaria muito desapontado quando soubesse quem estava namorando. Lúcio sempre o cobrava por uma nora, mas com certeza nunca pensara em ter uma Weasley como parente. Saber que poderia deixar seu pai aborrecido o deixava triste.

Draco levantou o olhar do livro e mirou seu pai. Tão concentrado e sempre tão certo de suas atitudes. "Será que ele já se decepcionou comigo?", pensou. Lúcio sempre tinha uma resposta pronta para tudo, não importava qual fosse a pergunta. E Draco o admirava por isso. Sempre o vira como um modelo a ser seguido. Queria ter uma comprovação de que ainda era motivo de orgulho para seu pai. Não sabia bem o por quê dessa repentina vontade, mas bem no fundo sabia que isso iria tirar um pouco da culpa que estava sentindo. Muitas dúvidas corriam pela sua cabeça neste momento. Entre elas, se um dia agiria corretamente em dizer que amava Gina. Não tinha quem o aconselhar além do seu pai. Poderia conversar com ele, mas se sentia envergonhado em começar o assunto.

"Será que alguma vez ele já teve dúvidas de como agir? Bom... Pelo menos de uma coisa tenho certeza... Meu pai nunca estaria cercado de interrogações como estou agora. Ele já teria se certificado do assunto. Acho que é isso que eu vou fazer..."

Draco ainda pensou (e desistiu) algumas vezes, até que finalmente tomou coragem para falar com seu pai.

- Pai... Ahn... Depois que o senhor acabar desse livro... Será que poderíamos conversar?

Lúcio Malfoy nem ao menos levantou o olhar do livro.

- Pode falar, Draco.

- Mas o senhor não gosta de ser interrompido quando está lendo.

- Esse livro não é tão importante.

- Não é o que parece. O senhor nem não tirou os olhos dele...

Lúcio então fechou o livro e o colocou em cima da mesa.

- Pode falar, agora.

Draco se levantou e sentou-se numa cadeira de frente para o pai.

- Hum... Pai, não me leve a mal, mas... Bom, se o senhor não quiser responder também não precisa, e...

- Fale logo. Você sabe muito bem que se eu não quiser responder, eu não o farei. Agora, fale.

- Bom... Pai, o senhor já se envergonhou de me ter como filho?

- Claro que não, Draco. Você é tão parecido comigo que se eu me envergonhasse de você seria como me envergonhar de mim mesmo. É claro, você já me causou sérios aborrecimentos, mas nada que não se pudesse relevar.

Draco sorriu. Lúcio se deu por satisfeito e continuou a ler o seu livro. Porém, o garoto permaneceu na cadeira, e demonstrava uma certa impaciência. Seu pai percebendo, comentou:

- O que foi? Não era só isso que você queria falar comigo... O que você andou aprontando, hein, moleque?

- Eu, pai? Nada... Lógico que não... O que faz o senhor a pensar que eu aprontei algo?

- Pelo simples fato de você ter chegado até mim e perguntado se eu já tinha me aborrecido com você, e depois que eu lhe digo que não você fica se contorcendo nesta cadeira como se tivesse sido atacado por um Crucio. O que está acontecendo? Fale logo, preciso terminar minha leitura.

- Não é nada, pai. Pode continuar lendo o seu livro.

- Por favor, Draco, poupe-me dessa perca de tempo - disse ele num tom de impaciência. - Se não me contar agora, será pior depois, e você sabe disso.

Lúcio estava muito sério, e Draco percebeu que ele estava convicto em saber o que o perturbava. Claro que não contaria nada sobre a namorada, então resolveu falar sobre outra coisa, igualmente incômoda, e que lhe tomava os pensamentos desde que decidira ficar com Gina.

- Tá... - Draco pigarreou. Estava com vergonha, e começava a se arrepender de ter iniciado a conversa. Mas agora que já estava feito, e teria de ir até o fim. - O senhor... Já... Em algum momento... Falou que ama alguém?

Lúcio estreitou os olhos e se recostou na cadeira, empurrando-a levemente para trás. Olhou sério durante um tempo para o filho, o que o assustou um pouco. Depois, respondeu, dando nítidos sinais de desconforto.

- Bom, Draco... Você nunca me questionou sobre isso, e sendo assim eu pensei que você estivesse certo com relação aos meus sentimentos por você. Você sabe que eu prefiro demonstrar com atos aquilo que não me sinto bem em dizer. Você é meu único filho e herdeiro...

Draco sorriu.

- Pai... Não era sobre isso que eu me referia. Eu sei muito bem como o senhor se sente em relação a mim. Fique tranqüilo - e sorriu. Lúcio pareceu aliviado.

- Então sobre o que era?

- Eu me referia com relação a uma garota...

- Ah... - Lúcio sorriu. - Garotas... Na verdade, - começou, fixando os olhos em algum ponto da parede oposta, como se repassasse suas memórias rapidamente. - Eu nunca fui muito bom em me expressar com palavras. Sempre buscava outros modos de agradá-las. Somente para algumas, que eram realmente difíceis de se conquistar, eu utilizava desse método.

Draco não esperava por essa resposta, e deve ter transparecido isso em suas feições, porque seu pai tratou em continuar a falar.

- Claro que era mentira. Eu já devo ter dito para você que para se conquistar uma mulher é necessário dizer certas coisas, e 'eu te amo' é uma delas, principalmente quando se é um Malfoy. Muitas têm a imagem formada na cabeça de que um homem tido como mau, de uma família tida como má, não é capaz de amar, e quando você diz que a ama... Bem, elas sempre acreditam, acham que é mesmo verdade e acabam cedendo em fazer tudo aquilo que você pedir.

- E o senhor nunca disse... Quer dizer, verdadeiramente, pra alguém?

- Já. Para sua mãe, é lógico.

- E ela?

- Hum... Ela riu da minha cara.

- Ela riu??? - Draco perguntou, surpreso e incrédulo.

- Sim, ela riu. Eu não fui muito prudente com relacionamentos, e durante uma certa época da minha vida, eu havia namorado várias meninas em Hogwarts. A grande maioria delas, pra ser sincero. E quando as minhas investidas se voltaram para sua mãe, ela não acreditou muito nas minhas intenções. Provavelmente achou que eu a largaria um ou dois meses depois, como sempre fazia. Por isso que ela riu. Não acreditou que fosse verdade.

- E o que você fez pra ela acreditar?

Lúcio ruborizou. Não muito, mas o suficiente para Draco perceber.

- Pai... Não precisa responder.

- Ué, por quê? - Lúcio tentou manter a pose.

- Porque o senhor ruborizou, e a última vez que eu vi isso acontecer foi quando eu tinha seis anos, e entrei no seu quarto correndo porque tinha tido um pesadelo, e Ahn... Encontrei você e a mamãe num momento... Hum... Íntimo...

Lúcio se levantou num impulso.

- Você se lembra disso? - e ao invés de ficar mais vermelho, ficou mais pálido que o costume.

- Claro.

- Bem, não creio que seja algo que vá fazer falta em suas memórias - Lúcio pegou o bastão que sempre levava consigo, e puxou a varinha.

- O senhor não faria isso comigo. Eu sou seu filho - Draco falou, controlando o sorriso. Lúcio ainda ficou um ou dois minutos com a varinha em punho.

- Hum... Tem razão. Mas trate de esquecer dessa história por si só. E não comente mais sobre isso - Lúcio se sentou novamente e os dois ficaram em silêncio por um momento. Ele então retornou a falar.

- Acho que estou certo em afirmar que todas essas perguntas não foram em vão. Tem alguma garota na história?

- Hum... Quê? - Draco ainda tentou disfarçar. A pergunta o pegou desprevenido.

- Não se faça de idiota. Tem alguma garota na história, não tem?

- Tem - Draco se viu forçado a admitir. Não iria conseguir pensar em poucos segundos numa mentira convincente que explicasse ao seu pai o porquê de tantas perguntas.

- E quem é?

- Que pena, papai. Não posso te contar...

Lúcio estreitou os olhos e arrastou a voz, falando ameaçadoramente.

- E por quê não?

Draco engoliu em seco. Precisava de uma boa resposta e sabia que seu pai exigiria uma.

- É que... Nós estamos namorando escondidos. O pai dela não a deixa namorar e se ele souber...

- Draco... Ela tem quantos anos?

- Hum... Quase quinze. Passou pro quinto ano.

- Realmente ela é nova. Se fosse minha filha, certamente não estaria namorando ainda. Só depois dos quinze e de conhecer muito bem o garoto. Ela é de que casa?

- Corvinal - mentiu

- Corvinal? Não poderia ter escolhido uma da Sonserina?

- Pai... Eu já saí com todas as meninas bonitas da Sonserina, e nenhuma me interessou. Eu a conheci no Baile de Natal. Não sabia que ela era da Corvinal. Mas o senhor vai ter uma grande surpresa quando souber quem é...

- Bom... Pelo menos não é da Grifinória. Os alunos da Corvinal são muito inteligentes. Eu conheço a família dela? - Por um momento Draco achou que seu pai estava desconfiado. Mas resolveu seguir firme e forte na história.

- Claro que conhece. Está bem. O pai dela faz parte do nosso círculo...

- Hum... Ótimo... Espero que você não esteja mentindo para mim, Draco - Lúcio o olhou de cima, como se o avaliasse.

- Lógico que não, pai! Não teria por quê mentir para o senhor - mentiu.

- Assim espero. E os seus planos com o Lord?

A imagem de Gina veio na mente de Draco, mas ele não hesitou em responder:

- Não mudaram em nada. Continuo com o mesmo objetivo.

- Ótimo.

Foram interrompidos por uma batida na porta.

- Entre - Lúcio disse.

- Venham tomar um chá comigo. Quase não conversei com o meu filho hoje... - Narcisa estava parada na porta.

- Claro... Vamos sim... Draco, vá primeiro. Quero falar com sua mãe em particular.

Draco acatou a ordem e se retirou. Narcisa fechou a porta e se aproximou do marido.

- Está acontecendo algo, Lúcio? É com Draco?

 Lúcio saiu de trás da mesa e encostou-se à frente da mesa, ficando mais perto de Narcisa, de frente para ela.

- Seu filho está namorando.

- Isso era para ser uma novidade? O Draco já namora há muito tempo.

- Eu sei... Mas ele nunca me perguntou se eu havia dito pra alguma mulher se a amava.

Narcisa se engasgou.

- Ele te perguntou isso?

- Foi o que eu acabei de falar, não foi?

- Não seja grosso. É que eu estou... Surpresa... Draco sempre se mostrou contrário a esses sentimentos. Assim como você...

Lúcio tremeu levemente o canto da boca, mas ignorou o comentário.

- O que você respondeu? - ela perguntou.

- Bom, ele me fez uma pergunta e eu respondi com a verdade.

- Mesmo? Falou que você namorou todas as garotas de Hogwarts da sua época?

- Falei e também disse que você riu da minha cara quando eu disse que te amava.

- Você não poderia esperar outra reação de mim, não é Lúcio? Depois de tudo que eu havia escutado de você... Aproveitador de meninas estúpidas e românticas.

- Você deveria ter reparado que tinha alguma coisa de errado, porque você nunca foi estúpida e muito menos romântica.

- Vou considerar isso como um elogio.

- E sabe o que eu também disse pra ele?

- Não. Você ainda não me falou. Como vou saber?

- Bom... - falou Lúcio, ignorando. - Falei que você foi a única mulher a quem eu disse que amava... De verdade.

- Mesmo? - Narcisa perguntou, sorrindo e se aproximando dele.

- Claro que sim.

- Eu te amo, Lúcio.

- Eu sei - Lúcio a puxou para si e deu um longo beijo e apaixonado na sua esposa.

- Agora vamos que o Draco deve estar esperando por nós - Narcisa lembrou.

- Ah... Narcisa...

- O que foi?

- Lembra-se da vez em que o Draco teve um pesadelo e entrou correndo no nosso quarto...

- Como iria esquecer? Quase morri de vergonha...

- Pois bem... Ele se lembra...

- O QUÊ?!?!? Lúcio... Você quer me deixar embaraçada na frente do meu filho? É essa a sua intenção???

- Claro que não. É que ele comentou comigo hoje e eu não iria suportar sozinho. Se eu vou ficar sem jeito... Você também vai...

- Por quê você não apagou a memória dele? - perguntou Narcisa, incrédula e como se isso fosse algo natural.

- Narcisa! - Lúcio repreendeu, mas parou logo em seguida. - Eu bem que tentei, mas não consegui. Ele estava na minha frente, convicto de que eu não o faria. Não achei necessário, e de certa forma seria cruel com um filho, não acha?

- Você é meu marido... O homem que eu escolhi pra passar a vida inteira ao meu lado... Mas às vezes eu acho que você é um pouco frouxo...

- Como é que é?

- Exatamente o que escutou. Você é um frouxo.

- Aguarde-me hoje à noite... Você verá quem é o frouxo...

- Lúcio... Nosso filho está em casa... Temos que nos comportar...

- E daí? O que ele não tinha que ter visto, viu há dez anos atrás.

Narcisa sorriu, deu um beijo rápido no marido e os dois desceram para tomar um chá em família.

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NOTA 1: Bom... esta é a família Malfoy no meu ponto de vista... e vocês o que acham??? Mandem reviews comentando. E muito obrigada aqueles que já revisaram!!

NOTA 2: Uau... que confusão que eu armei com essa história do nome da Gina!!! Huahauhauhauha! Não era essa a minha intenção! Podem ter certeza!!! Mas agora já foi... Minha nossa... Se meter com os Weasleys é pedir pra ser sacrificado...hehehehe. Brincadeirinha. Como o que já foi escrito não pode ser mudado, terei que continuar a chamar a Gina somente de Gina...

NOTA 3: No próximo capítulo: Draco e Gina se encontram no Beco Diagonal. Como isso irá acontecer??? Veja no capítulo 13!!! Bjssssssssssssss