NOTA 1: TODOS OS PERSONAGENS PERTENCEM A J.K.ROWLING, A ROCCO, A WARNER E A TODOS QUE POSSUEM DIREITOS SOBRE A MARCA HARRY POTTER (QUE NÃO SÃO POUCOS).

ALGUNS PERSONAGENS INCLUÍDOS NA HISTÓRIA PERTENCEM A MIM. MAS EU ACHO QUE NINGUÉM VAI QUERER UTILIZÁ-LOS EM OUTRA FIC, ENTÃO ISSO NÃO TEVE RAZÃO DE SER.

ESPERO QUE GOSTEM DA FIC E BOA DIVERSÃO!

NOTA 2: UM BAILE À FANTASIA E DE MÁSCARAS SACODE HOGWARTS DURANTE O NATAL. CASAIS IMPROVÁVEIS SE ENCONTRAM, SE GOSTAM E DEPOIS CADA UM LUTA PARA DESCOBRIR QUEM ERA A PESSOA QUE TANTO LHE MARCOU. PIOR É QUANDO SE DESCOBRE QUE ESTA PESSOA ERA AQUELA QUE VOCÊ MENOS ESPERAVA.

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Capítulo 13- No Beco Diagonal

Já fazia dois meses que as férias tinham começado. Gina estava deitada de barriga para baixo em sua cama, cutucando um pedaço de linha no seu lençol de retalhos de pano. Pensava em Draco. Relembrava como eles haviam ficado pela primeira vez, o primeiro beijo já sabendo quem eram, o pedido de namoro fora dos padrões... E que ele não lhe enviara nem ao menos um bilhetinho.

Às vezes, se considerava egoísta ou até alienada, já que com vários acontecimentos ocorrendo pelas ruas da Inglaterra, apenas pensava nos seus "problemas", ou seja, em Draco; enquanto no andar de baixo Harry, Rony, Hermione e toda a sua família se reuniam discutindo métodos para se proteger de Voldemort e ainda lamentavam a morte do guarda-caça de Hogwarts. Hagrid havia morrido tentando proteger as terras da escola que fora invadida por Comensais logo no início das férias. Ninguém ainda entendia o por quê de os comensais invadirem a escola no período de férias, quando ela está totalmente vazia.

Porém, a proteção sobre Harry ficara ainda mais reforçada, e todos se incumbiram da tarefa de vigiar o menino, já que este queria se vingar de Voldemort a qualquer custo. Havia perdido seus pais e um dos seus melhores amigos... Estava inconsolável. Mas mesmo com tanta tragédia, Gina se sentia mais triste por Draco. Não que não tivesse sentido a morte de Hagrid. Gostava muito dele e havia sido um grande choque, mas não tinha com ele a mesma convivência que seu irmão e seus amigos tinham, por isso conseguira superar a notícia mais rapidamente do que eles, e agora, passado o choque, voltava a sentir falta daquela pessoa que convivera com ela nos últimos tempos mais do que qualquer outra pessoa: Draco. Perguntas pululavam em sua cabeça: "Será que um verão foi suficiente para ele me esquecer?" "Será que ele gostava de mim de verdade?"

"Ele não pode ter me esquecido", finalmente pensou, arrancando um pedaço da linha do lençol. Tudo bem, ele não era o namorado mais atencioso e carinhoso que existia na face da Terra, mas não escrever para a própria namorada era demonstrar que não tinha sentimentos. Gina não entendia por quê Draco ainda não havia escrito, já que ele mesmo dissera várias vezes que saía muito com seu pai. Em uma dessas saídas, é óbvio que ele tinha passado por algum correio-coruja. "Ele não enviou a carta porque não quis", pensou aborrecida. Tinha uma enorme vontade de escrever, mas não tivera oportunidade. Não poderia usar Errol; Pichitinho era a coruja de Rony; e principalmente depois de todos esses ataques, ela não saía mais de casa, portanto não poderia usar a coruja de nenhum correio.

Gina já havia terminado de desfiar praticamente toda a costura do seu lençol, quando uma grande coruja parda piou na janela de seu quarto. Mal contendo o sorriso e se esquecendo de todos os pensamentos que tinha há um instante atrás, correu até ela, desatou o nó que prendia a carta, liberando a coruja, e sentou-se em um pulo na cama, com as pernas cruzadas.

Gina,

Espero que essa carta chegue até você. Não costumo utilizar outra coruja que não seja a minha, mas não tive outra opção senão utilizar esta, do correio de Hogsmeade. Espero que esteja bem. Estamos a tanto tempo longe e não tive nenhuma notícia sua. Apesar de que, se tivesse acontecido algo, provavelmente saberia através de meu pai, já que seu pai também trabalha no Ministério. Bom, quero encontrar você, e esta nota tem como intuito lhe avisar que estarei no Beco Diagonal, comprando o material deste ano, na quinta-feira. Espero que você possa ir. Sei que você não tem como me mandar a resposta, então eu te espero em frente ao Olivaras, às 2 horas. Aguardo ansiosamente até lá.

Beijos,

Draco

Ps: Já sei que o Potter está na sua casa. Cuidado...

"Tudo bem", Gina pensou. "Não é a carta mais romântica que alguém poderia ter escrito, mas é a prova de que ele não me esqueceu como eu pensava".

Apertou o pergaminho contra o peito e depois o cheirou. Tinha o mesmo aroma que Draco exalava, e isso ajudou, mesmo que pouco, a matar a saudade que sentia dele. Imediatamente guardou a carta no meio das suas coisas e desceu as escadas correndo em direção à cozinha.

Harry, Rony e Hermione estavam sentados à mesa. Fred e Jorge estavam na sua loja de logros recém-inaugurada em Hogsmeade. Mesmo com a proximidade da Zonko's, estavam tendo bastante sucesso, já que muitos dos seus produtos eram de fabricação própria. Sua mãe fazia um lanche rápido para o trio, que cochichava algo secretamente, e pararam assim que ela entrou na cozinha.

- Até que enfim você desceu, querida. O quê tem no seu quarto de tão interessante? - Molly perguntou ainda concentrada no lanche.

- Nada demais, mamãe. Estava só descansando um pouco.

- É que ela ainda sente vergonha de ficar perto do Harry, mamãe.

- Não, Rony... É porque pelo menos lá eu não tenho que te aturar.

- Parem já vocês dois. Sente-se, Gina, coma um pouco - Molly interviu, servindo biscoitos e suco de abóbora para eles.

Gina se sentou e começou a comer. Sua mãe colocou as louças para lavar e limpava algo mais em cima da pia.

- Mamãe... Quando vamos ao Beco Diagonal comprar o nosso material? - Gina perguntou como quem não queria nada.

- Não sei. Vocês podem escolher o dia. Só precisamos pedir que Fred ou Jorge vá conosco.

- Que tal quinta-feira? – Gina se apressou a propor.

- Por mim tudo bem, e por vocês?

Todos concordaram e Gina sorriu feliz.

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Na quinta-feira, Gina apressava a todos. Não queria se atrasar, pois Draco poderia pensar que ela não iria e ir embora. Aproveitou e chamou Cindy, para ir no mesmo dia, e assim ter alguma desculpa para se afastar de sua mãe. Sabia que isso seria um pouco difícil, mas no meio da confusão, poderia conseguir. E foi o que aconteceu. Quando eram quase duas horas, arrumou uma desculpa e rumou para o Olivaras junto com a sua amiga.

De longe, avistou os cabelos platinados de Draco na porta da loja. Seu coração pulou e ela podia senti-lo em sua garganta. Apertou um pouco mais forte a mão da amiga e um grande sorriso apareceu em seu rosto.

Draco logo avistou os cabelos de fogo e o rosto sardento de sua namorada no meio das pessoas que se aglomeravam no Beco Diagonal. Sorriu discretamente e fez um gesto com a cabeça para que ela o seguisse. Gina, entendendo o recado, obedeceu. Deram voltas durante um bom tempo, entrando e saindo em vários becos, mas ainda permanecendo dentro do Beco Diagonal. As meninas estavam um pouco receosas, pois sabiam que ali havia saída para vários lugares perigosos e desertos como a Travessa do Tranco. Temiam que Draco as levassem pra lá, mas logo o menino parou de andar. Era um lugar relativamente mais vazio. Tinha poucas lojas funcionando, a grande maioria estava pra alugar. Ele se aproximou delas.

- Trouxe vocês para cá porque é muito mais vazio. Assim, eu e a Gina podemos conversar com mais calma - Draco olhou pra namorada e sorriu.

- Tudo bem - Cindy respondeu. - Mas você sabe que não podemos demorar muito não é, Gina?

- Sei, Cindy. Não vou demorar, fique tranqüila.

- E você menina, trate de vigiar. Se aparecer alguém, você enrola e dá um grito... Não sei, arranja algum modo de nos avisar.

- Pode deixar. Mas eu vou fazer isso pela Gina, e não por você.

- Tanto faz - Draco respondeu torcendo um pouco o nariz.

Draco e Gina entraram em um beco entre duas lojas. Era sem saída e bem escondido, poderiam conversar tranqüilamente ali.

- Ai, que saudade de você, meu amor! - Gina o abraçou fortemente.

- Também senti muito a sua falta!

- Não foi o que pareceu. Você só me escreveu uma vez, apesar de ter tido milhares de oportunidades para isso, mas não o fez.

- Não foi minha culpa, Gina. Eu quase não saí de casa com esses ataques, e quando eu saía, o meu pai não largava do meu pé. Pra conseguir escrever essa carta pra você, eu tive que fingir que ia ao banheiro, fugir do meu pai e ir até a loja pra te enviar a coruja. Ele também anda preocupado.

- Tudo bem... Está desculpado... Mas não totalmente.

- O que você quer pra me desculpar? - Draco já perguntou com um sorriso interesseiro no rosto.

- Um beijo. Um não... Vários.

- Hum... Que tarefa cruel...

Gina sorriu e Draco a beijou. Já estavam há quase uma hora juntos quando escutaram Cindy exclamar.

- SENHOR MALFOY!!!

[momentos antes...]

Cindy estava encostada na fachada de uma loja, tomando despreocupada um sorvete, quando viu a representação perfeita de Draco, só que bem mais alto e uns trinta anos mais velho. Não precisava nem ter que conhecer para saber que aquele era o pai de Draco. Precisava impedi-lo, e de algum modo avisar ao casal que o perigo se aproximava.

- SENHOR MALFOY!!!

Lúcio Malfoy olhou desatento para a menina que lhe chamara, mas logo retornou para sua expressão de desagrado.

- O senhor por aqui? Nunca achei que lhe encontraria por essas bandas!

- O que você acha não faz diferença. Quem é você pra me tratar com tanta intimidade?

- Eu???

Lúcio Malfoy olhou para os lados, e voltou a olhá-la cinicamente.

- Tem mais alguém aqui? Lógico que é você, menina estúpida.

- Ah, eu... ahn.. Estudo em Hogwarts. Sou da Grifinória.

A expressão de desagrado no rosto de Lúcio Malfoy se intensificou.

- Grifinória... Isso já foi o suficiente para perceber que eu estou perdendo um tempo precioso com quem não merece a minha atenção. Saia da minha frente.

- Mas, senhor... Sabe... Eu odeio estar na Grifinória... Queria estar na Sonserina. Mas caí lá por causa dos meus malditos pais trouxas. Se o senhor soubesse como eu tenho vergonha deles... - Cindy mentia pra tentar prender a atenção de Lúcio Malfoy a todo custo.

- Pelo visto você tem bom gosto, mas infelizmente não foi favorecida nesta vida. Quem sabe na próxima você não tem sorte e nasce numa família decente?

- Ah... Mas eu queria melhorar ainda nesta vida... O senhor não sabe de um modo pra mudar a minha triste história?

- Não. Infelizmente o feno nunca vai ser melhor que o burro – Lúcio falava olhando para os lados como se procurasse alguém.

- O senhor tem tanto orgulho de ser um burro... - Cindy não se controlou e foi obrigada a debochar.

- Como é que é, garota? Do que você me chamou??? - Lúcio voltou toda a atenção para a garota, e inclinou um pouco, de forma intimidante, segurando sua bengala com um pouco mais de força.

- Eu? Ahn... Eu só usei da sua metáfora... Pra exemplificar o quanto o senhor se orgulha de ser sangue puro! Não foi minha intenção ofendê-lo!

Lúcio empertigou-se novamente.

- Saia da minha frente! Não tenho mais tempo a perder com uma criança idiota como você.

Cindy foi empurrada para o lado e obrigada a sair da frente. Torcia para que Gina e Draco tivessem escutado o seu grito. De repente, Draco saiu do beco.

- Papai...? O que o senhor está fazendo aqui?

- Oras... Estava te procurando. Temos que comprar as suas coisas o mais rápido possível, e você some. Precisa ter mais responsabilidade, Draco. E o que você estava fazendo nesse beco?

- Eu... Estava aliviando as minhas necessidades...

- Tenho certeza de que você sabe o que é um banheiro - comentou Lúcio, visivelmente chateado.

- Mas não deu tempo de procurar por um, e como aqui não é muito movimentado, fui ali mesmo.

- Que isso não se repita. Um Malfoy indo num beco ao invés de ir num banheiro... Inadmissível. Vamos logo, não posso perder mais tempo.

Lúcio fez um movimento com o bastão, indicando que Draco fosse em frente, não sem antes dar uma última espiada pra dentro do beco. Realmente não havia ninguém lá. Draco, ao passar por Cindy, lhe deu um olhar significativo. A garota entendeu o recado, de que fosse atrás de Gina no beco; e foi o que fez. Ao chegar lá, a ruiva estava escondida no meio de uns sacos, um pouco assustada. Cindy tranqüilizou-a, e as duas saíram à procura dos pais. Encontraram-nos dentro da Floreios e Borrões, comprando livros novos. Já se preparavam pra ir embora quando Lúcio e Draco Malfoy irromperam pela porta.

- Ora, ora, ora... Os Weasleys...

- Sr. Malfoy... Nós não queremos arranjar confusão. Por favor, dê-nos licença - Molly pediu educadamente.

- Hum... Arthur Weasley não veio hoje? Deve estar fazendo muitas horas-extras pra pagar todas essas compras...

Todos ficaram bastante vermelhos. Rony, Fred e Harry já queriam partir para cima dele, mas Molly impediu. Draco olhou para Gina e ela, bastante envergonhada, abaixou a cabeça.

- Pai... Não vamos brigar agora, não é? - Draco interveio. Todos o olharam surpresos, incluindo seu pai. - Não me olhe deste jeito, pai. Nós temos que ir ao jogo do Puddlemere daqui a uma hora. Não podemos nos atrasar.

- É verdade... Muito bem lembrado, Draco. Podemos deixar essa nossa conversinha para depois...

- Que pena que você não pode ir, Weasley... Se bem que seu pai teria que trabalhar um mês direto para poder pagar ingressos para todos vocês - Draco se sentiu obrigado a falar. Sabia que seu pai havia estranhado um pouco a sua atitude de antes. Precisava disfarçar um pouco.

Lúcio sorriu e puxou o filho para o outro lado da loja. Draco ainda olhou para trás, encontrou o olhar de Gina e murmurou "Foi preciso". Ela concordou levemente com a cabeça. Quando Draco tornou a olhar para frente, encontrou seu pai lhe encarando.

- O que você falou para aquela menina? - perguntou ameaçadoramente.

- Eu? Ahn... Eu a chamei de... De... 'Cara de guiso'... É foi isso. Ela estava olhando pra mim e essa foi a única coisa em que pensei.

- Você precisa melhorar os seus xingamentos, Draco. Poderia tê-la chamado de milhares de coisas, certamente melhores do que essa.

 - O senhor tem razão. Acho que eu gastei todo o meu dicionário com o Potter...

Lúcio fez um gesto com a cabeça, como se concordasse, e os dois foram em direção ao balcão pedir os materiais.

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Nota 1: Esse capítulo não teve nada demais, mas eu achei interessante pra mostrar um pouco o lado da Gina durante as férias. O que vocês acharam??? Revisem, please!!!

Nota 2: Muito obrigado por todas as reviews!!!! Viram... Lúcio Malfoy também é gente!!! Huahauahuaha.

Nota 3: No próximo capítulo: O bom filho retorna a casa. A ida para Hogwarts e o início de um novo ano letivo. Até lá!