Capítulo 20 - A verdade vem à tona.

Quando se trata de um Malfoy, nunca pense que você já viu de tudo. Depois dos últimos acontecimentos, Gina adquiriu esse conceito para si. Nunca havia passado pela sua mente nada parecido com o que Draco havia feito. E isso justificava o susto que levara quando o loiro apareceu meio que do nada e a defendeu de um grupo de quartanistas da Sonserina que a importunava.

"– Deixe-a em paz - Draco disse calmamente, com uma voz quase etérea. O grupo, achando que era apenas mais uma travessura dele pra cima dos Weasleys, começou a rir.

- Por algum acaso eu disse alguma piada? Deixe-a em paz - disse um pouco mais forte.

- O que houve, Malfoy? Estávamos apenas dizendo pra ruivinha pobretona aqui o quanto essas vestes puídas dela estão ridículas - um menino, com feições duras, havia se pronunciado.

Draco levantou um pouco o rosto. Seus olhos semicerrados, praticamente escondiam sua íris. Sua expressão era ameaçadora. Gina teve a sensação de que a qualquer instante, ele partiria pra cima do garoto, já que estava com os punhos fortemente fechados. Mas para sua surpresa, ele riu. Era uma risada fria, como ele fazia quando implicava com alguém. Os outros riram também, sem perceber isso.

- Você acha, então, que as roupas dela estão puídas? - Draco perguntou. O menino confirmou com a cabeça. O loiro então, se virou para a namorada, olhou-a da cabeça aos pés e se virou novamente para o garoto à sua frente. - Não vejo nada de anormal nas vestes dela. Mas sabe o que é mais engraçado? - perguntou, com uma expressão sarcástica. Não veio nenhuma resposta dos quartanistas. - O mais engraçado é que se as vestes dela estivessem puídas, isso seria facilmente resolvido; bastaria comprar novas. E pelo que vejo, você não desfruta desse privilégio, já que pra mudar essa sua cara de filho de trasgo com um bode, só nascendo de novo. E mesmo assim eu acho bem improvável..."

Gina poderia ter rido. Ter gargalhado. Mas sua incredulidade diante do que Draco havia feito impediu que ela mexesse a boca, que nesse momento estava tão aberta que ela não se surpreenderia se engolisse algumas moscas. Só que esta foi apenas a primeira de muitas outras vezes que ele havia feito coisas inimagináveis. Já havia perdido as contas de quanto já perguntara a ele o por quê disso tudo; e ele respondia com um mero "porque eu estava com vontade".

...

Quando se trata de Hogwarts, um segredo que precisa ser muito bem guardado no outro dia todos já sabem. Logo, os alunos já comentavam as atitudes estranhas que Draco estava tomando. E não demoraram muito para perceber que elas sempre estavam ligadas à ruiva da Grifinória. Surgiram então, as especulações. Os sonserinos já davam olhares atravessados, assim como os grifinórios. As proporções tomadas foram tão gigantescas que não era raro ver brigas entre eles nos corredores. E ainda tinha a proximidade de uma partida de quadribol entre as casas, que estava marcada para janeiro. Ninguém entendia muito bem essa súbita guerra entre eles. Na realidade, a maioria achou que os boatos foram apenas um pretexto para dar início ao que eles queriam há muito tempo.

Em uma conversa, o casal havia decidido que simplesmente se fariam de loucos. Quando alguém chegasse e perguntasse sobre esse assunto, eles agiriam como se não soubessem de nada. E nisso estavam incluídas as cartas que Draco havia recebido de seu pai.

...

Quando se trata de um Weasley, pode-se afirmar que eles são incapazes de mentir para alguém sem dar evidências disso, com exceção de Fred e Jorge. A única coisa de que se esqueceram (ou nunca nem tomaram conhecimento) é que a convivência transforma as pessoas. E fora exatamente por isso que Gina conseguia responder ao interrogatório de seu irmão com a cara mais limpa e sincera do mundo, dizendo apenas "mas eu não sei de nada".

...

Com o tempo, Hogwarts acalmou, tanto pelo fato de os boatos não terem sido confirmados como por todos acharem um relacionamento entre os dois bastante improvável. Houve quem dissesse que, no o dia em que os dois se juntassem, nasceria um bruxo mais poderoso do que Dumbledore. Draco segurou o ímpeto de responder que provavelmente o menino deveria ter quase um ano. No fim de tudo, a única coisa que prevalecera na Escola era que todos sabiam exatamente quem era Gina Weasley, a menina ruiva do quinto ano da Grifinória. A ex-suposta namorada de Draco Malfoy.

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O casal estava na sua sala de costume. A mesa dos professores agora estava posta ao lado da janela, assim, quando se sentassem ali, poderiam ficar admirando o céu que, com a proximidade do inverno, dava um espetáculo à parte. E era justamente nela que estavam sentados. Gina estava de costas para Draco, entre suas pernas, e recostada no peito dele; enquanto o menino ora brincava com seus cabelos, ora afundava seu rosto nas mechas vermelhas.

- Gina...

- Hum...

- Você vai pra casa no Natal?

- Vou sim. Tenho que ir. Nem adianta pedir pra eu ficar porque não vai adiantar. Mamãe vai preparar um jantar especial pros meus irmãos, Gui e Carlinhos, que passarão o Natal conosco.

- Ih... A casa vai encher.

Gina sorriu.

- Vai mesmo. É bem provável que a gente jante no quintal, já que as namoradas deles também vão. E o jantar é mais pra isso. Nós vamos conhecê-las.

Draco afundou a cabeça no ombro de Gina e respirou fundo, com um tom de resignação.

- O quê houve? - Gina perguntou, levantando a cabeça dele.

- Nada...- mentiu, mas não se preocupou em disfarçar.

- Me diz! O quê aconteceu? Foi algo que eu disse?

- Imagina, querida... Não foi nada.

- Não vai me dizer? Você sabe que eu fico extremamente chateada quando percebo que você está me escondendo algo - ela se virou para ele, que se concentrou nas próprias mãos.

- Bom... É que... Quando você disse que... Ahn... Seus irmãos... É...

- Anda, Draco. Não enrola. Gaguejar não combina com você.

- Tudo bem! - ele levantou a cabeça e olhou pra ela. Sempre se sentia seguro ao olhar aqueles olhos castanhos que tanto amava. - Quando você disso que seus irmãos iam levar suas namoradas para jantar lá, eu imaginei o dia que eu também iria. Mas logo me lembrei que eu sou um Malfoy, e você uma Weasley, e que esse dia nunca chegará.

Mais uma vez, Gina poderia ter rido da idéia absurda dele. Mas não o fez. Não sabia se era por consideração, por espanto ou porque simplesmente ela pensara a mesma coisa quando recebeu a carta de sua mãe avisando-a do jantar.

- Eu pensei nisso também. Quando mamãe mandou a carta pra mim.

- Sabe, Gina... Eu andei pensando e... Eu não agüento mais essa situação. A gente fica aqui, escondido de tudo e de todos, não podemos nem ao menos nos olhar porque tem algum fofoqueiro prestando atenção. Você sabe como eu odeio me sentir vigiado, e como eu odeio muito mais me sentir preso.

- E o que você pretende fazer? Contar para os nossos pais? - Gina disse sorrindo. Seu sorriso morreu quando viu que Draco não compartilhava do momento: permanecia sério. - O quê foi? Você não está pensando nisso, está?

- Sinceramente, sim. Por isso te perguntei se você ia pra casa no Natal. Eu também vou e pretendia contar pra eles agora.

- Você está louco, Draco??? Natal é semana que vem! Não dá! - Gina estava se assustando.

- Engraçada essa sua atitude. Pensei que você iria gostar disso - ele disse, aborrecido.

- Você quer o quê? Você chega com uma notícia dessa, do nada, e espera que eu assimile bem? Tem muitas coisas envolvidas nisso!

- Do nada, Gina? Você ainda não percebeu o que eu tenho feito nesse último mês? Me expus pra todos daqui apenas pra que eles soubessem que você não estava sozinha! Simplesmente queria que todos te conhecessem, e consegui!

- Eu não te pedi isso, Draco! - Gina gritou. Draco apenas abaixou a cabeça. Percebendo que ele se chateara com a afirmação, respirou fundo. - Me desculpe. Não deveria ter dito isso. Na realidade, agradeço. Gostei do que você fez.

Ele levantou a cabeça, mas olhou para o lado de fora da janela.

- Tudo bem, não tem problema. Você não pediu mesmo. Bom... Acho que tá na hora de ir dormir. Até amanhã.

Draco se levantou da mesa sem nem ao menos olhar para ela. Gina levantou, correu e parou na frente dele.

- Eu já te pedi desculpas - disse num tom choroso.

- E eu já disse que não tem necessidade. Só estou cansado e quero dormir.

Gina iria dizer que ele não estava cansado há um tempo atrás, mas sabia que isso o aborreceria mais. Portanto, engoliu a frase e soltou outra.

- Diz pra mim que você volta amanhã... Por favor... - suplicou

Draco olhou pra ela novamente.

- Lógico que volto – levou a mão ao rosto da menina. - Prometa que vai pensar no que eu te disse, ok?

Gina balançou a cabeça, afirmativamente. Fechou os olhos para receber um beijo dele, que não veio. Ele apenas retirou a mão do rosto dela e saiu da sala.

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Gina não sentia um pingo de sono essa noite. Muito depois de todas as suas companheiras de quarto terem começado a dormir, ainda mantinha os olhos abertos, fitando o teto. O que faria? Tudo o que mais queria no mundo era apresentar para o mundo inteiro o seu namorado. Andar de mãos dadas com ele e ser completamente feliz. No entanto, tinha seus pais, que não aceitariam isso facilmente; e pior ainda seria a reação de seus irmãos. Rony seria o pior. Com certeza, reprovaria sua atitude e se bobeasse até pararia de falar com ela. E como ela poderia conviver com isso? Amava muito a família, mas também amava Draco. E poderia afirmar que, nesse momento, não conseguiria escolher entre eles. Precisava de ajuda, sozinha não conseguiria decidir. Queria apenas um incentivo...

Levantou-se da cama e foi acordar a sua melhor amiga. Depois de escutar muitos xingamentos e comentários inaudíveis, Gina finalmente conseguiu fazer com que Cindy se levantasse e sentasse em sua cama.

- Espero que o que você tenha pra me contar seja muito, mas muito interessante, senão eu te lanço uma Maldição Imperdoável aqui mesmo.

- Você não seria capaz... - Gina disse, com um sorriso fraco.

- Não?! Você sabe com quem eu estava sonhando? Com o Jason Isaacs!

- Com quem??? - perguntou, curiosa.

- É um ator trouxa. Deixa pra lá. Me conta o que aconteceu.

- Não foi nada demais - Cindy lançou-lhe um olhar mortífero. - Apenas o Draco, que propôs que a gente conte para os nossos pais sobre nós...

- Que brincadeira é essa, Gina? Não é justo que você me acorde pra me contar piadas! Não poderia ter esperado até amanhã? - respondeu, visivelmente chateada.

- Se fosse uma piada, com certeza esperaria. Mas não é. Ele quer contar agora, no Natal.

Cindy ficou durante um longo tempo em silêncio. Olhava para Gina, incrédula.

- O que você respondeu? - perguntou, ainda se refazendo do susto.

- Eu disse que não. Reagi do pior modo possível. Inclusive fui grossa com ele.

- E ele?

- Preferia que ele tivesse gritado até que os seus pulmões tivessem explodido. Mas não... Ele começou a me ignorar. Me tratar friamente. Você tem noção de como me senti? Foi como se eu tivesse entrado num tonel de gelo.

- E agora? O que você pretende fazer? - Cindy não sentia mais um pingo de sono. Sabia que essa situação era extremamente delicada para sua amiga e precisava ajudá-la.

- Não faço idéia. Por isso que te acordei. Ah... Só Merlin sabe o quanto estou desorientada! De um lado, tem a minha família, que eu amo tanto, e do outro lado, o Draco, meu namorado... Até mais do que isso, você sabe... Eu me entreguei a ele. Criamos um vínculo enorme e eu não quero perdê-lo. Não posso. Acho que não suportaria... O que faço, Cindy??? - Gina afundou o rosto nas mãos e Cindy abraçou-a. No momento não sabia o que dizer.

Depois que Gina se acalmou, a outra começou a falar.

- Tenho um método pra resolver isso. Bom, vamos lá. Pense... Se você tentar, tem cinqüenta por cento de chance de a sua família aceitar ou não. Se você não tentar, o Draco vai achar que você não gosta dele o suficiente pra enfrentar a sua família, e irá, com certeza, ficar aborrecido com você, podendo resultar no fim do seu namoro, o que nos leva a crer que você terá cem por cento de chance de se dar mal.

- Você acha que devo tentar, então?

- Calma! Ainda não terminamos nossa análise. Se você tentar, e tudo der certo, tanto com a sua família quanto com a família do Draco, o que convenhamos é uma chance pequena, vocês vão ficar definitivamente juntos e felizes. Enquanto que se não der certo, vocês podem simplesmente fingir que terminaram o namoro e continuar a se encontrarem escondido. É lógico que a marcação ficará mais cerrada, mas ninguém sabe da sala de vocês além de mim, portanto...

- E ainda tem aquela outra sala...

- Mas não adianta. Muitas pessoas sabem dela. Inclusive seu irmão.

Gina concordou.

- E mais... Você tem que concordar comigo que pro Draco estar tomando essa atitude, é porque ele gosta MUITO de você, afinal, enfrentar Lúcio Malfoy não é algo que faz todo dia. E também temos que convir que a sua família não vai ser nada perigosa, se comparar com a do Draco.

- Pelo que vejo, tem mil argumentos a favor e pouquíssimos contra. Então, já decidi. Contarei para os meus pais...

- É isso que eu faria. Siga seu coração, Gina. Se ele estiver mandando que você conte pra sua família, faça. E então? O que ele te diz?

- Que eu não posso desperdiçar a chance de ser feliz, e que talvez eu nunca mais tenha essa oportunidade na vida!

- Parabéns, garota! Se continuar assim, você será a futura namorada de Draco Malfoy!

- Eu já sou namorada dele... - corrigiu, contrariada.

- Mas assim não vale! Ninguém sabe!

Gina sorriu.

- Obrigada, amiga! Só você mesmo pra me ajudar! Eu te amo, sabia?

- Xiiii! Fale baixo! Você falando que me ama e eu sentada na sua cama, pô... Pega malzão!

Gina sorriu e abraçou sua amiga.

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Gina contou a novidade para Draco, que por sinal, adorou. Haviam combinado de contar para os seus pais, e logo depois trocariam corujas, contando a resposta sobre as conversas. Ambos passaram a última semana treinando como contariam para eles, até que finalmente chegou o dia em que iriam partir.

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[Na Toca]

A casa realmente estava muito cheia.  A todo o momento alguma coisa explodia, graças aos testes das novas 'Gemialidades Weasley'. As namoradas de Carlinhos e Gui eram extremamente simpáticas, e não se importunaram com as brincadeiras deles. Gina passou um dia tão divertido que até havia esquecido de que tinha que contar aos pais sobre seu namoro. Porém, quando estava quase anoitecendo, ela sabia que havia chegado a hora. Tinha decidido que não contaria na frente da família inteira: seria tentativa de suicídio. Resolveu que chamaria os seus pais para uma conversa em particular. Tinha certeza de que, com a bagunça que estava a casa, ninguém daria pela falta deles. E assim o fez.

...

- Minha querida... Diga logo o que você quer falar conosco. Está nos assustando – a sra. Weasley disse.

- Sim... Você parece nervosa... O que aconteceu? - perguntou o sr. Weasley.

- Pai... Mãe... - Gina começou, olhando de um para o outro. - Tenho uma coisa pra contar. E eu peço, por tudo que vocês mais amam nessa vida: não façam escândalo, será pior. Vamos resolver conversando, ok?

- Você está conseguindo nos assustar cada vez mais, Gina! – a sra. Weasley esfregava uma mão na outra, nervosamente.

- Por favor, prometam que, não importa o que eu disser, vocês se controlarão e isso ficará somente entre nós - Gina pediu, suplicante.

A sra. Weasley ia falar algo, mas seu marido a interrompeu.

- Lógico que sim, filha. Não importa o que você disser, nós tentaremos te ajudar.

- Tudo bem... Vamos lá - Gina respirou fundo. Uma, duas, três vezes. - Eu estou namorando.

Seus pais suspiraram aliviados.

- Mas é isso, querida? Não tem motivo pra tanta preparação! Você já tem quinze anos. Nada mais natural! – a sra. Weasley sorriu, aliviada. - E você já namorou o Harry antes.

- E quem é o felizardo? – perguntou seu pai.

- Draco Malfoy - Gina falou de uma vez só, sem respirar nem nada, antes que desistisse.

Seus pais ficaram parados durante um momento, que pareceu demasiado longo. Para Gina, isso era torturante. Pelas suas expressões, podia ver que eles não haviam gostado nada disso, mas a angústia por não saber como eles reagiriam realmente quando saíssem do transe era cruel.

- Como você pode brincar com uma coisa dessas, Gina Weasley? – a sra. Weasley aumentou o tom de voz.

- Mamãe! A senhora prometeu!

O sr. Weasley tocou o ombro de sua esposa, fazendo-a controlar um pouco os nervos.

- Diga agora, Gina, como isso aconteceu - ele pediu.

- Bom... Nós nos conhecemos no Natal do ano passado. Eu não sabia quem ele era e ele não sabia quem eu era. Nós ficamos juntos. Inclusive... Meu primeiro beijo foi com ele. Descobri por acaso, quando ele deixou cair o cordão dele, que eu havia visto na noite anterior. Nós nos recusamos a acreditar nos nossos sentimentos e foi durante esse tempo que eu namorei o Harry. Só que maior do que eu, era o que eu sentia por ele. Então, ele me pediu em namoro assim que eu terminei com o Harry. Estamos juntos desde então – falou de uma vez, e ao fim estava quase sem fôlego.

- Vocês estão juntos há um ano? - Sra. Weasley perguntou, surpresa.

- Não... Estamos a nove meses. Começamos a namorar em março.

A sra. Weasley respirou fundo. Já o pai de Gina parecia estar mais calmo, ou melhor, atordoado.

- Vamos por partes, minha filha. Primeiro, foi completamente errado você ter escondido o seu namoro durante tanto tempo...

- Mas foi por quê eu achava que vocês não iam deixar! - Gina o interrompeu, apressando-se para explicar.

- E não vamos mesmo! - A mãe afirmou.

- Mãe! Não diz isso, por favor! Eu amo o Draco! - Gina disse, com lágrimas nos olhos.

- Acalme-se Molly. Temos que ver que o mal já está feito. Ela já está com ele. E não temos como impedir isso.

- Lógico que temos, Arthur! Ela é nossa filha, e menor de idade! Ela tem que nos obedecer! O que eu não posso é permitir que ela namore um Malfoy!

- Mamãe! Por favor, me escute! O Draco é diferente! Ele me ama!

- Como você pode ter certeza disso? - sua mãe perguntou desconfiada.

- Porque eu sinto quando nós estamos juntos! Foi ele que pediu pra contarmos para os nossos pais, porque ele quer me assumir pra todos, e agora mesmo ele deve estar contando para o pai dele. E eu tenho certeza que ele não enfrentaria seu pai se ele não me amasse. Mamãe, acredite em mim! - suplicou, entre lágrimas.

- Foi ele que pediu pra que contassem a verdade? - seu pai perguntou. Gina concordou, com a cabeça. - Isso demonstra que ele tem, pelo menos, um pingo de bom senso.

- Não estou acreditando nisso, Arthur! - Sra. Weasley ralhou. - Você está falando de um Malfoy! Filho do seu maior desafeto!

- Eu sei, Molly querida. Mas preste atenção. Eles já estão juntos, e não temos como evitar que eles continuem juntos em Hogwarts. Tenho certeza de que Gina sabe onde está se metendo, sabe o que eles são capazes de fazer. Não preciso te lembrar não é? - Seu pai falava extremamente sério. Gina negou com a cabeça. - Sabe como eles são astutos, ruins e que a qualquer momento podem te derrubar. Mesmo assim, você quer ficar com ele?

- É tudo o que eu mais quero, pai. Tenho certeza de que o Draco pode ser diferente do pai dele. Ele tem bondade! Não muita, quase mínima, pra ser sincera. E mesmo assim, ela é direcionada a mim... Se eu me empenhar, posso transformá-lo num homem melhor e evitar que ele tenha o mesmo destino dos seus pais. Preciso ao menos tentar! Sou Grifinória e a nossa característica maior é a coragem e a capacidade de ajudar aos outros antes de pensar em nós! Ficarei totalmente desapontada se daqui há anos, eu vir o Draco e ele estiver tão ruim ou pior do que o pai dele, porque eu vou saber que eu não tentei e que poderia ter sido diferente.

As palavras de Gina pareciam ter tocado sua mãe, que estava com uma expressão mais amena. Seu pai deu-lhe um sorriso.

- Era isso que eu queria escutar. Mais uma vez você demonstrou ser uma pessoa sensata. Te digo, agora, que não apóio o seu namoro com ele, enquanto ele não me der uma prova que te pode fazer feliz - Gina abaixou a cabeça,derrotada. - Mas eu o aceito.

E ela levantou a cabeça, com um sorriso largo no rosto.

- E você, mamãe, também aceita?

A sra. Weasley respirou fundo.

- Estou com seu pai. Não apóio, mas aceito. Se ele confia em você, eu também confio - e também sorriu.

- Portanto... - Sr. Weasley começou. - Quero que você saiba que não importa o que aconteça, seus pais sempre estarão aqui pra te ajudar e dar suporte.

Gina sorriu, deu três pulinhos de alegria e agarrou seus pais.

- Eu amo vocês!!! Eu amo vocês!!! Eu amo vocês!!! - repetia, em meio aos beijos que dava neles.

- Não se anime muito – a sra. Weasley iniciou. - A pior parte ainda não chegou. Vamos descer e contar para os seus irmãos.

Gina soltou um gritinho abafado.

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[Na Mansão Malfoy]

Draco já havia levado seus pais para o escritório, onde geralmente eram tratados os negócios mais importantes. Seu pai, sentado em sua poltrona de costume, empurrava-a ligeiramente para trás. Sua mãe estava parada em pé, um pouco atrás da cadeira onde Draco estava sentado.

- Não vai se sentar, Narcisa?

- Não... Minhas vestes são de seda.

- Use um feitiço para arrumá-las depois.

- Eu prefiro ficar em pé. E não viemos aqui para discutir sobre as minhas vestes. Viemos para escutar o que nosso filho tem a nos dizer – e tocou levemente no ombro de Draco.

Lúcio fez uma careta em desagrado, mas se virou para o filho.

- O que é, então, Draco? O que você queria falar conosco de tão importante?

- Bom... É algo muito importante... E... Não sei se vocês irão gostar muito por isso peço que vocês sejam compreensivos... E--

- Você sabe como me irrito quando você me chama pra conversar e fica enrolando. Ande logo! Fale! - Lúcio reclamou, com impaciência, embora suas feições permanecessem impassíveis.

- Tudo bem - Draco se levantou. Percebeu que era impossível contar uma notícia dessa para seus pais, estando sentado. - Bom... Eu estou namorando - Draco iniciou.

- E o que tem de importante nisso? Você me contou no verão passado. É a menina da Corvinal, não é? - perguntou Lúcio, descontraído, enquanto procurava um charuto em uma gaveta. - Se importa, Narcisa?

A esposa fez um gesto em negativo, e Lúcio começou a preparar o seu charuto.

- Sim... Só que ela não é da Corvinal - Lúcio voltou a atenção para o filho. - Ela é grifinória.

Lúcio pareceu pensar um pouco. Olhou do filho para a mulher e manteve o olhar nela.

- Creio que isso seja algo que possamos relevar. Não é algo extremamente ruim. Mas certamente ficaríamos muito mais satisfeitos se ela fosse sonserina... Concorda, Narcisa?

Draco olhou para sua mãe, que concordou com um ligeiro movimento da cabeça.

- Ela é grifinória - Draco continuou. Agora que começara, não poderia parar. Reuniu forças, lembrando-se de como amava aquela doce ruiva, e como queria ficar ao lado dela sem a interferência de ninguém. - Ela é grifinória. Uma Weasley. Gina Weasley.

Draco apenas viu a reação do seu pai, já que estava de costas para sua mãe. A boca de Lúcio se abriu, ligeiramente, sem pronunciar uma palavra; e Draco pôde ver que, se seu pai não tivesse um controle muito grande de si mesmo, certamente o charuto teria caído de seus dedos. Logo, as linhas de expressão na testa dele se enrugaram, e os olhos pareciam que iriam saltar. Depois de um certo momento, suas mãos começaram a tremer e Draco achou que ele poderia ter um acesso a qualquer momento. Estava começando a se preocupar, quando Lúcio pareceu recobrar a fala:

- Que tipo de brincadeira é essa, Draco? Não achei que ainda precisasse dizer que não tenho senso de humor e, portanto, abomino qualquer coisa desse tipo! - disse, ainda no seu tom normal de voz, só ligeiramente tenso.

- Não é brincadeira, pai. Estou namorando Gina Weasley há nove meses. E eu a amo - Draco reforçou.

- Como você pôde, Draco? - Narcisa se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto, sua voz num tom de decepção. Caminhou para o lado do marido, retirando o charuto dos dedos ainda trêmulos. - Eles são pobres, se vestem mal! Nem devem tomar banho! – e seu rosto contraiu-se em repugnância, enquanto guardava o charuto de volta na gaveta.

- ISSO É O QUE MENOS IMPORTA AGORA, NARCISA! - Lúcio levantou de um salto, socando a mesa. E voltou-se, visivelmente nervoso, para o filho. - Como você se atreve a entrar nesta sala, na sua casa e me dizer que está namorando uma Weasley???

- Mas... Pai... Essa é a verdade. E eu estou te deixando ciente dela nesse momento - Draco deu dois passos pra trás, em hesitação. As forças que reunia agora para ser corajoso e ir adiante causariam inveja a qualquer grifinório.

- E O QUE VOCÊ ESPERA???? QUE EU TE APÓIE??? QUE EU TE DIGA QUE ESTOU FELIZ??? O QUE VOCÊ PRETENDE, HEIN, DRACO? QUER QUE EU MORRA DE DESGOSTO POR TER VOCÊ COMO FILHO???- Lúcio gritava; como Draco nunca havia escutado antes, e isso era assustador. Em todos os momentos que levara um sermão de seu pai, em hipótese alguma ele sequer levantara a voz. Não importava a condição, sempre estava sob controle. Mas não era isso que acontecia momento.

- Pai... Eu... Pai... – agora sim, a força de vontade sumia, assim como havia surgido.

- NEM UMA SÓ PALAVRA! COMO PODE ME DIZER QUE ESTÁ NAMORANDO UMA WEASLEY! MINHA VONTADE É DE MATÁ-LO AQUI MESMO! NESSE MOMENTO! - Lúcio sacou sua varinha e apontou para Draco, que deu vários passos pra trás, desesperado.

Foi quando, contrastando com o tom elevado e rude de Lúcio, Narcisa se pronunciou, com uma voz quase etérea.

- Pare de tolice, Lúcio. Você não vai proferir um só feitiço contra ele – disse, se pondo ao lado do filho.

Lúcio olhou para a mulher com fúria. Mas logo em seguida baixou a varinha. Com não menos compaixão, olhou para o filho.

- Você irá para Durmstrang, está decidido. E não quero mais ouvir falar nesse assunto.

- Ele não vai para Durmstrang - Narcisa falou novamente, mantendo o tom calmo.

- Não ouse interferir nas decisões que eu tomo para o meu filho. É pelo bem dele! – respondeu, rudemente.

- Saia da sala, Draco - Narcisa ordenou. Draco se moveu para obedecer, mas Lúcio gritou, fazendo-o parar.

- ELE NÃO VAI A LUGAR NENHUM! FICARÁ AQUI ATÉ RESOLVERMOS ESSA QUESTÃO!

- Saia da sala, Draco. Estou mandando.

Draco sabia que, apesar de os dois mandarem coisas diferentes, poderia obedecer a qualquer um que não seria culpado. Como a ordem de sua mãe era muito mais favorável pra ele nesse momento, acatou e se retirou da sala.

- COMO VOCÊ SE ATREVE A ME DESMANDAR NA FRENTE DO MEU FILHO??? - Lúcio se aproximou dela, furiosamente.

- Você está fora de si. E que eu saiba, Draco é meu filho também. Você não o fez sozinho - ele, descontrolado, levantou a mão. Narcisa estremeceu ligeiramente, mas antes que ele pudesse tomar qualquer atitude, continuou, o tom de sua voz firme. - Não ouse encostar um dedo em mim, Lúcio.

Percebendo o que quase fizera, se largou na cadeira em que Draco estivera sentado.

- Olha o que eu quase fiz... Olha como ele me deixou. Me perdoe, sim? - Lúcio pegou na mão da esposa.

- Claro que sim. Sei que essa não era sua intenção. Trate de se acalmar, querido. Quer um chá?

Lúcio sacudiu a cabeça, negativamente.

- Estou desapontado. Apostei todas as fichas no nosso filho e olha como ele nos recompensa - ele falou, calmo, mas com a voz visivelmente penosa.

- Sabe, Lúcio... Às vezes eu me pergunto quem é o Malfoy aqui... - Narcisa começou a caminhar pela sala. Ele permaneceu sentado, com o olhar perdido na parede.

- Sou eu. Mas você sabe muito bem que nossas famílias não eram tão diferentes assim. Pensamos do mesmo modo.

Ela apenas concordou com a cabeça, enquanto fitava a parede oposta.

- Vamos mandá-lo para Durmstrang, querida. É o único jeito - insistiu.

- Já disse que não - Narcisa se voltou pra ele. - Draco não sairá desta casa, e muito menos de Hogwarts. Estamos no meio de uma guerra, e não mandarei meu filho para longe de mim. Se você permanecer com essa idéia, saiba que irei junto com ele. E tenho certeza de que não é isso que você quer, não é?

- Claro que não! Mas como você pretende acabar com essa loucura, mantendo-o aqui? - perguntou, curioso e incrédulo ao mesmo tempo.

- Simplesmente não acabarei - respondeu, tranqüilamente.

Lúcio sorriu, friamente.

- Você está tentando me fazer aceitar esse namoro, Narcisa?

- Querido... Você se lembra quando Nott cismou que queria namorar uma Grifinória e o fez, mesmo que todos estivessem contra ele?

- Claro que sim. Mas o que isso--

- Espere que você entenderá - ela interrompeu. - Então... Quando todos em Hogwarts começaram a aceitar o namoro entre eles, você se lembra do que ele fez e o que alegou?

- Ele terminou com ela, dizendo que havia perdido a graça – e se virou para ela. - Você acha que é isso que vai acontecer com eles?

- Tenho quase certeza, Lúcio. Preste a atenção: Draco nunca teve que lutar por nada. Sempre teve tudo que ele quis, na hora que bem entendeu. Os adolescentes têm a tendência de se testarem e provarem para si mesmos que são capazes. E é isso que ele está tentando fazer. E eu não vejo exemplo melhor do que a Weasley. Uma grifinória pobre, e uma Weasley, a maior inimiga de sua família. É tudo muito tentador e desafiador. Quanto mais a gente se opor a esse 'namorico', mais eles irão se aproximar. Por outro lado, se facilitarmos, perderá a graça pra eles e aí, esse relacionamento termina tão rápido quanto começou.

Lúcio sorriu. Tinha que admitir que sua esposa era uma mulher inteligentíssima.

- E se esse namoro for mais do que estamos pensando? E se nosso filho realmente gostar dessa fedelha? - perguntou, preocupado.

- Você está tão tenso. Deixe-me fazer uma massagem - Narcisa se aproximou dele, pousou suas mãos nos ombros do marido e iniciou a massagem.

- Você tem mãos maravilhosas... Realmente precisava disso.

Narcisa sorriu.

- E então? O que faremos se esse namoro for mesmo para valer? - Lúcio perguntou depois de um ligeiro tempo.

- Ah... Nós estamos em guerra... Nossos futuros são tão incertos – disse em tom de lamento. - Não sabemos quem poderá ser a próxima vítima... Não sabemos se estaremos vivos amanhã... Todos correm perigo - ela respirou fundo. Conforme falava, um sorriso maléfico surgia no rosto do seu marido. - Talvez a menina Weasley possa ser uma vítima... Fatal. E então, nós iremos ao enterro dela. Soltaremos algumas lágrimas, dizendo que nós havíamos nos apegado àquela doce menina e como ela havia feito nosso filho feliz. Consolaremos Draco, que ficará triste por um mês ou dois. Diremos para ele que ele tem que seguir em frente, que a vida continua e que a morte é o destino de todos nós. No terceiro mês, então, ele aparecerá nesta casa com uma nova namorada. Devidamente sonserina, e rica...

Lúcio segurou as mãos de sua mulher e a puxou de um modo que ela se sentou no seu colo. Ele possuía um imenso sorriso. Acariciou a pele alva dela durante um momento.

- Você é simplesmente demais. Não sei como pude levantar a mão para você há um tempo atrás. Perdoe-me.

- Já lhe disse que isso não foi nada. Você não estava em seu juízo perfeito.

- O que seria de mim sem você?

- Nada, meu querido. Você não seria nada.

Beijaram-se apaixonadamente, porém rápido. Narcisa se levantou.

- Agora, vamos chamar o Draco. Você se manterá calado, só de vez em quando resmungue alguma coisa, como se tivesse chateado. Deixe que eu falo, ok?

- Tudo que minha rainha mandar.

Ela sorriu, murmurou "bobo" e bateu palmas. Em seguida, um elfo aparatou na sala.

- Kreacher, chame meu filho aqui.

- Sim senhora.

Um tempo depois, Draco entrou, ainda apreensivo. Seu rosto estava muito mais pálido que o normal e sua respiração estava ofegante.

- Sente-se - Narcisa ordenou.

- Prefiro ficar em pé, mãe.

- Sente-se - ordenou novamente, ainda sem levantar a voz, mas mesmo assim soube soar ameaçadora.

Draco se sentou. Narcisa continuou a falar.

- Eu e seu pai tivemos uma breve conversa. Ponderamos sobre várias atitudes que poderíamos tomar diante de tão vergonhosa notícia que você nos deu. Pensamos em mandá-lo para Durmstrang, deserdá-lo, entre outros castigos. Porém, nenhum deles nos deixou completamente satisfeitos - Lúcio resmungou algo incompreensível, mas que seguia as ordens de sua esposa. - Nosso maior defeito é amarmos você acima de tudo. Acima de nós... Pior! Acima da nossa posição na sociedade! Nós queremos a sua felicidade, mesmo que isso custe a nossa integridade moral perante o nosso círculo social. Bom, acho que você já compreendeu o que nós queremos dizer. Nós concordamos com esse seu namoro porque queremos a sua felicidade, mas saiba que não estamos satisfeitos e...

- Estamos desapontados! - Lúcio interrompeu. Narcisa lançou-lhe um olhar em reprovação, mas não fez nenhum comentário.

- É somente isso, Draco. Pode se retirar - ele ordenou, indicando a porta com a mão.

- Antes eu queria agradecer a vocês dois. Vocês não fazem idéia do quanto que eu estou feliz. Isso não será nenhuma vergonha pra vocês, podem ter certeza. Vocês vão adorá-la - Ambos fizeram cara de desagrado. - E saibam que agora, nada e nem ninguém poderá nos impedir de sermos felizes. - Draco finalizou, saindo da sala e fechando a porta.

- Será que ele escutou alguma coisa? - Narcisa perguntou.

- Impossível. Essa sala é protegida. Nem que ele fizesse um buraco na porta conseguiria escutar.

- Então, acho que foi só um desabafo normal. E então? Vamos jantar? - ela perguntou com um sorriso no rosto.

- Sim - Lúcio se levantou e, dando o braço para sua mulher, desceram junto para a sala de jantar.

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N/A 1: Bom...Agora ninguém segura esse casal!!!! Ohhhh, como eu torci pra eles!!! Rss. Vamos ver agora como Hogwarts vai reagir a essa notícia! Só que esse capítulo deve demorar um pouco mais pq eu provavelmente devo viajar no fim de semana, voltando só no próximo.

N/A 2: O que vocês acharam das famílias? Eu particularmente amei a Família Malfoy, nem preciso dizer o motivo, não é? =P

N/A 3: Muito obrigada por todas as reviews!!! Vocês me motivam muito!!!! Estamos quase chegando no 100!!! Ebaaa! Revisem esse capítulo, ok??? Beijuuuuuuuuus pra todos vocês!!!!

N/A 4: MINHA BETA VOLTOUUUUUUUUU!!!! QUE LINDO NÃO É??  Ela felizmente resolveu o problema do pc dela e voltou pra alegria de todos envolvidos nessa fic!! Mil beijos, Pri!!!!

N/A 5: Essa fic continua de luto...