Mais uma fic minha! A quinta! Universo Alternativo! Se quiserem se juntar a mim aqui no hospício, fiquem a vontade e leiam-na.

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- Certo, só mais uma vez! - Trowa murmurou apressado. Suas mãos tremiam ao apalpar sua roupa pela decima vez para ter certeza de que estava tudo no lugar, olhando-se no espelho de cima á baixo.

- Aí, cara, 'ce 'tá começando a me irritar! - Duo gritou estatelado em uma cadeira - Que estresse!

- Não é estresse, Duo! Eu só... - suspirou encarando o reflexo dos seus olhos verdes - Eu estou nervoso.

- ... Um loiro de olhos azuis...

Trowa sorriu pra si mesmo e se virou, fitando o amigo que o olhava e ao mesmo tempo brincava com um cubo mágico distraidamente.

- Esse cara é mesmo importante pra você, hein? - indagou ao perceber um sorriso raro no rosto de alguém frio como ele.

- Eu já disse umas vinte vezes que sim. - Trowa respondeu tentando se controlar para não andar de um lado á outro. - Caso você não tenha percebido, estou falando isso faz um mês.

Duo jogou o cubo longe e se endireitou no assento com uma expressão séria.

- Vamos fazer o seguinte: você está apaixonado mesmo por ele?

- Tô... - respondeu abobado.

- Você quer abraça-lo como se ele fosse um 'embrulhinho'?

- Quero... - Trowa assentiu com a cabeça.

- Ele te dá vontade de fazer amor por horas e horas, sem se importar com a vizinhança inteira na porta da frente reclamando do barulho?

- É... - ele ficou imediatamente vermelho, algo que não era costume dele.

Duo se levantou com uma expressão mais séria ainda e cruzou os braços.

- Você está disposto em usar até mesmo uma calcinha se isso o fizesse sorrir?

Dessa vez, o moreno engasgou.

- He, bom... sim... mas...

- E você... - interrompeu o americano começando a rodear o colega, como se o analisa-se - ...é capaz de ser o uke se ele quiser ser o seme?

Trowa continuou em pé imóvel, já percebendo que estava sendo testado.

- Se ele quiser assim! - arrebatou agora cruzando os braços e parecendo mais uma vez frio, embora estivesse muito vermelho.

- No banho, na cama, sofá, mesa, chão...

- Estacionamento, carro, cinema, sentados, de pé... - ele citou como se tivesse decorado isso para uma prova.

- E o que mais? - Duo levantou as sobrancelhas e Trowa deu de ombros. Ele bateu levemente nas costas do moreno em consolo - Eu faço uma lista e coloco no seu quarto pra você. - ficando ereto de novo, continuou andando - Cor preferida?

- Azul.

- Escritor favorito?

- J. R. R. Tolkien.

- Mesmo? - Duo franziu o cenho e soltou um bufo de discordância - Família?

- Pai e mãe assassinados, uma irmã foi morta em um assalto e a outra se matou.

- OW! - Duo exclamou chocado - Isso... é horrível! Como descobriu?

- A ficha dele. - o moreno concordou a com a cabeça, sua expressão ficou de nervoso para triste - Mas foi a anos. Ele está melhor agora.

- Certo... e se ele não quiser transar porque... - Maxell coçou a cabeça pensando -... foi estrupado?

- Então, eu não vou fazer sexo também. - respondeu com confiança, mesmo achando improvável que isso tenha acontecido.

- O que mais gosta de fazer?

- Escrever... - chutou o mais possível.

- Tem certeza que ele é gay?

- Ele escreve yaoi.

- Isso não o torna homossexual!

- Mas me tornou um!

Dez minutos depois, Duo se joga na cadeira desistindo.

- Muito bem Sr. Barton, o senhor está oficialmente amando. Parabéns!

Ele bateu palmas e Trowa se inclinou em agradecimento.

- Se você o conhece a um mês, por que só está o convidando pra sair agora? - o americano pega seu cubo de volta e olha a si mesmo no espelho, enquanto o moreno mexia na gaveta da cômoda.

- Porque eu sou um covarde medroso. Você mesmo disse isso!

- Disse, é? - Duo questionou distraído. - Bom, se eu falei é porque é verdade.

- Então... como estou? - Trowa parou na frente dele, suas mãos tremendo de novo.

- Legal. - ele falou desanimado - Só não esquece de perguntar se ele tem algum amigo morenão pra mim, tá?

- Sinto muito, mas não vai dar. Quem sabe na próxima vida eu pergunte...

O moreno vestiu o casaco e saiu, sendo seguido pelo trançado que, depois de tranqüilizar o companheiro de que tudo daria certo, foi em direção contaria a ele.

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O restaurante estava tão cheio que mal conseguia-se entrar. Trowa, que por sorte ou coincidência, havia feito uma reserva, ficou meio aliviado ao reparar que o acompanhante ainda não havia chego. Isso o daria algum tempo para pensar no que dizer.

Ele se sentou e permaneceu olhando a porta possessivamente, esperando que o garoto das suas fantasias molhadas se materializar-se a qualquer minuto.

O garçom serviu vinho em seu copo, mas ele estava tão nervoso que não conseguiu tomar.

Desviou os olhos um pouco e encarou a mesa. Sua mente já formulava cada palavra que iria falar, e sua língua treinava as frases dentro da boca para não se embaralhar na hora. O corpo inteiro estava em perfeita sincronia para não fazer nada de estúpido, como derrubar um copo, ou fazer muito barulho com a cadeira na hora de levantar,...

Um homenzinho em sua cabeça ralhava com ele: "Não faça nenhuma idiotice, Barton! Se não, eu entro em greve!".

- Me desculpe, eu cheguei atrasado?

E num segundo de distração, Trowa pulou, literalmente, quando ouviu a voz do jovem que vinha se encontrar com ele bem ao seu lado.

O choque foi tanto que uma das mãos bateu na taça de vinho, derramando seu conteúdo pela toalha branca da mesa. Sem contar que ele se levantou bruscamente, não só fazendo a cadeira ranger como também a derrubando.

Todos os seus hormônios correram furiosos pelo corpo, como se um meteoro estivesse prestes a cair ali. Ele balbuciou uma coisa inteligível e o homenzinho em sua cabeça jogou a toalha no chão : "É isso, Barton! Eu-me- demito!".

************ So. eu prossigo ou não dá pra agüentar uma continuação?

Essa fic eu fiz meio que por acaso (como sempre), e até que gostei dela, embora eu adore um Universo Alternativo.

E obrigado a todos que me enviaram mensagens! Valeu, Brasil! ^_^