Capítulo Quatro: A Marca Negra
Naquela tarde, Percy ajudou Penelope a procurar um bom anúncio de
emprego no Profeta Diário. Mas a única coisa interessante que encontraram foi
uma vaga de ajudante para o desfazedor de feitiços de Gringotes (nesse caso,
Gui).
Penelope
guardou o jornal e disse que mais tarde falaria com o cunhado a respeito. Foi
então que uma coruja do Ministério entrou pela janela da sala de estar e
largou uma carta no colo de Percy, informando que ele voltaria a trabalhar no
Departamento de Cooperação Internacional em Magia.
Todos
já haviam jantado e ido se deitar. Ou quase todos.
Molly,
Arthur, Penelope e Percy ainda se encontravam na cozinha conversando. Penelope
estava falando sobre alguns objetos trouxas que conhecera na infância.
Craque.
Mundungo
Fletcher aparatou em frente ao fogão, com o rosto muito pálido e a respiração
ofegante. Ninguém teve tempo de perguntar o que acontecera, ele informou com
olhar assustado:
- A marca negra. Em Little
Whinging. Há Comensais soltos por lá.
Foi como se um dementador acabasse de entrar na cozinha. Todos ficaram
desesperados, esqueceram de todos os pensamentos banais que lhe enchiam a cabeça
e pensaram em uma coisa: guerra. Lembraram-se com um baque horrível que estavam
em uma guerra e que as batalhas e ameaças vinham quando menos se espera.
Percy
trocou um olhar assustado com a mãe e Penelope cobriu a boca com a mão. Arthur
ficou repentinamente sério e se levantou.
- Vá avisar Olho-Tonto, Tonks, Quim e Lupin. Nós vamos para
lá o mais rápido possível.
Assim
que Mundungo desaparatou, Penelope levantou-se.
- Aonde você vai? – perguntou Percy levantando-se também.
- Little Whinging, onde mais?
- Ah, não vai mesmo! Vai ficar aqui, segura e inteira.
- Oras, se eu for para lá não vou perder nenhum pedaço, eu
sei me defender! – protestou ela.
- Vocês dois, parem de brigar – disse Arthur – Vamos
logo, Percy. A Penelope fica.
Penelope
lançou um olhar indignado ao senhor Weasley, mas sentou-se novamente. Molly
olhou para Arthur atordoada, sem saber o que fazer.
- Vamos? – chamou Arthur olhando para Percy, ainda sério.
- Espere só um minuto, pai.
Percy
desaparatou e aparatou de novo muito rápido. Trazia nas mãos uma caixinha de jóia.
- Eu estava guardando para quando fôssemos jantar fora,
mas... Penelope, quer se casar comigo? – pediu ele abrindo a caixinha e
mostrando as alianças a ela.
- Lógico que quero!
Ela
levantou e beijou o noivo. Percy sentiu o rosto corar, primeiro porque não
queria que seu pedido acontecesse desse jeito, mas teve que faze-lo: era a
primeira vez que lutava contra Comensais e não sabia o que ia lhe acontecer. E
segundo porque também era a primeira vez que eles se beijavam na frente de seus
pais.
Mas
quando eles pararam, Percy ficou é assustado: Arthur e Molly também estavam se
beijando! Ele nunca tinha visto eles fazendo isso. O que significaria? Que era
realmente arriscado sair atrás dos Comensais? Que talvez essa fosse a última
vez que se vissem?
Ele
não teve mais tempo para pensar. Logo seu pai parou de beijar sua mãe (com as
orelhas muito vermelhas) e os dois desaparataram, deixando para traz duas
mulheres apaixonadas e desesperadas.
O
que a senhora Weasley não sabia, e que teria aumentado sua agonia, é que seu
sexto filho, Rony, estava vendo a cena pela porta entreaberta.
Ele
não estava conseguindo dormir e resolveu descer para apanhar um copo de leite.
Alcançou a porta da cozinha a tempo de saber o que se passava em Little
Whinging.
Rony
esperou o pai e o irmão irem embora e subiu rápida e sorrateiramente as
escadas até seu quarto.
- Harry! Harry,acorda!
Harry
piscou os olhos para Rony, sonolento.
- Que é? – perguntou impaciente.
- Mundungo Fletcher acabou de aparecer na cozinha e disse que
viu a Marca Negra em Little Whinging!
- Você estava sonhando...
- Eu não estava sonhando, Harry! – afirmou Rony com
um quê de desespero na voz – Papai e Percy foram para lá ajudar a
captura-los. Nós precisamos ir ajuda-los.
Harry
se levantou e sentou na cama. O que os Comensais queriam no bairro de seus tios,
que era inteiramente trouxa? Seria isso uma armadilha? Não sabia ao certo, mas
queria ir ajudar.
Ele e Rony trocaram de roupa rapidamente e saíram do quarto. Rony deixou
um bilhete na porta para a Sra.Weasley e para Hermione, dizendo que não se
preocupassem com eles e informando aonde tinham ido.
Então
os dois foram até a sala de estar e agarraram um saquinho de Pó de Flú. Então
Rony hesitou e disse a Harry, surpreso de não ter pensado nisso antes:
- Não podemos usar a lareira dos seus tios!
- Não vamos – informou Harry tranqüilo – Vamos usar a da
sra.Figg!
N/A: Esse capítulo pequeno foi só para dar entrada aos próximos dois. O capítulo
5 mostrará o que aconteceu em Little Whinging e o 6, no Largo Grimmauld nessa
noite. Espero que estejam gostando da fanfic – por favor me mandem e-mails ou
deixem coments!!!
N/A.2: Agradeço à minha amiga Mari-Di, que ficou um bom tempo me ajudando a
estruturar essa parte da fanfic.
