ETERNAMENTE...

AUTHOR: Lady K. Roxton

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão). A visão de Roxton é inspirada na lenda "A promessa", de Gustavo A. Bécquer.

COMMENTS: Que isso Rosa? Eu, lendo livros de tortura psicológica chinesa? Rs... Imagina!!! Eu só não quero cansar vocês colocando a estória toda de uma vez, assim tem mais emoção. É quase como acompanhar uma novela rs...

Jessy, espero q consiga voltar a deixar review. De qqr forma, obrigada pelas msg q vc tem me mandado, you're very sweet!!! :-)

Lê, naum consegui mudar o nome da Alessandra, já me acostumei com o som rs... Mas vc vai ter a sua vez, não se preocupe, ok? TI DOLUUUUUUU!!!

E, viva a volta de TLW ao horário nobre!!! Nós merecemos!!!

Capítulo 2

"Vamos fazer um passeio. Ou melhor, você vai. Basta abrir a porta" ela disse, referindo-se à entrada da casa.

"Eu?"

"Claro! É sobre a sua vida, você deve fazer isso."

"Minha vida? Mas do que você está falando?"

"Você acha que só existe o hoje, não é mesmo? Você não acredita ou não quer acreditar que existe muito mais. Todos somos mais antigos que o próprio planeta. Já vivemos tantas vidas... Mesmo que você não aceite, é assim, sempre foi, sempre será. Você sempre se questiona quanto à sua ligação com Marguerite, não é mesmo? Não posso falar mais que isso, apenas que você está prestes a ver algo que vai ajuda-lo a compreender uma parte de você e uma parte dela também. Agora, abra a porta. Se não quiser, nós voltamos para onde estávamos."

O caçador ficou pensando por alguns instantes: deveria mesmo abrir a porta? Seria uma armadilha? Mas se ela disse que ele poderia recuar... E onde estava Marguerite? Porém, sua curiosidade foi maior e tomado de um súbito impulso, ele abriu a porta e as imagens foram se formando...

Roxton estava como um simples observador das cenas seguintes. Marguerite estava chorando muito, o que partiu seu coração e um homem idêntico a ele, tentava consola-la.

"Alessandra, não chore mais, por favor. Tudo vai acabar bem e nós vamos nos casar quando eu voltar, eu juro."

Ela chorava com o rosto oculto entre as mãos; chorando sem gemer, mas as lágrimas corriam silenciosas por seu delicado rosto. Eles estavam numa floresta. Quando ele falava, ela levantava um pouco os olhos, mas sua dor era tão profunda que novamente as lágrimas brotavam de seus tristes olhos azuis.

"Meu amor, preciso ir ou serei morto. Sou o escudeiro de Lord Richard, não posso abandona-lo. A batalha será difícil, mas tenho certeza que Deus está a nosso lado e sairemos vitoriosos. E eu voltarei para que nos casemos. Esse não é um bom motivo para você se alegrar meu anjo?" ele continuou dizendo enquanto a abraçava.

"Não tenho um bom pressentimento, meu amor. Enfim, estarei esperando a sua volta. Não me abandone, por favor" ela disse com a voz entrecortada.

"Nunca! Eu juro."

Alessandra vivia na antiga Inglaterra. Era filha de camponeses, uma moça muito simples, de sentimentos puros e muito linda. Era a jovem mais bonita de toda a região e muitos homens, inclusive nobres, já a haviam pedido em casamento, tentativas frustradas pois ela nunca se interessava por ninguém.

Até que apareceu Vitor, o escudeiro. A princípio ela o rejeitava como a todos os outros pretendentes, mas ele tinha algo que cativava Alessandra e, aos poucos, ele foi conquistando seu coração. Seus encontros amorosos só eram possíveis graças ao irmão dela, Alexandre, que era o melhor amigo da jovem. Ele também estava temeroso com a partida de Vitor, se ele morresse ou não cumprisse sua promessa, a honra de sua irmã iria por terra e ele sentia um profundo arrependimento por tê-la ajudado.

No dia seguinte seria a partida dos cavaleiros para a batalha. Haveria no castelo uma grande despedida para os guerreiros. Os camponeses também foram.

Alessandra foi com seu irmão (que era idêntico a Malone), na esperança de ver seu querido pela última vez, nem que fosse de longe.

Quando chegaram, os cavaleiros já formavam uma fila, montados em seus cavalos, preparados para partirem.

Alessandra ficou pálida, quase desmaiou ao ver Vitor... não, não era possível! Ele havia mentido! Ele não se chamava Vitor e muito menos era escudeiro. Ele era o próprio Lord Richard, o cavaleiro, o filho do dono das terras onde ela vive e também do castelo. Ela se sentia a pior das criaturas, havia sido enganada, havia entregue seu coração e seu corpo a um mentiroso que só estava brincando com ela. Alexandre sentia o sangue ferver- lhe dentro das veias, mas seria loucura tentar algo sem nenhum tipo de arma.

Richard espantou-se ao ver Alessandra ali, com os olhos cheios de lágrimas. Em seguida os cavaleiros partiram e ele os acompanhou.

Ele se sentia o pior dos mortais. É verdade que ele havia mentido sobre sua identidade, mas não pelos motivos que Alessandra estava pensando.

Quando ele a viu pela primeira vez no povoado, sentiu que ela era especial, que jamais poderia encontrar outra mulher como ela. Mas sabia que ela jamais se interessaria por um nobre, levando-se em conta os pretendentes que ela rejeitava... Foi quando ele teve a infeliz idéia de dizer que era um simples escudeiro chamado Vitor. Foi a única coisa que ele conseguiu pensar para se aproximar da jovem e mesmo assim ela o rejeitava, somente aos poucos ele foi conseguindo se aproximar.

A cada encontro Richard queria contar a verdade, mas tinha medo da reação dela, sabia que Alessandra não era uma interesseira como as outras moças; para ela, o mais importante eram os sentimentos. E foi assim que a situação se arrastou durante o tempo que estiveram juntos.

O cavaleiro pensou em contar na despedida, porém ela já estava arrasada com a partida, e mais isso agora, seria talvez uma facada em seu coração. Então preferiu deixar para quando voltasse. Sim, contaria tudo e eles se casariam, nada mais teria importância. Mas ele não contava com esses acontecimentos inesperados e com grande pesar, ele teve que partir deixando Alessandra com o coração partido e fazendo o pior juízo dele. Logo ela, a pessoa que ele mais amava no mundo.

Os meses de batalha foram longos e difíceis: muitas perdas, dores e sofrimentos.

Não houve um único dia, um único minuto, em que Richard não se lembrasse de Alessandra, ela sempre estava presente em seus pensamentos.

O cavaleiro às vezes pensava que estava louco por ficar ali, que deveria largar tudo e voltar para sua cidade. O que teria acontecido com sua amada?

Uma noite, ele estava exausto, teve a impressão de ouvir que o chamavam. Levantou-se e olhou ao redor: todos dormiam ao redor das últimas chamas da fogueira. Quando olhou para a floresta, onde havia algumas árvores, ele a viu: estava com um longo vestido branco que se agitava, flutuando com o vento.

"Alessandra... meu amor..." ele murmurou e saiu ao encontro dela, mas para sua surpresa, não havia ninguém ali. Procurou ao redor e nada: nem um galho quebrado, pisadas, marcas, absolutamente nada, a não ser o suave perfume de flores do campo, indiscutivelmente dela. Mas... de onde vinha?

CONTINUA...

E aí, estão gostando??? Review, please!!!