__ VOCÊ VIU COMO ELES VOAVAM??? - Anna comentava, efusiva, com Fayth, que,
àquela altura, já ignorava Draco por completo. Andavam pela grama, voltando
para Hogwarts.
__ FOI DEMAIS, FOI DEMAIS!!! E RONY DEMONSTROU SER UM ÓTIMO GOLEIRO!!!
__ MAL POSSO ESPERAR POR SÁBADO!!!! VAI SER O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA!!!!
__ Fayth... - Draco falou. - Esqueceu que eu existo?
__ Desculpa!! - ela falou, sorrindo amarelo. - Mas isso é com o que a gente sempre sonhou!!! - ela se dependurou no pescoço de Draco. Já tinha perdido completamente a vergonha de estar namorando.
__ Tudo bem, mas não precisa ignorar minha existência!
Fayth continuou falando, mas Anna começou a sentir o mesmo torpor que sentiu antes de ter os pesadelos. Tentou se manter acordada, inutilmente. Logo já tinha sido engolfada pela escuridão completa e a figura de Lorde Voldemort estava de pé à sua frente.
__ Outra vez??? Nos deixe em paz!!! - ela ouviu sua voz claramente. - Sabemos o que quer, não vai conseguir!!! - "desta vez eu não terei medo", prometeu a si mesma.
__ Acha mesmo que Dumbledore pode me manter tão afastado de Hogwarts quanto ele diz que pode? - Voldemort perguntou, sua voz rouca e fria fez Anna pensar que mil facas em brasa cortavam seu corpo. Mas a sua expressão ainda era de raiva, não de dor ou medo.
__ Não acho. Tenho certeza. - ela falou, com um sorriso desdenhoso. - Tanto que você não tem coragem de chegar nem a mil quilômetros daqui! Usa de truques sujos para me amedrontar!! Pois não vai conseguir desta vez!!! - ela gritou.
Foi a vez de Voldemort sorrir.
__ Menina tola... Aquela a quem chama de "irmã" pertence a mim! O que quer que você faça será inútil! Eu tenho meus meios de chegar a Hogwarts e fazer o que quero!
__ E então porque não o fez até agora???
Mas a figura de Voldemort tornou-se embaçada e difusa, até que Anna retornou à realidade.
__ Mana, você tá legal??? - Fayth segurava a mão dela com força. Estavam na Ala Hospitalar como Anna pode reparar.
__ Por que estamos aqui??
__ Você apagou por três dias!!!
__ O QUÊ????? - ela se sentou bruscamente, assustada.
__ Três dias, em coma, senhorita Foster. - Dumbledore, que estava sentado diante de sua cama, se manifestou.
__ Mas como??? Isso é impossível, eu não passei cinco minutos con... Discutindo com Voldemort!!!
__ A nossa mente pode ser muito traiçoeira nessas situações, Anna. - ele disse, com sua calma habitual. - O que para você foi um minuto para nós foi um dia.
__ Quanta raiva você teve!!! - Fayth apertou a mão dela com mais força. - Draco até pensou que eu estivesse tendo outro ataque de fúria (mas isso eu já superei)!!
__ Você sentiu o que eu senti outra vez? - Anna tornou a deitar-se.
__ Sim, mas não vi o que viu. Mas a sua raiva... Foi quase maior que a minha!
__ Você chegou até mesmo a ter febre. - Dumbledore disse, no tom calmo, mas com um estranho brilho nos olhos. - Pensamos até mesmo que talvez não resistisse.
__ Ah, nem tanto, professor! Vaso ruim não quebra! - Fayth arriscou uma brincadeira, levando um tapa na cabeça.
__ Vaso ruim é a tua vó!!
__ Não briguem, meninas. A senhorita Foster ainda está em uma situação muito delicada, não deve gastar sua energia.
__ Escuta, quando eu vou poder sair daqui?
__ Por favor, senhor diretor!! - Madame Pomfrey entrava na Ala Hospitalar, trazendo um líquido pouco convidativo em um copo. - Deixem a menina descansar, ela passou três dias em coma!!
__ Nós sabemos disso, Papoula. Mas é melhor que ela relate o que sonhou agora do que mais tarde, quando a mente dela vai estar mais confusa.
__ Mas diretor...
__ Por favor, Papoula. Não vou me demorar aqui.
Visivelmente contrariada, Madame Pomfrey deixou o copo na cabeceira de Anna e saiu, recomendando à menina que bebesse o líquido, assim que terminasse de falar.
__ Pois muito bem, Anna. - ele disse, em um tom quase paternal. - Se estiver pronta, por favor, me relate o que ele disse a você.
__ Ele... Disse que tem meios de chegar a Hogwarts, fazer o que quer. Ele também disse que a maninha - ela apertou a mão de Fayth com força - pertence a ele.
__ Ele disse isso? - Dumbledore não pareceu surpreso como fingiu estar.
__ Sim. Foi depois disso que eu acordei.
Um incômodo silêncio se seguiu. Fayth não queria dizer nada, com medo de desencadear sua fúria e estragar metade da Ala Hospitalar. Dumbledore parecia analisar o que tinha acabado de ouvir. Anna não parecia disposta a falar mais nada.
__ Professor Dumbledore... - Anna disse após algum tempo.
__ Sim, Anna?
__ Por que EU tenho esses sonhos? Por que ele insiste em ME contatar??
__ Infelizmente eu não tenho a resposta para a sua pergunta, Anna. Há muito tempo eu não tenho contato com Tom e... Eu não saberia dizer como a mente dele está funcionando.
__ Ah... Claro...
__ Bom, agora beba seu remédio antes que Papoula me mate. - ele concluiu, com um sorriso bondoso. - Vamos, senhorita Kvar... - ele pôs a mão no ombro de Fayth, que se recusou a sair. - Por favor, senhorita, antes que nós sejamos obrigados a ficar aqui, por motivo de força maior. - ele brincou, ao ver Madame Pomfrey voltando, com cara de poucos amigos.
__ Certo. Se cuida, maninha! - ela depositou um beijo no rosto da irmã e saiu.
__ Agora beba a poção, senhorita Foster. - Madame Pomfrey enfiou o copo na mão de Anna, não lhe dando muita opção a não ser beber e logo em seguida cair em um profundo sono sem sonhos, que era exatamente o que ela estava precisando.
---------------------------------------
No dia seguinte Anna retornou ao convívio dos outros. Ainda bem, pois era o dia da primeira partida de Quadribol. Fayth só não pulou em cima dela porque recebera ordens estritas de Dumbledore para não fazê-lo, já que Anna não estava totalmente recuperada.
__ É HOJE!!! - Fayth gritava como louca, empoleirada em Draco, na mesa da Sonserina e atraindo o olhar raivoso de Pansy Parkinson. - É HOJE!!!
__ Eu acho que meio mundo sabe que "é hoje", Kvar! - Pansy rosnou, furiosa.
Fayth apenas mostrou a língua para Pansy, que entortou o garfo que usava.
__ Como consegue gostar de uma garota tão infantil, Draco?? - ela perguntou, indignada.
__ Pelo menos ela tem personalidade, Parkinson. - Draco falou, com seu desdém normal.
__ E você também, não é Malfoy? Que deu para andar com Potter e CIA LTDA.
__ Por favor, vocês não vão brigar, vão? Não estou com vontade de ouvir a voz esganiçada da Pansy misturada com a sua, Draco. É muito contraste.
Draco abafou uma risada, recebendo um olhar assassino de Pansy.
__ MANA!!! - o grito de Anna ecoou pelo Salão Principal. Fayth olhou para a mesa da Grifinória e viu a irmã de pé e acenando. - VAMOS LOGO!!!
__ Vamos lá? - ela perguntou para Draco, que sorriu em resposta. - Então vamos. Tchau, Pansy! - ela falou, num tom de voz provocante, fazendo Pansy bufar de ódio.
Anna catou Fayth pelo braço e saiu correndo com ela, como se achassem que o campo ia sair voando junto com os jogadores e elas não poderiam ver o jogo. Draco apenas riu e foi atrás delas.
---------------------------
__ HARRY POTTER PEGA O POMO PELA GRIFINÓRIA!!! - a voz de Lino Jordan ecoou pelas arquibancadas, arrancando aplausos efusivos de quase toda ela, com exceção da arquibancada da Corvinal, decepcionada, e parte da Sonserina. Nesta, Draco aplaudia, um pouco retraído e Fayth quase pulava de lá, de tão eufórica estava. Mas quase realmente caiu, sendo segurada a tempo pelo namorado.
__ Calma, querida! Não precisa cometer suicídio só porque já realizou um sonho!
__ Não brinca, Draco! Eu quase caí mesmo!
__ É, eu percebi. Quando foi que ganhou uns quilinhos a mais? - ele zombou, recebendo um olhar feio.
__ Sem beijos até amanhã pela gracinha.
__ Você não faria isso comigo! - ele falou, em tom desesperado, mas brincalhão.
__ Ah, faria sim!
__ Não faria não. - ele a abraçou, fazendo os seus rostos ficarem muito próximos. - Você não resiste a mim.
__ Onde você aprendeu a ser TÃO convencido?
__ Prática, minha cara. Prática. - ele sorriu, divertido.
__ Mas se pensa que eu vou te beijar, está...
Foi calada pelos lábios dele em cima dos seus. Após alguns segundos ele a soltou, com um sorriso.
__ Absolutamente certo. - ela concluiu seu pensamento, tonta.
__ Eu disse que você não resiste a mim.
__ Alguém precisa controlar o seu ego.
__ Meio difícil, quando quem dá a sugestão ajuda a elevá-lo. - ele zombou, dando outro beijo nela.
Foi tudo muito rápido. Num momento, Draco estava beijando Fayth, que correspondia com prazer. No outro, era empurrado para longe, não pelos braços dela, mas pela energia que a circundava.
__ Fayth? - ele arriscou. Não obteve resposta alguma. Os outros alunos não pareceram perceber, já abandonando a arquibancada. Ele arriscou uma olhada para a arquibancada da Grifinória e viu Hermione amparando Anna nos braços, desacordada. - Fayth, acorda! - ele tentava, em vão, trazê-la à realidade.
-------------------------------------
__ Outra vez! Criatividade não é seu forte, é?? - Anna rosnou, com muita raiva do homem sentado à sua frente.
__ Se soubesse o que realmente é meu forte, não seria tão atrevida. - ele disse, girando a varinha nas mãos.
__ Sei mais sobre você do que pode imaginar, Voldemort!
__ Mesmo? E sabe do que sou capaz?
__ Hunf, o que pretende fazer? Me atacar aqui?? Dentro da minha mente?? No meu domínio???
__ Sabe que essa não é uma má idéia? - ele se levantou, odioso. Ergueu a varinha e a apontou para o peito dela. - Crucio.
Anna teve certeza de que preferiria morrer a sentir aquela dor. Nada que jamais sentira se comparava àquilo. Era como se mil facas em brasa cortassem seu corpo em mil pedaços. Se aquilo perdurasse por mais um segundo que fosse, ela tinha certeza que morreria. Queria que parasse, desejou que parasse. Então, sentiu o chão abaixo dela se desfazer e viu Hermione gritar, tentando segurá-la. Depois, o mundo apagou.
-------------------------------------------
__ Saia daqui, Malfoy!! - a arquibancada começou a tremer, como se um terremoto tivesse se iniciado ali. - Você me dá nojo!!
Draco se aproximou dela, mas ela recuou.
__ NÃO SE APROXIME!!! SAIA DAQUI, SAIA, SAIA!!!
O chão onde Fayth pisava se rompeu e ela caiu da arquibancada. Draco, após, em vão, tentar impedir a queda de Fayth, ouviu um grito vindo da arquibancada vermelha e dourada. O mesmo havia acontecido lá.
--------------------------------
__ Draco, como elas estão?? - Harry e Rony chegavam na Ala Hospitalar, ainda com as roupas do Quadribol, aflitos. Tinham acabado de saber do que tinha acontecido por Neville, que vira Anna desmaiar, e deduziram que ocorrera algo de ruim com Fayth também.
__ Nada bem... - Draco falou, com a preocupação estampada nos olhos e na voz. - As duas tiveram lesões por todo o corpo e muitos ossos quebrados, além de traumatismo craniano. A queda foi muito grande. Hermione foi chamar Dumbledore, Weasley. - falou, ao ver Rony olhando para todos os lados.
__ Senhor Malfoy? - Madame Pomfrey abriu a porta da Ala Hospitalar, com o semblante preocupadíssimo.
__ Que foi?? Fayth está bem??
__ Ela despertou e quer falar com você. Vocês dois esperam aqui fora! Mas seja breve porque a transferência dela e da senhorita Foster para o St. Mungus já está sendo acertada.
__ Transferir??? - os três garotos gritaram ao mesmo tempo. - Draco quase derrubou Pomfrey ao entrar. Ao ver a namorada toda enfaixada e com o ar cansado, quase chorou.
__ Fayth... - ele murmurou, a voz trêmula.
__ Eu... - ela falou, a voz muito fraca e baixa. - Não queria dizer nada daquilo. Não era eu falando, eu juro.
__ Eu sei, pombinha. - ele segurou a mão dela, como se segurasse a mais frágil forma de vida.
__ Pombinha? - ela riu com dificuldade. - Que raio de apelido é esse?
__ Não sei... Achei que ia gostar.
__ Eu te amo, Draco. - ela disse, pela primeira vez, desde que começaram a namorar.
__ Não acredito que essa é a primeira cena que sou obrigada a ver logo que acordo, depois de um tombo daqueles! - a voz também fraca de Anna chamou a atenção dos dois. - Que coisa mais melosa.
__ Maninha, você está horrível! - Fayth se permitiu brincar.
__ Você também não ganha nenhum concurso do jeito que está!
__ O que ele está fazendo com a gente? - Fayth falou, com raiva. - Ele quer nos matar?
__ Ele me atacou, maninha. Não sei como, mas ele me atacou dentro de meu sonho, com a Maldição Cruciatus.
__ Deve ter sido nessa hora que o chão rachou. - ela concluiu. - Hunf... Ele conseguiu, nos tirou de Hogwarts.
__ Quê? - Anna não compreendeu.
__ Estamos sendo transferidas para o St. Mungus o quanto antes. Não conseguirão tratar da gente aqui.
__ Sinto-me feliz em dizer que está enganada, senhorita Kvar. - Dumbledore entrou na Ala Hospitalar, acompanhado de Harry, Rony e Hermione. - Eu fiz um acordo com vários médicos do St. Mungus e eles virão até aqui, com todo o equipamento possível.
Anna e Fayth não esconderam o alívio.
__ Claro que, desta vez, ele quase conseguiu. - Dumbledore tornou a falar, sua voz mais envelhecida do que nunca. - Se este acordo não fosse firmado, vocês seriam obrigadas a sair de Hogwarts e estariam submetidas ao poder de Voldemort.
__ Eu não suporto mais esses desmaios e sonhos, professor! - Anna suplicou. - Não tem uma maneira de fazer parar???
__ Infelizmente eu não sei de maneira nenhuma, mas farei o possível para aliviar o seu sofrimento, Anna.
Hermione fez sinal de que já sabia de algo, mas não deixou Dumbledore notar.
__ Certo, agora dêem licença daqui! - Madame Pomfrey foi colocando todos para fora, sem cerimônia alguma.
__ Eu te amo. - Fayth repetiu. Draco sorriu e respondeu.
__ Eu também.
------------------------------
__ Mas você só dá azar!! - Fayth dizia a Anna, logo após receberem alta, uma semana e meia depois. - Mal acabou de sair daqui e já voltou! Você é pior que o Harry! Que tal vocês dois fazerem carteirinha aqui?
__ Ah, Fayth, não fala besteira! Anda logo que eu quero falar com a Mione desde o dia que a gente caiu!
__ Falar o quê?
__ Eu acho que ela descobriu alguma coisa!
__ Sobre...?
__ Os meus pesadelos! Sobre o porquê de Voldemort querer tanto me desestabilizar!
__ Dâh! Claro que é pra ver se você desiste e vira minha inimiga!
__ A carta dizia que você se tornaria minha inimiga, não eu!
__ Aquela carta nem remetente tinha!
__ Mas na atual conjuntura, devemos acreditar em quase tudo!
__ Certo. - Fayth desistiu. - Vamos lá então.
Elas saíram da Ala Hospitalar, indo direto à biblioteca, onde Anna combinara de encontrar com Hermione. Não foi surpresa alguma ver Harry, Draco e Rony lá também.
__ Que bom que está melhor, meu amor!- Draco se levantou e abraçou Fayth.
__ Obrigada pela parte que me toca. - Anna brincou.
Harry, numa tentativa de irritar e imitar Draco, se levantou e abraçou Anna.
__ Que bom que está melhor, meu amor! - Todos riram, menos Draco, que apenas olhou para Harry com cara de poucos amigos.
__ O que você descobriu, Mione?? - Anna cortou o clima ruim que começara a se instalar entre Harry e Draco.
__ Algo que talvez possa explicar o porque de Voldemort tentar com tanto afinco deixar você maluca.
Ela pegou um livro na mochila, grande e empoeirado e o abriu na mesa, fazendo muito barulho.
__ Consegui pegar esse livro na seção reservada, graças ao seu pai. - Hermione virou-se para Fayth.
__ O que o livro diz, Hermione! - Anna perguntou, aflita.
__ Ele diz aquilo tudo que a gente já sabe sobre a profecia e etc. Mas ele acrescenta uma coisa. - Hermione disse, começando a ler em voz alta.
"Por ser uma alma um pouco perturbada, a pessoa que for o par sonserino do Conciliamento, tem forte tendência a se virar para o lado das trevas. Seus ataques de fúria são avassaladores e perigosíssimos. O par grifinório tem por função, além de ajudar a conciliar Grifinória e Sonserina, impedir que o seu parceiro se torne mal, agindo exatamente como um Yin, da antiga magia chinesa Yin Yang. Uma âncora para que o outro não sucumba à arte das trevas."
__ É, isso explica bastante. - Rony falou, sem perceber a cara que as irmãs faziam.
__ Então EU sou um suporte pra Fayth? - ela falou, incrédula.
__ E EU tenho tendências a me virar para o lado das trevas?? - no mesmo tom da irmã.
__ É o que diz aqui. - Mione apontou para o livro.
__ Mas isso não explica o porquê de Voldemort insistir nesse negócio dos sonhos!! - Anna falou, nervosa.
__ Eu acho que Voldemort está tentando te desestabilizar, para que não consiga controlar Fayth. Assim ele poderá controlá-la mais facilmente.
__ Então foi isso que ele quis dizer quando disse que eu pertenço a ele. - Fayth falou, seu tom de voz derrotado. - Ele é a treva. É pra ele que eu tenho "tendências" a me virar.
__ Tudo de ruim está representado naquela figura, que eu nem sei se posso chamar de humana. - Anna falou. - Tá mais pra Frankenstein! Osso de um, carne do outro, sangue do outro... Irc!
__ Obrigado pela parte que me toca! - Harry falou, emburrado. - O sangue nele é meu, lembra? Só não te mostro porque Fawkes me curou e não deixou cicatrizes, ainda bem. Já me basta essa belezinha na testa. - ele disse, colocando um tom irônico no "belezinha".
__ Eu não quis irritar você, Harry! Mas que ele tá igual a um Frankenstein, ah, isso ele tá!
__ E veja pelo lado bom, pelo menos este ano as coisas estão acontecendo e não estão girando em torno de você! - Rony comentou.
__ Obrigada pela parte que nos toca!!! - Anna e Fayth quase gritaram, ao mesmo tempo. Madame Pince as repreendeu.
__ Foi mal... - Rony disse, com um sorriso amarelo para as irmãs.
---------------------------------------
Anna estava deitada em sua cama, no dia seguinte, olhando para a janela. A responsabilidade sobre ela era ainda maior, porque, se falhasse, Voldemort conseguiria o que queria. Ela não poderia mais ter medo ou raiva durante os pesadelos com Voldemort.
Mas ela realmente não agüentava mais ter aqueles pesadelos e estava contando com Hermione para aprender a bloquear sua mente. Só que a mesma ainda estava quebrando a cabeça na biblioteca, tentando descobrir uma poção, um feitiço, alguma coisa que a protegesse.
__ Anna? - a garota despertou de seus pensamentos. Carol, uma segundanista amiga dela, a chamava. - Você tá legal? Tem andado muito estranha.
__ Só estou um pouco cansada, Carol. - mentiu. Ela não precisava saber do que estava se passando. Já tinha gente demais preocupada com aquilo.
__ Aquela garota Sonserina não fez nada com você, fez?
__ Claro que não!! Fayth é minha melhor amiga! Só teve a infelicidade de pegar o Chapéu Seletor no dia em que ele deu defeito! - Anna brincou. - Na verdade ela caiu na Sonserina por causa dos pais dela. Eu não entendo o porque dessa implicância de Grifinória e Sonserina! É muita besteira! Às vezes a pessoa é boa mas só porque é Sonserina já é tachada como bruxo das trevas!
__ Mas você tem que concordar que nenhum bruxo da Grifinória é comparsa de Você-sabe-quem!
__ Acha mesmo? - ela disse, com um olhar de descrença para a outra garota.
__ Diga um! Apenas um!
__ Pedro Pettigrew. - falou, tranqüila.
__ Está louca??? Pedro é um herói!! Meu pai me contou o que houve, morreu por causa de Sirius Black, um louco que fugiu de Azkaban!
__ Não chame Black de louco, Carol. Você não sabe nem de metade da verdade!
__ Mas você parece saber a verdade inteira! - ela se irritou.
__ E sei mesmo! - Anna também se irritou.
__ Pois então me conte, já que sabe tanto!
__ Pra quê? Você não vai acreditar em mim mesmo! - Anna se levantou e já ia saindo do quarto.
__ Tente!
__ Tentar o quê?
__ Me contar! Meu pai sempre desconversa quando eu pergunto alguma coisa sobre isso! Dumbledore disse que você-sabe-quem voltou e meu pai diz que Dumbledore é louco! Papai até mesmo queria me tirar de Hogwarts!
__ Quem é seu pai??
__ Pensei que soubesse! Ah, esqueci que você é trouxa! Meu pai é Cornélio Fudge, ministro da magia!
Continua... - - - - - - - AAAHHHHHHHH!!!!!!!! Acabei mais um capítulo!!! Vocês sabem, isso é exaustivo! Mas chega de papo furado! Para a alegria da Suu-chan e da Pretty Sakura (as primeiras a postarem reviews, por isso, as únicas que eu SEI que estão lendo) eu já estou escrevendo o oitavo e idéias não param de brotar deste cérebro insano!
Suu, eu não comento dos filmes porque eu e a minha maninha (a Anna, ela existe, apesar de eu, ao contrário da Fayth (meu nome é Lien, não Fayth), não conhecê-la pessoalmente.) não quisemos que os filmes fossem comentados, já que eles distorcem um pouco a história dos livros. Apesar de que seria engraçado ver a Fayth comentando que o Draco do filme é mais bonito que o em pessoa ou coisa do tipo.
Anninha (close no meu sorrisinho sádico)... Tem surpresinha pra você no oitavo capítulo! E não conto, não conto, não conto!!! Esse vai ser o único capítulo que você não vai revisar porque você AINDA não pode ficar sabendo do que é!!! Eu ESPERO que você goste, porque eu sei que se você não gostar eu posso começar a treinar para a maratona de São Silvestre...
Beijinhos e até a próxima loucura!!!!
__ FOI DEMAIS, FOI DEMAIS!!! E RONY DEMONSTROU SER UM ÓTIMO GOLEIRO!!!
__ MAL POSSO ESPERAR POR SÁBADO!!!! VAI SER O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA!!!!
__ Fayth... - Draco falou. - Esqueceu que eu existo?
__ Desculpa!! - ela falou, sorrindo amarelo. - Mas isso é com o que a gente sempre sonhou!!! - ela se dependurou no pescoço de Draco. Já tinha perdido completamente a vergonha de estar namorando.
__ Tudo bem, mas não precisa ignorar minha existência!
Fayth continuou falando, mas Anna começou a sentir o mesmo torpor que sentiu antes de ter os pesadelos. Tentou se manter acordada, inutilmente. Logo já tinha sido engolfada pela escuridão completa e a figura de Lorde Voldemort estava de pé à sua frente.
__ Outra vez??? Nos deixe em paz!!! - ela ouviu sua voz claramente. - Sabemos o que quer, não vai conseguir!!! - "desta vez eu não terei medo", prometeu a si mesma.
__ Acha mesmo que Dumbledore pode me manter tão afastado de Hogwarts quanto ele diz que pode? - Voldemort perguntou, sua voz rouca e fria fez Anna pensar que mil facas em brasa cortavam seu corpo. Mas a sua expressão ainda era de raiva, não de dor ou medo.
__ Não acho. Tenho certeza. - ela falou, com um sorriso desdenhoso. - Tanto que você não tem coragem de chegar nem a mil quilômetros daqui! Usa de truques sujos para me amedrontar!! Pois não vai conseguir desta vez!!! - ela gritou.
Foi a vez de Voldemort sorrir.
__ Menina tola... Aquela a quem chama de "irmã" pertence a mim! O que quer que você faça será inútil! Eu tenho meus meios de chegar a Hogwarts e fazer o que quero!
__ E então porque não o fez até agora???
Mas a figura de Voldemort tornou-se embaçada e difusa, até que Anna retornou à realidade.
__ Mana, você tá legal??? - Fayth segurava a mão dela com força. Estavam na Ala Hospitalar como Anna pode reparar.
__ Por que estamos aqui??
__ Você apagou por três dias!!!
__ O QUÊ????? - ela se sentou bruscamente, assustada.
__ Três dias, em coma, senhorita Foster. - Dumbledore, que estava sentado diante de sua cama, se manifestou.
__ Mas como??? Isso é impossível, eu não passei cinco minutos con... Discutindo com Voldemort!!!
__ A nossa mente pode ser muito traiçoeira nessas situações, Anna. - ele disse, com sua calma habitual. - O que para você foi um minuto para nós foi um dia.
__ Quanta raiva você teve!!! - Fayth apertou a mão dela com mais força. - Draco até pensou que eu estivesse tendo outro ataque de fúria (mas isso eu já superei)!!
__ Você sentiu o que eu senti outra vez? - Anna tornou a deitar-se.
__ Sim, mas não vi o que viu. Mas a sua raiva... Foi quase maior que a minha!
__ Você chegou até mesmo a ter febre. - Dumbledore disse, no tom calmo, mas com um estranho brilho nos olhos. - Pensamos até mesmo que talvez não resistisse.
__ Ah, nem tanto, professor! Vaso ruim não quebra! - Fayth arriscou uma brincadeira, levando um tapa na cabeça.
__ Vaso ruim é a tua vó!!
__ Não briguem, meninas. A senhorita Foster ainda está em uma situação muito delicada, não deve gastar sua energia.
__ Escuta, quando eu vou poder sair daqui?
__ Por favor, senhor diretor!! - Madame Pomfrey entrava na Ala Hospitalar, trazendo um líquido pouco convidativo em um copo. - Deixem a menina descansar, ela passou três dias em coma!!
__ Nós sabemos disso, Papoula. Mas é melhor que ela relate o que sonhou agora do que mais tarde, quando a mente dela vai estar mais confusa.
__ Mas diretor...
__ Por favor, Papoula. Não vou me demorar aqui.
Visivelmente contrariada, Madame Pomfrey deixou o copo na cabeceira de Anna e saiu, recomendando à menina que bebesse o líquido, assim que terminasse de falar.
__ Pois muito bem, Anna. - ele disse, em um tom quase paternal. - Se estiver pronta, por favor, me relate o que ele disse a você.
__ Ele... Disse que tem meios de chegar a Hogwarts, fazer o que quer. Ele também disse que a maninha - ela apertou a mão de Fayth com força - pertence a ele.
__ Ele disse isso? - Dumbledore não pareceu surpreso como fingiu estar.
__ Sim. Foi depois disso que eu acordei.
Um incômodo silêncio se seguiu. Fayth não queria dizer nada, com medo de desencadear sua fúria e estragar metade da Ala Hospitalar. Dumbledore parecia analisar o que tinha acabado de ouvir. Anna não parecia disposta a falar mais nada.
__ Professor Dumbledore... - Anna disse após algum tempo.
__ Sim, Anna?
__ Por que EU tenho esses sonhos? Por que ele insiste em ME contatar??
__ Infelizmente eu não tenho a resposta para a sua pergunta, Anna. Há muito tempo eu não tenho contato com Tom e... Eu não saberia dizer como a mente dele está funcionando.
__ Ah... Claro...
__ Bom, agora beba seu remédio antes que Papoula me mate. - ele concluiu, com um sorriso bondoso. - Vamos, senhorita Kvar... - ele pôs a mão no ombro de Fayth, que se recusou a sair. - Por favor, senhorita, antes que nós sejamos obrigados a ficar aqui, por motivo de força maior. - ele brincou, ao ver Madame Pomfrey voltando, com cara de poucos amigos.
__ Certo. Se cuida, maninha! - ela depositou um beijo no rosto da irmã e saiu.
__ Agora beba a poção, senhorita Foster. - Madame Pomfrey enfiou o copo na mão de Anna, não lhe dando muita opção a não ser beber e logo em seguida cair em um profundo sono sem sonhos, que era exatamente o que ela estava precisando.
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No dia seguinte Anna retornou ao convívio dos outros. Ainda bem, pois era o dia da primeira partida de Quadribol. Fayth só não pulou em cima dela porque recebera ordens estritas de Dumbledore para não fazê-lo, já que Anna não estava totalmente recuperada.
__ É HOJE!!! - Fayth gritava como louca, empoleirada em Draco, na mesa da Sonserina e atraindo o olhar raivoso de Pansy Parkinson. - É HOJE!!!
__ Eu acho que meio mundo sabe que "é hoje", Kvar! - Pansy rosnou, furiosa.
Fayth apenas mostrou a língua para Pansy, que entortou o garfo que usava.
__ Como consegue gostar de uma garota tão infantil, Draco?? - ela perguntou, indignada.
__ Pelo menos ela tem personalidade, Parkinson. - Draco falou, com seu desdém normal.
__ E você também, não é Malfoy? Que deu para andar com Potter e CIA LTDA.
__ Por favor, vocês não vão brigar, vão? Não estou com vontade de ouvir a voz esganiçada da Pansy misturada com a sua, Draco. É muito contraste.
Draco abafou uma risada, recebendo um olhar assassino de Pansy.
__ MANA!!! - o grito de Anna ecoou pelo Salão Principal. Fayth olhou para a mesa da Grifinória e viu a irmã de pé e acenando. - VAMOS LOGO!!!
__ Vamos lá? - ela perguntou para Draco, que sorriu em resposta. - Então vamos. Tchau, Pansy! - ela falou, num tom de voz provocante, fazendo Pansy bufar de ódio.
Anna catou Fayth pelo braço e saiu correndo com ela, como se achassem que o campo ia sair voando junto com os jogadores e elas não poderiam ver o jogo. Draco apenas riu e foi atrás delas.
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__ HARRY POTTER PEGA O POMO PELA GRIFINÓRIA!!! - a voz de Lino Jordan ecoou pelas arquibancadas, arrancando aplausos efusivos de quase toda ela, com exceção da arquibancada da Corvinal, decepcionada, e parte da Sonserina. Nesta, Draco aplaudia, um pouco retraído e Fayth quase pulava de lá, de tão eufórica estava. Mas quase realmente caiu, sendo segurada a tempo pelo namorado.
__ Calma, querida! Não precisa cometer suicídio só porque já realizou um sonho!
__ Não brinca, Draco! Eu quase caí mesmo!
__ É, eu percebi. Quando foi que ganhou uns quilinhos a mais? - ele zombou, recebendo um olhar feio.
__ Sem beijos até amanhã pela gracinha.
__ Você não faria isso comigo! - ele falou, em tom desesperado, mas brincalhão.
__ Ah, faria sim!
__ Não faria não. - ele a abraçou, fazendo os seus rostos ficarem muito próximos. - Você não resiste a mim.
__ Onde você aprendeu a ser TÃO convencido?
__ Prática, minha cara. Prática. - ele sorriu, divertido.
__ Mas se pensa que eu vou te beijar, está...
Foi calada pelos lábios dele em cima dos seus. Após alguns segundos ele a soltou, com um sorriso.
__ Absolutamente certo. - ela concluiu seu pensamento, tonta.
__ Eu disse que você não resiste a mim.
__ Alguém precisa controlar o seu ego.
__ Meio difícil, quando quem dá a sugestão ajuda a elevá-lo. - ele zombou, dando outro beijo nela.
Foi tudo muito rápido. Num momento, Draco estava beijando Fayth, que correspondia com prazer. No outro, era empurrado para longe, não pelos braços dela, mas pela energia que a circundava.
__ Fayth? - ele arriscou. Não obteve resposta alguma. Os outros alunos não pareceram perceber, já abandonando a arquibancada. Ele arriscou uma olhada para a arquibancada da Grifinória e viu Hermione amparando Anna nos braços, desacordada. - Fayth, acorda! - ele tentava, em vão, trazê-la à realidade.
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__ Outra vez! Criatividade não é seu forte, é?? - Anna rosnou, com muita raiva do homem sentado à sua frente.
__ Se soubesse o que realmente é meu forte, não seria tão atrevida. - ele disse, girando a varinha nas mãos.
__ Sei mais sobre você do que pode imaginar, Voldemort!
__ Mesmo? E sabe do que sou capaz?
__ Hunf, o que pretende fazer? Me atacar aqui?? Dentro da minha mente?? No meu domínio???
__ Sabe que essa não é uma má idéia? - ele se levantou, odioso. Ergueu a varinha e a apontou para o peito dela. - Crucio.
Anna teve certeza de que preferiria morrer a sentir aquela dor. Nada que jamais sentira se comparava àquilo. Era como se mil facas em brasa cortassem seu corpo em mil pedaços. Se aquilo perdurasse por mais um segundo que fosse, ela tinha certeza que morreria. Queria que parasse, desejou que parasse. Então, sentiu o chão abaixo dela se desfazer e viu Hermione gritar, tentando segurá-la. Depois, o mundo apagou.
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__ Saia daqui, Malfoy!! - a arquibancada começou a tremer, como se um terremoto tivesse se iniciado ali. - Você me dá nojo!!
Draco se aproximou dela, mas ela recuou.
__ NÃO SE APROXIME!!! SAIA DAQUI, SAIA, SAIA!!!
O chão onde Fayth pisava se rompeu e ela caiu da arquibancada. Draco, após, em vão, tentar impedir a queda de Fayth, ouviu um grito vindo da arquibancada vermelha e dourada. O mesmo havia acontecido lá.
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__ Draco, como elas estão?? - Harry e Rony chegavam na Ala Hospitalar, ainda com as roupas do Quadribol, aflitos. Tinham acabado de saber do que tinha acontecido por Neville, que vira Anna desmaiar, e deduziram que ocorrera algo de ruim com Fayth também.
__ Nada bem... - Draco falou, com a preocupação estampada nos olhos e na voz. - As duas tiveram lesões por todo o corpo e muitos ossos quebrados, além de traumatismo craniano. A queda foi muito grande. Hermione foi chamar Dumbledore, Weasley. - falou, ao ver Rony olhando para todos os lados.
__ Senhor Malfoy? - Madame Pomfrey abriu a porta da Ala Hospitalar, com o semblante preocupadíssimo.
__ Que foi?? Fayth está bem??
__ Ela despertou e quer falar com você. Vocês dois esperam aqui fora! Mas seja breve porque a transferência dela e da senhorita Foster para o St. Mungus já está sendo acertada.
__ Transferir??? - os três garotos gritaram ao mesmo tempo. - Draco quase derrubou Pomfrey ao entrar. Ao ver a namorada toda enfaixada e com o ar cansado, quase chorou.
__ Fayth... - ele murmurou, a voz trêmula.
__ Eu... - ela falou, a voz muito fraca e baixa. - Não queria dizer nada daquilo. Não era eu falando, eu juro.
__ Eu sei, pombinha. - ele segurou a mão dela, como se segurasse a mais frágil forma de vida.
__ Pombinha? - ela riu com dificuldade. - Que raio de apelido é esse?
__ Não sei... Achei que ia gostar.
__ Eu te amo, Draco. - ela disse, pela primeira vez, desde que começaram a namorar.
__ Não acredito que essa é a primeira cena que sou obrigada a ver logo que acordo, depois de um tombo daqueles! - a voz também fraca de Anna chamou a atenção dos dois. - Que coisa mais melosa.
__ Maninha, você está horrível! - Fayth se permitiu brincar.
__ Você também não ganha nenhum concurso do jeito que está!
__ O que ele está fazendo com a gente? - Fayth falou, com raiva. - Ele quer nos matar?
__ Ele me atacou, maninha. Não sei como, mas ele me atacou dentro de meu sonho, com a Maldição Cruciatus.
__ Deve ter sido nessa hora que o chão rachou. - ela concluiu. - Hunf... Ele conseguiu, nos tirou de Hogwarts.
__ Quê? - Anna não compreendeu.
__ Estamos sendo transferidas para o St. Mungus o quanto antes. Não conseguirão tratar da gente aqui.
__ Sinto-me feliz em dizer que está enganada, senhorita Kvar. - Dumbledore entrou na Ala Hospitalar, acompanhado de Harry, Rony e Hermione. - Eu fiz um acordo com vários médicos do St. Mungus e eles virão até aqui, com todo o equipamento possível.
Anna e Fayth não esconderam o alívio.
__ Claro que, desta vez, ele quase conseguiu. - Dumbledore tornou a falar, sua voz mais envelhecida do que nunca. - Se este acordo não fosse firmado, vocês seriam obrigadas a sair de Hogwarts e estariam submetidas ao poder de Voldemort.
__ Eu não suporto mais esses desmaios e sonhos, professor! - Anna suplicou. - Não tem uma maneira de fazer parar???
__ Infelizmente eu não sei de maneira nenhuma, mas farei o possível para aliviar o seu sofrimento, Anna.
Hermione fez sinal de que já sabia de algo, mas não deixou Dumbledore notar.
__ Certo, agora dêem licença daqui! - Madame Pomfrey foi colocando todos para fora, sem cerimônia alguma.
__ Eu te amo. - Fayth repetiu. Draco sorriu e respondeu.
__ Eu também.
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__ Mas você só dá azar!! - Fayth dizia a Anna, logo após receberem alta, uma semana e meia depois. - Mal acabou de sair daqui e já voltou! Você é pior que o Harry! Que tal vocês dois fazerem carteirinha aqui?
__ Ah, Fayth, não fala besteira! Anda logo que eu quero falar com a Mione desde o dia que a gente caiu!
__ Falar o quê?
__ Eu acho que ela descobriu alguma coisa!
__ Sobre...?
__ Os meus pesadelos! Sobre o porquê de Voldemort querer tanto me desestabilizar!
__ Dâh! Claro que é pra ver se você desiste e vira minha inimiga!
__ A carta dizia que você se tornaria minha inimiga, não eu!
__ Aquela carta nem remetente tinha!
__ Mas na atual conjuntura, devemos acreditar em quase tudo!
__ Certo. - Fayth desistiu. - Vamos lá então.
Elas saíram da Ala Hospitalar, indo direto à biblioteca, onde Anna combinara de encontrar com Hermione. Não foi surpresa alguma ver Harry, Draco e Rony lá também.
__ Que bom que está melhor, meu amor!- Draco se levantou e abraçou Fayth.
__ Obrigada pela parte que me toca. - Anna brincou.
Harry, numa tentativa de irritar e imitar Draco, se levantou e abraçou Anna.
__ Que bom que está melhor, meu amor! - Todos riram, menos Draco, que apenas olhou para Harry com cara de poucos amigos.
__ O que você descobriu, Mione?? - Anna cortou o clima ruim que começara a se instalar entre Harry e Draco.
__ Algo que talvez possa explicar o porque de Voldemort tentar com tanto afinco deixar você maluca.
Ela pegou um livro na mochila, grande e empoeirado e o abriu na mesa, fazendo muito barulho.
__ Consegui pegar esse livro na seção reservada, graças ao seu pai. - Hermione virou-se para Fayth.
__ O que o livro diz, Hermione! - Anna perguntou, aflita.
__ Ele diz aquilo tudo que a gente já sabe sobre a profecia e etc. Mas ele acrescenta uma coisa. - Hermione disse, começando a ler em voz alta.
"Por ser uma alma um pouco perturbada, a pessoa que for o par sonserino do Conciliamento, tem forte tendência a se virar para o lado das trevas. Seus ataques de fúria são avassaladores e perigosíssimos. O par grifinório tem por função, além de ajudar a conciliar Grifinória e Sonserina, impedir que o seu parceiro se torne mal, agindo exatamente como um Yin, da antiga magia chinesa Yin Yang. Uma âncora para que o outro não sucumba à arte das trevas."
__ É, isso explica bastante. - Rony falou, sem perceber a cara que as irmãs faziam.
__ Então EU sou um suporte pra Fayth? - ela falou, incrédula.
__ E EU tenho tendências a me virar para o lado das trevas?? - no mesmo tom da irmã.
__ É o que diz aqui. - Mione apontou para o livro.
__ Mas isso não explica o porquê de Voldemort insistir nesse negócio dos sonhos!! - Anna falou, nervosa.
__ Eu acho que Voldemort está tentando te desestabilizar, para que não consiga controlar Fayth. Assim ele poderá controlá-la mais facilmente.
__ Então foi isso que ele quis dizer quando disse que eu pertenço a ele. - Fayth falou, seu tom de voz derrotado. - Ele é a treva. É pra ele que eu tenho "tendências" a me virar.
__ Tudo de ruim está representado naquela figura, que eu nem sei se posso chamar de humana. - Anna falou. - Tá mais pra Frankenstein! Osso de um, carne do outro, sangue do outro... Irc!
__ Obrigado pela parte que me toca! - Harry falou, emburrado. - O sangue nele é meu, lembra? Só não te mostro porque Fawkes me curou e não deixou cicatrizes, ainda bem. Já me basta essa belezinha na testa. - ele disse, colocando um tom irônico no "belezinha".
__ Eu não quis irritar você, Harry! Mas que ele tá igual a um Frankenstein, ah, isso ele tá!
__ E veja pelo lado bom, pelo menos este ano as coisas estão acontecendo e não estão girando em torno de você! - Rony comentou.
__ Obrigada pela parte que nos toca!!! - Anna e Fayth quase gritaram, ao mesmo tempo. Madame Pince as repreendeu.
__ Foi mal... - Rony disse, com um sorriso amarelo para as irmãs.
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Anna estava deitada em sua cama, no dia seguinte, olhando para a janela. A responsabilidade sobre ela era ainda maior, porque, se falhasse, Voldemort conseguiria o que queria. Ela não poderia mais ter medo ou raiva durante os pesadelos com Voldemort.
Mas ela realmente não agüentava mais ter aqueles pesadelos e estava contando com Hermione para aprender a bloquear sua mente. Só que a mesma ainda estava quebrando a cabeça na biblioteca, tentando descobrir uma poção, um feitiço, alguma coisa que a protegesse.
__ Anna? - a garota despertou de seus pensamentos. Carol, uma segundanista amiga dela, a chamava. - Você tá legal? Tem andado muito estranha.
__ Só estou um pouco cansada, Carol. - mentiu. Ela não precisava saber do que estava se passando. Já tinha gente demais preocupada com aquilo.
__ Aquela garota Sonserina não fez nada com você, fez?
__ Claro que não!! Fayth é minha melhor amiga! Só teve a infelicidade de pegar o Chapéu Seletor no dia em que ele deu defeito! - Anna brincou. - Na verdade ela caiu na Sonserina por causa dos pais dela. Eu não entendo o porque dessa implicância de Grifinória e Sonserina! É muita besteira! Às vezes a pessoa é boa mas só porque é Sonserina já é tachada como bruxo das trevas!
__ Mas você tem que concordar que nenhum bruxo da Grifinória é comparsa de Você-sabe-quem!
__ Acha mesmo? - ela disse, com um olhar de descrença para a outra garota.
__ Diga um! Apenas um!
__ Pedro Pettigrew. - falou, tranqüila.
__ Está louca??? Pedro é um herói!! Meu pai me contou o que houve, morreu por causa de Sirius Black, um louco que fugiu de Azkaban!
__ Não chame Black de louco, Carol. Você não sabe nem de metade da verdade!
__ Mas você parece saber a verdade inteira! - ela se irritou.
__ E sei mesmo! - Anna também se irritou.
__ Pois então me conte, já que sabe tanto!
__ Pra quê? Você não vai acreditar em mim mesmo! - Anna se levantou e já ia saindo do quarto.
__ Tente!
__ Tentar o quê?
__ Me contar! Meu pai sempre desconversa quando eu pergunto alguma coisa sobre isso! Dumbledore disse que você-sabe-quem voltou e meu pai diz que Dumbledore é louco! Papai até mesmo queria me tirar de Hogwarts!
__ Quem é seu pai??
__ Pensei que soubesse! Ah, esqueci que você é trouxa! Meu pai é Cornélio Fudge, ministro da magia!
Continua... - - - - - - - AAAHHHHHHHH!!!!!!!! Acabei mais um capítulo!!! Vocês sabem, isso é exaustivo! Mas chega de papo furado! Para a alegria da Suu-chan e da Pretty Sakura (as primeiras a postarem reviews, por isso, as únicas que eu SEI que estão lendo) eu já estou escrevendo o oitavo e idéias não param de brotar deste cérebro insano!
Suu, eu não comento dos filmes porque eu e a minha maninha (a Anna, ela existe, apesar de eu, ao contrário da Fayth (meu nome é Lien, não Fayth), não conhecê-la pessoalmente.) não quisemos que os filmes fossem comentados, já que eles distorcem um pouco a história dos livros. Apesar de que seria engraçado ver a Fayth comentando que o Draco do filme é mais bonito que o em pessoa ou coisa do tipo.
Anninha (close no meu sorrisinho sádico)... Tem surpresinha pra você no oitavo capítulo! E não conto, não conto, não conto!!! Esse vai ser o único capítulo que você não vai revisar porque você AINDA não pode ficar sabendo do que é!!! Eu ESPERO que você goste, porque eu sei que se você não gostar eu posso começar a treinar para a maratona de São Silvestre...
Beijinhos e até a próxima loucura!!!!
