__ Ah, tá explicado! - Anna falou, mais irritada ainda. - O louco aqui é seu pai! Harry quase foi morto ano passado e ele diz que foi trabalho aleatório de Bartô Crouch Jr, que enlouqueceu, certo?? Errado!!! Voldemort está vivo, mandou Crouch fazer tudo aquilo!!! Seu pai é um idiota e só vai tornar as coisas piores por esconder a verdade das pessoas!!!

__ Não ouse falar assim de meu pai!!!

__ Senão o que você vai fazer??? Chorar??? Contar pra MacGonagall?? À vontade!!! Seu pai é um idiota sim!!! Você acha que o quê? Harry gosta tanto de aparecer que fez tudo aquilo consigo mesmo???? Ou que apenas uma pessoa, louca, de acordo com seu pai, teria intelecto suficiente para armar tudo aquilo, desde colocar o nome de Harry no Cálice de Fogo até transformar a Taça Tribruxo numa Chave de Portal?? Seu pai tem uma explicação plausível para tudo aquilo???

Carol estava muda e perplexa. Nem ela sabia de tanto sobre o que tinha acontecido ano passado.

__ Eu pensei que não!! Agora, com sua licença! - ela saiu do dormitório, num rompante.

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__ Que ótimo, eu estou sendo contagiada pelos acessos de raiva da maninha. - Anna disse, com a cabeça baixa sentada à mesa da Grifinória, para o café. Ela não estava comendo.

__ Coma alguma coisa! - Harry disse, endireitando a garota na cadeira. - Ficar sem comer não vai te ajudar em nada!

__ Ah, é deprimente e desesperante ter tanta coisa sobre as nossas costas. - disse, bebericando seu suco de morango.

__ Come! - Harry disse, quase autoritário. - Antes que eu enfie goela abaixo!

__ Ih, tá! Não precisa ficar nervosinho! - ela mordeu um pedaço de bolo, um pouco a contragosto. - Se bem que eu costumo ficar nervosa quando falam mal de alguém que eu gosto. Ouse falar mal da Fayth pra você ver o que acontece! - ela brincou. - E a Carol, coitada, falou mal do Sirius, que, mesmo eu não conhecendo pessoalmente, já adoooro ele!

Harry sorriu, olhando a garota ao seu lado. Passou um estranho pensamento por sua cabeça. E se ele "desconvidasse" Cho Chang para o Baile? Ela não parecia querer ir mesmo... Não... A Anna vai com o Dino. Mas ele queria ir com a Gina, só que achava que ela não ia querer ir com ele...

__ Harry, você tá me ouvindo? - ele acordou com Anna chamando ele.

__ Quê? Falou comigo, Anna? Desculpa, eu estava distraído.

__ É, eu percebi! Eu perguntei onde estão Rony e Hermione.

Harry abafou uma risada.

__ Eles pareciam "muy" ocupados quando eu os vi pela última vez, na sala da MacGonagall.

__ Aah, sei... - Anna deu um sorriso maroto. - Finalmente aqueles dois tomaram alguma atitude quanto a isso...

"É, Harry, falta você..." - o garoto pensou. Depois deu uma gargalhada.

__ Que foi?? - a garota olhou para ele, como se ele tivesse ficado doido.

__ Nada, Anninha. - ele disse, entre uma gargalhada e outra. - Eu já vou pra aula. - ele pegou os materiais e saiu da mesa, ainda gargalhando e deixando uma muito confusa Anna para trás.

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__ Sentiu saudades, Snape? - Anna sussurrou para Fayth, após perder vinte pontos para a Grifinória (Como se você mesmo soubesse para que serve arabasco! A erva está extinta a tanto tempo que ninguém sabe mais sua função!) , mas sem deixar o professor ouvir, apesar de ela ter certeza de que ele tinha ouvido, devido ao olhar que recebeu dele. - Pensei que fosse sua função nos ensinar! - Anna tornou a sussurrar, não queria que a Grifinória tornasse a ficar prejudicada por causa dela, muito menos em seu retorno às aulas. Fayth riu.

__ O Harry estava muito estranho hoje. - Fayth sussurrou para Anna.

__ Com você também? No café, a gente estava conversando, aí eu perguntei pra ele sobre a Mione e o Rony, que não tinham vindo tomar café, e primeiro ele não me ouviu. Depois ele respondeu que eles estavam na sala da MacGonagall, "ocupados" e depois que eu comentei alguma coisa, ele caiu na gargalhada e saiu da mesa.

__ Comigo foi diferente. Ele tentou falar comigo e começou a falar de regras, garotas, regras novamente...

__ Senhorita Foster, senhorita Kvar, estão picando o fígado de furão de maneira errada!

__ Então porque, ao invés de nos reprimir por isso, não nos ensina como picar? - Fayth falou, com uma expressão inocente, quase real. Muitos alunos, grifinórios e sonserinos, abafaram risadinhas. Snape engoliu uma ofensa.

__ O fígado de furão deve ser picado em cubos de igual tamanho, não um maior que o outro, senhorita Kvar. - ele disse, entre os dentes.

__ Muito obrigada, professor, nunca mais vou me esquecer! - ela falou, com um sorriso sarcástico. Anna teve certeza de que se Fayth não fosse da Sonserina, Snape a teria matado ali mesmo.

__ Regras, garotas, regras?? Eu pensei que estivesse tudo bem com ele e a Chang! Pra que diabos ele quer saber de garotas??

__ Não sei, quando ele ia falar algo que talvez fizesse mais sentido, Hermione e Rony saíram puxando ele para a aula de Transfiguração.

__ Algo está definitivamente perturbando ele...

__ Será que as duas poderiam parar de tricotar e começarem a socar os dentes de alho selvagem para a poção?

__ Tricotar?? O senhor está vendo alguma agulha ou lã por aqui? - Anna falou, inocentemente. Snape pareceu estar contando até um milhão. Virou as costas e foi para sua mesa, fingindo estar muito ocupado, mas a sala inteira viu quando ele quebrou sua pena em duas.

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__ Vocês duas são terríveis! - Harry ria-se dos relatos. - Snape não vai agüentar por muito tempo!!

__ Vocês deveriam ser mais atentas à aula ao invés de ficar conversando. - Hermione repreendeu.

__ Como se você fosse muito atenta, Mione! - Anna riu, mordendo um pedaço de carneiro. - Eu sei muito bem que você e o Rony mataram a primeira aula hoje!

Rony e Hermione ficaram tão vermelhos que Anna tornou a rir.

__ Do que está falando? - ela se fez de desentendida.

__ Naaaada... - Anna cobriu o carneiro com suco de abóbora.

__ Boa tarde, perdi alguma coisa? - Harry se sentava à mesa, ao lado de Anna e Rony.

__ Traidor... - Rony murmurou. Harry riu um pouco.

__ Pensei que podia contar pra Anna! Afinal ela é nossa amiga! E isso só era segredo mesmo para vocês dois! A escola inteira sabia que vocês dois ficariam juntos!

__ Tá, isso não importa mais. - Hermione resolveu desviar o assunto. - Onde você se meteu?

__ Precisei resolver uns assuntos. Nada importante. - ele sorriu, misterioso.

__ Que tipo de assunto que você não pode falar nem pra gente? - Rony protestou.

__ Surpresa, surpresa! - ele cortou. - Nossa, os elfos capricharam no almoço de hoje! - ele desviou o assunto.

__ Você tá realmente muito esquisito hoje, Harry... - Anna disse, enfiando um garfo de comida na boca.

__ Acha mesmo? - ele riu. - Você ainda não viu nada...

__ Devo ficar assustada?

__ Quem sabe?

__ Dá pra vocês dois pararem? - Rony cortou, irritado. - Parece até que são namorados!

Harry apenas tornou a rir e continuou comendo; Anna balançou a cabeça e disse "Ninguém merece..."

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O dia seguinte era sábado, mas ainda estava uma madrugada, um horário meio que nem sexta nem sábado. O dormitório do primeiro ano da Grifinória era pura paz. Anna nem estava tendo pesadelos! Dormia como um anjinho, tranqüila.

Mas, a contrapartida, acordou. Não estava assustada, nem parecia ter sono. Apenas acordou. Sentiu um estranho impulso de sair da Torre, algo lá fora a chamava. E ela não ignorou tal chamado.

Não se surpreendeu ao ver Harry na Sala Comunal, nem mesmo ao ver a cabeça de Sirius desaparecer da lareira. Apenas sorriu e continuou o seu caminho para fora da Torre.

__ Onde vai, Anna? - Harry a interrogou.

__ Sair. - ela sorriu.

__ À essa hora??

__ Você não pode falar nada sobre sair fora do horário.

__ Tem razão, eu não estou em posição de te repreender... Mas aonde você vai?

Ela sorriu novamente.

__ Sair. - e foi até o quadro da Mulher Gorda, sendo seguida por Harry. - Quem disse que pode vir comigo?

__ O castelo é público! - ele riu. - Vou aonde quiser, mesmo que tenha que te seguir para ir até lá.

Ela sorriu e balançou a cabeça. Ele conseguia ser muito mais cabeça dura do que ela imaginava.

Eles cruzaram os corredores, o Salão Principal, o Saguão de Entrada, quando Harry a parou, segurando seu braço.

__ Vai sair do castelo?

__ Novamente você não pode falar nada sobre isso.

Harry desistiu de saber alguma coisa e continuou a segui-la.

Se ele tinha pensado que ela iria até a cabana de Hagrid, nunca esteve tão enganado. Ela, para seu pavor, adentrou a Floresta Proibida. Até pensou em fazê-la desistir, mas teve certeza de que seria inútil.

Teve medo de que ela resolvesse ir até Aragogue, mas sentiu alívio ao vê-la tomar o rumo contrário. Então ela parou e sorriu para ele.

__ Consegue ouvir??

__ Ouvir??? O quê???

__ A música!!!

__ Música??? Anninha, você tá passando bem? - ele colocou a mão na testa dela, preocupado, mas ela tornou a andar e ele tornou a segui-la, agora com medo de ela se meter em confusão.

Andaram algo que ele imaginou terem sido uns trezentos metros, e ela parou diante de um arbusto. E ele se sentiu a própria "Alice no país das Maravilhas" quando ela o arrastou para dentro do arbusto, que se abria numa espécie de túnel, cujas paredes eram feitas pelas sebes do arbusto.

O que realmente impressionava ele é que ela parecia saber aonde ir. Então o túnel acabou em uma enorme clareira, mas, aparentemente, vazia.

__ Ah... Anna, o que, exatamente, você espera encontrar aqui?

__ Ah, não me diga que não os vê?? - seus olhos emanavam puro encanto.

__ Quem?

__ Todos eles!!! - e ela apontou para a clareira. Harry não sabia se internava Anna ou se deveria se sentir um idiota por não ver nada.

__ Ah... Não. Não vejo nada.

Anna sorriu e o pegou pela mão.

__ Não tente ver com seus olhos nem ouvir com seus ouvidos.

Harry olhava para Anna como se ela não fosse real. Uma estranha luz parecia sair dela desde o momento em que entraram na clareira.

__ Veja com meus olhos e ouça com meus ouvidos. - ela segurou o rosto dele com as duas mãos e Harry olhou para dentro dos olhos dela. Sentiu um arrepio percorrer por todo o seu corpo e conseguiu, finalmente, ouvir uma música muito alta, animada e contagiante. Então Anna soltou seu rosto e ele olhou de volta para a clareira, ficando absolutamente estupefato.

Haviam dezenas de pessoas ali! Se é que ele poderia chamá-los de pessoas. Os que mais se assemelhavam aos humanos eram altíssimos (para padrões humanos normais. Deveriam ter 1,90 de altura), tinham orelhas pontudas, olhos muito claros e quatro deles tocavam instrumentos medievais enquanto um cantava e tocava flauta (não ao mesmo tempo, CLARO), enquanto os outros (deviam ter uns quinze) dançavam.

Os outros eram seres pouco maiores que elfos domésticos e também dançavam animadamente em volta de uma fogueira. Todos, sem exceção, usavam roupas medievais, era como voltar no tempo! Harry jamais veria uma cena como aquela, nem em seus sonhos mais loucos.

__ Anna, quem são eles??? - Harry perguntou, após muito tempo embasbacado com a cena.

Mas ela não respondeu, já estava dançando com os outros. Foi quando uma das mulheres mais altas foi até Harry e o pegou pelas mãos, o obrigando a dançar também.

__ O QUE SIGNIFICA ISSO?? - Harry finalmente berrou. Mas parece que ninguém, a não ser a mulher com quem dançava, ouviu.

__ Você está bem, querido? - ela disse, parecendo extremamente maternal. Sua voz era maravilhosa, assim como seu rosto.

__ Eu só não estou entendendo que lugar é este, quem são vocês e como a Anna sabe que este lugar existe!!! - ele falou tudo de uma vez, assustado.

__ Aqui é Aldareon, o nosso mundo.

__ E quem diabos são vocês???

__ Nós, os mais altos, somos elfos.

__ Impossível!!! Elfos são criaturas pequenas!! Vocês... São enormes!!!

__ Elfos domésticos são pequenos, jovem Harry. - ela sorriu e ele arregalou mais os olhos ao ver que a mulher sabia o nome dele. - Nós somos elfos selvagens.

__ E os outros???

__ São anões! Criaturas das florestas, pacíficas e com poderes mágicos impressionantes! O oposto dos gigantes.

__ Como você sabe o meu nome???

A mulher riu.

__ Sabemos os nomes de todos! Nós criamos vocês!

O queixo de Harry caiu tanto que a mulher riu, fazendo-o fechar a boca.

__ É aqui que são criadas as almas das pessoas. Cada ser humano que nasce, só nasce porque tem uma alma. E é aqui, com toda a festa, toda a alegria, toda a felicidade, que criamos essas almas. Veja. - ela apontou para a fogueira. - Cada flama que se desprende da fogueira é uma alma. E toda alma nasce pura e boa.

__ Mas... E... - mas a mulher pareceu ler os pensamentos de Harry.

__ Pessoas como Tom Riddle, são pessoas que cresceram com tanta tristeza e revolta nos corações, que distorcem a verdadeira natureza de sua alma. Nenhuma alma nasce ruim, Harry.

__ E como... A Anna sabe sobre este lugar???

__ Algumas pessoas têm uma tão pura que nunca se esquecem de onde vieram. Pessoas com a alma corrompida não conseguem enxergar este lugar sem ajuda.

Harry estava se sentindo mais à vontade com a mulher, que parecia ser sua conhecida de muitos anos.

__ Então minha alma é corrompida?

__ Sua alma está em conflito constante com a de Tom. Fayth também não conseguiria ver este lugar sem ajuda. A alma dela está em conflito com ela mesma.

__ E por quê isso acontece?

Ela não respondeu.

__ Sabe por que Fayth está namorando Draco Malfoy?

__ Por que se gostam? - arriscou.

__ Eles são almas entrelaçadas. Duas flamas que surgiram juntas mas se separaram. Assim como a sua e a de... - ela parou. - Você percebeu que a Sonserina é representada por Draco Malfoy?

__ Ahn... Sim. - ele falou, entendendo o que ela quis dizer com Draco representar a Sonserina. Ele era o aluno que mais se destacava, etc, etc.

__ E quem é que representa a Grifinória?

Harry engasgou. Olhou para a mulher ao lado com uma expressão tão estranha que ela riu.

__ Você não estava acordado esta noite por acaso, e nem quis segui-la por acaso. E este lugar... Não está mais dentro dos limites de Hogwarts. E este sim é o lugar mais seguro do mundo.

A mulher abandonou um Harry sem palavras e voltou a dançar. Anna, que até então estava dançando com um elfo muito mais alto que ela (o que não era muito difícil) correu até Harry e o pegou pelas mãos, dançando com ele, como se sempre tivesse feito isso.

Harry também se sentiu confortável dançando com ela. Era extremamente agradável e familiar. Harry desejou que aquilo nunca acabasse. Puxou a menina para mais perto e a beijou, com doçura.

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Eram quase meio-dia quando sentiu Rony pular em sua cama.

__ Ah, Rony, não enche! - ele falou, com a voz totalmente embaralhada pelo sono.

__ Você dormiu o dia todo, agora chega!!!

__ Deixa eu dormir, o sonho tá tão bom...

__ Sonhando com a Chang?? - Rony falou, num tom malicioso.

__ Não... Creio que nunca mais vou perder meu tempo com aquela chinesinha...

__ Tá. - Rony fingiu que acreditou. - Agora levanta e vamos almoçar.

A contragosto, Harry levantou e trocou de roupa. Desanimado, se arrastou para o Salão e sentou-se à mesa, quase caindo de cara na comida, de tanto sono tinha.

__ Nossa, Harry, a noite de ontem foi tão exaustiva assim? - Anna sussurrou ao ouvido dele, fazendo-o acordar imediatamente e ficar muito vermelho.

__ Então... N- Não... - ele gaguejou e Anna riu.

__ Não foi sonho, seu besta! Foi tudo muito real!

__ Inclusive a parte do... - Harry apontou para a própria boca, com uma expressão que quase fez Anna gargalhar.

__ Inclusive a parte do beijo.

Harry se sentiu tão feliz que teve certeza de que era capaz de fazer seu Patrono durar para sempre mesmo sem nenhum dementador por perto. Segurou o rosto dela e a beijou de novo, desta vez tendo certeza de que estava muito lúcido e de que toda a escola olhava para eles.

Continua...

HUHUHUHUHU... Não me mata, viu Anninha e também nenhum partidário de Cho Chang! Eu detesto aquela garota (close em mim destruindo uma bonequinha de uma chinesinha)... Eu sei que o cap ficou muito curto, mas esse foi só um pedacinho especial.

1000 beijokas pra minha maninha, pra Pretty Sakura, pra Suu-chan, pra Angelina Granger e pra quem mais teve coragem pra ler isso. -_-0

Té a próxima, folks!