ibDisclaimer:/b Disclaimer? Eu nunca fiz disclaimer! O que deu em
mim? Isso está realmente estranho... AH! Lembrei o porque de eu estar
fazendo disclaimer. É que a partir deste capítulo, as pessoas podem começar
a ter tendências homicidas mais incontroláveis, então é melhor avisar, né?
Aqueles que quiserem me matar, meu endereço é... Peraí, o que é que eu tou
fazendo? Ah, aqueles que sentirem o impulso incontrolável de me matar,
procurem um psicanalista (isso inclui você, Anninha)./i
O tempo passava e, enquanto Fayth ia ficando cada vez mais conformada com o seu trágico destino (afinal, iria morrer de qualquer jeito), Anna entrava cada vez mais num desespero maior, tentando descobrir uma maneira de salvar a irmã. Claro que ela ia mal demais, senão, com certeza ela já teria feito alguma coisa.
__ Mas será que na Seção Reservada inteirinha não tem NENHUM livro que nos ajude??? - ela choramingou, fechando um livro particularmente grande e empoeirado, fazendo Rony espirrar com a poeira.
Já estavam em março e nada de descobrirem alguma coisa de útil.
Harry a abraçou a roubou-lhe um leve beijo.
__ Calma, Anninha. Nós vamos arrumar um jeito para salvar a Fayth. - ele disse, tentando conforta-la. - "Só não sei como" - esse pensamento meio derrotista cruzou sua cabeça, mas logo foi embora.
__ Além do quê, sabemos que ela ainda está viva! - Hermione disse. - Afinal você também está, não é mesmo? - ela arriscou.
__ É, com certeza ela ainda está viva. - Anna disse, mas não sabia se deveria se sentir feliz ou triste com isso. Se ela estava viva, ainda havia esperança, mas também significava que ela estava em sofrimento. Nesse momento ela sentiu um arrepio correr por sua espinha. Um mau presságio.
__ Anna, tudo bem com você? - Harry perguntou, vendo a expressão no rosto da namorada.
__ Estou com um mau pressentimento... Algo vai acontecer. Algo muito ruim!
Todos olharam para ela, temerosos.
__ Claro que eu não tenho certeza, mas algo me diz que tem alguma coisa muito errada, além do que já estamos cansados de saber.
__ Pois eu espero que você esteja errada pelo menos desta vez! - Rony disse. - Toda vez que você tem uma previsão ou pressentimento você tá certa e isso nunca é bom!
__ Eu não tenho esses pressentimentos por querer, Rony!! E nem gosto de tê- los!
__ Então tá, não vamos brigar por uma coisa tão boba! Talvez não seja nada! - Hermione disse, ainda com a cara enterrada em um pequeno e antiqüíssimo livro, tentando acalmar os ânimos.
__ Eu não quero brigar... Eu só quero a minha irmãzinha de volta! Viva e bem!
__ Oh, oh... - Hermione soltou, assustando Anna.
__ Oh, oh? Oh, oh o quê???
__ Receio que achei uma coisa não muito animadora...
__ Que foi, Mione??? Fala de uma vez!!!
__ Leiam isto. - Mione virou o livro para os três, que leram com atenção.
"Samantha Gryffindor, irmã mais jovem de meu querido amigo Godric Gryffindor foi a décima segunda portadora do poder do Algoz. O até então melhor amigo de Godric e também meu amigo, Salazar Slytherin, descobriu isso. Como era muito ambicioso, Salazar resolveu que aquele poder deveria pertencer a ele. Mas Samantha conseguiu impedir que isso acontecesse, mas a que preço... A própria vida... Ela não precisava fazer aquilo! Eu e Helga (Hufflepuff, a outra fundadora da escola) já tínhamos descoberto como salvá- la, claro que nada muito confiável, mas ela preferiu não arriscar... Ah, quanta tristeza assola nossa escola agora..."
O resto estava ilegível e só conseguiram entender a assinatura abaixo do relato.
Rowena Ravenclaw.
__ Então... Existe a possibilidade da maninha morrer mesmo... Mesmo se Voldemort não conseguir o poder do Algoz - Anna lamentou.
__ Ao que parece sim. - Hermione disse, e logo acrescentou, tentando anima- la. - Mas pode ser que a gente descubra a maneira que Helga e Rowena descobriram para salvar Samantha!
__ Mas está escrito aí mesmo que não era muito confiável!
__ Mas é a nossa melhor chance... Eu vou procurar, vocês não precisam ficar aqui comigo. Eu sei que vocês detestam a biblioteca.
__ Eu detesto a biblioteca, mas por você eu moraria nela. - Rony falou ao ouvido de Mione, que corou tanto que parecia um pimentão. Anna e Harry riram um pouco. Depois se despediram do casal e saíram da biblioteca.
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Fayth estava fazendo um esforço mental descomunal (N.A.: Anna, se você disser que fazer esforço mental pra mim SEMPRE é descomunal, eu te mato).
Tentava quebrar o feitiço Tapa-mentes, inutilmente. (N.A.:Meu, que nome horrível para um feitiço! Lien, você sabe fazer melhor do que isso...)
__ Fayth, eu posso entrar?? - a voz de Draco trouxe tanta alegria para a garota que ela mesma pulou da cama e abriu a porta. Quando o viu, sem cerimônia alguma, pulou nos braços dele e apertou com força,sendo retribuída.
__ Pensei que ninguém mais poderia vir aqui!! Pensei que nunca mais ia te ver!!!
__ Eu não sei se meu pai cometeu ou não um erro, só sei que ele me deixou ouvir para onde ele ia... Eu só o segui... Ah, como seu senti sua falta!! - ele acariciava os cabelos da garota.
__ É hoje, Draco... - ela murmurou, a voz trêmula. - Hoje eles vão tentar me enlouquecer!! Vão tentar que eu mate mais alguém!!! Eu não quero matar mais ninguém, não quero!!!
__ Calma, Fayth... - ele apertou mais o abraço.
__ Eu só quero voltar pra Hogwarts, enfrentar três tempos diretos de Poções, com o Snape pegando no meu pé e no da maninha, dizendo que a gente não pára de conversar! Quero aprender feitiços novos com o Flitwick! Quero me tornar um animago!! Quero fazer arte com a minha irmã!!! Eu quero a minha coruja!!! Quero o meu pai!!!
Draco não falou nada, apenas deixou que a menina desabafasse tudo.
__ Você vai ter e vai fazer isso tudo, Fayth! Eu te prometo!! - ele tentou injetar coragem nela e em si mesmo.
__ NÃO!! Não prometa o que não pode cumprir, ainda mais quando você não tem nenhum poder sobre isso!!!
Então, num estalo, ela arregalou os olhos para o namorado. Tudo tinha ficado tão claro para ela! Lúcio não era estúpido para deixar Draco ouvir o que não devia! Nem Voldemort tolo o bastante para deixar que ele descobrisse com tanta facilidade onde era seu quarto!
__ Sai daqui, Draco!! - ela disse, o pânico estampado em seu olhar. O loiro não compreendeu.
__ Sair?? Eu não vou te abandonar nunca mais!!!
__ Draco eles vão te matar!!! É assim que planejam me enlouquecer, fazer com que eu mate mais alguém!! Seu pai não é burro! Ele não deixaria você perceber onde ele estava indo sem querer!!
Draco então percebeu a genialidade do plano de Voldemort. Lembrou que o pai estava um pouco abatido pela manhã e que a mãe não tinha saído do quarto. Lembrou também que ouvira os berros de uma discussão na noite anterior.
Tentou correr para a saída, mas fora cercado. Bellatrix Lestrange estava à porta, varinha empunhada e apontada para o peito do garoto.
__ Tão simples... - ela falou num tom mais baixo que o de um sussurro. - Tão tolo...
Draco crispou os lábios e cerrou os punhos. Se Bellatrix não estivesse armada e pronta para atacar, mandaria sua educação para o espaço e acertaria um murro na fuça dela.
__ Vamos, jovem comensal... Todos os outros esperam por você e pela jovem aqui... - ela lançou um olhar demente para Fayth, que ainda tentava processar a informação do que estava acontecendo. - Me entregue sua varinha e vamos...
Não tendo outra escolha, Draco enfiou a mão dentro das vestes e entregou sua varinha para a mulher. Depois ele e Fayth a seguiram para o andar de baixo, onde Draco percebeu que apenas alguns poucos comensais estavam lá, entre eles, seu pai.
Mas faltava um. O baba-sombra particular de Voldemort. Rabicho não estava lá. E isso não era bom.
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Anna estava andando sozinha pelos corredores do castelo. Tinha pedido para Harry um momentinho para si, querendo espairecer um pouco.
Tudo, tudo por causa daquela carta que ela e Fayth receberam em agosto. Tudo tinha começado ali. Todas as confusões e tristezas... Nunca havia pensado que realizar um sonho tivesse um preço tão alto.
__ Espera... - ela parou para olhar onde estava e não reconhecia aquele corredor. - Oh, oh... Isso não está me cheirando muito bem...
Mal falou, sentiu dois braços fortes agarrarem-na por trás e arrastarem-na para uma sala. Nem teve tempo de gritar, pois uma mão tampava sua boca.
Quando a porta da sala se fechou, Anna conseguiu se desvencilhar do homem, mas percebeu logo que sua varinha fora tomada.
__ QUEM É VOCÊ??? - ela berrou, na esperança de atrair alguém para lá. - QUE PENSA QUE ESTÁ FAZEN... - ela não terminou de falar. Sentiu um calafrio e uma profunda tristeza tomou conta de sua mente. Caiu ao chão, como se toda a sua energia estivesse sendo sugada.
Logo percebeu o porquê. Se arrastando do fundo da sala, três dementadores a cercaram e ela sentiu pânico. Voldemort a queria fora do caminho, tanto corpo quanto alma.
Ouviu o homem falar, gaguejando, aos dementadores.
__ O-o m-mestre o-ordenou que não aplicassem o beijo. M-mas mantenham e-ela aqui o máximo de tempo possível.
__ Rabicho!! - ela rosnou, muito fraca. - Como entrou em Hogwarts???
__ Vantagens de maroto. - ele disse, sorrindo maldosamente.
__ VOCÊ NÃO MERECE O TÍTULO DE MAROTO, SEU TRAIDOR!!! - ela berrou, não obtendo controle sobre suas palavras. - VOCÊ MATOU TIAGO E MANDOU SIRIUS PARA A PRISÃO INJUSTAMENTE!!!
__ Ninguém mandou eles confiarem em mim. Sou um rato, não sou? - ele disse, desdenhosamente, antes de sair por outra porta, deixando Anna com os dementadores.
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Fayth começou a se comportar de maneira estranha. Tinha dificuldade de manter os olhos abertos por muito tempo, piscando nervosamente todo o tempo. Começou a suar frio e a tremer muito. Antes que Draco pudesse se preocupar com isso, uma dor, maior do que tudo que jamais imaginara, atravessou seu corpo e ele caiu por terra, se contorcendo e urrando.
Fayth olhou para aquilo com um ódio tão profundo e logo procurou quem era o autor. Um dos comensais estava com a varinha apontada para Draco. Seu primeiro pensamento foi procurar uma varinha e acabar com a raça daquela pessoa. Mas se conteve. Lembrou de Anna, mas a imagem da irmã estava desfocada e difusa.
__ NÃÃO!!! - berrou, segurando a cabeça com as mãos, num esforço de sanidade quase sobre-humano. - VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR!!!! EU NÃO VOU SERVIR AOS SEUS PROPÓSITOS!!!!!
__ Por causa de sua irmãzinha? - Voldemort disse, num tom psicótico.
__ ANNA JAMAIS ME PERDOARIA SE EU DEIXASSE VOCÊ VENCER!!! VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR!!!
__ Mas Anna está aqui! - ele sorriu diabolicamente.
Os outros comensais se afastaram, o que torturava Draco o arrastou para longe e continuou a tortura.
__ MENTIROSO!!!! - Fayth já estava perdendo o resto de juízo que tinha. A terra começou a tremer violentamente.
__ Minto? Pois veja você mesma. - ele abriu a porta de um pequeno criado e de dentro dele saltou a suposta Anna.
Então a terra parou de tremer. A imagem de sua querida irmã foi tão aliviante que Fayth pensou, por um segundo que tudo estaria em paz agora.
Correu até ela e a abraçou, mas percebeu que ela não retribuía o abraço.
__ Mana?? - Fayth não percebeu a situação. Como Anna estaria ali de livre e espontânea vontade? Sua vontade de vê-la foi maior que a sensatez. - Mana, sou eu, Fayth!!
A garota olhou para Fayth com um olhar maligno. Fayth tremeu.
__ Eu odeio você. - a falsa Anna sibilou.
O mundo de Fayth desabou. Sentiu o chão sumir debaixo de seus pés e caiu de joelhos, ainda olhando para a garota.
__ Ma... Maninha?
__ Você é imunda, garota... Não sei como algum dia te chamei de irmã. Você não presta. O mundo vai acabar, por sua causa! Você não deveria ter nascido, assim eu estaria vivendo perfeitamente bem!
__ Mana... Você me odeia...?
__ Eu te enojo, eu te repugno (N.A.: pelamordedeus, essa expressão existe?).
__ Ridicullus... - Voldemort sibilou num tom tão baixo que Fayth não escutou e o bicho-papão desapareceu.
__ Não... Não pode ser...
__ Mas você ouviu pela boca dela! Ela te odeia! O que tem a perder agora? Só o Draco. E ele está sofrendo também. - Voldemort se ajoelhou do lado da garota, que parecia ter entrado em transe. Ele passou seu braço pelo ombro de Fayth, trazendo-a para perto de si. - Veja, Fayth.
Ele apontou para onde o comensal torturava Draco, que ainda berrava de dor.
__ Logo ele não agüentará mais. Vai enlouquecer. Ou mesmo morrer. E se isso acontecer, quem não vai se perdoar é você, não é mesmo? - ele tirou a varinha Deus sabe de onde e a colocou na mão de Fayth. - Salve-o, Fayth. Só você pode fazer isso.
Quando olhou para os olhos da garota, Voldemort sorriu ao reconhecer o mesmo ódio que ela sentira ao matar Amélia.
__ Duas palavras, Fayth. Avada Kedavra.
__ Avada... - ela parou um pouco, talvez pensando se deveria fazer aquilo, talvez processando o que tinha ouvido. Era tarde para ela. Tinha enlouquecido. Mirou o peito do comensal. - Avada Kedavra.
O raio verde iluminou o salão escuro e atingiu o homem, que morreu, antes de cair no chão.
__ Perfeito. - Voldemort se levantou. - Quem era o infeliz, Lúcio?
__ Nott. - ele respondeu, a voz um pouco trêmula. Com certeza ver seu filho sendo torturado não tinha sido a visão mais agradável que já teve.
__ Que pena... Era um bom comensal. Leve a garota para o quarto, Bella. Lúcio, leve seu filho para casa, ele foi de boa serventia hoje e merece um descanso.
Lúcio pegou o filho nos braços e desaparatou, enquanto Bellatrix levava Fayth de volta para o quarto.
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__ COMO ASSIM, A ANNA SUMIU??? - Harry berrou ao ouvir o que Hermione dizia.
__ Ela sumiu! Ninguém faz a menor idéia onde ela foi e isso já faz um bom tempo!
__ E POR QUE NINGUÉM ME DISSE NADA ANTES???
__ Pensamos que ela estava com você! - Rony rosnou. - Vocês dois saíram juntos da biblioteca!
__ DROGA!!! - ele saiu correndo da Sala Comunal, seguido de perto por Rony e Mione.
__ Harry, ela pode estar em qualquer lugar!!
__ EU VOU ACHAR ELA, TÁ LEGAL???
E ele realmente achou, mas depois de um bom tempo percorrendo quase todos os corredores acessíveis de Hogwarts.
__ Que sala é essa? - Rony perguntou ao ver a porta fechada.
__ Alorromora! - Hermione tomou dianteira e abriu a porta.
Foi como se tivessem abrido a porta da geladeira. Harry tornou a ouvir as vozes que tanto atormentaram sua mente. A morte de seus pais novamente ecoava em seus pensamentos.
__ Dementadores... - ele sibilou e agarrou sua varinha, se esforçando para lembrar-se da coisa mais feliz que pudesse. Mas nada vinha. Nada... Nada... Veio! A noite em Aldareon ficou tão viva em sua mente, ele dançando com Anna, o primeiro beijo que trocaram, foi como se estivesse revivendo tudo ali. Então ele bradou a plenos pulmões.
__ EXPECTO PATRONUM!!! - o cervo prateado saltou da ponta da varinha de Harry e parecia ter aumentado de tamanho umas cinco vezes. Os dementadores quase enlouqueceram e sumiram pela porta de trás.
Anna ainda estava deitada, quase desacordada no chão.
__ Harry... - ela murmurou, a voz muito fraquinha.
__ Anna... - ele pegou ela nos braços e correu com ela para a Ala Hospitalar. - O que aconteceu?
__ Rabicho... Dementadores... Fayth... - ela tentava falar, mas estava fraca demais. Foi quando a escuridão a engolfou.
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Acordou suando frio e tremendo muito. Harry estava elétrico, andando de um lado para o outro e quando percebeu que ela tinha acordado, quase pulou em cima da cama.
__ Anninha! O que aconteceu?? De onde surgiram aqueles dementadores??
__ Rabicho esteve aqui!
__ Como??
__ Eu também não sei!! Ele disse algo sobre vantagem de maroto!! E ele estava com esses três dementadores e eu não agüentei! Caí no chão! Meu Deus, minha varinha!!
__ Estava lá. - Mione entrou no campo de visão de Anna, segurando a varinha. - Há alguns metros de você.
__ Harry... Aconteceu! O feitiço que Voldemort fez para a maninha não se comunicar comigo se quebrou! Mas ele conseguiu, ela matou mais alguém!!
__ Nós sabemos... - Harry disse, com a expressão mais desolada do mundo.
__ Como sabem???
__ Porque Voldemort cometeu um erro não me matando. - a voz de Draco assustou Anna, que olhou para o loiro, encostado a uma parede. - E outro maior ainda me torturando na frente de meu pai.
__ Afinal, o que aconteceu??
__ Voldemort usou artifícios sujos para enlouquecer Fayth. - Draco disse com uma voz amargurada. - Primeiro me torturou com a maldição Cruciatus. Depois fez ela acreditar que você a odiava, graças a um bicho-papão. E você, pelo que me consta, estava fora de si, graças a dementadores, o que fez Fayth perder todo o controle.
__ E ela...
__ Enlouqueceu de vez. - ele fungou um pouco e segurou as lágrimas. "Malfoys não choram!" pensou. - Mas graças a esse desagradável episódio vocês ganharam outro aliado. Meu pai não quer mais ajudar Voldemort, não depois que ele torturou o único filho dele. E ele simpatizou com a Fayth. Papai está conversando agora mesmo com Dumbledore.
__ Só mesmo em um sonho muito estranho eu imaginei ter Lúcio e Draco Malfoy do nosso lado... - Rony comentou com Hermione.
__ Não estamos do seu lado, Weasley. Queremos ajudar Fayth, nada mais.
__ Ainda assim é estranho...
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Bellatrix subia as escadas segurando uma bandeja de café da manhã. Seu sorriso era demente e estranho. Ela bateu à porta e não obteve resposta. Seu sorriso se alargou. Fez a bandeja flutuar no ar e abriu a porta. Depois tornou a pegar a bandeja e entrou.
__ Bom dia, querida. - ela disse, com sua voz baixa e assustadora. - O mestre mandou este café da manhã especial para você.
__ Mamãe não quer café! - Fayth murmurou. - E se mamãe não quer, Fayth também não quer...
__ Nossa, mas foi feito com tanto carinho e consideração... Sua mãe não precisa comer.
__ Ouça!! São eles!! Os meninos pequenos!! Eles correm... Para lá... para cá... Veja, mamãe!! Bella trouxe os meninos pequenos!!
__ Bella também trouxe o café, Fayth. - Bellatrix disse, num tom divertido. Deixou a bandeja em cima de uma mesinha e já ia saindo quando algo chamou sua atenção.
Fayth tinha começado a rir. Rir de maneira psicótica e insana.
__ Que foi, Fayth? - Bella perguntou, a curiosidade falando mais alto.
__ Ele não vai conseguir... Ele não vai conseguir... Vai cair no chão!! Vai cair no chão, quebrar em vários pedacinhos!! E não!! Não vai conseguir colar um monte deles, vai ficar todo estragado!
__ Quem? O menino pequeno?
__ Não, não!! Tom!! Ele vai cair no chão e vai quebrar!! Sabe por quê?? Porque eu estou doidinha, mas eu sei. Eu vejo coisa que ninguém consegue ver!! Tom vai cair no chão e vai quebrar em um monte de pedacinho!!!
Bellatrix se interessou pelo que Fayth dizia pois, sendo ou não alucinação, dizia sobre seu mestre.
__ Ele não vai conseguir a transferência do Algoz?
__ Ah, o feitiço vai ser feito com perfeição, sim, sim, sim!!! E eu, euzinha, vou morrer!! Mas vai sair alguma coisa errada!! A lua cheia se aproxima!!
__ O que vai acontecer na lua cheia?
__ Vou dançar com o hipogrifo vermelho!! Ele vem aqui, vem me visitar!! E depois vou dar o meu poder pro Tom, porque ele me pediu!! A gente tem que fazer essas coisas, né?
Bellatrix não entendeu o porquê, mas estava se afeiçoando àquela maluquinha. Justo ela, que jamais se afeiçoara a ninguém.
__ Tom é bonito! Tem olhos pretos, cabelos pretos... Mas os dentes são brancos!! E a pele também! Mas ele é bonito... Mas aquele homem que ele virou é feio!! Os olhos são vermelhos!!
__ Fayth, coma um pouco...
__ Comer?? Tom gosta de comida, mamãe não. Tom gosta de uma menina!!! Uma menina de Hogwarts!! Uma grifinória!!! Uma ruivinha!!! Uma Weasley!!!
__ Argh, menina, coma alguma coisa!! Ou então levo sua mãe embora! - Bellatrix resolveu jogar o jogo dela.
__ Não!! Mamãe não pode ir!! Ela já foi uma vez, depois voltou... Mas depois foi outra vez!! Agora ela voltou pra sempre!!
__ Então coma!
__ Tá, eu como... - ela pegou um pedaço de pão e enfiou na boca.
Depois jogou café quente por cima das mãos, se queimando. Bella balançou a cabeça e cuidou das mãos da menina.
__ Por que doeu?? - a menina perguntou, com lágrimas nos olhos.
__ Porque café é quente e queima. "Merlin, o que eu estou fazendo? Estou conversando com uma louca! É como se ela tivesse um poder sobre mim!"
__ Fayth é cativante mesmo quando louca. - Voldemort disse à porta do quarto. - E também exerce um poder de controle sobre todos os que passaram ou estão na Sonserina.
__ Mestre. - Bellatrix foi até ele, se ajoelhou e beijou sua mão.
__ Por isso eu não passo muito tempo com ela, temo me cativar e não conseguir fazer a invocação do Algoz. E escolhi você para tomar conta dela porque vocês são parecidas. Bom, pelo menos quando ela era sã...
__ Claro, meu mestre. - ela disse, com profunda devoção na voz. - É uma pena que ela tenha que morrer.
__ Sim, é uma pena. Neste estado ela fica tão inofensiva... Ah, o que estou dizendo! Vou sair daqui. Continue cuidando dela. Na próxima lua cheia faremos a invocação e ela precisa saber o que fazer.
__ Sim, meu mestre. - ela tornou a beijar a mão dele, que saiu, e se levantou, voltando para junto de Fayth, que agora bebia um suco, entornando quase tudo na roupa.
__ Bella, brinca comigo?? Os meninos foram embora e mamãe está dormindo!!!
Bellatrix sorriu. Passou por sua cabeça tentar impedir que Voldemort a matasse, mas sua devoção pelo Lorde era maior.
Continua...
UAAAAAAARGH!!!!!!!!!!! COMO EU FUI CAPAZ DE ENLOUQUECER A FAYTH DE MANEIRA TÃÃÃÃÃO DEPRIMENTE!!!!! *sobe em cima de um banquinho* EU VOU SUICIDAR!!!!!!!!!!!! EU VOU PULAR!!! NÃO ME SEGURA QUE EU VOU PULAR!!!!
UAAAAAAARGH!!!!!!!!!!!!!!!! QUANTA CRUELDADE!!!! NÃO PENSEI QUE EU TIVESSE CAPACIDADE MENTAL PARA TAMANHA MALDADE!!!
Bom, mudando de assunto, o próximo capítulo é, provavelmente, o último. Vai estar enorme e eu aconselho que já comprem lencinhos, aqueles que vêm em caixinhas e preparem o bué. E, pelamordasanta, não me matem. Matem a Rowling, porque ela ganha dinheiro matando os nossos personagens preferidos! Eu sou só uma alma desencaminhada com uma mente destorcida e que põe suas insanidades no Word e no FF.net.
BEEEEEEEEEEIJOS para Suu-chan, Pretty Sakura, Angelina Granger, Centaura, Harry Griffindor e Alyssha Malfoy, que, até agora, não tentaram (apenas ameaçaram) me matar e, mesmo assim, continuam lendo isso.
E, ÓBVIO, beijos para a minha cobaia e irmãzinha virtual, Anninha, que quase morreu de tristeza quando eu contei minha decisão de encerrar a fic da maneira que eu resolvi.
FUUUUUI!
O tempo passava e, enquanto Fayth ia ficando cada vez mais conformada com o seu trágico destino (afinal, iria morrer de qualquer jeito), Anna entrava cada vez mais num desespero maior, tentando descobrir uma maneira de salvar a irmã. Claro que ela ia mal demais, senão, com certeza ela já teria feito alguma coisa.
__ Mas será que na Seção Reservada inteirinha não tem NENHUM livro que nos ajude??? - ela choramingou, fechando um livro particularmente grande e empoeirado, fazendo Rony espirrar com a poeira.
Já estavam em março e nada de descobrirem alguma coisa de útil.
Harry a abraçou a roubou-lhe um leve beijo.
__ Calma, Anninha. Nós vamos arrumar um jeito para salvar a Fayth. - ele disse, tentando conforta-la. - "Só não sei como" - esse pensamento meio derrotista cruzou sua cabeça, mas logo foi embora.
__ Além do quê, sabemos que ela ainda está viva! - Hermione disse. - Afinal você também está, não é mesmo? - ela arriscou.
__ É, com certeza ela ainda está viva. - Anna disse, mas não sabia se deveria se sentir feliz ou triste com isso. Se ela estava viva, ainda havia esperança, mas também significava que ela estava em sofrimento. Nesse momento ela sentiu um arrepio correr por sua espinha. Um mau presságio.
__ Anna, tudo bem com você? - Harry perguntou, vendo a expressão no rosto da namorada.
__ Estou com um mau pressentimento... Algo vai acontecer. Algo muito ruim!
Todos olharam para ela, temerosos.
__ Claro que eu não tenho certeza, mas algo me diz que tem alguma coisa muito errada, além do que já estamos cansados de saber.
__ Pois eu espero que você esteja errada pelo menos desta vez! - Rony disse. - Toda vez que você tem uma previsão ou pressentimento você tá certa e isso nunca é bom!
__ Eu não tenho esses pressentimentos por querer, Rony!! E nem gosto de tê- los!
__ Então tá, não vamos brigar por uma coisa tão boba! Talvez não seja nada! - Hermione disse, ainda com a cara enterrada em um pequeno e antiqüíssimo livro, tentando acalmar os ânimos.
__ Eu não quero brigar... Eu só quero a minha irmãzinha de volta! Viva e bem!
__ Oh, oh... - Hermione soltou, assustando Anna.
__ Oh, oh? Oh, oh o quê???
__ Receio que achei uma coisa não muito animadora...
__ Que foi, Mione??? Fala de uma vez!!!
__ Leiam isto. - Mione virou o livro para os três, que leram com atenção.
"Samantha Gryffindor, irmã mais jovem de meu querido amigo Godric Gryffindor foi a décima segunda portadora do poder do Algoz. O até então melhor amigo de Godric e também meu amigo, Salazar Slytherin, descobriu isso. Como era muito ambicioso, Salazar resolveu que aquele poder deveria pertencer a ele. Mas Samantha conseguiu impedir que isso acontecesse, mas a que preço... A própria vida... Ela não precisava fazer aquilo! Eu e Helga (Hufflepuff, a outra fundadora da escola) já tínhamos descoberto como salvá- la, claro que nada muito confiável, mas ela preferiu não arriscar... Ah, quanta tristeza assola nossa escola agora..."
O resto estava ilegível e só conseguiram entender a assinatura abaixo do relato.
Rowena Ravenclaw.
__ Então... Existe a possibilidade da maninha morrer mesmo... Mesmo se Voldemort não conseguir o poder do Algoz - Anna lamentou.
__ Ao que parece sim. - Hermione disse, e logo acrescentou, tentando anima- la. - Mas pode ser que a gente descubra a maneira que Helga e Rowena descobriram para salvar Samantha!
__ Mas está escrito aí mesmo que não era muito confiável!
__ Mas é a nossa melhor chance... Eu vou procurar, vocês não precisam ficar aqui comigo. Eu sei que vocês detestam a biblioteca.
__ Eu detesto a biblioteca, mas por você eu moraria nela. - Rony falou ao ouvido de Mione, que corou tanto que parecia um pimentão. Anna e Harry riram um pouco. Depois se despediram do casal e saíram da biblioteca.
----------------------------------
Fayth estava fazendo um esforço mental descomunal (N.A.: Anna, se você disser que fazer esforço mental pra mim SEMPRE é descomunal, eu te mato).
Tentava quebrar o feitiço Tapa-mentes, inutilmente. (N.A.:Meu, que nome horrível para um feitiço! Lien, você sabe fazer melhor do que isso...)
__ Fayth, eu posso entrar?? - a voz de Draco trouxe tanta alegria para a garota que ela mesma pulou da cama e abriu a porta. Quando o viu, sem cerimônia alguma, pulou nos braços dele e apertou com força,sendo retribuída.
__ Pensei que ninguém mais poderia vir aqui!! Pensei que nunca mais ia te ver!!!
__ Eu não sei se meu pai cometeu ou não um erro, só sei que ele me deixou ouvir para onde ele ia... Eu só o segui... Ah, como seu senti sua falta!! - ele acariciava os cabelos da garota.
__ É hoje, Draco... - ela murmurou, a voz trêmula. - Hoje eles vão tentar me enlouquecer!! Vão tentar que eu mate mais alguém!!! Eu não quero matar mais ninguém, não quero!!!
__ Calma, Fayth... - ele apertou mais o abraço.
__ Eu só quero voltar pra Hogwarts, enfrentar três tempos diretos de Poções, com o Snape pegando no meu pé e no da maninha, dizendo que a gente não pára de conversar! Quero aprender feitiços novos com o Flitwick! Quero me tornar um animago!! Quero fazer arte com a minha irmã!!! Eu quero a minha coruja!!! Quero o meu pai!!!
Draco não falou nada, apenas deixou que a menina desabafasse tudo.
__ Você vai ter e vai fazer isso tudo, Fayth! Eu te prometo!! - ele tentou injetar coragem nela e em si mesmo.
__ NÃO!! Não prometa o que não pode cumprir, ainda mais quando você não tem nenhum poder sobre isso!!!
Então, num estalo, ela arregalou os olhos para o namorado. Tudo tinha ficado tão claro para ela! Lúcio não era estúpido para deixar Draco ouvir o que não devia! Nem Voldemort tolo o bastante para deixar que ele descobrisse com tanta facilidade onde era seu quarto!
__ Sai daqui, Draco!! - ela disse, o pânico estampado em seu olhar. O loiro não compreendeu.
__ Sair?? Eu não vou te abandonar nunca mais!!!
__ Draco eles vão te matar!!! É assim que planejam me enlouquecer, fazer com que eu mate mais alguém!! Seu pai não é burro! Ele não deixaria você perceber onde ele estava indo sem querer!!
Draco então percebeu a genialidade do plano de Voldemort. Lembrou que o pai estava um pouco abatido pela manhã e que a mãe não tinha saído do quarto. Lembrou também que ouvira os berros de uma discussão na noite anterior.
Tentou correr para a saída, mas fora cercado. Bellatrix Lestrange estava à porta, varinha empunhada e apontada para o peito do garoto.
__ Tão simples... - ela falou num tom mais baixo que o de um sussurro. - Tão tolo...
Draco crispou os lábios e cerrou os punhos. Se Bellatrix não estivesse armada e pronta para atacar, mandaria sua educação para o espaço e acertaria um murro na fuça dela.
__ Vamos, jovem comensal... Todos os outros esperam por você e pela jovem aqui... - ela lançou um olhar demente para Fayth, que ainda tentava processar a informação do que estava acontecendo. - Me entregue sua varinha e vamos...
Não tendo outra escolha, Draco enfiou a mão dentro das vestes e entregou sua varinha para a mulher. Depois ele e Fayth a seguiram para o andar de baixo, onde Draco percebeu que apenas alguns poucos comensais estavam lá, entre eles, seu pai.
Mas faltava um. O baba-sombra particular de Voldemort. Rabicho não estava lá. E isso não era bom.
----------------------------------------------
Anna estava andando sozinha pelos corredores do castelo. Tinha pedido para Harry um momentinho para si, querendo espairecer um pouco.
Tudo, tudo por causa daquela carta que ela e Fayth receberam em agosto. Tudo tinha começado ali. Todas as confusões e tristezas... Nunca havia pensado que realizar um sonho tivesse um preço tão alto.
__ Espera... - ela parou para olhar onde estava e não reconhecia aquele corredor. - Oh, oh... Isso não está me cheirando muito bem...
Mal falou, sentiu dois braços fortes agarrarem-na por trás e arrastarem-na para uma sala. Nem teve tempo de gritar, pois uma mão tampava sua boca.
Quando a porta da sala se fechou, Anna conseguiu se desvencilhar do homem, mas percebeu logo que sua varinha fora tomada.
__ QUEM É VOCÊ??? - ela berrou, na esperança de atrair alguém para lá. - QUE PENSA QUE ESTÁ FAZEN... - ela não terminou de falar. Sentiu um calafrio e uma profunda tristeza tomou conta de sua mente. Caiu ao chão, como se toda a sua energia estivesse sendo sugada.
Logo percebeu o porquê. Se arrastando do fundo da sala, três dementadores a cercaram e ela sentiu pânico. Voldemort a queria fora do caminho, tanto corpo quanto alma.
Ouviu o homem falar, gaguejando, aos dementadores.
__ O-o m-mestre o-ordenou que não aplicassem o beijo. M-mas mantenham e-ela aqui o máximo de tempo possível.
__ Rabicho!! - ela rosnou, muito fraca. - Como entrou em Hogwarts???
__ Vantagens de maroto. - ele disse, sorrindo maldosamente.
__ VOCÊ NÃO MERECE O TÍTULO DE MAROTO, SEU TRAIDOR!!! - ela berrou, não obtendo controle sobre suas palavras. - VOCÊ MATOU TIAGO E MANDOU SIRIUS PARA A PRISÃO INJUSTAMENTE!!!
__ Ninguém mandou eles confiarem em mim. Sou um rato, não sou? - ele disse, desdenhosamente, antes de sair por outra porta, deixando Anna com os dementadores.
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Fayth começou a se comportar de maneira estranha. Tinha dificuldade de manter os olhos abertos por muito tempo, piscando nervosamente todo o tempo. Começou a suar frio e a tremer muito. Antes que Draco pudesse se preocupar com isso, uma dor, maior do que tudo que jamais imaginara, atravessou seu corpo e ele caiu por terra, se contorcendo e urrando.
Fayth olhou para aquilo com um ódio tão profundo e logo procurou quem era o autor. Um dos comensais estava com a varinha apontada para Draco. Seu primeiro pensamento foi procurar uma varinha e acabar com a raça daquela pessoa. Mas se conteve. Lembrou de Anna, mas a imagem da irmã estava desfocada e difusa.
__ NÃÃO!!! - berrou, segurando a cabeça com as mãos, num esforço de sanidade quase sobre-humano. - VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR!!!! EU NÃO VOU SERVIR AOS SEUS PROPÓSITOS!!!!!
__ Por causa de sua irmãzinha? - Voldemort disse, num tom psicótico.
__ ANNA JAMAIS ME PERDOARIA SE EU DEIXASSE VOCÊ VENCER!!! VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR!!!
__ Mas Anna está aqui! - ele sorriu diabolicamente.
Os outros comensais se afastaram, o que torturava Draco o arrastou para longe e continuou a tortura.
__ MENTIROSO!!!! - Fayth já estava perdendo o resto de juízo que tinha. A terra começou a tremer violentamente.
__ Minto? Pois veja você mesma. - ele abriu a porta de um pequeno criado e de dentro dele saltou a suposta Anna.
Então a terra parou de tremer. A imagem de sua querida irmã foi tão aliviante que Fayth pensou, por um segundo que tudo estaria em paz agora.
Correu até ela e a abraçou, mas percebeu que ela não retribuía o abraço.
__ Mana?? - Fayth não percebeu a situação. Como Anna estaria ali de livre e espontânea vontade? Sua vontade de vê-la foi maior que a sensatez. - Mana, sou eu, Fayth!!
A garota olhou para Fayth com um olhar maligno. Fayth tremeu.
__ Eu odeio você. - a falsa Anna sibilou.
O mundo de Fayth desabou. Sentiu o chão sumir debaixo de seus pés e caiu de joelhos, ainda olhando para a garota.
__ Ma... Maninha?
__ Você é imunda, garota... Não sei como algum dia te chamei de irmã. Você não presta. O mundo vai acabar, por sua causa! Você não deveria ter nascido, assim eu estaria vivendo perfeitamente bem!
__ Mana... Você me odeia...?
__ Eu te enojo, eu te repugno (N.A.: pelamordedeus, essa expressão existe?).
__ Ridicullus... - Voldemort sibilou num tom tão baixo que Fayth não escutou e o bicho-papão desapareceu.
__ Não... Não pode ser...
__ Mas você ouviu pela boca dela! Ela te odeia! O que tem a perder agora? Só o Draco. E ele está sofrendo também. - Voldemort se ajoelhou do lado da garota, que parecia ter entrado em transe. Ele passou seu braço pelo ombro de Fayth, trazendo-a para perto de si. - Veja, Fayth.
Ele apontou para onde o comensal torturava Draco, que ainda berrava de dor.
__ Logo ele não agüentará mais. Vai enlouquecer. Ou mesmo morrer. E se isso acontecer, quem não vai se perdoar é você, não é mesmo? - ele tirou a varinha Deus sabe de onde e a colocou na mão de Fayth. - Salve-o, Fayth. Só você pode fazer isso.
Quando olhou para os olhos da garota, Voldemort sorriu ao reconhecer o mesmo ódio que ela sentira ao matar Amélia.
__ Duas palavras, Fayth. Avada Kedavra.
__ Avada... - ela parou um pouco, talvez pensando se deveria fazer aquilo, talvez processando o que tinha ouvido. Era tarde para ela. Tinha enlouquecido. Mirou o peito do comensal. - Avada Kedavra.
O raio verde iluminou o salão escuro e atingiu o homem, que morreu, antes de cair no chão.
__ Perfeito. - Voldemort se levantou. - Quem era o infeliz, Lúcio?
__ Nott. - ele respondeu, a voz um pouco trêmula. Com certeza ver seu filho sendo torturado não tinha sido a visão mais agradável que já teve.
__ Que pena... Era um bom comensal. Leve a garota para o quarto, Bella. Lúcio, leve seu filho para casa, ele foi de boa serventia hoje e merece um descanso.
Lúcio pegou o filho nos braços e desaparatou, enquanto Bellatrix levava Fayth de volta para o quarto.
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__ COMO ASSIM, A ANNA SUMIU??? - Harry berrou ao ouvir o que Hermione dizia.
__ Ela sumiu! Ninguém faz a menor idéia onde ela foi e isso já faz um bom tempo!
__ E POR QUE NINGUÉM ME DISSE NADA ANTES???
__ Pensamos que ela estava com você! - Rony rosnou. - Vocês dois saíram juntos da biblioteca!
__ DROGA!!! - ele saiu correndo da Sala Comunal, seguido de perto por Rony e Mione.
__ Harry, ela pode estar em qualquer lugar!!
__ EU VOU ACHAR ELA, TÁ LEGAL???
E ele realmente achou, mas depois de um bom tempo percorrendo quase todos os corredores acessíveis de Hogwarts.
__ Que sala é essa? - Rony perguntou ao ver a porta fechada.
__ Alorromora! - Hermione tomou dianteira e abriu a porta.
Foi como se tivessem abrido a porta da geladeira. Harry tornou a ouvir as vozes que tanto atormentaram sua mente. A morte de seus pais novamente ecoava em seus pensamentos.
__ Dementadores... - ele sibilou e agarrou sua varinha, se esforçando para lembrar-se da coisa mais feliz que pudesse. Mas nada vinha. Nada... Nada... Veio! A noite em Aldareon ficou tão viva em sua mente, ele dançando com Anna, o primeiro beijo que trocaram, foi como se estivesse revivendo tudo ali. Então ele bradou a plenos pulmões.
__ EXPECTO PATRONUM!!! - o cervo prateado saltou da ponta da varinha de Harry e parecia ter aumentado de tamanho umas cinco vezes. Os dementadores quase enlouqueceram e sumiram pela porta de trás.
Anna ainda estava deitada, quase desacordada no chão.
__ Harry... - ela murmurou, a voz muito fraquinha.
__ Anna... - ele pegou ela nos braços e correu com ela para a Ala Hospitalar. - O que aconteceu?
__ Rabicho... Dementadores... Fayth... - ela tentava falar, mas estava fraca demais. Foi quando a escuridão a engolfou.
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Acordou suando frio e tremendo muito. Harry estava elétrico, andando de um lado para o outro e quando percebeu que ela tinha acordado, quase pulou em cima da cama.
__ Anninha! O que aconteceu?? De onde surgiram aqueles dementadores??
__ Rabicho esteve aqui!
__ Como??
__ Eu também não sei!! Ele disse algo sobre vantagem de maroto!! E ele estava com esses três dementadores e eu não agüentei! Caí no chão! Meu Deus, minha varinha!!
__ Estava lá. - Mione entrou no campo de visão de Anna, segurando a varinha. - Há alguns metros de você.
__ Harry... Aconteceu! O feitiço que Voldemort fez para a maninha não se comunicar comigo se quebrou! Mas ele conseguiu, ela matou mais alguém!!
__ Nós sabemos... - Harry disse, com a expressão mais desolada do mundo.
__ Como sabem???
__ Porque Voldemort cometeu um erro não me matando. - a voz de Draco assustou Anna, que olhou para o loiro, encostado a uma parede. - E outro maior ainda me torturando na frente de meu pai.
__ Afinal, o que aconteceu??
__ Voldemort usou artifícios sujos para enlouquecer Fayth. - Draco disse com uma voz amargurada. - Primeiro me torturou com a maldição Cruciatus. Depois fez ela acreditar que você a odiava, graças a um bicho-papão. E você, pelo que me consta, estava fora de si, graças a dementadores, o que fez Fayth perder todo o controle.
__ E ela...
__ Enlouqueceu de vez. - ele fungou um pouco e segurou as lágrimas. "Malfoys não choram!" pensou. - Mas graças a esse desagradável episódio vocês ganharam outro aliado. Meu pai não quer mais ajudar Voldemort, não depois que ele torturou o único filho dele. E ele simpatizou com a Fayth. Papai está conversando agora mesmo com Dumbledore.
__ Só mesmo em um sonho muito estranho eu imaginei ter Lúcio e Draco Malfoy do nosso lado... - Rony comentou com Hermione.
__ Não estamos do seu lado, Weasley. Queremos ajudar Fayth, nada mais.
__ Ainda assim é estranho...
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Bellatrix subia as escadas segurando uma bandeja de café da manhã. Seu sorriso era demente e estranho. Ela bateu à porta e não obteve resposta. Seu sorriso se alargou. Fez a bandeja flutuar no ar e abriu a porta. Depois tornou a pegar a bandeja e entrou.
__ Bom dia, querida. - ela disse, com sua voz baixa e assustadora. - O mestre mandou este café da manhã especial para você.
__ Mamãe não quer café! - Fayth murmurou. - E se mamãe não quer, Fayth também não quer...
__ Nossa, mas foi feito com tanto carinho e consideração... Sua mãe não precisa comer.
__ Ouça!! São eles!! Os meninos pequenos!! Eles correm... Para lá... para cá... Veja, mamãe!! Bella trouxe os meninos pequenos!!
__ Bella também trouxe o café, Fayth. - Bellatrix disse, num tom divertido. Deixou a bandeja em cima de uma mesinha e já ia saindo quando algo chamou sua atenção.
Fayth tinha começado a rir. Rir de maneira psicótica e insana.
__ Que foi, Fayth? - Bella perguntou, a curiosidade falando mais alto.
__ Ele não vai conseguir... Ele não vai conseguir... Vai cair no chão!! Vai cair no chão, quebrar em vários pedacinhos!! E não!! Não vai conseguir colar um monte deles, vai ficar todo estragado!
__ Quem? O menino pequeno?
__ Não, não!! Tom!! Ele vai cair no chão e vai quebrar!! Sabe por quê?? Porque eu estou doidinha, mas eu sei. Eu vejo coisa que ninguém consegue ver!! Tom vai cair no chão e vai quebrar em um monte de pedacinho!!!
Bellatrix se interessou pelo que Fayth dizia pois, sendo ou não alucinação, dizia sobre seu mestre.
__ Ele não vai conseguir a transferência do Algoz?
__ Ah, o feitiço vai ser feito com perfeição, sim, sim, sim!!! E eu, euzinha, vou morrer!! Mas vai sair alguma coisa errada!! A lua cheia se aproxima!!
__ O que vai acontecer na lua cheia?
__ Vou dançar com o hipogrifo vermelho!! Ele vem aqui, vem me visitar!! E depois vou dar o meu poder pro Tom, porque ele me pediu!! A gente tem que fazer essas coisas, né?
Bellatrix não entendeu o porquê, mas estava se afeiçoando àquela maluquinha. Justo ela, que jamais se afeiçoara a ninguém.
__ Tom é bonito! Tem olhos pretos, cabelos pretos... Mas os dentes são brancos!! E a pele também! Mas ele é bonito... Mas aquele homem que ele virou é feio!! Os olhos são vermelhos!!
__ Fayth, coma um pouco...
__ Comer?? Tom gosta de comida, mamãe não. Tom gosta de uma menina!!! Uma menina de Hogwarts!! Uma grifinória!!! Uma ruivinha!!! Uma Weasley!!!
__ Argh, menina, coma alguma coisa!! Ou então levo sua mãe embora! - Bellatrix resolveu jogar o jogo dela.
__ Não!! Mamãe não pode ir!! Ela já foi uma vez, depois voltou... Mas depois foi outra vez!! Agora ela voltou pra sempre!!
__ Então coma!
__ Tá, eu como... - ela pegou um pedaço de pão e enfiou na boca.
Depois jogou café quente por cima das mãos, se queimando. Bella balançou a cabeça e cuidou das mãos da menina.
__ Por que doeu?? - a menina perguntou, com lágrimas nos olhos.
__ Porque café é quente e queima. "Merlin, o que eu estou fazendo? Estou conversando com uma louca! É como se ela tivesse um poder sobre mim!"
__ Fayth é cativante mesmo quando louca. - Voldemort disse à porta do quarto. - E também exerce um poder de controle sobre todos os que passaram ou estão na Sonserina.
__ Mestre. - Bellatrix foi até ele, se ajoelhou e beijou sua mão.
__ Por isso eu não passo muito tempo com ela, temo me cativar e não conseguir fazer a invocação do Algoz. E escolhi você para tomar conta dela porque vocês são parecidas. Bom, pelo menos quando ela era sã...
__ Claro, meu mestre. - ela disse, com profunda devoção na voz. - É uma pena que ela tenha que morrer.
__ Sim, é uma pena. Neste estado ela fica tão inofensiva... Ah, o que estou dizendo! Vou sair daqui. Continue cuidando dela. Na próxima lua cheia faremos a invocação e ela precisa saber o que fazer.
__ Sim, meu mestre. - ela tornou a beijar a mão dele, que saiu, e se levantou, voltando para junto de Fayth, que agora bebia um suco, entornando quase tudo na roupa.
__ Bella, brinca comigo?? Os meninos foram embora e mamãe está dormindo!!!
Bellatrix sorriu. Passou por sua cabeça tentar impedir que Voldemort a matasse, mas sua devoção pelo Lorde era maior.
Continua...
UAAAAAAARGH!!!!!!!!!!! COMO EU FUI CAPAZ DE ENLOUQUECER A FAYTH DE MANEIRA TÃÃÃÃÃO DEPRIMENTE!!!!! *sobe em cima de um banquinho* EU VOU SUICIDAR!!!!!!!!!!!! EU VOU PULAR!!! NÃO ME SEGURA QUE EU VOU PULAR!!!!
UAAAAAAARGH!!!!!!!!!!!!!!!! QUANTA CRUELDADE!!!! NÃO PENSEI QUE EU TIVESSE CAPACIDADE MENTAL PARA TAMANHA MALDADE!!!
Bom, mudando de assunto, o próximo capítulo é, provavelmente, o último. Vai estar enorme e eu aconselho que já comprem lencinhos, aqueles que vêm em caixinhas e preparem o bué. E, pelamordasanta, não me matem. Matem a Rowling, porque ela ganha dinheiro matando os nossos personagens preferidos! Eu sou só uma alma desencaminhada com uma mente destorcida e que põe suas insanidades no Word e no FF.net.
BEEEEEEEEEEIJOS para Suu-chan, Pretty Sakura, Angelina Granger, Centaura, Harry Griffindor e Alyssha Malfoy, que, até agora, não tentaram (apenas ameaçaram) me matar e, mesmo assim, continuam lendo isso.
E, ÓBVIO, beijos para a minha cobaia e irmãzinha virtual, Anninha, que quase morreu de tristeza quando eu contei minha decisão de encerrar a fic da maneira que eu resolvi.
FUUUUUI!
