Antes que seja tarde...

Tomoyo andava desesperada pelo o corredor do hospital público em Tókio. Sentia-se terrivelmente culpada pela a tentativa de suicídio da amiga. Antes tivesse fechado a boca e nada falado para Sakura. Sempre soube que Sakura era uma menina frágil e que não era capaz de suporta grandes revelações. Estava tremendo até agora... Fora horrível encontrá-la caída no chão do banheiro com os punhos cortados... Havia sangue por todos os lados. A navalha jogada fora à peça chave para descobrir que aquela foi uma tentativa desesperada de suicídio.
A primeira providência que havia tomado fora chamar Touya e Fujitaka, e só depois chamou uma ambulância. Temia ter contribuído mais ainda para o estado dela ter piorado. A única pessoa importante que não havia avisado era Shoran... Aliás, até tentara mais o celular dele estava fora de área, e a secretaria dele havia lhe falado que ele tinha ido viajar. Certamente com a amante. No fundo sabia que era até melhor ele não fica sabendo, pois a presença dele ali só iria causa mal estar em sua amiga.
-Cadê minha filha, Tomoyo?-perguntou Fujitaka entrando na sala desesperado.
O homem alto a sua frente não escondia o nervosismo, mas ela não podia esconder seu centésimo e a sensação de que aquilo era apenas um teatro. Há muito tempo que vinha percebendo que o pai de sua amiga era ganancioso, e uns dos maiores responsáveis pelo o fracasso no casamento de Sakura. Pois ele não gostava nenhum pouco de Shoran e se havia aceitado o matrimonio era por que o noivo de sua filha era muito rico, e há tempos que industria Kinomoto não ia bem das pernas.
-Ela está na área de terapia intensiva...-sussurrou ela triste.
-Como... Como ela veio parar aqui?-voltou à pergunta
-Não sei senhor...Nenhum médico apareceu para dar uma parecer sobre o estado dela.
Não iria contar a verdade a ele, pois certamente ele não iria fazer nada a não ser critica. O único que se importava com a amiga era Touya. Que sempre fora contra aquele casamento. Por um tempo pensara ser ciúme bobo de irmão, mas agora percebia e dava razão para ele odiar tanto o jovem empresário.
-Como não...? Eles acham que minha filha é uma qualquer...
-Fique calmo senhor Fujitaka.-Tomoyo falou tentando por panos frios no nervosismo de Fujitaka.
-Como você quer que fique calmo, garota?-perguntou andando de um lado para outro.
-Sua filha estava ali... No mesmo hospital que há anos atrás sua falecida esposa havia sido internada depois de um surto de loucura. Tinha pavor do cheiro do hospital. Doía muito em saber que sua única filha estava ali. Shoran não havia cuidado tão bem dela como havia imaginado.
-Como quer que fique calmo com minha filha internada nesse hospital... Como quer que tranquilize quando não sei nem mesmo o motivo para ela ter vindo para aqui.
Tomoyo por pouco não falou a verdade. Afinal aquele homem era pai de sua amiga, e mais cedo o mais tarde ele saberia o que havia ocorrido. E talvez fosse melhor ouvi pela a sua boca. Mas sentia que não devia mais se meter na vida de Sakura. Ainda mais depois daquilo que havia ocorrido.
-Senhor... O pouco que sei não vai te ajudar, mas garanto que ela vai sair dessa.-falou com a voz embargada.
Sakura tinha que sair daquela fase negra. Shoran nunca fora homem ideal para ela, e agora Sakura tinha a oportunidade de crescer na vida. Mas no fundo sabia como doía amar... Sabia o quando sua amiga amava aquele homem que nunca seria digno do amor que ela oferecia. Porém, Sakura teria amigos que a ajudariam a combater o verdadeiro mal de amar demais.
-Você não comunicou a Shoran sobre esse fato, não é?-perguntou demonstrando o sangue frio.
Shoran era seu único meio de sobrevivência. Sem os apoios financeiros dos gero certamente tinha falido há muito tempo. Não queria em hipótese alguma que o problema de sua filha atrapalhasse o plano empresarial de Shoran.
-Não, achei melhor ele não saber do ocorrido.
-Certo você fez um ótimo trabalho.
Mesmo com a filha ali naquele hospital Fujitaka não a aprendia. Tomoyo que há minutos atrás quase se deixou levar pelo o sentimentalismo barato do pai de Sakura agora tinha mais que certeza de que era melhor ficar quieta. Fujitaka Kinomoto não passava de uma misera mosca.

Com os olhos cansado e louco para rever Sakura, foi assim que Shoran pisou no solo japonês depois de meses longe do país. Sua vontade de sair correndo e ir ao encontro dela era demais, mas ainda tinha algumas coisas para resolver. Seu único consolo era o foto de ter certeza de que ela a mulher de sua vida estaria lá à espera dele. Não via a hora de descansar naqueles braços... Pode sentir o mesmo cheiro. Queria a estabilidade de acorda e dormi com a certeza de que a tinha... Já não agüentava ficar sem ela.
Queria esquecer de tudo. Até mesmo da aventura com o Katrina... Que há essa hora devia está sendo transferida para outro departamento. Queria eliminar o mal pela a raiz sem dá motivo para ele crescer novamente. Aliás, não queria correr o risco de Sakura saber sobre a existência de Katrina. Sabia que estava sendo egoísta, mas era para o bem de seu casamento.
Aqueles meses serviram para mostra que não vivia sem Sakura, e que estava deposta a dar a ela o filho que ela tanto queria ter e não podia. Havia tantas crianças precisando de um lar e amor, que ele e Sakura tinha de sobra... Estava na hora de ser feliz. Sentia que tinha uma chance de ser feliz.

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Sakura sentia que o mundo havia lhe caído na cabeça. Perguntava-se onde estava e como estava? Mesmo com os olhos fechados podia senti o cheiro de naftalina e ar fresco. Além de poder sentir que seu braço estava enfaixado. Abrindo os olhos com delicadeza viu que estava tudo branco... Pensava que estava no céu. Isso não tinha sentido nenhum.
-Como está se sentido Sakura?-a voz masculina chamou sua atenção.
Virando o rosto viu que um belo homem de branco selava seu leito. Ele estava sorrindo. O que não pode passar despercebido por ela. Mas a beleza dele não se comparava a de Shoran. Ainda sentia uma dor profunda ao lembra do recorte de jornal, e da certeza de que estava sendo traída.
-Não muito bem...-respondeu ainda meio zonza.
-E não deveria está bem mesmo senhora Sakura.-disse o médico assumindo uma expressão séria.-Antes de tudo, meu nome é Okabe Satoru, sou o clinico geral que te atendeu.
Às vezes não entendia cabeça de pessoas como Sakura Kinomoto, que do nada tentava tira a própria vida. Não sabia o motivo que levara a cometer a loucura, mas não compreendia o porque de uma garota tão bonita e saudável quere se suicidar. Ainda mais estando grávida. Será que sua alta estima era tão baixa para tentar contra a vida de um bebê.
-Muito prazer senhor... Mas agora me explicar o que está acontecendo?-perguntou intrigada.
-Deveria ser eu a indagar isso para a senhora!-rebateu sentando ao lado dela.-Antes de fala como está seu estado clinico. Quero saber o motivo que a levou a atentar contra a própria vida.
Sakura olhou para os olhos castanho do médico. O motivo era obvio, tão obvio que não precisaria palavras para descrever que sua vida já não tinha tamanha importância. A única pessoa que amava havia traído, e então porque deveria que continuar a viver? Deus havia sido tão cruel a ponto de lhe tira a única dádiva que tinha... Que era de conceber um filho. Seu destino era ser infeliz. Então porque? Por que continuar a viver?
-Não tinha mais motivo para viver... Por que continuar nesse mundo se meu único alento para viver tinha me abandonado.-falou olhando para os pulsos enfaixados sentidos a lágrimas rolarem sobre sua face.
-Então a senhora acha que sua vida é um vacúolo no escuro? Sua vida é tão insignificante assim.-falou sabendo que teria que ser duro com a garota. Naquele momento havia sim uma pessoa que precisava dela.-Não é bem assim senhora Li? A vida é algo especial demais para ser perdido, ou melhor, jogado fora... A senhora deveria ter vergonha de seu ato.
-Às lágrimas teimavam a cair sobre seu rosto. Não podia se abrir com aquele homem. Mal o conhecia e ele não tinha o direito de julgá-la. Só ela sabia o quando estava sendo duro é difícil admitir que seu marido havia feito a escolha certa em abandoná-la.
-O senhor não sabe o que fala...-disse amarga.-O que resta para uma mulher traída e estéril a não ser o suicídio.
-Como assim estéril?-perguntou o médico confuso.-Tem certeza?
-Sim, há meses atrás meu ginecologista me informou que sou incapaz de gera filhos.-disse amarga.
Era uma lembrança tão dolorida como humilhante. E sabia que esse era o pivô de sua separação. Cada vez que pensava na foto, sentia o ódio e rancor por Shoran e logo em seguida o desespero e vontade de morrer.
-Então isso só pode está errado!-falou o jovem pegando as mãos da paciente.
-Como assim doutor?
-Para mim a senhora é saudável.-falou entendendo um pouco do sofrimento da jovem.-Tanto que está gerando um filho...
-O que...? Como assim?-Sakura perguntou confusa tentando de todas às maneiras assimilar as palavras do médico.-Mas... Mas isso é impossível.
Entendo que esteja confusa, mas nunca estive tão certo do que falo. Não sei nada sobre seu histórico médico, mas posso garanti que às vezes acontecer milagres... E isso nem mesmo a medicina têm o poder de explicar.- Satoru disse estendendo o lenço para Sakura.
Sakura sentiu os olhos inchados começarem a verte lágrimas novamente. Já não sabia se era de felicidade ou de tristeza. Há dias, meses, horas e segundo vinha a perseguindo. Agora que tinha um bebê não tinha um marido... A felicidade completa não fora feita para ela.
-Acho que essa é hora de você pensar mais em si mesma e no seu filho.-o jovem falou se levantando da cadeira.-Não sei o que aconteceu entre à senhora e seu esposo, mas sei que essa criança merece nascer...
a última coisa que imaginaria era que estava grávida. Era difícil imaginar que estava gerando uma vida em seu ventre que até a pouco era estéril e desprovido de vida. Não iria mais atentar contra a própria vida, pois agora tinha um grande motivo para viver. Não sabia o que faria de sua vida, mas tinha certeza de que não ficaria na mansão que fora dela. Já não tinha condições de permanecer casada com Shoran. Talvez fosse um escândalo para sua família, mas não seria a primeira ou muita menos a última a ir ao tribunal para pedir a anulação do casamento. Nunca mais seria de Shoran...
-Eu sei senhor...
-Por favor, não me chame de senhor e sim de Satoru. Não sou tão velho como aparento.-ele replicou de forma simpática.
-Eu jamais voltarei a cometer tamanha loucura, senhor... Quer dizer Satoru.-forçou um sorriso. Já não tinha a mesma capacidade de sorri... Talvez incapaz de tal ato por muito tempo.
Havia gostado muito de Sakura. Ela mesma triste tinha um brilho no olhar, além, de ser uma bela mulher. Seja o que for que o marido de Sakura havia feito para ela cometer tamanha loucura não podia nada menos nada mais de chamá-lo de burro. Uma mulher tão bonita como aquela não merecia está ali sozinha.
-Bem, agora tenho que ir. Mas espero que melhor senhora Li.-falou abrindo a porta.
-Espere... Quero apenas fazer um pedido para o senhor, ou melhor, você.
Não queria que por hipótese alguma que a notícia de sua tentativa de suicido virasse fofoca em jornais de baixo escalão como aquele que havia desmascarado o marido há horas atrás. Além do mais não queria que o pai tivesse uma má impressão dela... Pois sua mãe havia cometido suicídio há anos atrás, e essa memória ainda era viva na mente de todos. Se dependesse dela nem mesmo Shoran saberia de sua intempestiva loucura.
-Claro, se estive ao meu alcance terei um prazer enorme em te ajuda.-falou o médico voltando a fechar a porta.
Satoru nunca havia se sentido tão encantado com uma mulher do que agora. Há horas atrás ela estava estendida numa mesa toda ensangüentada, mas mesmo assim a beleza dela não havia desaparecido. De uma certa forma era a mulher que sempre havia sonhado.
-Por favor, não fale para ninguém que tentei suicídio... Meu pai já é um senhor de idade não suportaria esse comportamento vindo de mim.
-Compreendo... Tentarei ser discreto.-ele falou sorrindo.-Não contarei nada a ninguém, mas sua amiga que te trouxe sabe da história...
-Eu sei, mas Tomoyo é muito discreta.-disse séria.
Naquele o que menos importava era ela. O que mais importava era seu bebê... Temia muito perde o apoio de seu pai. Fujitaka bem ou mal é sua família. À parte mais egoísta de sua mãe, mas mesmo assim o amava.
-Agora tenho que ir, mais tarde venho vê como está.-disse voltando a abria a porta.
Sakura observou o médico sair. Em fim pode descarregar tudo o que estava preso... Temia tudo, até mesmo o fato de perde aquela criança. Não era certo esconder seu filho de Shoran. Afinal não era tão desonesta como ele, mas não aceitaria ajudar nenhuma dele. Sabia que ele seria muito feliz com a mulher que havia escolhido. Não devia mais se estressar. Teria apoio que merecia de Touya e Tomoyo.
"Eu irei te proteger..." pensou ela pondo a mão na barriga. Naquele momento se sentiu viva depois de muitos meses. Aquele bebê era à força dela. A força mais poderosa... Não iria desisti dele jamais.

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"Devido à chuva forte chuva que assolou a capital hoje a tarde o transito registra ao maior índice de congestionamento. No momento há motorista levando até cinco horas para completa um percurso que normalmente é feito em meia-hora. Sugiro até que quem pretende sair de casa há não a sair, pois o mar, ou melhor as ruas não estão para peixe hoje".

Shoran escutou desanimado o repórter falar. O motorista do Táxi tinha grande dificuldade para dirigi. Há minutos que o carro não saia do lugar... Estava tão nervoso que estava a ponto de abandonar o carro e segui a pé. Já não agüentava mais a saudade e algo lhe falava que havia alguma coisa de errado. Fazia horas que tentava ligar para sua casa e não conseguia. O celular de Sakura estava desligado... Tinha um pressentimento que algo de muito ruim havia acontecido.
Tudo estava dando errado. Aliás, tudo estava errado há meses, mas só agora que ele fora cair na real. Temia ser tarde demais... Sakura estava sozinha. Era bonita e inteligente que homem não se encantaria por ela? Só um homem cego não enxergaria a beleza de Sakura.
Não restava mais nada a ele há não ser voltar para casa, e torce para que o amor dela por ele tenha apenas crescido e não sumido. Agora só restava a ela dizer o que sentia de verdade por ela.

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Tomoyo estava ao lado de Sakura não conseguia segura o próprio choro. Sentia-se terrivelmente culpada pela a aquela situação... Não gostava de se senti culpada por destruir uma família. Sakura não merecia estar ali... Não merecia está sofrendo.
-Por favor, Tomoyo sem drama...-Sakura falou enxugando as lágrimas da amiga.
-Como não posso chora se me sinto mal por vê você nessa situação? Eu sinto que sou culpada por...
-Shhhh, você não é culpada por nada.-disse olhando paras os pulsos.-A única culpada aqui sou eu... Fui fraca ao não enxergar que havia uma vida precisando de mim... Fui precipitada.
Às palavras seguras da amiga não lhe trazia muito conforto, mas percebia que havia um brilho diferente naqueles olhos verdes. Por algum motivo não conseguia decifra os segredos dela. E isso não a deixava nem um pouco feliz.
-Sempre fui uma esposa submissa... Amei muito ele como nunca amei ninguém.-Sakura voltou a falar.-E vou continuar amando ele, mas de uma forma diferente... Tomoyo eu estou grávida.

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Shoran sentiu um frio na espinha quando avistou a imponente mansão a escura. A sua insegurança apenas havia aumentado com o passar das horas. Já passava das dez da noite quando conseguira chegar em casa. Sua única esperança era de encontrá-la dormindo. Afina Sakura sempre dormiu cedo e acordava sempre muito tarde. Quanta a falta lhe fazia...
Tinha tanto medo de não encontrá-la em casa que demora ou mais de cinco minutos para abrir a porta. Levou um susto ao percebe que não havia nenhum empregado na casa... Até o momento não fora informado sobre a mudança no horários dos criados.
-O que está acontecendo aqui...? –praguejou baixo subindo a escada.
A cada degrau que subia mais seu coração batia, sua respiração ficava ofegante. Seu maior medo era de não mais achá-la. Depois de semanas que havia passado em silêncio dava motivos para ela queira ele bem longe dela. Rezava para todo o qualquer tipos de Santos ou Deuses para que ela estivesse ali em seu quarto dormindo, pois não sabia do que seria capaz se descobrisse que ela o havia deixado. Com certeza seria uma facada mortal em seu humor explosivo.
-Droga... Por que tiver que ser tão cabeça dura...-praguejou novamente subindo de dois em dois o degrau.
Shoran sentiu o coração subi pela a boca ao avistar a porta do quarto de ambos. Não havia o que temer... Mas mesmo assim sabia que tinha posto muito a perde. Só de pensar que ela pudesse ter visto aquela maldita foto tremia de ódio.
Não escutava nem um ruído, ou indicio que ela estava ali. Tudo lhe pareceu assustadoramente morto... Não conseguindo formula seu pensamento Shoran abriu a porta. Seu coração batia em um ritmo desigual. Sua mente não o deixava em paz... Temia ter sido passado para trás. Tinhas as mãos molhadas de suor ao percorre o quarto escuro.
Para seu desespero não a encontrou no quarto. Naquele momento soube que ela não estava em casa. A certeza de que ela o havia deixado se abateu por ele como a força de um tornado. Precisava saber se as roupas dela ainda permaneciam ali... Talvez ela estivesse ido apenas passa a noite ao lado do pai idoso, pensou tentando se acalma.
Correu na direção da porta do banheiro que abria um caminho para o guarda roupa. Parou abruptamente.
-Meu Deus... Não...
A macha de sangue escura contratava com o branco do azulejo do banheiro, ao pé do batente da porta do banheiro . Shoran ficou ali parado, tomado por um medo de que jamais sentira antes. Mal podia respirar.
Sua mente fervilhava de emoções novas. Estava mais desesperado e se apegava a esperança de não ser dela o sangue. Sem força, Shoran caiu no chão e viu que havia um papel estendido ao seu lado. Com a mente em branco, Shoran pegou o jornal aos poucos foi sentindo o ódio e desespero tomar todo o seu corpo... Naquele momento teve certeza de que havia perdido ela para sempre... Era tarde demais. Naquele momento sua mente só tinha uma pergunta: "Onde estava ela?"

ooooooo

Sakura olhava para janela e via como o naquele quarto. Tinha medo de tudo e de todos... Sua família estava feliz com sua gravidez dia estava bonito. O sol brilhava poderoso, ela não tinha animo para nada a não ser ficar ali, mas não ousavam a perguntar sobre Shoran. O que mais dói era o fato de saber que Shoran estava no Japão e sabia que ela estava ali, mas não fez nenhum esforço para vim procurá-la. Talvez estivesse preparando a casa para recebe a amante. Pensou triste colocando a mão no ventre.

Somos apenas dois... Mas ainda amo seu pai.-disse sentindo mal.

As únicas pessoas que a ajudavam era Tomoyo e Satoru. Touya estava viajando... Mas sempre que podia ligava para ela. Era até melhor que ele estivesse afastado, pois seu irmão não deixaria Shoran em paz. E naquele momento o que mais queria era distancia de tudo o que era do interesse de seu marido.

Já não estava correndo risco de saúde, mas Satoru havia achado por bem continuar ali repousando. Era incrível, mas aquele médico havia virado seu melhor amigo. Contava para ele todas suas incertezas e medo.

Fechando os olhos repensou em tudo o que havia ocorrido naqueles dias. Talvez seu casamento fora destinado ao fracasso, mas mesmo assim não podia deixar de amá-lo. Talvez Satoru estivesse com a razão... Agora não era hora de pensar nela, ou muito menos em Shoran. Agira tinha uma prioridade. Que era aquele bebê...
-Sakura...-uma voz familiar a chamou.
Por algum momento acho que aquilo fosse um sonho, mas assim que abriu os olhos viu que era ele que estava ali. Tinha a consciência de que estava pálida e muito mais magra do que antes. Embora estivesse grávida, e tudo isso devido à depressão e o estress que havia sido causado por ele...
-Preciso muito falar contigo.-ele voltou a falar decidido.
Sakura não teve outra opção a não ser nomear a cabeça. Shoran tinha aparência saudável, mas, porém, havia uma inexplicável tristeza naquele olhar. Aquela simples constatação a deixou sem fala.
Shoran tinha os olhos congestionados. Há dias que não sabia o que era dormi. Carregava um enorme peso nas costa. Não estava mais trabalhando e comia muito pouco... Tentava de todas as formas luta contra a depressão que o cercava a cada vez que pensava em Sakura e no que ela tinha sofrido por causa de seu silêncio.
Há dias vinhas tentando ter coragem para enfrentar ela, mas tinha vergonha. Antes não tivesse tido culpa, mas o pior que tinha, pois havia dormido com Katrina. E sabia que aquela noite impensada poderia ter gerado um fruto indesejado. Não poderia submeter Sakura aquilo. Por causa dele ela havia sofrido muito.
Mas sua vontade de vê-la fora mais forte que a razão, e agora estava ali frente a frente com ela. Sakura estava pálida e mais magra... Não podia deixar de se senti um miserável por causa disso. Se ela estava ali era por sua culpa... O seu único alento era o fato de está pior que ela.
-O que você quer comigo?- a voz fraca dela perguntou.
Ela já não tinha mais a felicidade de antes. Sua expressão embora serena era triste. E ele sabia que o único culpado daquilo era ele.
-Preciso muito e explicar...
-Não há nada a ser explicado...
-Sim, mas tenho muito que falar com você.
Precisava dizer para ela tudo o que estava entalado em sua a boca há anos. Já estava conformado,mas não diria adeus antes de falar tudo o que sentia por ela.
-Eu sei que não tem explicação, pois uma foto e sempre uma foto, mas... Eu nunca amei Katrina...
Sakura sentia que mil facadas atravessavam seu coração. Seria melhor o silêncio dele do que aquela revelação machista da parte dele. Além do mais não acreditava nas palavras dele.
-Claro, que você nunca amou... Você apenas usava sua jovem secretaria para satisfazer seu desejo insano.-disse cinicamente.
-Não, eu nunca toquei nela até aquele dia.
Não havia justificativa para nada que ele tinha feito. Não o culpava, mas não o podia perdoá-lo. Queria que aquilo acabasse logo antes que não conseguisse segura a próprias lágrimas.
-Você não me deve explicação alguma Shoran...
-É claro que devo, Sakura.-disse aproximando dela.-Você é minha mulher, e eu te amo... Você não sabe o tamanho do meu amor por ti, até eu mesmo não sabia até o momento que te perdi.
Shoran a tocou no rosto. Por algum momento Sakura pensou que iria fraqueja... Ele era um hipócrita, e jamais poderia saber o que era amor. Quem amava não trairia como ele havia feito.
-Shoran, por favor, se retire... Não quero mais escutar nada que queira falar...
-Sakura...
-Shhh, eu estou em um estado delicado Shoran. Por favor, me deixe sozinha.
Nervoso Shoran sentia que poderia perde o controle, mas sabia que não seria bom. Devia obedecer... Entrava em pânico só de pensara que ela podia ter um ataque nervoso novamente.
-Certo, eu vou embora.-ele falou abrindo a porta.-Mas antes de tudo tenho que dizer o que sinto por você.
Com o coração em pulo, Sakura deu as costas para ele levando as mãos ao frente. Sentindo as lágrimas salgadas caírem em seu rosto.
-Eu amo você... Nunca ouve mulher nenhum que me fizesse perde a razão como você me fez. Eu perdi...-falava em um tom amargo.-Mas nunca irei te esquecer... Nem você e nem a essa criança...-concluiu fechando a porta.
Não segurando às lágrimas, Skaura caiu na cama e chorou em silêncio. Estava sofrendo, mas aquela tristeza não iria dura para sempre, pois nada na vida era eterno. Um dia iria olhar para trás e dar risada. Não era mulher para ele... Mas mesmo assim o amava.
-Eu também te amo...-sussurrou abraçando o ventre.
Aquela era sua única esperança... Seu único motivo para estar ali. E único motivo para nunca mais olhar para a cara do amor de sua vida.


Um abraço para Miyazawa Yukino-Erika, Lan Ayath, Bella-Chan, June Amamiya, Sakura 14, iab, MeRRy aNNe, B166ER, Carol e DarkAngel.

Por favor, deixem review. Não custa nada vai!

Bjs!

Anna