N/A: Gente desculpa mesmo pela demora... Eu odeio quando tenho que esperar tanto tempo para um update, por isso sei como se sentem..... Eu sei que esperavam por mais Will e Samara, mas esse capítulo é sobre o Jack... Peço desculpas novamente pois tive dificuldade em caracterizar nosso amado pirata, mas espero ter feito um trabalho até que decente e tentarei torná-lo mais engraçado nos próximos capítulos...Aqui está então, espero que gostem.

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Capítulo 4 - Jack

* sonho*

O céu estava cinzento e o mar agitado. Chovia muito e os ventos estavam fortes. Ninguém conseguia enxergar devido à neblina.

            Ele se virou para falar com Gibbs, mas esse estava ocupado duelando com um homem desconhecido.

            À sua esquerda, Anamaria se encontrava no chão. Estava ferida e havia sangue por toda sua volta.

            Ele tentou levantar-se mas algo o impedia. Sentia-se tonto, seu peito doía, parecia que suas costelas fossem quebrar. Ao olhar para cima entendeu o motivo de sua dor. Um homem alto, forte e careca, cheio de tatuagens pelo corpo, sorria triunfantemente, como se tivesse achado um enorme baú cheio de ouro e pedras preciosas. Olhando para seu peito, reparou que o homem o empurrava para baixo com seu pé e que o ameaçava com uma espada em sua garganta. Ao olhar de novo para cima, sentiu uma enorme dor e tudo se tornou preto.

*fim do sonho*

            Jack levantou rápido, 'Aquilo foi um sonho?' se perguntou. Olhou a sua volta e reparou que se encontrava em uma cela úmida, provavelmente em um navio, já que podia ver o mar pela pequena janela na lateral da cela.

            A única coisa que sabia sobre onde estava era que este não era seu querido Pérola Negra. Não vendo ninguém por perto, Jack resolveu esperar e começou a imaginar um modo de escapar.

            Passadas algumas horas, Jack ouviu passos em sua direção. Continuou deitado com os olhos fechados.

            — Sr. Sparrow, a madame exige sua presença. – disse uma voz rouca e exigente.

            — É Capitão Sparrow! – disse Jack sem se mover.

            O desconhecido riu friamente abrindo a cela. Jack estremeceu involuntariamente e virou-se para ele reconhecendo-o assim que o viu. Era o mesmo cão sarnento que o havia prendido ao chão no Pérola Negra.

            Jack levantou-se, encarando-o com sua sobrancelha arqueada, o que lhe deu um aspecto de deboche. O carcereiro tomando isso como um desafio, partiu para a violência e impacientemente empurrou Jack para fora da cela em direção ao andar superior. Ao chegar diante do aposento onde era esperado, este jogou-o sem cerimônia, fazendo com que Jack fosse ao chão.

            Jack reparou que o aposento em que se encontrava era grande. Véus finos e coloridos estavam presos ao teto e à parede, formando uma espécie de tenda. Ao centro havia uma mesa de madeira escura, onde um banquete estava servido. Sentada numa cadeira de espaldar alto na ponta da mesa estava uma bela mulher de cabelos longos, escuros e brilhantes, com olhos de um preto profundo que pareciam perfurar Jack devido sua intensidade.

            Assim que se levantou do chão, Jack sentiu o vento produzido pela força com que a porta às suas costas foi fechada. Ajustou sua roupa do melhor jeito que podia e voltou a olhar sua anfitriã.

            — Não ligue para Bianor, o que tem em músculos lhe falta em modos! – disse a mulher com uma voz rouca mas melódica.

            Jack continuou a observá-la sem responder.

            — Sente-se. – continuou a mulher não se importando com a falta de reação de Sparrow.

            Jack continuou imóvel.

            — SENTE-SE! – repetiu a mulher com mais força. Seus olhos se tornaram amarelos por um breve momento e Jack sentiu como se algo o puxasse em direção a cadeira à sua frente, e contra sua vontade sentou, fazendo a mulher sorrir satisfeita.

            — Quem é você? – perguntou Jack espantado ao ver que não conseguia levantar.

            — Meu nome é Acemira.

            — O que quer de mim? – perguntou Jack, desconfiando cada vez mais da mulher.

            — Direto ao assunto agora, hein? Sempre soube que você adora enrolar os outros... – respondeu Acemira sorrindo e arqueando uma sobrancelha de modo curioso, expressão muito familiar a Jack.

            — Bom, quero saber exatamente por que atacou meu barco e me fez seu prisioneiro... – disse Jack.

            — Tudo bem! Você sabe como para chegarmos a alguns lugares precisamos de certos "talentos"? – disse Acemira olhando firmemente para Jack. – Digamos que eu queira ir a uma certa ilha, mas para chegar lá eu precise de alguém que já esteve lá... é aí que você entra! – terminou.

            — Você quer ir a Isla de Muerte. – afirmou Jack.

            — Exatamente! E como ninguém em minha tripulação esteve lá precisávamos de alguém do Pérola.

            'Ela podia ter pegado qualquer um no Pérola...' pensou Jack, 'A não ser...'

            — Sinto que este não é o único motivo por que fui o escolhido. – disse Jack sério.

            — Nada passa despercebido por você, huh?! – disse Acemira rindo. – Mas agora só preciso que me mostre o caminho para a ilha.

            '"timo, mas uma tripulação amaldiçoada...' pensou Jack, observando Acemira comer.

            — Ah, eu sei sobre a maldição do tesouro asteca, não vou lá por ele. – completou Acemira, vendo o rosto pensativo de Jack.

            'Ela consegue ler pensamentos...' ponderou Jack e em resposta Acemira respondeu:

            — E não leio pensamentos... ainda... mas posso ver o que pensa em seus olhos. Você precisa trabalhar mais nisso. – e com isso se retirou por uma porta lateral.

            Jack não acreditava no que havia presenciado. Logo após a saída de Acemira, a força que o prendia à cadeira se dissipou. Ele levantou e tentou abrir a porta mas esta estava trancada. 'Acho que ficarei aqui por um tempo' pensou.

            Andando pelo quarto descobriu uma cama atrás de uma tapeçaria e deitou-se, tentando juntar todas as pistas que tinha para descobrir qual era o objetivo da estranha mulher.

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            Na manhã seguinte Jack acordou ao cair no chão. Ao levantar notou Bianor do outro lado da cama rindo.

            — A madame deseja vê-lo no deck. – disse Bianor jogando um prato com frutas secas na cama para Jack. – Coma rápido, estarei na porta esperando.

            Jack comeu lentamente, não ligando para a ordem do brutamontes. Ouviu a porta se abrindo e passos rápidos se aproximando. Em segundos sentiu-se sendo arrastado para fora do quarto, agarrado pela camisa escada acima.

            Ao chegar no deck, Jack teve que fechar os olhos devido a forte luz. 'Até parece que fiquei dias no escuro'. Quando finalmente conseguiu abri-los novamente já se encontrava ao leme ao lado de Acemira.

            — Bom dia Jack! Deve ser ótimo ver o sol depois de tanto tempo. – disse Acemira sem tirar os olhos do horizonte.

            Jack odiava o sentimento de não poder esconder nada dessa mulher.

            — Quanto tempo fiquei inconsciente? – perguntou.

            — Alguns dias, perdi a conta. Agora chega de bate-papo, mostre-me o caminho a Isla de Muerte.

            — E por que lhe falaria o caminho? O que ganharei com isso? – perguntou Jack tentando se aproveitar com a informação que tinha.

            — Mais tempo de vida! Ou prefere morrer agora? – respondeu Acemira, seus olhos mais uma vez tinham um tom amarelado.

            — Eu posso aceitar isso... – respondeu Jack imediatamente, mesmo duvidando de que fossem matá-lo naquele momento, não estava com vontade de ver o que aquela mulher era capaz de fazer quando provocada. Então começou a guiá-los.

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            Os dias passaram e Jack guiava o barco a Islã de Muerte.

            — Quanto tempo até chegarmos? Você me disse que já estaríamos lá há uma hora atrás. – disse Acemira.

            — Estamos... – disse Jack olhando a frente.

            Acemira e Bianor olharam na mesma direção de Jack e viram altas pedras se formando como se aparecessem do nada.

            — Bem vindos a Islã de Muerte! – disse Jack sarcasticamente.

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            Assim que a noite chegou Samara, Will e Alfred foram jantar na cozinha.

            — Eu sei que vocês disseram que não sabem quem seqüestrou Jack, mas sinto que há algo mais por trás disso... – disse Will olhando para os outros dois.

            Sam e Al se entreolharam e Al finalmente respondeu:

            — Bom, suspeitamos de duas pessoas. O casal foi visto perguntando por Jack e o Pérola nas várias ilhas por onde passamos a procura de Sparrow.

            — A única coisa que sabemos sobre eles é que a mulher é magra e tem cabelos pretos, e que o homem é forte, careca e tatuado. – completou Sam.

            — Isso ajuda... – disse Will rolando os olhos, o que fez Sam sorrir.

            — É, bom, pelo menos sabemos onde estão indo... Só espero chegar a Jack antes que seja tarde. – disse Sam, seu sorriso sumindo. Alfred abraçou-a tentando confortá-la.

            Will sentia vontade de fazer algo para alegrar a garota. Ficou admirado ao ver a relação entre os dois.

            — Não se preocupe Sam, tenho certeza de que Sparrow achará um meio de escapar. – disse.

            — HA! Com certeza ele irá tentar. – respondeu Samara balançando a cabeça. – Ele tentaria enganar uma pedra para que saísse de seu caminho se fosse possível.

            Will e Al riram com esse comentário. Sam sentiu-se melhor com o som das risadas.

            — Aye, Sam! Jack e seu papo fiado. – disse Al enxugando lágrimas dos olhos de tanto rir.

            — Não considero o dom de persuasão de Jack como "papo fiado". – defendeu Sam. – É mais como um talento.

            Will engasgou com sua bebida.

            — Talento? – começou Will. – É, acho que pode ser considerado um talento. Não é qualquer pessoa que consegue enganar Norrington. A não ser você, certo Sam? – disse sorrindo para ela.

            Um leve tom avermelhado apareceu no rosto de Sam.

            — Bom, tive um bom professor. – disse  - Mas não sou a única que aprendeu a arte de enrolar as pessoas... eu sei sobre seu primeiro encontro com Anamaria. – completou olhando para Will, tentando segurar a risada.

            — Ah, Jack não consegue ficar quieto não? – disse Will rindo também. – Tínhamos que arranjar bons marujos, só dei um empurrãozinho a Jack.

            — Estou certa de que foi só isso – disse Sam provocando Will – afinal, ferreiros não são conhecidos por sua lábia.

            Will sabia que estava sendo provocado, mas gostava desse lado divertido de Sam. 'Os olhos dela se iluminam quando ela ri.' Pensou.

            — Hey, eu tenho sangue pirata sabia?! Meu pai era Bootstrap Bill! – disse fingindo estar indignado, mas seu sorriso mostrava o contrário.

            Sam riu, mas sua risada foi interrompida por um bocejo.

            — Desculpa, mas acho que os eventos do dia me deixaram mais cansada do que pensava.

            — Não precisa se desculpar, já é bem tarde. Acho que vou me retirar também. – respondeu Will levantando e oferecendo a mão para Sam, que também se levantou. Ela virou-se para dar boa noite para Al, mas não o encontrou. – Acho que estávamos tão distraídos que não vimos ele indo embora. – disse Will ao reparar no olhar de Sam.

            Os dois saíram da cozinha e foram em direção aos aposentos. Ao chegarem em frente ao quarto que Will dividia com Alfred, os dois pararam e um silêncio, desta vez confortante, pairou entre os dois, até que ouviram o ronco de al vindo de dentro do quarto. Eles riram e Sam disse:

            — Boa noite Will, espero que consiga dormir com o monstro barulhento...

            — Boa noite Sam, e não se preocupe, meu mentor era pior.

            Will esperou até Sam sumir atrás de sua porta e só então entrou em seu quarto para descansar finalmente.

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Tânia-Sparrow: Valeu... Pode deixar que o Will e a Sam só estão começando!

Madam Spooky: Obrigada! Eu tinha que tirar a Elizabeth de cena de um jeito ou de outro... mas também tenho pena dela, coitada, quem gostaria de ficar com um homem chato daqueles?? E espero que tenha saciado a sua vontade de ver o Jack...

Suky: Espero que não tenha acabado com suas unhas... Qualquer coisa me manda a conta da manicure =oP

Poly Malfoy: Adorei seu sobrenome (sou fã do Tom Felton)! Obrigada, e concordo plenamente com você, o Orli é lindo!!!