NT/ A idéia da autora era de ser um só capitulo, mas a história ficou muito
extensa então tivemos que dividi-la. Aí vai a 2ª parte...
Quando o Presente Conhece o Passado (2ª parte)
Um estranho grupo de Grifinórios, composto por cinco meninos e duas meninas atravessaram a biblioteca para a sessão de Poções, o único lugar da imensa sala onde se permitia um determinado nível de ruído: dos borbulhantes caldeirões fervendo para preparar as poções que os livros ensinavam.
A menina alta, magra e de cabelo ruivo escuro levava em seus braços um caldeirão. Ao seu lado caminhava uma menina, mais baixa e corpulenta com uma impressionante quantidade de cabelo castanho ondulado. Ela levava uma pesada mala com ingredientes de Poções. Cada um dos cinco meninos levava ao menos dois grossos livros, além de brincar parar entre eles, e silenciosamente que suas gargalhadas lhes permitiam.
Um dos meninos, de cabelo grande e loiro dourado se separou do resto e se juntou a as meninas.
-Está vendo, Her... Lucy? Isto é genial! Remus tinha razão. Meu pa... James mudou muito em seu sétimo ano... agora suas brincadeiras são engraçadas... e agora não está mais humilhando a ninguém!...
-Já era a hora - grunhiu Hermione entre dentes.
-Estou falando sério... é divertidíssimo! Está vendo como insiste em bagunçar o cabelo?
-Eu prestei atenção -murmurou a menina-é ainda pior que você com a cicatriz... É sério, Harry - adicionou, aumentando a voz ligeiramente - não se parece um pouco com você?
-É que ele é é! Isto é o divertido...
Hermione colocou os olhos em branco e lhe olhou fixamente. Em fim, que menos se podia esperar de alguém que havia sido o melhor amigo de Ron-Eu- Vou-Ser-Monitor-Como-Gui-Weasley durante sete anos. Logo o pensou melhor.
-Sabe que eu te falo, Harry? Aproveite... já que estamos aqui... como seu pai era... e se despeça de Sirius.
O sorriso de Harry morreu por um instante. E a olhou friamente.
Hermione se estremeceu. Havia passado dois anos ajudando que Harry superasse a morte de seu padrinho, mas o menino insistia e insistia em que ele estava vivo... E ela sofria ao ver lhe ferido, como sofriam todos os também.
-Harry... por favor,... não me olhe assim. Só acho... que ele não pode voltar.
Não obstante o olhar de Harry não se abrandou e nem se irradiou, lentamente ele se juntou aos meninos.
-Se é o que você pensa, Lucy... mas ele está vivo. Eu sei.
Hermione balançou a cabeça. Nunca havia visto Harry tão convencido de nada. Será que ela estava enganada depois de tudo?
Mas Harry sabia a verdade. Enquanto a lágrima caía pela sua bochecha, sentia o braço de Sirius Black ao redor de seus ombros, teve que admitir a si mesmo que Hermione não havia estado enganada nem uma só vez nos sete anos que a conhecia. Nem uma.
Lily, que não havia ouvido a sussurrada conversa de seus novos e estranhos amigos, deixou o caldeirão em uma de as muitas mesas vazias, e Hermione colocou a mala a seu lado.
Depois disto ela foram até as estantes procurar mais livros.
***
-Oi.
-O que quer, Potter?- grunhiu Hermione. Ela não via nem um pouco de graça nas brincadeiras do pai de seu amigo. Tinha caído na sua concepção desde que havia ouvido a confissão de Harry sobre o que havia acontecido no escritório de Snape. E agora não podia perdoá-lo. Sirius era outra história. Ele era o típico brincalhão... completamente diferente ao adulto que eles haviam conhecido, foi muito aliviador descobrir a coisa agradável que tinha sido o adulto amargo em sua infância. Remus era muito mais calado e tímido, observava tudo com cuidado e em especial Harry e Hermione. Em outras circunstancias, isto teria fascinado a Hermione, mas neste momento só a inquietava. E Pedro... bom, como uma vez Sirius havia dito, passava mais tempo atrás dos mais fortes, e a Hermione lhe agradou descobrir que o incluíam nas suas aventuras mais para não aborrece-lo do que pelo bem de tê- lo. Sim Pedro deveria ter sido Sonserino, teria sido um Seboso II.
Hermione balançou a cabeça. Havia se distraído e James falava (provavelmente de si mesmo) e não tinha nem idéia do que ele estava falando. Por que ele estava tão perto dela. O que demônios se passava na cabeça dos meninos desta época? Todos se aproximavam mais do estritamente necessário...
-Mas vamos deixar de falar de mim... deduzo pela sua... cara que o quadribol não é um de seus esportes favoritos. Mas... ¿Existe algum menino do futuro que se possa se chamar de "namorado de Lucy"? Eu não gostaria que algum menino novo e forte de 17 anos venha me bater quando eu for um velhinho
Sem querer tentar entender este último comentário, Hermione olhou a James friamente.
-Não... mas pelo que entendi você tem uma namorada muito presente, e que te custou muito consegui-la. E que você não se arriscaria a perde-la.
-Lily não é ciumenta - grunhiu James, e Hermione percebeu que o menino estava enfadado com isto. Então entendeu na hora... James flertava com outras meninas para enciumar Lily, mas ela não reagia porque sabia que ele nunca lhe traia... e o que era divertido, pois todo mundo chamava ao menino de "Pontas". Sem poder evitar a menina sorriu, e James, tomando isto como um bom sinal, ocupou alguns centímetros vitais do espaço de Hermione.
-Então... você também gostou?-perguntou o menino com expressão triunfal. Hermione decidiu que não seria combustível do ego do pai de um amigo... era repugnante!
-Sabe, Potter? Este é o teu defeito... é um metido. Não suporto os metidos.- declarou, agudamente.
Hermione se pois em pé, e deu de cara com Sirius. Que, a pesar de ter mesma idade lhe dobrava a estatura.
-Está vendo isto, Almofadinhas?-grunhiu James, levantando e atrapalhando Hermione.- Uma fera...
-Sim... está se metendo com um profissional, menina.-riu Sirius.
-Ah sim?-perguntou Hermione desafiante, e segurando sua varinha com força.- e que classe de profissional você é?
-Bom... um não muito grande - suspirou Remus, se aproximando deles e separando Hermione com braço dos outros dois.- Está desafiando nosso galã... até agora Lily era a única menina que havia resistido... de modo que agora ele lhe atormentará durante sete anos até que por fim se de por vencida, mais por aborrecimento que por outra coisa e aceites sair com ele... isto se não conseguir voltar antes a sua época.
-Explicado assim é um pouco triste, Aluado.-murmurou James, olhando seu amigo com expressão de cachorrinho abandonado.
-Patético, mas bem - riu Sirius...
- Então se supõe que é romântico - exclamou Pedro, unindo-se ao grupo.- outros também a quiseram! Lily é a menina mais bonita de a escola. E James é o único que suportou desde que era pequena! Concorda de que todos nos estranhamos de que um menino tão popular se caísse de desta maneira por uma menina assim?
-Sim.- sorriu Remus - E se lembram da bofetada que ela lhe deu no primeiro dia aqui na escola?
-A primeira de muuuuuitas...-riu Sirius.
-Eles não entendiam meu ponto de vista...-declarou James, sonhadoramente, passando um braço por a cintura de Lily, que se havia se juntado, seguida de Harry.
-Não... mas entendemos que seu ego vai a passar muito longe quando ELA aceitar casar se contigo...-riu Remus.
Todos se racharam de rir, sem dar conta de que o volume de ruído havia superado com os máximos de a biblioteca.
A bibliotecária se juntou a eles dissimuladamente, e lhes jogou um olhar que os levaria ao inferno. Todos voltaram a suas tarefas. Agora que Harry e Lily haviam voltado podiam continuar com a poção. Haviam traído um dos ingredientes que necessitavam: raízes de margarida azul.
-Por pouco Severo não nos vê - sussurrou Lily- Ainda está furioso pela espera de ontem... por isto demoramos tanto.
James se levantou e abraçou a sua namorada com os braços protetoramente, dando lhe um beijo na bochecha. Por um segundo Hermione brilhando que aquele era um ser repugnante e pode ver de onde havia saído a ternura de Harry.
-Fica tranqüila... Eu te protejo deste Seboso...
Lily pousou os olhos em branco ao mesmo tempo em que Hermione.
-Deixa Severo quieto, James. Com quem eu me que irritaria por causa do cabelo.
-Seria uma lástima...-sussurrou James, metendo o nariz entre o vistoso cabelo ruivo para plantar um beijo em na nuca de sua menina.
-Ele se encanta pelas bravas...-suspirou Sirius, olhando a Hermione avidamente - eu prefiro meigas... e eu me contento com uma.
Harry, recordando o clube de fãs de seu padrinho não pode evitar cair na risada.
-Eu também!-protestou James - E agora tenho a minha! Com um pouquinho selvagem pela vida inteira... antes era uma brincadeira... com a qual eu consegui a Lily...! Como poderia o mudar por uma menina de quem eu não sei mais do que seu nome?
-Nem isto...-sussurrou Hermione.
-Agora não sei se isto é meigo ou patético - murmurou Pedro.
-Tierno...-sussurrou Remus.
-Patético!-exclamou Sirius - Eu me referia a uma de cada vez... eu sou fiel... não muito duradouro, mais muito fiel... jamais cortejaria outra estando com uma que gosta de mim...
Hermione levantou as sobrancelhas... ele tinha algo do Sirius que ela havia conhecido escondido atrás do brincalhão. A verdade é que exatamente esta frase foi à última que havia ouvido do padrinho de Harry, naquele Natal do quinto ano... parecia que estava há anos luz de distancia... Hermione pode ver que uma vez os olhos de Harry pareciam úmidos...
-E você, Lucas?-perguntou Pedro...-o que é?... leal ou namoradeiro?
Harry piscou algumas vezes.
-Não sei... pra mim essas duas coisas me parecem muito extremas... não entendo por que não pode estar apaixonado de uma só menina, toda sua vida, sem necessidade de namorar outras.
Remus assentiu ligeiramente com a cabeça. Olhando algum ponto distante no outro extremo de a biblioteca. Seguindo a trajetória de seu olhar, Hermione pode ver uma menina de uns onze anos... de um chamativo cabelo rosa. Ela ria aos sussurros rodeada de outras meninas de sua idade, ao mesmo tempo que sacudia a cabeça, que no instante se tornava verde. Hermione suspirou. Remus sempre havia sido seu favorito. E o momento em que ele e Tonks se comprometeram, dois foram os mais felizes da Ordem da Fênix.
-E a verdade...-prosseguiu Harry - Não esperava que fosse assim... tudo isto é tão... brega...
-Brega?-repetiu James, aparentando confuso.
-É Uma expressão trouxa- explicou Hermione- e evidentemente não se utilizaram nos anos setenta...
-Olha!-exclamou James de repente - no futuro você nos conhece?- perguntou, ansioso e soltando Lily, e com os olhos brilhando de emoção.
-Eh... sim...-duvidou Harry - mas não muito...
-Que coisa! Vamos a ser famosos, meninos...-disse Sirius, batendo na mão de Pedro
-De mais -murmurou Hermione.-Um perseguido pela justiça até mesmo no dia em que morreu... outro transformará pouco mais do que uma legenda confusa para aquele que mais lhe quis... outro passara quase toda sua vida se escondendo até morrer como um traidor... e o outro sofrerá e sofrerá e sofrerá durante a metade de sua vida por algo que nem sequer tem a ver com ele.
Os quatro amigos olharam para Hermione com os olhos arregalados, e logo olhando se entre si com desconfiança.
-Creio que isto não é bom - murmurou Pedro.
-Acalmem-se - disse Hermione com um sorriso hipócrita - tirando uma exceção com final feliz... nenhum recebera mais do que merece...
-Creio que não devesse dizer lhes isto, Lucy- disse Harry secamente- Ao menos dessa forma.
-Com esta pouca informação não podem fazer nada, Lucas... Nem sequer tem maneira de saber quem é quem...
Harry balançou a cabeça. Hermione se, pois em pé e se dirigiu a uma das estantes de a sessão de transfiguração, para buscar um livro com o que pudesse transformar sua colher de ferro em uma de alumínio, para poder mexer sua poção sem perigo de converte-la em veneno.
Os demais a olharam afastar se, para continuar separando, classificando, cortando e triturando as raízes de margarida azul.
***
-Granger!
Hermione se assustou ao ouvir seu sobrenome e reconhecer a voz que o havia pronunciado. Virou-se lentamente.
-O que aconteceu, Severo?
-Estou procurando vocês por todo esse maldito dia! Por que não me avisou que ia falar com McGonagall?
-Porque não era necessário...-respondeu a menina, suavemente. Evitando a enlouquecedor olhar de Severo.
-Não sou necessário...-sussurrou Severo, tristemente. Hermione não pode evitar levantar o olhar... E se estremeceu. Nunca havia pensado que seu professor pudesse olhar assim...Decidida a não ceder nem um centímetro, se virou.
E continuou procurando os livros, sentiu que os braços de Severo a cercavam.
-Acredito que não o tenha me levado a serio?-murmurou na sua nuca, colocando o cabelo para o lado - que estava dormido e não sabia o que fazia? Eu sempre sé o que faço... O que digo...
-Severo... Por favor...- Hermione havia fechado os olhos. Ela a estava hipnotizando com essa voz. Essa voz que sempre a havia feito estremecer-se na sala.- Não sabe quem sou... de onde venho... me odiaria - murmurou a menina.
-Então talvez você deva me dizer... deve saber que nós os Sonserinos odiamos mostrar nossos sentimentos... então assim... eu acredito que estou...
Severo se interrompeo a sí mesmo. E obrigou que Hermione se virasse, para beijá-la. Ele já estava quase a beijando quando ela murmurou:
-Não... jamais poderia odiar te, é estúpido, repentino e ilógico... mas te quero de mais. Não sei como, nem porque... mas você me enfeitiçou.
***
-Hei! James! Olhe! O pequeno Seboso encontrou uma namorada!
James esticou a cabeça para ver o que Sirius via.
-Olhe! É verdade! É uma pena que ela venha do futuro, não? hahaha!
Ao ouvir isto, Lily e Harry se entreolharam e depois se levantaram para ver melhor a sessão de transformações. Efetivamente, Severo abraçava Hermione, e para desgosto de Harry... parecia que ele a estava beijando.
-Você gosta muito dela, verdade Harry?-perguntou Lily com seu melhor tom maternal.
Harry levantou o olhar para os olhos verdes de sua mãe, e logo olhou de novo e estranho par.
-Não... é que... Hermione não deve esquecer-se de onde vem... quem ela é... quem é ele em nosso presente. E sobre tudo... Eu não gosto dos Soncerinos. E menos ainda este Soncerino em particular.
Lily colocou uma mão no ombro de Harry.
-Não deve permitir que Hermione mude seu futuro, Harry.
-Eu sei. Esta é a única que eu sou obrigado a não intervir... a não impedir "isto". Se tem que acontecer, Lily... simplesmente não posso aceitar.
-O que quer dizer?-perguntou a menina, estranhando.
-Sempre notei Snape olhava pra Hermione de um modo diferente... pra mim era sempre com ódio, mas pra Hermione... com ela está sempre vidrado. O dia em que a trouxe de volta... quando a resgatou dos Comensais da Morte...vi que ele a beijava. Melhor dizendo: deixei de olhar quando compreendi que ele ia a beijar. Me dei conta de que ele está apaixonado de ela. Naquele momento não tinha sentido... depois, quando a ouvi falar de sua viajem ao passado. Soube que tinha que impedir, que tinha que vir com ela e evitar. Foi uma das maneiras de eu me explicar que eu também tinha que vir, e acabamos nesta época. Mais perto ainda de Snape.
Lily o olhou assombrada. Que ia dizer que um menino tão sensível pudesse guardar tantas coisas na sua cabeça. E secretamente, se sentiu orgulhosa.
-Então deve dizer lhe!- gemeu Lily - certamente ela não sabe e se sente culpada por estar mudando o futuro... deve contar lhe!
-Não posso!-murmurou Harry - Uma coisa é saber que um homem que odeia está apaixonado pela sua melhor amiga. Outra muito diferente é ajudar a sua melhor amiga se apaixone por ele.
Lily abraçou Harry. O entendia. O entendia muito bem.
***
Na sessão de transformações, Hermione havia conseguido que Severo se afastasse dela o suficiente para ser capaz de respirar. Virou-se e viu o livro que procurava. O examinou rapidamente e se encaminhou até a sessão de Poções. Severo a seguiu com o rosto franzido.
Harry e Lily haviam sentado e continuavam com a poção, apenas levantaram a cabeça ao ver chegar os outros dois.
-O que estão fazendo aqui Potter e seus Marotos? - grunhiu Severo.
-Ajudar nos a preparar uma poção - respondeu Hermione suavemente.
-Para que?-perguntou Severo, intrigado.
-Isto não te interessa, Seboso.-disse James.- cai fora.
-Eu não vou embora enquanto Hermione estiver aqui - gruniu o menino.
-Quem?-perguntou Remus, estranhando.
-É... meu segundo nome - explicou Hermione rapidamente. Mas Severo havia reparado em algo mais.
-Quem é o loirinho?-perguntou, curioso.
Lily olhou a Harry, e logo a Hermione, nervosa.
-Eh... Um amigo meu.-explicou, rapidamente, e rezando para que Harry não dissesse nada, ou Severo o reconheceria. mesmo assim, o Soncerino desconfiava.
-E onde esta...? Merda... não me disse seu sobrenome... seu nome era Harry o Barry?
-Harry!- exclamou Harry, ofendido. Severo lhe olhou levantando as sobrancelhas.
-Detenção com McGonagall.-improvisou Hermione. Os quatros Marotos davam a olhares de um modo estranho.
-Lucy- disse Lily suavemente- podes ir a dar uma volta com Severo se quiser. Nós nos encarregaremos da poção.
-¿Lucy?-sussurrou Severo, levantando uma sobrancelha.
-Mas...-protestó Hermione.
-Vá com ele - grunhiu Harry. Se deu conta de que era necessário tirar o menino da biblioteca.- Mas tenha cuidado com que faz...
-Mas eu não...
-Barry...-murmurou James - é um bonito nome para um bebê... imagina? Barry Potter...
-Harry é muito mais bonito!- protestou Harry rapidamente.
Hermione não teve mais tempo para protestar, pois Severo a havia pegado pelo braço e a arrastava para a saída.
-Mas se eu...-repetiu a menina mais uma vez, sem por nenhum outro tipo de resistência.
Uma vez fora de a biblioteca, Severo a abraçou com força e a pressionou contra a parede, beijando-a até que os dois ficassem ser ar.
-Mas...-murmurou a menina uma mais vez, com os olhos cerrados e em meio de um gemido.
-Tem se repetido muito ultimamente sabia? - riu o menino, roçando com seus lábios aos de Hermione.- Vem... vamos lá fora...
De novo a pegou pelo o braço e a levou aos terrenos do castelo. E sentaram perto do lago.
-Poderia estar fazendo isto eternamente...-murmurou Severo, roçando suavemente em uma das coradas bochechas de Hermione, olhando-a com ternura e admiração que ela jamais acreditou que alguém pudesse oferecer lhe. Hermione se estremeceu.- fique comigo, Hermione... fique aqui...
-Que?-perguntou a menina, tonta. Severo a abraçou fortemente, colocando rosto em seu cabelo.
-Se que vem de outro tempo... não volte com eles... não te necessitam tanto quanto...
Hermione obrigou que Severo se separasse dela. Havia chegado a conclusão de que era melhor conta lhe a verdade. Depois de tudo... o que de ruim que podia acontecer no futuro? Ele estava apaixonado por ela...
-Não sei como sabe disto, Severo, mas tem razão... eu venho do futuro. Um futuro no que você me odeia...
-Nos conheceremos? Então existe esperança.-murmurou Severo. E a Hermione apagou o brilho de seu olhar. Apagou porque supôs que era sincero...
-Não! Você... você me odeia neste futuro, Severo... não sei porque, mas sempre, mas odeia... Isto não deveria ter acontecido... eu não deveria ter lhe permitido... você tem que me odiar sempre, não estar apaixonado por mim!-gemeu a menina. Severo a olhou fixamente.
-Não tinha parado pra pensar que pode que ser esta a razão por que parece que te odeio?... o fato de ter me abandonado agora?
Hermione lhe olhou uns instantes com a boca aberta, compreendendo.
-Então tal vez... não estamos mudando o futuro, só assegurando de que se cumpra...-sussurrou.
-Não. Podemos muda-lo... não volte! Eu necessito de você... aqui... agora... não sei como demônios aconteceu... te conheço apenas há algumas horas! Mas tenho a estranha sensação de que te conhecia de antes... de muito antes... Sem você não seguiria...
-Mas você seguiu!-exclamou a menina, devolvendo o abraço pela primeira vez.- Sim isto tinha que ter acontecido... eu fui, e você seguiu adiante... fará grandes coisas, Severo, e outras não tão grandes... e no final do caminho... quando eu voltar ao meu tempo, me reunirei com você. Eu prometo.- sussurrou, roçando suavemente seus lábios. Tudo era tão repentino... se sentia como uma menina caprichosa e impulsiva... a sensação era tão delirante que não o podia evitar. Não o queria evitar.
-Está bem... está bem... mas me promete algo... Me promete você só vai me procurar se não me odiar. Não suportaria ter que conquistar te de novo... e talvez então eu não tenha o encanto e a juventude... estou certo... que idade...?
-Shhhh.... não me faça perguntas que não devo responder. Eu te garanto que jamais poderia odiar você. Eu já sei o que me espera, lembra? E não tenho medo... não quero que você o tenha...
Severo sorriu, e de novo aquele sorriso fez com que estremecesse a menina..
-Hermione... "Mensageira dos deuses aos homens"... não se qual era q mensagem, mas diz lhe aos deuses que de minha parte agradeço pela mensageira... Espero não ter que esperar lhe muito... não ponhas essa cara, não é por a diferencia de idade... é só que odeio esperar...
Hermione abraçou Severo com força. Logo se separou dele, e ele pegou suas mãos suavemente, beijando as pontas de seus dedos um a um.
Enquanto ela ria, ele pegou a outra mão, à esquerda. E a manga das vestes escorregou um pouco. Hermione, rapidamente, apartou a mão, mas antes de fazer, Severo conseguiu a ver algo. Algo que não quis entender.
-O que é isto?-grunhiu o menino com os dentes apertados. Apertou o pulso da menina com a sua firme mão, e deixou seu antebraço descoberto. Hermione não lhe impediu. Estava paralisada de terror. Este não era o Snape sinistro que ela havia odiado. Era o Severo, o menino da luz o que se havia apaixonado. O que pensaria dela ao ver a Marca Negra tatuada em seu braço?
-Você...-gemeu - você é...
-Não é o que está pensando...-tentou se explicar à menina.
-É uma Comensal da Morte!-exclamou o menino pondo se de pé, com expressão dolorida.-está me enganando... do futuro! Sim... isto... é uma espiã, verdade?...-os olhos de Severo pareciam um balde de lágrimas, ele se afastava lentamente, se afastando dela em direção ao castelo - Tenho que falar para Dumbledore... ele tem que saber...
E sem esperar mais nada se começou a correr pra escola.
Hermione ficou ali, sentada no jardim, olhando atônita para o menino. Malditos Soncerinos e sua natural desconfiança... porque não a havia deixado explicar?
Cansada, ela se levantou, e se dirigiu para a biblioteca.
***
Severo correu por todo o castelo até chegar a gárgula de pedra. Estava a ponto de dizer a senha, quando lhe ocorreu algo.
E se tivesse outra explicação? Hermione era muito doce... muito inocente para ser uma de eles... para se unir voluntariamente.
Tinha que ter uma explicação... e ela tinha tentado dizê-la!
Se chamando de idiota uma e outra vez, correu de novo para o lago, com a esperança de que ela ainda estivesse ali.
***
Uma lágrima de frustração e raiva caía pela sua bochecha, enquanto Hermione corria para a biblioteca. Como podia ter se iludido tanto para confiar em Severo Snape, mestre da Crueldade? Todas as palavras horríveis e os pequenos insultos que aquele homem lhe havia dedicado ao longo dos anos ressoaram em sua mente tão alta e tão clara como os incontáveis silenciosos olhares frios a suas ânsias de aprender, a suas inquietudes e pequenas ilusões e esperanças... Como havia se permitido se apaixonar por um homem que havia lhe causado tanta dor? E o que mais a inquietava... como havia conseguido derrubar tão facilmente o sólido muro que ela havia construído a seu redor, ante a promessa de não se deixar ferir nunca mais? Como ele havia conseguido?
Antes de entrar na biblioteca, Hermione esfregou os olhos com decisão, e com passo tranqüilo caminhou até a sessão de Poções.
-Menos mal que já voltou-cumprimentou Lily - a poção está pronta, e McGonagall nos espera em seu escritório.
Lily recolheu a poção, que já estava servida em dos copos, enquanto Sirius e James faziam desaparecer os restos de seu trabalho com um ligeiro movimento de varinha. Os cinco juntos começaram a caminhar para a saída da biblioteca, e Hermione se, pois a segui-los, mas Harry a pegou pelo o braço.
-Você estava chorando.-Não era Uma pergunta, era uma afirmação.
-Não.-mentiu Hermione, mas suas bochechas ficaram rosadas.
-O que aconteceu? Onde está Snape? - lhe perguntou ansiosamente enquanto se dirigiam a saída
-Eu. ele não confia em mim. Olhe, Harry. Agora sei porque sempre me odiou sem que lhe dissesse nada. nada se ele soubesse ao menos.
Harry a olhou confuso, enquanto caminhavam até a saída da biblioteca.
Deveria dizer lhe? Deveria dizer a Hermione que Snape nunca a havia odiado? Que era impossível que o fizesse agora?
***
-Muito bem, garotos. Obrigada pela inestimável ajuda. Podem ir indo.-disse McGonagall tranqüilamente.
-Mas Professora!- protestou James - Nós queremos ver como eles vão!
-Eu digo que não, senhor Potter. Despeça si quiser, mas tem que ir. A senhorita Evans pode ficar, e se encontrarem o senhor Snape lhes agradeceria que o enviassem aqui, também. Mas se ele chegar o não, Lucy e Lucas se vão em. 10 minutos, e vocês quatro não estarão aqui.
Os quatro amigos olharam para professora frustrados, mas lentamente se dirigiram a Harry, para se despedir dele um a um.
-Lucas. Foi um prazer lhe conhecer.-sorriu Pedro honestamente, enquanto sacudia a mão de Harry. O menino não pode evitar estremecer, enquanto dava a sorriso mais falso de toda sua vida.
-Até logo, Lucas.-sorriu Remus timidamente, agitando a mão de Harry e sem se dar conta de que seu comentário havia provocado uma gargalhada.- Nos veremos no futuro, estou certo.
-Eu também.-sorriu Harry, e desta vez o sorriso saiu do coração.
-É Uma lástima que tenha que ir - murmurou Sirius abraçando lhe com força, coisa que surpreendeu a Harry fora de seus limites.- Seria um fantástico Maroto. Seus pais ficariam orgulhosos.
-Não é a primeira vez que me diz isto.-sussurrou Harry, Sirius pareceu confuso, e Hermione sorriu satisfeita. Harry acabava de se despedir de seu padrinho. Agora por fim podia tentar ser feliz.
-Hee! Acho que vou ser famoso.-exclamou James, alegremente, envolvendo a Harry com um forte abraço.- porque não passa na minha casa no futuro? Podia te dar um autógrafo. Assim me recordo de você, tomamos umas cervejas contigo.
Todos caíram na gargalhada, e Hermione agitou a cabeça tristemente.
-É ainda pior que Lockhart.-murmurou. Isto chamou a atenção dos Marotos para ela, que foram em manada para que cada um dar lhe um beijo na bochecha.
-Tenho vontade de voltar a ver lhe no futuro - sussurrou Remus com os olhos brilhantes - tenho a sensação de que é de confiança. inteligente.- ia a dizer algo mais, mas foi bruscamente interrompido por Sirius.
-¡Ela é feroz! -exclamou, abraçando-a com força.
-Mas no fundo é muito doce e meiga, se nota - sussurrou Pedro, olhando-a com seus grandes olhos azuis. Hermione lhe olhou com uma sobrancelha levantada. E se viu obrigada a recordar que em algum momento este menino se converteu em um monstro traiçoeiro e assustado.
Sem medir a palavra, James se inclinou sobre ela, e em lugar de dar lhe um beijo na bochecha, lhe deu nos lábios. Hermione lhe respondeu com um sonoro bofetão.
-Até logo, Namorada de Seboso. Demonstrou-se uma verdadeira Grifinória. Outra não teria se atrevido a se aproximar.- sussurrou James com uma mão na bochecha - se cansar dele no futuro. E Lucas não dar se conta de o quão bonita você é. Passa na minha casa. Acredito que de você eu me lembrarei.Os quatro amigos se dirigiam para a saída, quando McGonagall lhes chamou.
-Venham fiquem lado a lado, bater uma foto.
-Bom!- exclamaram os dois meninos, e todos se amontoaram ao lado de Hermione, Harry e Lily.
-Sorriam!
-Xisssssss!!
Antes de que seu namorado saísse pela porta, Lily lhe pegou um braço.
-James, por favor, encontre Severo. Diga pra que ele tem que se despedir.- murmurou em seu ouvido.
-De por feito, preciosa - respondeu o menino, piscando lhe um olho.
***
Harry e Hermione olhavam os copos com a poção para voltar para casa. McGonagall havia voltado Harry para seu estado normal, e lhe havia dado o giratempo a Hermione. A menina já havia colocado a corrente ao redor de ambos.A corrente parecia mais curta, ou ele havia crescido muito desde a última vez, pois Harry não lembrava de ter estado tão perto de Hermione no seu terceiro ano.
-Sessenta segundos e descontando.-Disse McGonagall. Os dois amigos pegaram os copos.
-Um momento!-exclamou Lily.-Hermione. Quase esqueci, mas. se no futuro me ver obrigada a salvar a alguém. Eu terei usado este livro...- explicou, pegando um livro em suas vestes.- Me o deram quando eu era uma criança. Uma família com fama de ter bruxos como antepassado e viver em uma mansão encantada. A minha irmã sempre lhe aterrorizava estas histórias. Eu rezava para que fosse verdade. E aqui estou. Eram eles! A antiga família dos Evans. Vê o nome do autor? Era o primeiro proprietário da mansão da minha família em Godric Hollow. Godric Griffindor. Usem com cautela. Deixarei o livro atrás da madeira do assoalho com o desenho de uma Margarida azul no quarto das crianças, você lembrará?
-Obrigada.-murmurou Hermione, honestamente agradecida. Harry que não dava crédito a o que acabava de ouvir (a mansão dos Evans, em Godric Hollow. Sim era Herdeiro de Griffindor era por sua madre, não por seu pai como lhe haviam feito acreditar até agora!!) abraçou a sua amiga com força. Iriam juntos buscar este livro.
-Missão cumprida, Hermione!- exclamou Harry, inclinando a cabeça e roçando suavemente seus lábios, em um meigo beijo de amizade.
-Três segundos, meninos!- exclamou McGonagall. Hermione e Harry se beberam o conteúdo de seus copos.
-Dois!- exclamou Lily.
-Um.- murmurou Severo, da porta.
-Severo.-gemeu Hermione, no último segundo, antes de desaparecer.
-Severo.-repetiu Lily, se virando - desde quando está aí?
-Desde a "Missão cumprida". Suponho que Potter voltou a ganhar, né? Só que desta vez foi seu filho. Não me olhe assim. Ele é idêntico ao seu pai, e sei que será igual a ele.
Em seguida prestou atenção às duas mulheres de uma maneira que sua versão adulta usava freqüentemente, mas que este o jovem Severo não havia necessitado nunca.
Sem dar, nem esperar receber nenhuma explicação, o menino saiu do escritório, com suas vestes de Soncerino balançando atrás dele.
***
-Remus. antes de nada quero te dar a boas vindas a escola. Eu sei que não está muito saudável neste momento, e também está muito desconcertado. Sempre foi um menino muito observador, e sei que um detalhe não lhe passou despercebido desde que ensinou o terceiro ano.- disse McGonagall.
-Era ela, verdade?-perguntou o jovem professor - Era Lucy Hermione Granger não mudou nada.
-Mas neste momento ela não sabe nada sobre sua futura viajem no tempo, Remus, e assim tem que ser. Tudo deve acontecer como tiver que acontecer. Devemos fingir. Agora estou preocupada, com Sirius Black solto. - a expressão de Remus se alarmou. Nunca havia esquecido a vaga explicação Lu..Hermione sobre o que aconteceria no futuro. Ele dava voltas e mais voltas, tinha pesadelos todas as noites.
-Tranqüila professora Minerva. Ele não se aproximará dela. Só outra pergunta. Lucas é Harry ou o jovem Weasley?
-Harry, é claro.
-E que o que aconteceu com Severo?
-Severo?
-Sim ele havia se apaixonado dela na escola. Como se sentiu ao ver ela chegar com onze anos?
-Isto terá que perguntar pra ele. Mas eu não o faria se fosse você. Está muito ferido, tem que dar lhes tempo. Tudo se ajeitará quando ela voltar.
***
-Severo.-repetiu Hermione, ao aparecer no escritório de McGonagall, 20 anos depois para a mulher, apenas uns segundos para eles.
-Já era hora!- exclamou McGonagall.
-Severo.-disse Hermione, uma vez mais, olhando para Harry com os olhos molhados de lágrimas, ambos ignorando a professora.
-Tem que ir falar com ele- disse Harry suavemente- creio que ele já esperou tempo demais por mais ou menos 20 anos.
Hermione assentiu fervorosamente.
-Mas não é este momento!- exclamou McGonagall, atraindo a atenção de ambos meninos - sim, tem que ir a falar com este Soncerino endiabrado, mas primeiro tem que falar comigo, não é?
-Eu sinto muito, professora McGonagall - se desculpou Hermione, abaixando o olhar.- olhe pelo lado positivo, ao menos agora teremos algo para fazer, uma pista para seguir.
McGonagall colocou os olhos em branco.
-Mas também existe um de meus companheiros de trabalho quase morreu do susto, ao ver entrar no Salão Principal.Como uma menina de onze anos! A mulher que havia amado com loucura mais da metade de sua vida.
-Pobre Severo.-murmurou Hermione, uma lágrima escorrendo pela sua bochecha.- entendo porque me odeia.
-Não te odeia, Hermione.-sussurrou Harry - mais bem o contrario. está vidrado em você, nada mais.
Hermione olhou profundamente para Harry. Era plenamente consciente do quanto estava lhe custando contar a verdade a ela.
-Senhorita Granger creio que será melhor que você fosse falar com o professor Snape. Ele a está esperando para a semana de detenção que merece por semelhante infração das normas. - os olhos de Hermione brilharam. Nunca havia sido castigada, antes e aquilo seria uma sujeira na sua ficha, mas não importava.- além dos 200 pontos que serão retirados da Grifinória.- adicionou a professora - Esta foi à condição de Severo, pois considerou que a detenção era muito pequena.
-Qual será o meu?- perguntou Harry, enquanto sua amiga deixava o escritório e corria para as masmorras.
-Seu castigo? Suponho que ser uma semana comigo, mas não havia pensado no que podia mandar lhe fazer. Por enquanto. Sente-se, tenho algo pra lhe dar.- a professora se inclinou atrás sua mesa e Harry esperou impacientemente. Segundos depois a mulher voltou a se erguer. Se levantou, deu a volta na mesa e estendeu algo a Harry.
-É sua, Potter, para seu álbum.
Harry olhou a foto, que esta mesma mulher havia tirado 20 anos atrás.
Para ele mesmo estava absolutamente irreconhecível, podia reconhecer a todos os demais. Incluindo seu pai, que abraçava a sua mãe com força e ternura, retirando ainda a mão de Hermione do seu rosto.
-Obrigada professora.-disse Harry, simplesmente.
A professora não disse nada. Sacudiu a cabeça e Harry saiu do escritório.
***
Três suaves toques soaram na porta.
-Entre - grunhiu uma voz amarga.
Snape estava sentado em sua sala, de costas para Hermione. Tudo era tão negro a seu redor que apenas se distinguia sua silhueta.
-McGonagall me disse que voltarias hoje - grunhiu o professor.- mas sinceramente acho que não devia cumprir a detenção comigo. Não deverias haver vindo até aqui. Nunca. Assim não poderá manter a promessa que me fez lago. A de não me procurar se me odiasse. Quando me vi na sala e compreendi que "eu" era o tipo da sua memória. Não pode nem imaginar o que senti, a raiva, a impotência.
-Severo.-sussurrou Hermione.
Snape virou a cabeça, olhando a de um modo que a obrigou a dar um passo pra trás.
-Eu já não sou o Severo que conheceste. Eu não. Severo que te obrigava a estar com ele. Eu não te obrigo a nada. E mais. Nem sequer tem que estar aqui. Para mim seu castigo já está cumprido.
-Este sim é o Severo que conheci. O Severo por quem me apaixonei. - lentamente Hermione se juntou a sua mesa, até ficar na frente do professor e pegar suas mãos suavemente.- Em seu interior. segue sendo o menino cabeçudo que pode ver mais sobre mim em poucas horas que todos meus amigos juntos em sete anos.
Snape arregaçou a manga da capa com raiva, mostrando a Marca Negra a Hermione.
-Tem a mais ligeira idéia do porque fiz isto?-gritou.
-Por mim.-sussurrou Hermione, passando um dedo no contorno da marca.- Sabia que eu era uma Comensal da Morte, pensou que antes ou depois me encontraria ali.
-Você imagina o que senti quando te vi ali atada? O que pude compreender que a sua única salvação seria o que nos levaria os dois a aquela absurda situação? É com um maldito círculo vicioso!
-Tudo está terminado agora, Severo!- exclamou Hermione - Eu voltei, compreendo o que para mim tenha sido uns minutos, para você tenha sido 20 anos, mas prometeu que me esperarias cem.
-20 anos, Hermione, cheios de más decisões, maus momentos e desgraça. 20 anos pesados como urso. 20 profundas razoes para dizer lhe que não. deixar que seguisse sua vida, feliz e tranqüila. com Potter ou com quem quiser... é indiferente...
- E a verdade é que somente há uma razão para que eu diga que sim, Severo... mas é tão forte e valiosa como um milhão de anos perdidos...
Hermione se colocou em pé e se sentou no colo de seu professor, enlaçando os dedos atrás da sua nuca, e aproximando-se aos seus lábios. Como tantas vezes havia feito ele.
Snape abraçou pelo seus ombros, obrigando-a a se abraçar a ele.
-Minha única condição havia sido que não me fizesse esperar demais, lembra? Odeio que me façam esperar. Se me tivesse dito que naquele momento nem sequer tinha nascido... que algum dia te veria entrar na minha classe como uma de minhas pequenas alunas... não sei se teria esperado... sem lhe procurar...
-O teria feito, Severo, claro que sim. Porque a razão para que agora eu te diga que sim, a pesar do dano que me tem feito nestes sete anos ser tão forte como a razão que você teve para me esperar durante vinte. E que você me fez sofrer tanto quanto eu te fiz sofrer... Levamos tempo demais nos causando dano... E já não tem sentido. Não quando os dois sabemos quanto nos queremos um o outro...
Snape riu se, roçando com um dedo um dos cachos de Hermione.
-Senhorita Granger... Já lhe disse alguma vez que odeio a as pessoas tão seguras de si mesmas?
-Ao igual a mim, professor Snape, igual a mim...
***
Hermione abriu cuidadosamente a porta do quarto dos bebês... do bebê.
A casa na qual Harry havia vencido Voldemort pela primeira vez. Harry, atrás dela, colocou uma mão em seu ombro.
-Eu... não estou seguro de quer entrar aqui... ainda não... vou ir ao sótão. Você pega o livro e tenha cuidado. Este quarto é o que está em piores condições.
-Claro, Harry... nos vemos logo lá em baixo, certo?
O menino sorriu e a beijou na bochecha.
Com passo decidido, Hermione entrou no quarto. Tinha que encontrar o livro. Não só pelo o feitiço que protegeria aos três homens de sua vida, mas também porque com ele queria mostrar algo muito importante a Harry.
A madeira decorada com uma margarida azul estava o fundo do quarto, justo ao lado de uma fotografia caída de Lily e James. Hermione agitou a varinha, e a madeira se desprendeu suavemente, pousando mansamente ao lado do buraco no solo. A menina colocou a mão naquele pequeno espaço, apalpou Um pouco... e o encontrou.
O grosso livro que Lily lhe havia mostrado três meses atrás, em sua estranha viajem no tempo... Uma viajem que a levaria esta a um futuro surpreendente.
Não pode evitar que as lágrimas caíssem pelo seu rosto ao passar as folhas do livro.
Aquela era sua arma. Conhecimento. Um conhecimento com o que poderia proteger aos que queriam, sempre e quando o amor que lhes juntassem fosse verdadeiro, e como dizia o livro. Uma prova para Ron, que não necessitava de nenhuma, já que ele já acreditava em seu amor incondicional. Uma prova para Severo, que sempre conservaria esta pequena duvida em seu coração. E sobre tudo, uma prova para Harry.
Mas Uma de diferente tipo.
Porque havia alguém... Alguém que também merecia a sua felicidade.
Não é que esperasse encontrar um feitiço no livro que pudesse devolver a vida a os mortos, mas era a prova que Hermione necessitava.
A prova de que Lily havia cumprido sua promessa, havia sido uma mulher brilhante e Hermione havia se enganado ao julga-la.
Hermione havia se enganado. Isto era o importante. O que Harry tinha que ver... para poder recuperar suas ilusões.
Porque se Hermione se havia enganado em isto...porque não podia Sirius Black voltar da morte?
FIM
NT/ Espero que tenham gostado, foi minha 1ª tradução e lógico que eu pedi autorização pra a autora Irene conhecida como Iremoine. Adorei ter traduzido esta fic, desculpem por algum eventual erro...
Obrigada
Tamie Honda
Quando o Presente Conhece o Passado (2ª parte)
Um estranho grupo de Grifinórios, composto por cinco meninos e duas meninas atravessaram a biblioteca para a sessão de Poções, o único lugar da imensa sala onde se permitia um determinado nível de ruído: dos borbulhantes caldeirões fervendo para preparar as poções que os livros ensinavam.
A menina alta, magra e de cabelo ruivo escuro levava em seus braços um caldeirão. Ao seu lado caminhava uma menina, mais baixa e corpulenta com uma impressionante quantidade de cabelo castanho ondulado. Ela levava uma pesada mala com ingredientes de Poções. Cada um dos cinco meninos levava ao menos dois grossos livros, além de brincar parar entre eles, e silenciosamente que suas gargalhadas lhes permitiam.
Um dos meninos, de cabelo grande e loiro dourado se separou do resto e se juntou a as meninas.
-Está vendo, Her... Lucy? Isto é genial! Remus tinha razão. Meu pa... James mudou muito em seu sétimo ano... agora suas brincadeiras são engraçadas... e agora não está mais humilhando a ninguém!...
-Já era a hora - grunhiu Hermione entre dentes.
-Estou falando sério... é divertidíssimo! Está vendo como insiste em bagunçar o cabelo?
-Eu prestei atenção -murmurou a menina-é ainda pior que você com a cicatriz... É sério, Harry - adicionou, aumentando a voz ligeiramente - não se parece um pouco com você?
-É que ele é é! Isto é o divertido...
Hermione colocou os olhos em branco e lhe olhou fixamente. Em fim, que menos se podia esperar de alguém que havia sido o melhor amigo de Ron-Eu- Vou-Ser-Monitor-Como-Gui-Weasley durante sete anos. Logo o pensou melhor.
-Sabe que eu te falo, Harry? Aproveite... já que estamos aqui... como seu pai era... e se despeça de Sirius.
O sorriso de Harry morreu por um instante. E a olhou friamente.
Hermione se estremeceu. Havia passado dois anos ajudando que Harry superasse a morte de seu padrinho, mas o menino insistia e insistia em que ele estava vivo... E ela sofria ao ver lhe ferido, como sofriam todos os também.
-Harry... por favor,... não me olhe assim. Só acho... que ele não pode voltar.
Não obstante o olhar de Harry não se abrandou e nem se irradiou, lentamente ele se juntou aos meninos.
-Se é o que você pensa, Lucy... mas ele está vivo. Eu sei.
Hermione balançou a cabeça. Nunca havia visto Harry tão convencido de nada. Será que ela estava enganada depois de tudo?
Mas Harry sabia a verdade. Enquanto a lágrima caía pela sua bochecha, sentia o braço de Sirius Black ao redor de seus ombros, teve que admitir a si mesmo que Hermione não havia estado enganada nem uma só vez nos sete anos que a conhecia. Nem uma.
Lily, que não havia ouvido a sussurrada conversa de seus novos e estranhos amigos, deixou o caldeirão em uma de as muitas mesas vazias, e Hermione colocou a mala a seu lado.
Depois disto ela foram até as estantes procurar mais livros.
***
-Oi.
-O que quer, Potter?- grunhiu Hermione. Ela não via nem um pouco de graça nas brincadeiras do pai de seu amigo. Tinha caído na sua concepção desde que havia ouvido a confissão de Harry sobre o que havia acontecido no escritório de Snape. E agora não podia perdoá-lo. Sirius era outra história. Ele era o típico brincalhão... completamente diferente ao adulto que eles haviam conhecido, foi muito aliviador descobrir a coisa agradável que tinha sido o adulto amargo em sua infância. Remus era muito mais calado e tímido, observava tudo com cuidado e em especial Harry e Hermione. Em outras circunstancias, isto teria fascinado a Hermione, mas neste momento só a inquietava. E Pedro... bom, como uma vez Sirius havia dito, passava mais tempo atrás dos mais fortes, e a Hermione lhe agradou descobrir que o incluíam nas suas aventuras mais para não aborrece-lo do que pelo bem de tê- lo. Sim Pedro deveria ter sido Sonserino, teria sido um Seboso II.
Hermione balançou a cabeça. Havia se distraído e James falava (provavelmente de si mesmo) e não tinha nem idéia do que ele estava falando. Por que ele estava tão perto dela. O que demônios se passava na cabeça dos meninos desta época? Todos se aproximavam mais do estritamente necessário...
-Mas vamos deixar de falar de mim... deduzo pela sua... cara que o quadribol não é um de seus esportes favoritos. Mas... ¿Existe algum menino do futuro que se possa se chamar de "namorado de Lucy"? Eu não gostaria que algum menino novo e forte de 17 anos venha me bater quando eu for um velhinho
Sem querer tentar entender este último comentário, Hermione olhou a James friamente.
-Não... mas pelo que entendi você tem uma namorada muito presente, e que te custou muito consegui-la. E que você não se arriscaria a perde-la.
-Lily não é ciumenta - grunhiu James, e Hermione percebeu que o menino estava enfadado com isto. Então entendeu na hora... James flertava com outras meninas para enciumar Lily, mas ela não reagia porque sabia que ele nunca lhe traia... e o que era divertido, pois todo mundo chamava ao menino de "Pontas". Sem poder evitar a menina sorriu, e James, tomando isto como um bom sinal, ocupou alguns centímetros vitais do espaço de Hermione.
-Então... você também gostou?-perguntou o menino com expressão triunfal. Hermione decidiu que não seria combustível do ego do pai de um amigo... era repugnante!
-Sabe, Potter? Este é o teu defeito... é um metido. Não suporto os metidos.- declarou, agudamente.
Hermione se pois em pé, e deu de cara com Sirius. Que, a pesar de ter mesma idade lhe dobrava a estatura.
-Está vendo isto, Almofadinhas?-grunhiu James, levantando e atrapalhando Hermione.- Uma fera...
-Sim... está se metendo com um profissional, menina.-riu Sirius.
-Ah sim?-perguntou Hermione desafiante, e segurando sua varinha com força.- e que classe de profissional você é?
-Bom... um não muito grande - suspirou Remus, se aproximando deles e separando Hermione com braço dos outros dois.- Está desafiando nosso galã... até agora Lily era a única menina que havia resistido... de modo que agora ele lhe atormentará durante sete anos até que por fim se de por vencida, mais por aborrecimento que por outra coisa e aceites sair com ele... isto se não conseguir voltar antes a sua época.
-Explicado assim é um pouco triste, Aluado.-murmurou James, olhando seu amigo com expressão de cachorrinho abandonado.
-Patético, mas bem - riu Sirius...
- Então se supõe que é romântico - exclamou Pedro, unindo-se ao grupo.- outros também a quiseram! Lily é a menina mais bonita de a escola. E James é o único que suportou desde que era pequena! Concorda de que todos nos estranhamos de que um menino tão popular se caísse de desta maneira por uma menina assim?
-Sim.- sorriu Remus - E se lembram da bofetada que ela lhe deu no primeiro dia aqui na escola?
-A primeira de muuuuuitas...-riu Sirius.
-Eles não entendiam meu ponto de vista...-declarou James, sonhadoramente, passando um braço por a cintura de Lily, que se havia se juntado, seguida de Harry.
-Não... mas entendemos que seu ego vai a passar muito longe quando ELA aceitar casar se contigo...-riu Remus.
Todos se racharam de rir, sem dar conta de que o volume de ruído havia superado com os máximos de a biblioteca.
A bibliotecária se juntou a eles dissimuladamente, e lhes jogou um olhar que os levaria ao inferno. Todos voltaram a suas tarefas. Agora que Harry e Lily haviam voltado podiam continuar com a poção. Haviam traído um dos ingredientes que necessitavam: raízes de margarida azul.
-Por pouco Severo não nos vê - sussurrou Lily- Ainda está furioso pela espera de ontem... por isto demoramos tanto.
James se levantou e abraçou a sua namorada com os braços protetoramente, dando lhe um beijo na bochecha. Por um segundo Hermione brilhando que aquele era um ser repugnante e pode ver de onde havia saído a ternura de Harry.
-Fica tranqüila... Eu te protejo deste Seboso...
Lily pousou os olhos em branco ao mesmo tempo em que Hermione.
-Deixa Severo quieto, James. Com quem eu me que irritaria por causa do cabelo.
-Seria uma lástima...-sussurrou James, metendo o nariz entre o vistoso cabelo ruivo para plantar um beijo em na nuca de sua menina.
-Ele se encanta pelas bravas...-suspirou Sirius, olhando a Hermione avidamente - eu prefiro meigas... e eu me contento com uma.
Harry, recordando o clube de fãs de seu padrinho não pode evitar cair na risada.
-Eu também!-protestou James - E agora tenho a minha! Com um pouquinho selvagem pela vida inteira... antes era uma brincadeira... com a qual eu consegui a Lily...! Como poderia o mudar por uma menina de quem eu não sei mais do que seu nome?
-Nem isto...-sussurrou Hermione.
-Agora não sei se isto é meigo ou patético - murmurou Pedro.
-Tierno...-sussurrou Remus.
-Patético!-exclamou Sirius - Eu me referia a uma de cada vez... eu sou fiel... não muito duradouro, mais muito fiel... jamais cortejaria outra estando com uma que gosta de mim...
Hermione levantou as sobrancelhas... ele tinha algo do Sirius que ela havia conhecido escondido atrás do brincalhão. A verdade é que exatamente esta frase foi à última que havia ouvido do padrinho de Harry, naquele Natal do quinto ano... parecia que estava há anos luz de distancia... Hermione pode ver que uma vez os olhos de Harry pareciam úmidos...
-E você, Lucas?-perguntou Pedro...-o que é?... leal ou namoradeiro?
Harry piscou algumas vezes.
-Não sei... pra mim essas duas coisas me parecem muito extremas... não entendo por que não pode estar apaixonado de uma só menina, toda sua vida, sem necessidade de namorar outras.
Remus assentiu ligeiramente com a cabeça. Olhando algum ponto distante no outro extremo de a biblioteca. Seguindo a trajetória de seu olhar, Hermione pode ver uma menina de uns onze anos... de um chamativo cabelo rosa. Ela ria aos sussurros rodeada de outras meninas de sua idade, ao mesmo tempo que sacudia a cabeça, que no instante se tornava verde. Hermione suspirou. Remus sempre havia sido seu favorito. E o momento em que ele e Tonks se comprometeram, dois foram os mais felizes da Ordem da Fênix.
-E a verdade...-prosseguiu Harry - Não esperava que fosse assim... tudo isto é tão... brega...
-Brega?-repetiu James, aparentando confuso.
-É Uma expressão trouxa- explicou Hermione- e evidentemente não se utilizaram nos anos setenta...
-Olha!-exclamou James de repente - no futuro você nos conhece?- perguntou, ansioso e soltando Lily, e com os olhos brilhando de emoção.
-Eh... sim...-duvidou Harry - mas não muito...
-Que coisa! Vamos a ser famosos, meninos...-disse Sirius, batendo na mão de Pedro
-De mais -murmurou Hermione.-Um perseguido pela justiça até mesmo no dia em que morreu... outro transformará pouco mais do que uma legenda confusa para aquele que mais lhe quis... outro passara quase toda sua vida se escondendo até morrer como um traidor... e o outro sofrerá e sofrerá e sofrerá durante a metade de sua vida por algo que nem sequer tem a ver com ele.
Os quatro amigos olharam para Hermione com os olhos arregalados, e logo olhando se entre si com desconfiança.
-Creio que isto não é bom - murmurou Pedro.
-Acalmem-se - disse Hermione com um sorriso hipócrita - tirando uma exceção com final feliz... nenhum recebera mais do que merece...
-Creio que não devesse dizer lhes isto, Lucy- disse Harry secamente- Ao menos dessa forma.
-Com esta pouca informação não podem fazer nada, Lucas... Nem sequer tem maneira de saber quem é quem...
Harry balançou a cabeça. Hermione se, pois em pé e se dirigiu a uma das estantes de a sessão de transfiguração, para buscar um livro com o que pudesse transformar sua colher de ferro em uma de alumínio, para poder mexer sua poção sem perigo de converte-la em veneno.
Os demais a olharam afastar se, para continuar separando, classificando, cortando e triturando as raízes de margarida azul.
***
-Granger!
Hermione se assustou ao ouvir seu sobrenome e reconhecer a voz que o havia pronunciado. Virou-se lentamente.
-O que aconteceu, Severo?
-Estou procurando vocês por todo esse maldito dia! Por que não me avisou que ia falar com McGonagall?
-Porque não era necessário...-respondeu a menina, suavemente. Evitando a enlouquecedor olhar de Severo.
-Não sou necessário...-sussurrou Severo, tristemente. Hermione não pode evitar levantar o olhar... E se estremeceu. Nunca havia pensado que seu professor pudesse olhar assim...Decidida a não ceder nem um centímetro, se virou.
E continuou procurando os livros, sentiu que os braços de Severo a cercavam.
-Acredito que não o tenha me levado a serio?-murmurou na sua nuca, colocando o cabelo para o lado - que estava dormido e não sabia o que fazia? Eu sempre sé o que faço... O que digo...
-Severo... Por favor...- Hermione havia fechado os olhos. Ela a estava hipnotizando com essa voz. Essa voz que sempre a havia feito estremecer-se na sala.- Não sabe quem sou... de onde venho... me odiaria - murmurou a menina.
-Então talvez você deva me dizer... deve saber que nós os Sonserinos odiamos mostrar nossos sentimentos... então assim... eu acredito que estou...
Severo se interrompeo a sí mesmo. E obrigou que Hermione se virasse, para beijá-la. Ele já estava quase a beijando quando ela murmurou:
-Não... jamais poderia odiar te, é estúpido, repentino e ilógico... mas te quero de mais. Não sei como, nem porque... mas você me enfeitiçou.
***
-Hei! James! Olhe! O pequeno Seboso encontrou uma namorada!
James esticou a cabeça para ver o que Sirius via.
-Olhe! É verdade! É uma pena que ela venha do futuro, não? hahaha!
Ao ouvir isto, Lily e Harry se entreolharam e depois se levantaram para ver melhor a sessão de transformações. Efetivamente, Severo abraçava Hermione, e para desgosto de Harry... parecia que ele a estava beijando.
-Você gosta muito dela, verdade Harry?-perguntou Lily com seu melhor tom maternal.
Harry levantou o olhar para os olhos verdes de sua mãe, e logo olhou de novo e estranho par.
-Não... é que... Hermione não deve esquecer-se de onde vem... quem ela é... quem é ele em nosso presente. E sobre tudo... Eu não gosto dos Soncerinos. E menos ainda este Soncerino em particular.
Lily colocou uma mão no ombro de Harry.
-Não deve permitir que Hermione mude seu futuro, Harry.
-Eu sei. Esta é a única que eu sou obrigado a não intervir... a não impedir "isto". Se tem que acontecer, Lily... simplesmente não posso aceitar.
-O que quer dizer?-perguntou a menina, estranhando.
-Sempre notei Snape olhava pra Hermione de um modo diferente... pra mim era sempre com ódio, mas pra Hermione... com ela está sempre vidrado. O dia em que a trouxe de volta... quando a resgatou dos Comensais da Morte...vi que ele a beijava. Melhor dizendo: deixei de olhar quando compreendi que ele ia a beijar. Me dei conta de que ele está apaixonado de ela. Naquele momento não tinha sentido... depois, quando a ouvi falar de sua viajem ao passado. Soube que tinha que impedir, que tinha que vir com ela e evitar. Foi uma das maneiras de eu me explicar que eu também tinha que vir, e acabamos nesta época. Mais perto ainda de Snape.
Lily o olhou assombrada. Que ia dizer que um menino tão sensível pudesse guardar tantas coisas na sua cabeça. E secretamente, se sentiu orgulhosa.
-Então deve dizer lhe!- gemeu Lily - certamente ela não sabe e se sente culpada por estar mudando o futuro... deve contar lhe!
-Não posso!-murmurou Harry - Uma coisa é saber que um homem que odeia está apaixonado pela sua melhor amiga. Outra muito diferente é ajudar a sua melhor amiga se apaixone por ele.
Lily abraçou Harry. O entendia. O entendia muito bem.
***
Na sessão de transformações, Hermione havia conseguido que Severo se afastasse dela o suficiente para ser capaz de respirar. Virou-se e viu o livro que procurava. O examinou rapidamente e se encaminhou até a sessão de Poções. Severo a seguiu com o rosto franzido.
Harry e Lily haviam sentado e continuavam com a poção, apenas levantaram a cabeça ao ver chegar os outros dois.
-O que estão fazendo aqui Potter e seus Marotos? - grunhiu Severo.
-Ajudar nos a preparar uma poção - respondeu Hermione suavemente.
-Para que?-perguntou Severo, intrigado.
-Isto não te interessa, Seboso.-disse James.- cai fora.
-Eu não vou embora enquanto Hermione estiver aqui - gruniu o menino.
-Quem?-perguntou Remus, estranhando.
-É... meu segundo nome - explicou Hermione rapidamente. Mas Severo havia reparado em algo mais.
-Quem é o loirinho?-perguntou, curioso.
Lily olhou a Harry, e logo a Hermione, nervosa.
-Eh... Um amigo meu.-explicou, rapidamente, e rezando para que Harry não dissesse nada, ou Severo o reconheceria. mesmo assim, o Soncerino desconfiava.
-E onde esta...? Merda... não me disse seu sobrenome... seu nome era Harry o Barry?
-Harry!- exclamou Harry, ofendido. Severo lhe olhou levantando as sobrancelhas.
-Detenção com McGonagall.-improvisou Hermione. Os quatros Marotos davam a olhares de um modo estranho.
-Lucy- disse Lily suavemente- podes ir a dar uma volta com Severo se quiser. Nós nos encarregaremos da poção.
-¿Lucy?-sussurrou Severo, levantando uma sobrancelha.
-Mas...-protestó Hermione.
-Vá com ele - grunhiu Harry. Se deu conta de que era necessário tirar o menino da biblioteca.- Mas tenha cuidado com que faz...
-Mas eu não...
-Barry...-murmurou James - é um bonito nome para um bebê... imagina? Barry Potter...
-Harry é muito mais bonito!- protestou Harry rapidamente.
Hermione não teve mais tempo para protestar, pois Severo a havia pegado pelo braço e a arrastava para a saída.
-Mas se eu...-repetiu a menina mais uma vez, sem por nenhum outro tipo de resistência.
Uma vez fora de a biblioteca, Severo a abraçou com força e a pressionou contra a parede, beijando-a até que os dois ficassem ser ar.
-Mas...-murmurou a menina uma mais vez, com os olhos cerrados e em meio de um gemido.
-Tem se repetido muito ultimamente sabia? - riu o menino, roçando com seus lábios aos de Hermione.- Vem... vamos lá fora...
De novo a pegou pelo o braço e a levou aos terrenos do castelo. E sentaram perto do lago.
-Poderia estar fazendo isto eternamente...-murmurou Severo, roçando suavemente em uma das coradas bochechas de Hermione, olhando-a com ternura e admiração que ela jamais acreditou que alguém pudesse oferecer lhe. Hermione se estremeceu.- fique comigo, Hermione... fique aqui...
-Que?-perguntou a menina, tonta. Severo a abraçou fortemente, colocando rosto em seu cabelo.
-Se que vem de outro tempo... não volte com eles... não te necessitam tanto quanto...
Hermione obrigou que Severo se separasse dela. Havia chegado a conclusão de que era melhor conta lhe a verdade. Depois de tudo... o que de ruim que podia acontecer no futuro? Ele estava apaixonado por ela...
-Não sei como sabe disto, Severo, mas tem razão... eu venho do futuro. Um futuro no que você me odeia...
-Nos conheceremos? Então existe esperança.-murmurou Severo. E a Hermione apagou o brilho de seu olhar. Apagou porque supôs que era sincero...
-Não! Você... você me odeia neste futuro, Severo... não sei porque, mas sempre, mas odeia... Isto não deveria ter acontecido... eu não deveria ter lhe permitido... você tem que me odiar sempre, não estar apaixonado por mim!-gemeu a menina. Severo a olhou fixamente.
-Não tinha parado pra pensar que pode que ser esta a razão por que parece que te odeio?... o fato de ter me abandonado agora?
Hermione lhe olhou uns instantes com a boca aberta, compreendendo.
-Então tal vez... não estamos mudando o futuro, só assegurando de que se cumpra...-sussurrou.
-Não. Podemos muda-lo... não volte! Eu necessito de você... aqui... agora... não sei como demônios aconteceu... te conheço apenas há algumas horas! Mas tenho a estranha sensação de que te conhecia de antes... de muito antes... Sem você não seguiria...
-Mas você seguiu!-exclamou a menina, devolvendo o abraço pela primeira vez.- Sim isto tinha que ter acontecido... eu fui, e você seguiu adiante... fará grandes coisas, Severo, e outras não tão grandes... e no final do caminho... quando eu voltar ao meu tempo, me reunirei com você. Eu prometo.- sussurrou, roçando suavemente seus lábios. Tudo era tão repentino... se sentia como uma menina caprichosa e impulsiva... a sensação era tão delirante que não o podia evitar. Não o queria evitar.
-Está bem... está bem... mas me promete algo... Me promete você só vai me procurar se não me odiar. Não suportaria ter que conquistar te de novo... e talvez então eu não tenha o encanto e a juventude... estou certo... que idade...?
-Shhhh.... não me faça perguntas que não devo responder. Eu te garanto que jamais poderia odiar você. Eu já sei o que me espera, lembra? E não tenho medo... não quero que você o tenha...
Severo sorriu, e de novo aquele sorriso fez com que estremecesse a menina..
-Hermione... "Mensageira dos deuses aos homens"... não se qual era q mensagem, mas diz lhe aos deuses que de minha parte agradeço pela mensageira... Espero não ter que esperar lhe muito... não ponhas essa cara, não é por a diferencia de idade... é só que odeio esperar...
Hermione abraçou Severo com força. Logo se separou dele, e ele pegou suas mãos suavemente, beijando as pontas de seus dedos um a um.
Enquanto ela ria, ele pegou a outra mão, à esquerda. E a manga das vestes escorregou um pouco. Hermione, rapidamente, apartou a mão, mas antes de fazer, Severo conseguiu a ver algo. Algo que não quis entender.
-O que é isto?-grunhiu o menino com os dentes apertados. Apertou o pulso da menina com a sua firme mão, e deixou seu antebraço descoberto. Hermione não lhe impediu. Estava paralisada de terror. Este não era o Snape sinistro que ela havia odiado. Era o Severo, o menino da luz o que se havia apaixonado. O que pensaria dela ao ver a Marca Negra tatuada em seu braço?
-Você...-gemeu - você é...
-Não é o que está pensando...-tentou se explicar à menina.
-É uma Comensal da Morte!-exclamou o menino pondo se de pé, com expressão dolorida.-está me enganando... do futuro! Sim... isto... é uma espiã, verdade?...-os olhos de Severo pareciam um balde de lágrimas, ele se afastava lentamente, se afastando dela em direção ao castelo - Tenho que falar para Dumbledore... ele tem que saber...
E sem esperar mais nada se começou a correr pra escola.
Hermione ficou ali, sentada no jardim, olhando atônita para o menino. Malditos Soncerinos e sua natural desconfiança... porque não a havia deixado explicar?
Cansada, ela se levantou, e se dirigiu para a biblioteca.
***
Severo correu por todo o castelo até chegar a gárgula de pedra. Estava a ponto de dizer a senha, quando lhe ocorreu algo.
E se tivesse outra explicação? Hermione era muito doce... muito inocente para ser uma de eles... para se unir voluntariamente.
Tinha que ter uma explicação... e ela tinha tentado dizê-la!
Se chamando de idiota uma e outra vez, correu de novo para o lago, com a esperança de que ela ainda estivesse ali.
***
Uma lágrima de frustração e raiva caía pela sua bochecha, enquanto Hermione corria para a biblioteca. Como podia ter se iludido tanto para confiar em Severo Snape, mestre da Crueldade? Todas as palavras horríveis e os pequenos insultos que aquele homem lhe havia dedicado ao longo dos anos ressoaram em sua mente tão alta e tão clara como os incontáveis silenciosos olhares frios a suas ânsias de aprender, a suas inquietudes e pequenas ilusões e esperanças... Como havia se permitido se apaixonar por um homem que havia lhe causado tanta dor? E o que mais a inquietava... como havia conseguido derrubar tão facilmente o sólido muro que ela havia construído a seu redor, ante a promessa de não se deixar ferir nunca mais? Como ele havia conseguido?
Antes de entrar na biblioteca, Hermione esfregou os olhos com decisão, e com passo tranqüilo caminhou até a sessão de Poções.
-Menos mal que já voltou-cumprimentou Lily - a poção está pronta, e McGonagall nos espera em seu escritório.
Lily recolheu a poção, que já estava servida em dos copos, enquanto Sirius e James faziam desaparecer os restos de seu trabalho com um ligeiro movimento de varinha. Os cinco juntos começaram a caminhar para a saída da biblioteca, e Hermione se, pois a segui-los, mas Harry a pegou pelo o braço.
-Você estava chorando.-Não era Uma pergunta, era uma afirmação.
-Não.-mentiu Hermione, mas suas bochechas ficaram rosadas.
-O que aconteceu? Onde está Snape? - lhe perguntou ansiosamente enquanto se dirigiam a saída
-Eu. ele não confia em mim. Olhe, Harry. Agora sei porque sempre me odiou sem que lhe dissesse nada. nada se ele soubesse ao menos.
Harry a olhou confuso, enquanto caminhavam até a saída da biblioteca.
Deveria dizer lhe? Deveria dizer a Hermione que Snape nunca a havia odiado? Que era impossível que o fizesse agora?
***
-Muito bem, garotos. Obrigada pela inestimável ajuda. Podem ir indo.-disse McGonagall tranqüilamente.
-Mas Professora!- protestou James - Nós queremos ver como eles vão!
-Eu digo que não, senhor Potter. Despeça si quiser, mas tem que ir. A senhorita Evans pode ficar, e se encontrarem o senhor Snape lhes agradeceria que o enviassem aqui, também. Mas se ele chegar o não, Lucy e Lucas se vão em. 10 minutos, e vocês quatro não estarão aqui.
Os quatro amigos olharam para professora frustrados, mas lentamente se dirigiram a Harry, para se despedir dele um a um.
-Lucas. Foi um prazer lhe conhecer.-sorriu Pedro honestamente, enquanto sacudia a mão de Harry. O menino não pode evitar estremecer, enquanto dava a sorriso mais falso de toda sua vida.
-Até logo, Lucas.-sorriu Remus timidamente, agitando a mão de Harry e sem se dar conta de que seu comentário havia provocado uma gargalhada.- Nos veremos no futuro, estou certo.
-Eu também.-sorriu Harry, e desta vez o sorriso saiu do coração.
-É Uma lástima que tenha que ir - murmurou Sirius abraçando lhe com força, coisa que surpreendeu a Harry fora de seus limites.- Seria um fantástico Maroto. Seus pais ficariam orgulhosos.
-Não é a primeira vez que me diz isto.-sussurrou Harry, Sirius pareceu confuso, e Hermione sorriu satisfeita. Harry acabava de se despedir de seu padrinho. Agora por fim podia tentar ser feliz.
-Hee! Acho que vou ser famoso.-exclamou James, alegremente, envolvendo a Harry com um forte abraço.- porque não passa na minha casa no futuro? Podia te dar um autógrafo. Assim me recordo de você, tomamos umas cervejas contigo.
Todos caíram na gargalhada, e Hermione agitou a cabeça tristemente.
-É ainda pior que Lockhart.-murmurou. Isto chamou a atenção dos Marotos para ela, que foram em manada para que cada um dar lhe um beijo na bochecha.
-Tenho vontade de voltar a ver lhe no futuro - sussurrou Remus com os olhos brilhantes - tenho a sensação de que é de confiança. inteligente.- ia a dizer algo mais, mas foi bruscamente interrompido por Sirius.
-¡Ela é feroz! -exclamou, abraçando-a com força.
-Mas no fundo é muito doce e meiga, se nota - sussurrou Pedro, olhando-a com seus grandes olhos azuis. Hermione lhe olhou com uma sobrancelha levantada. E se viu obrigada a recordar que em algum momento este menino se converteu em um monstro traiçoeiro e assustado.
Sem medir a palavra, James se inclinou sobre ela, e em lugar de dar lhe um beijo na bochecha, lhe deu nos lábios. Hermione lhe respondeu com um sonoro bofetão.
-Até logo, Namorada de Seboso. Demonstrou-se uma verdadeira Grifinória. Outra não teria se atrevido a se aproximar.- sussurrou James com uma mão na bochecha - se cansar dele no futuro. E Lucas não dar se conta de o quão bonita você é. Passa na minha casa. Acredito que de você eu me lembrarei.Os quatro amigos se dirigiam para a saída, quando McGonagall lhes chamou.
-Venham fiquem lado a lado, bater uma foto.
-Bom!- exclamaram os dois meninos, e todos se amontoaram ao lado de Hermione, Harry e Lily.
-Sorriam!
-Xisssssss!!
Antes de que seu namorado saísse pela porta, Lily lhe pegou um braço.
-James, por favor, encontre Severo. Diga pra que ele tem que se despedir.- murmurou em seu ouvido.
-De por feito, preciosa - respondeu o menino, piscando lhe um olho.
***
Harry e Hermione olhavam os copos com a poção para voltar para casa. McGonagall havia voltado Harry para seu estado normal, e lhe havia dado o giratempo a Hermione. A menina já havia colocado a corrente ao redor de ambos.A corrente parecia mais curta, ou ele havia crescido muito desde a última vez, pois Harry não lembrava de ter estado tão perto de Hermione no seu terceiro ano.
-Sessenta segundos e descontando.-Disse McGonagall. Os dois amigos pegaram os copos.
-Um momento!-exclamou Lily.-Hermione. Quase esqueci, mas. se no futuro me ver obrigada a salvar a alguém. Eu terei usado este livro...- explicou, pegando um livro em suas vestes.- Me o deram quando eu era uma criança. Uma família com fama de ter bruxos como antepassado e viver em uma mansão encantada. A minha irmã sempre lhe aterrorizava estas histórias. Eu rezava para que fosse verdade. E aqui estou. Eram eles! A antiga família dos Evans. Vê o nome do autor? Era o primeiro proprietário da mansão da minha família em Godric Hollow. Godric Griffindor. Usem com cautela. Deixarei o livro atrás da madeira do assoalho com o desenho de uma Margarida azul no quarto das crianças, você lembrará?
-Obrigada.-murmurou Hermione, honestamente agradecida. Harry que não dava crédito a o que acabava de ouvir (a mansão dos Evans, em Godric Hollow. Sim era Herdeiro de Griffindor era por sua madre, não por seu pai como lhe haviam feito acreditar até agora!!) abraçou a sua amiga com força. Iriam juntos buscar este livro.
-Missão cumprida, Hermione!- exclamou Harry, inclinando a cabeça e roçando suavemente seus lábios, em um meigo beijo de amizade.
-Três segundos, meninos!- exclamou McGonagall. Hermione e Harry se beberam o conteúdo de seus copos.
-Dois!- exclamou Lily.
-Um.- murmurou Severo, da porta.
-Severo.-gemeu Hermione, no último segundo, antes de desaparecer.
-Severo.-repetiu Lily, se virando - desde quando está aí?
-Desde a "Missão cumprida". Suponho que Potter voltou a ganhar, né? Só que desta vez foi seu filho. Não me olhe assim. Ele é idêntico ao seu pai, e sei que será igual a ele.
Em seguida prestou atenção às duas mulheres de uma maneira que sua versão adulta usava freqüentemente, mas que este o jovem Severo não havia necessitado nunca.
Sem dar, nem esperar receber nenhuma explicação, o menino saiu do escritório, com suas vestes de Soncerino balançando atrás dele.
***
-Remus. antes de nada quero te dar a boas vindas a escola. Eu sei que não está muito saudável neste momento, e também está muito desconcertado. Sempre foi um menino muito observador, e sei que um detalhe não lhe passou despercebido desde que ensinou o terceiro ano.- disse McGonagall.
-Era ela, verdade?-perguntou o jovem professor - Era Lucy Hermione Granger não mudou nada.
-Mas neste momento ela não sabe nada sobre sua futura viajem no tempo, Remus, e assim tem que ser. Tudo deve acontecer como tiver que acontecer. Devemos fingir. Agora estou preocupada, com Sirius Black solto. - a expressão de Remus se alarmou. Nunca havia esquecido a vaga explicação Lu..Hermione sobre o que aconteceria no futuro. Ele dava voltas e mais voltas, tinha pesadelos todas as noites.
-Tranqüila professora Minerva. Ele não se aproximará dela. Só outra pergunta. Lucas é Harry ou o jovem Weasley?
-Harry, é claro.
-E que o que aconteceu com Severo?
-Severo?
-Sim ele havia se apaixonado dela na escola. Como se sentiu ao ver ela chegar com onze anos?
-Isto terá que perguntar pra ele. Mas eu não o faria se fosse você. Está muito ferido, tem que dar lhes tempo. Tudo se ajeitará quando ela voltar.
***
-Severo.-repetiu Hermione, ao aparecer no escritório de McGonagall, 20 anos depois para a mulher, apenas uns segundos para eles.
-Já era hora!- exclamou McGonagall.
-Severo.-disse Hermione, uma vez mais, olhando para Harry com os olhos molhados de lágrimas, ambos ignorando a professora.
-Tem que ir falar com ele- disse Harry suavemente- creio que ele já esperou tempo demais por mais ou menos 20 anos.
Hermione assentiu fervorosamente.
-Mas não é este momento!- exclamou McGonagall, atraindo a atenção de ambos meninos - sim, tem que ir a falar com este Soncerino endiabrado, mas primeiro tem que falar comigo, não é?
-Eu sinto muito, professora McGonagall - se desculpou Hermione, abaixando o olhar.- olhe pelo lado positivo, ao menos agora teremos algo para fazer, uma pista para seguir.
McGonagall colocou os olhos em branco.
-Mas também existe um de meus companheiros de trabalho quase morreu do susto, ao ver entrar no Salão Principal.Como uma menina de onze anos! A mulher que havia amado com loucura mais da metade de sua vida.
-Pobre Severo.-murmurou Hermione, uma lágrima escorrendo pela sua bochecha.- entendo porque me odeia.
-Não te odeia, Hermione.-sussurrou Harry - mais bem o contrario. está vidrado em você, nada mais.
Hermione olhou profundamente para Harry. Era plenamente consciente do quanto estava lhe custando contar a verdade a ela.
-Senhorita Granger creio que será melhor que você fosse falar com o professor Snape. Ele a está esperando para a semana de detenção que merece por semelhante infração das normas. - os olhos de Hermione brilharam. Nunca havia sido castigada, antes e aquilo seria uma sujeira na sua ficha, mas não importava.- além dos 200 pontos que serão retirados da Grifinória.- adicionou a professora - Esta foi à condição de Severo, pois considerou que a detenção era muito pequena.
-Qual será o meu?- perguntou Harry, enquanto sua amiga deixava o escritório e corria para as masmorras.
-Seu castigo? Suponho que ser uma semana comigo, mas não havia pensado no que podia mandar lhe fazer. Por enquanto. Sente-se, tenho algo pra lhe dar.- a professora se inclinou atrás sua mesa e Harry esperou impacientemente. Segundos depois a mulher voltou a se erguer. Se levantou, deu a volta na mesa e estendeu algo a Harry.
-É sua, Potter, para seu álbum.
Harry olhou a foto, que esta mesma mulher havia tirado 20 anos atrás.
Para ele mesmo estava absolutamente irreconhecível, podia reconhecer a todos os demais. Incluindo seu pai, que abraçava a sua mãe com força e ternura, retirando ainda a mão de Hermione do seu rosto.
-Obrigada professora.-disse Harry, simplesmente.
A professora não disse nada. Sacudiu a cabeça e Harry saiu do escritório.
***
Três suaves toques soaram na porta.
-Entre - grunhiu uma voz amarga.
Snape estava sentado em sua sala, de costas para Hermione. Tudo era tão negro a seu redor que apenas se distinguia sua silhueta.
-McGonagall me disse que voltarias hoje - grunhiu o professor.- mas sinceramente acho que não devia cumprir a detenção comigo. Não deverias haver vindo até aqui. Nunca. Assim não poderá manter a promessa que me fez lago. A de não me procurar se me odiasse. Quando me vi na sala e compreendi que "eu" era o tipo da sua memória. Não pode nem imaginar o que senti, a raiva, a impotência.
-Severo.-sussurrou Hermione.
Snape virou a cabeça, olhando a de um modo que a obrigou a dar um passo pra trás.
-Eu já não sou o Severo que conheceste. Eu não. Severo que te obrigava a estar com ele. Eu não te obrigo a nada. E mais. Nem sequer tem que estar aqui. Para mim seu castigo já está cumprido.
-Este sim é o Severo que conheci. O Severo por quem me apaixonei. - lentamente Hermione se juntou a sua mesa, até ficar na frente do professor e pegar suas mãos suavemente.- Em seu interior. segue sendo o menino cabeçudo que pode ver mais sobre mim em poucas horas que todos meus amigos juntos em sete anos.
Snape arregaçou a manga da capa com raiva, mostrando a Marca Negra a Hermione.
-Tem a mais ligeira idéia do porque fiz isto?-gritou.
-Por mim.-sussurrou Hermione, passando um dedo no contorno da marca.- Sabia que eu era uma Comensal da Morte, pensou que antes ou depois me encontraria ali.
-Você imagina o que senti quando te vi ali atada? O que pude compreender que a sua única salvação seria o que nos levaria os dois a aquela absurda situação? É com um maldito círculo vicioso!
-Tudo está terminado agora, Severo!- exclamou Hermione - Eu voltei, compreendo o que para mim tenha sido uns minutos, para você tenha sido 20 anos, mas prometeu que me esperarias cem.
-20 anos, Hermione, cheios de más decisões, maus momentos e desgraça. 20 anos pesados como urso. 20 profundas razoes para dizer lhe que não. deixar que seguisse sua vida, feliz e tranqüila. com Potter ou com quem quiser... é indiferente...
- E a verdade é que somente há uma razão para que eu diga que sim, Severo... mas é tão forte e valiosa como um milhão de anos perdidos...
Hermione se colocou em pé e se sentou no colo de seu professor, enlaçando os dedos atrás da sua nuca, e aproximando-se aos seus lábios. Como tantas vezes havia feito ele.
Snape abraçou pelo seus ombros, obrigando-a a se abraçar a ele.
-Minha única condição havia sido que não me fizesse esperar demais, lembra? Odeio que me façam esperar. Se me tivesse dito que naquele momento nem sequer tinha nascido... que algum dia te veria entrar na minha classe como uma de minhas pequenas alunas... não sei se teria esperado... sem lhe procurar...
-O teria feito, Severo, claro que sim. Porque a razão para que agora eu te diga que sim, a pesar do dano que me tem feito nestes sete anos ser tão forte como a razão que você teve para me esperar durante vinte. E que você me fez sofrer tanto quanto eu te fiz sofrer... Levamos tempo demais nos causando dano... E já não tem sentido. Não quando os dois sabemos quanto nos queremos um o outro...
Snape riu se, roçando com um dedo um dos cachos de Hermione.
-Senhorita Granger... Já lhe disse alguma vez que odeio a as pessoas tão seguras de si mesmas?
-Ao igual a mim, professor Snape, igual a mim...
***
Hermione abriu cuidadosamente a porta do quarto dos bebês... do bebê.
A casa na qual Harry havia vencido Voldemort pela primeira vez. Harry, atrás dela, colocou uma mão em seu ombro.
-Eu... não estou seguro de quer entrar aqui... ainda não... vou ir ao sótão. Você pega o livro e tenha cuidado. Este quarto é o que está em piores condições.
-Claro, Harry... nos vemos logo lá em baixo, certo?
O menino sorriu e a beijou na bochecha.
Com passo decidido, Hermione entrou no quarto. Tinha que encontrar o livro. Não só pelo o feitiço que protegeria aos três homens de sua vida, mas também porque com ele queria mostrar algo muito importante a Harry.
A madeira decorada com uma margarida azul estava o fundo do quarto, justo ao lado de uma fotografia caída de Lily e James. Hermione agitou a varinha, e a madeira se desprendeu suavemente, pousando mansamente ao lado do buraco no solo. A menina colocou a mão naquele pequeno espaço, apalpou Um pouco... e o encontrou.
O grosso livro que Lily lhe havia mostrado três meses atrás, em sua estranha viajem no tempo... Uma viajem que a levaria esta a um futuro surpreendente.
Não pode evitar que as lágrimas caíssem pelo seu rosto ao passar as folhas do livro.
Aquela era sua arma. Conhecimento. Um conhecimento com o que poderia proteger aos que queriam, sempre e quando o amor que lhes juntassem fosse verdadeiro, e como dizia o livro. Uma prova para Ron, que não necessitava de nenhuma, já que ele já acreditava em seu amor incondicional. Uma prova para Severo, que sempre conservaria esta pequena duvida em seu coração. E sobre tudo, uma prova para Harry.
Mas Uma de diferente tipo.
Porque havia alguém... Alguém que também merecia a sua felicidade.
Não é que esperasse encontrar um feitiço no livro que pudesse devolver a vida a os mortos, mas era a prova que Hermione necessitava.
A prova de que Lily havia cumprido sua promessa, havia sido uma mulher brilhante e Hermione havia se enganado ao julga-la.
Hermione havia se enganado. Isto era o importante. O que Harry tinha que ver... para poder recuperar suas ilusões.
Porque se Hermione se havia enganado em isto...porque não podia Sirius Black voltar da morte?
FIM
NT/ Espero que tenham gostado, foi minha 1ª tradução e lógico que eu pedi autorização pra a autora Irene conhecida como Iremoine. Adorei ter traduzido esta fic, desculpem por algum eventual erro...
Obrigada
Tamie Honda
