Os Amuletos Irmãos
Capítulo Quatro - Draco ao Resgate
Gina teve grandes dificuldades para dormir essa noite. Acordou muitas vezes. Finalmente, a última vez que acordou, o sol começava a nascer, e ela não se incomodou em tentar deitar e dormir outra vez. Apenas ficou deitada por muito tempo.
Um pouco depois, Draco se mexeu, fazendo seus jornais se amassarem.
-Malfoy?
-Hum? - ele disse sonolento.
-Você está acordado?
-Não, estou dormindo. E você?
-Essa foi a pior noite de sono da minha vida. - disse bocejando, não se incomodando em olhá-lo.
-Eu não quero ouvir você se queixar. - Malfoy disse bruscamente. -Você está acostumada a isso... como você acha que eu me sinto? Eu nunca dormi em qualquer lugar, a não ser uma cama em minha vida inteira.
-Eu sempre tive uma cama para dormir! - Gina disse-lhe irritadamente, sentando-se e levantando-se com uma mão. Olhou para ele, mas ele não olhou para ela. -Mas, ao contrário de você, eu tive também pessoas que me amaram.
-Ótimo para você, mas realmente isso não tem qualquer coisa a ver com camas.
-Você acha que o Lord das Trevas quer pegar Harry? - perguntou Gina, mudando de assunto abruptamente.
Ele olhou de relance para ela por um momento, e então olhou para o outro lado. -Eu realmente não me importo. - disse simplesmente.
-É claro que você se importa!
-Não me importo. Eu disse apenas não . Está ficando surda?
-Eu o ouvi. - ela disse, sentindo-se frustrada. -Mas ninguém é tão cruel, à exceção de Voldemort - Gina tremeu ao dizer o nome -e provavelmente seu pai. E você não é como seu pai.
-Como você sabe que eu não sou como ele?
-Porque você me disse! - exclamou, olhando para ele surpresa.
-Eu odeio meu pai. - ele respondeu.
Houve uma longa pausa. Gina estava surpreendida que ele realmente havia lhe dito isso.
-Eu o odeio, também. - ela concordou.
-Mas às vezes, - Draco continuou, não a ouvindo, -quando você é criado por alguém que odeia, você não pode evitar ser como ele.
-Então por que você disse que não era, ontem?
-Hum. - Olhou friamente para ela. -Eu devo saber mentir, não é?
Gina arrepiou-se, os olhos cinzentos dele a congelava. Levantou-se e passeou por um momento, incerta do que fazer. Ele a estava deixando confusa. Ontem, salvou-a de Rabicho, só para dizer-lhe hoje que era como seu pai?
Ela não gostava de Lucio Malfoy em tudo. Ouvira a conversas de Rony, Harry e Hermione sobre ele, e todas as histórias eram terríveis. Para não mencionar o apoio que ele dava ao Lord das Trevas. "Por que Malfoy me disse ontem que não era como seu pai," - Gina queria saber, "e então me diz agora o contrário?"
Nada fazia sentido. E seu estômago roncava, não tinha comido desde o almoço do dia anterior. Olhando de relance para trás, para Draco, viu que seus olhos estavam fechados. Estava dormindo de novo?
Isso não importava. Ela não queria mais conversar com ele. Em vez de dormir, tinha coisas mais importantes a fazer, como encontrar uma maneira para voltar à Inglaterra.
Talvez houvesse algo nos jornais. Não se importando quanto barulho faria, inspecionou todos os jornais do beco, a não ser os que Draco estava dormindo em cima. Sentou-se de encontro à parede do tijolo. Levantou-se fazendo barulho, lançando olhares irritados a Draco a cada poucos segundos, mas a expressão dele permanecia a mesma e ele não abriu nenhuma vez seus olhos.
Por dez minutos, Gina não encontrou nada. A maioria dos jornais estava velha e amarelada, de pelo menos dois anos antes. Mas continuou procurando por algum tipo de transporte. Obviamente, Trouxas deviam ter algum tipo de transporte por ar. Como mais viajariam através dos oceanos?
"Barcos!", pensou de repente. Levantou rapidamente, querendo se bater por não ter pensado nisso antes. "É claro, Trouxas usam navios! Deus, eu sou uma idiota. É a coisa mais óbvia do mundo e demorei esse tempo todo para pensar nisso!"
Mas, primeiramente precisava saber onde estava a costa mais próxima. Pelo que sabia poderiam estar no meio do continente. Então percebeu que tudo que tinha que fazer era olhar de relance para o jornal. No alto em letras pretas grandes leu "The New York Times".
Ela já tinha ouvido falar de Nova York. Era praticamente a única cidade que tinha ouvido. Estava na costa? Não conseguia lembrar. Ela nunca tinha estudado geografia mundial antes. Sua mãe forçou-a a aprender sobre a Europa antes de ir à Hogwarts, mas à exceção disso, não tinha tido nenhum ensino de geografia.
Deixando Draco no beco, Gina andou na calçada. Estava realmente ensolarado - muito mais claro do que estava no beco. Piscou diversas vezes. A calçada estava mais aglomerada do que o dia anterior.
Gina parou a primeira pessoa que conseguiu. Mas o homem olhou para ela, rolou seus olhos, e continuou a andar sem nem mesmo deixar que ela terminasse de falar.
Viu ele se afastar, pasma. "Isso foi muito rude." - ela pensou. "Ele fez isso por alguma razão? Há algo errado?"
Olhou para baixo, observou a si mesma, não encontrou nada errado. Observou então algo. Era a única a usar capa e casacos pretos, todos outros vestiam roupa de Trouxas.
Gina voltou ao beco e retirou suas vestes, jogando-as em Draco na esperança de acordá-lo, mas ele nem sequer se moveu e continuou com os olhos fechados. Ela retornou a calçada.
Desta vez parou um homem em um terno da marinha.
-Com licença, senhor. - disse, mostrando seu sorriso mais brilhante. Para seu imenso alívio ele sorriu de volta. Por um momento, ela teve medo que ninguém pararia e falaria com ela. -Eu estava querendo saber onde eu poderia comprar bilhetes para o próximo navio para a Inglaterra.
Seu sorriso desvaneceu-se ligeiramente, e olhou estranhamente para ela. -Bom, há uma agência de viagens a alguns quarteirões daqui, se é isso o que você quer dizer.
-Ótimo. - Gina disse, mesmo que não tivesse nenhuma idéia o que uma agência de viagens fosse. -Onde é exatamente?
O homem deu-lhe as direções. Ela agradeceu-o e retornou a Draco, que não tinha se movido ainda.
-Malfoy. - disse áspera. -Levante-se. Eu tenho uma maneira de voltarmos.
Abrindo seus olhos devagar, ele demorou um tempo para se levantar. Quando o fez, levantou suas sobrancelhas e pegou as roupas dela que foram jogadas nele. Embaraçado, agarrou-as e jogou em uma lata de lixo, sem explicar.
-Tire suas vestes. - ela disse-lhe.
-A maioria das garotas não me falam isso. - ele disse com sorrindo forçosamente. -Elas apenas arrancam de mim.
Gina rolou seus olhos, mas sentido suas bochechas esquentarem. -Nós estamos deslocados usando nossas roupas. Se você quer ser visto por eles, ouça meu conselho, tire e depois pode colocá-las de novo.
-Eles vão me ver, não importa o que eu faça. - Draco disse confiante.
"Que egocêntrico!" - Gina pensou, virando e se afastando, saindo do beco.
Poucos minutos depois andavam através das calçadas lotadas. Gina notou que todos estavam indo trabalhar, viu um relógio por uma janela de uma loja e percebeu que era apenas oito horas da manhã.
"As pessoas em Hogwarts agora já devem ter percebido que eu sumi." - pensou enquanto liderava o caminho já que Draco não tinha nenhuma idéia de onde estavam indo. "Sem dizer que minhas amigas viram Malfoy e eu sendo transportados. Me pergunto se elas estão tentando nos encontrar, mas pelo que elas sabem eu poderia estar em qualquer lugar. Por que suspeitariam que estamos nos Estados Unidos?"
Estava muito úmido na rua. Gina suava quando chegaram a Agência de Viagens Tooey.
Mas dentro, estava muito mais fresco. Entrou, seguida por Draco, então ficaram lá parados. Incerta do que fazer, piscou de relance para Draco. Ele apenas respondeu ao olhar, sem expressão e depois desviou, olhando para frente.
Felizmente, um homem de meia-idade alto com narinas enormes aproximou-se. Pareceu perceber que eles estavam confusos, e seu sorriso era muito brilhante e falso.
-Olá. - disse primeiramente. -Posso ajudar?
-Sim. - Gina respondeu, dando um passo para dentro da sala. Estava cheia de mesas, apenas algumas delas ocupadas. -Eu queria comprar passagens de navio, duas, para a Inglaterra.
-É claro. - disse como se soubesse de tudo há muito tempo. -Siga-me.
Gina deu a Draco um olhar divertido, e ele rolou seus olhos e sorriu, como se responsabilizando a traze-la ali.
O homem sentou atrás de uma mesa, e Gina e Draco em duas cadeiras na frente dele, que deu-lhes um outro sorriso falso. -Meu nome é Zechariah Montgomery. Vocês já viajaram com uma agência antes?
-Nós apenas queremos as passagens. - Gina disse, tentando não rir desse nome absurdo.
O sorriso dele congelou-se em sua cara. -É claro. - disse outra vez, e virou-se para o seu computador. Gina sabia o que era um computador porque seu pai tinha trazido uma vez um para casa na tentativa que funcionasse sem eletricidade. No fim ele ficou tão frustrado que jogou no lixo.
-Hum. - o homem disse, fingindo uma expressão decepcionada. -Nós não temos nenhum cruzeiro de luxo para Europa, somente daqui a um ano.
-Um ano? - Gina repetiu. Deu a Draco um olhar horrorizado, mas ele apenas olhou entediado.
-Desculpe. - Zechariah disse com um olhar dramático, não soando sincero. -Talvez eu possa verificar se há passagens de avião?
-Certo... - Gina disse lentamente, não sabendo ao certo o que era avião.
-Bom. - ele respondeu, e retornou a seu computador. -A viagem seguinte que nós temos é para amanhã. Vocês querem?
-Sim. - Gina respondeu. Ela desejou desesperadamente que tivesse estudado mais um ano de Estudos dos Touxas. O que era um avião? "Obviamente é algum tipo de transporte voador, pela palavra. Eu espero que seja mesmo."
-Como vão pagar? Dinheiro, cartão ou cheque? - Zechariah perguntou, sorrindo falsamente de novo.
Gina olhou para ele por um momento. "O que ele quer dizer com isso?" -Dólares? - perguntou se sentindo idiota.
-Ótimo! - ele repetiu e escreveu algo em um papel. -Vai custar, por duas passagens, três mil e setenta e dois dólares.
-Três mil e setenta e dois? - Gina disse.
-Correto...
-Nós... só temos oitenta e sete. - ela disse a ele se sentindo uma idiota novamente.
Nesse instante o sorriso falso de Zechariah desapareceu completamente. -Com isso você nem atravessa o país.- disse brutalmente.
Gina olhou para Draco. Ele não parecia nem um pouco nervoso. "Como ele age como se tudo estivesse certo? Como ele pode estar tão calmo?" - ela se perguntou.
-Obrigado. - ela disse se levantando.
-Vocês conhecem alguém que queiram chamar quando tiverem mais dinheiro? - Zechariah perguntou.
-Não. - Gina disse e foi rapidamente em direção a porta, esperando que Draco a seguisse. E ele a seguiu.
Quando estavam lá fora, na calçada, Gina virou-se para ele e disse: -Agora nós temos que ficar aqui esperando ser resgatados.
-Nós não vamos ser resgatados. - Draco disse, seus lábios formando um sorriso irônico.
-Seremos sim! - Gina disse com mais confiança do que realmente tinha. -Ao menos seu pai tentará te procurar, e ele tem muito dinheiro para gastar com isso...
-Como eles saberiam onde procurar primeiro? - Draco disse, apertando seus olhos para ela. -Certamente, eles vão procurar por nós. Mas, você sabe quantas cidades existem no mundo? Isso poderia levar anos. E se oitenta e sete dólares não podem nos fazer atravessar esse país, não poderá nos manter alimentados por anos.
Gina tentou não entrar em pânico. -Talvez, se nós fizermos algum feitiço eles poderão nos rastrear...
-Nós não podemos. - Draco disse bruscamente, aproximando seu rosto do dela. -Eu acho que você não sabe de nada. Rabicho provavelmente está nos procurando por todo lugar, se nós fizermos mágica ele poderá nos encontrar. Eu juro. Comensais da Morte têm seus modos de rastrear pessoas. O que eles fazem é encontrar o tipo de varinha que as pessoas que eles procuram usam e então quando elas fazem algum feitiço podem achá-las. Não me pergunte como, eles apenas fazem. Por isso que quando fogem deles as pessoas não duram muito. E você conseguiria fazer feitiços sem um Trouxa ver?
-Rabicho não o machucaria. - Gina pensou alto.
-Você está me dizendo que quer morrer?
-Como você sabe que ele quer me matar?
-Eu sei, acredite em mim. Eu sei. - Draco disse duramente.
Ele virou-se e continuou a andar. Gina quase teve que se sacudir para continuar andando.
-Então podemos arranjar empregos aqui. - ela sempre tentava ver o lado bom das situações, mesmo se elas fossem desesperançosas. -Nós juntaremos dinheiro para voltar, ou até que alguém nos busque.
-Não somos Trouxas, Weasley. - Draco disse por sobre seu ombro, soando irritado com ela. -Nós nunca tivemos nem uma semana em escola Trouxa e estamos em uma cidade total e completamente Trouxa. Como você acha que nós encontraríamos algum emprego? Sem mencionar que nenhum de nós tem dezoito anos ainda.
Gina suspirou, sem opções. -Então o que nós vamos fazer?
-Não vamos fazer nada. - ele disse. -Estamos presos aqui.
Como estavam morrendo de fome, encontraram algo para comer num lugar chamado McDonald's. Quando terminaram tinham oito dólares a menos.
Depois de satisfeitos eles caminharam pela cidade o dia todo. Não conversaram muito, porque sempre que Gina tentava, Draco terminava a conversa rapidamente, ou dizia algo esperto que a deixava com raiva.
Começava a escurecer, e decidiram encontrar outro beco para dormir. Um pouco depois encontraram um melhor, pelo menos os prédios em volta eram silenciosos o suficiente. Havia uma caixa com roupas velhas que usaram para fazer como camas, no lugar dos jornais. Gina estava começando a desejar que não tivesse tirado sua capa e seu casaco, porque serviriam para deixar seu "colchão" mais macio. "Esteja feliz por não ser inverno" - disse a si.
As horas pareciam se arrastar. Gina ouviu a respiração de Draco ficar lenta e soube que ele dormia. "Para alguém que dormiu a vida inteira em camas, ele com certeza dorme muito bem em um chão duro." Gina pensou sorrindo.
Ela levantou, bocejando ruidosamente. Não tinha nada que a fizesse dormir. Primeiramente, ela teve apenas uma refeição o dia todo e estava com fome e com sede. Seu corpo doía de exaustão, mas sua cabeça não parava de pensar.
"Vou dar uma volta" - ela pensou, levantando e deixando o beco.
Eles tinham escolhido um beco em uma parte perigosa da cidade. Estava quieto e a rua era muito escura. Passava um carro às vezes, mas não mais que isso. Era perigoso, mas ao mesmo tempo tranqüilizante.
Gina tentava imaginar o que sua família fazia naquele instante. Ela esperava que Fred e Jorge pudessem voltar para casa, fazendo companhia a seus pais. É claro que Gui, Carlinhos e Percy tinham que trabalhar. Mas Fred e Jorge ainda tentavam abrir sua loja de logros, e não tinham nenhum emprego certo. "Eles vão animar mamãe e papai." - Gina esperava.
Ela tinha andado um quarteirão quando alguém agarrou seu ombro. Duas coisas surgiram em sua mente no momento. Por um segundo ela pensou que fosse Rabicho. Então ela pensou que talvez fosse Draco.
Mas as duas teorias desapareceram de sua mente quando a pessoa a segurou e a apertou contra a parede de um dos prédios. Gina pode ver no escuro as feições rudes, e sentir o cheiro desagradável do homem e imediatamente soube que ele era um morador de rua. Ela tentou não ser impedida de gritar, mas foi impossível, ele pressionou sua mão na boca dela, a empurrando contra a parede.
-Que tal, olá? - ele disse com uma voz áspera, e riu como se estivesse se divertindo. -Por que você está andando por aí sozinha tão tarde?
Gina não respondeu. Seu pânico estava começando a virar pavor. Um carro passou, mas não parou. Gina teve muito medo de tentar se soltar para gritar, mas certamente eles tinham ouvido-a. "Pessoas que não querem se envolver." - pensou.
Então ela se lembrou de Draco. Ele estava dormindo, achava, e ela não estava certa se conseguiria acordá-lo. Sem dizer que ele estava a um quarteirão à frente. "Não custa tentar." Abriu sua boca e começou a gritar: -Malf...
Mas o homem rapidamente colocou a mão sobre seus lábios, impedindo-a de falar. Ela teve que fechar sua boca e tampou a respiração por causa do odor dele. Por causa do seu medo começou a ter náuseas.
-Você não chamou ajuda? - o homem disse dando um beijo grudento em sua bochecha. Ela tentou gritar, mas a mão dele a impediu.
Gina começou a lutar. Ninguém a ajudaria, ela tinha que libertar a si mesma. Tentou alcançar sua varinha no seu bolso de trás, mas por azar seus braços estavam presos do lado de seu corpo. E estava tão presa contra a parede que não conseguia usar suas mãos, elas não podiam deslizar para trás dela e pegar a varinha.
"Faça algo, Gina!" - ordenou a si mesma, virando sua cabeça e tentando não respirar no hálito do homem. "Ele é apenas um morador de rua, você é uma bruxa! Você pode se salvar."
O problema era que Gina nunca tinha salvado a si mesma. Sempre teve alguém para salvá-la. Como uma vez, aos cinco anos, quando ela bateu a cabeça em uma pedra, Gui estava lá e a levou no colo para casa. E no seu primeiro ano, quando Tom Riddle a usou para abrir a Câmara Secreta, então Harry a salvou.
Ela tentou colocar sua cabeça à frente, mas cada vez que se movia dava mais espaço para o homem beijá-la. Por um minuto ela forçou-o para trás, talvez ele se virasse o suficiente para ela correr. No entanto ela nunca teve a chance.
A força do homem segurando-a desapareceu, e seu rosto saiu de perto dela. Gina assistiu feliz alguém empurrá-lo para longe, tão forte que ele caiu na rua.
A pessoa que a salvou foi Draco.
Rony estava exausto. Seus pais tinham vindo falar com Dumbledore na noite anterior. Ele ficou acordado a noite toda com eles, ouvindo sua conversa com eles na sala do diretor. Tudo o que descobriram é que não havia possibilidades de achar Gina. Eles não sabiam sequer por onde começar a procurar.
Eram quase cinco horas da manhã quando ele voltava para o Salão comunal da Grifinória. Ele se sentia com alguma culpa, indo para uma cama quentinha enquanto Gina poderia estar em qualquer lugar no momento.
Ele passou pelo buraco do retrato e foi atrás de Harry. Virando uma coluna encontrou seu melhor amigo em baixo, no salão, olhando para o chão.
-Harry? - Rony perguntou. -O que você está fazendo acordado?
Harry olhou para cima e lhe deu um sorriso fraco e convidativo. Ele acenou para Rony vir até ele, então Rony viu para o que ele olhava. No chão estava um tipo de colar, que tinha um amuleto prateado, um pouco maior que um pomo de ouro, com uma corrente também prateada. O amuleto era coberto com pequenas pedras pretas.
Continua...
