Amor abstrato, por Kiki-chan
Parte III – Metamorfose, os problemas dele
(22/12/03)
Se ninguém havia visto Kikyou surpresa e abalada alguma vez teve a sua chance naquele dia.
Ela não tinha palavras para descrever o que sentia, em sua cabeça havia um turbilhão de pensamentos e emoções que impedia um raciocínio lógico. Tudo ao seu redor rodava, aquela cena lhe dava náuseas, apoiou-se na parede tentando controlar sua respiração acelerada e as lágrimas que queriam cair. Apertou seu coração para espantar aquela dor que a corroia.
Ela havia sido traída.
Ele, supostamente sério e fiel estava em cima de uma maca, debruçado em cima de uma enfermeira de cabelos longos e castanhos. Tinha os botões de sua camisa branca apertos, seu avental estava no chão junto com os sapatos dele e da moça, mas isso não era o pior, ele beijava a garota com desejo e era correspondido. Sua mão direita estava apertando a coxa esquerda dela, por dentro da saia enquanto ela o puxava mais para si, agarrando-o num abraço.
Eles se separaram por um segundo e fitaram os olhos um do outro, porém quando Sesshoumaru olhou para o lado, viu Kikyou furiosa batendo o pé com uma expressão aparentemente fria e indiferente.
-K-Kikyou! E-eu posso explicar! –Disse rapidamente saindo de cima da moça que olhou ao redor assustada.
-Não preciso que me explique isso. –Respondeu seca.
-Não é isso que está pensando!
-É mesmo? Então o que seria? Eu não vejo muitas explicações para o seu caso, doutor.
-Me escute...
-Estou aqui. –Falou cruzando os braços.
Ficou em silêncio por alguns momentos encarando os olhos dela, palavras não vinham em sua mente, tudo que havia era um enorme vazio e os olhos frios de Kikyou o encarando.
-Se não vai falar nada irei me retirar, meu ouvido não é privada. Pode continuar sua brincadeira com essazinha... –E virou-se andando pelo corredor.
Miroku estava boquiaberto, nunca em toda sua vida poderia imaginar que o "Sr. Todo poderoso e disciplinado"; Sesshoumaru fizesse algo como aquilo. Esfregou os olhos e estudou a cena novamente, a enfermeira estava chorando num canto enquanto o médico se recompunha. Ele fitou o R2 com raiva e disse:
-O que está olhando, idiota?! Vamos! Ande logo! Eu sou não bicho de zoológico para ficar sendo observado.
-O que está acontecendo?! –Veio uma voz do corredor.
Sango corria para onde a multidão estava, desviou-se habilmente das pessoas e viu o doutor Sesshoumaru sair do cômodo e uma enfermeira chorando baixinho no canto. A moça aproximou-se da garota estudando suas feições, ajoelhou-se diante dela e perguntou:
-O que ouve, garota? –Murmurou ao ouvir os soluços dela encherem o ar.
-Rin! –Gritou alguém da multidão –QUE VERGONHOSO RIN! COMO FEZ UMA COISA DESSAS COM O-
-BASTA! –Disse Sango –Deixe a garota respirar...
-A senhorita por acaso sabe o que ela fez?! –Resmungou uma velha entrando na sala.
-Gomen Kaede-san... Gomen... –Murmurou Rin.
-Você acha que desculpas irão adiantar? MENINA TOLA! SUA-
-Acalme-se senhora. Não sei o que está garota fez, mas precisa pensar e respirar, todos temos esse direito.
-Mas-
-Não tenho muita autoridade aqui senhora, mas gostaria de saber o que aconteceu.
-Ela foi flagrada junto com o doutor Yosurí, Sesshoumaru para íntimos Yamakawa. –Respondeu Miroku caminhando até elas.
-E-eu pensei que ele gostasse de mim de verdade... Falava que queria estar junto de mim, mas me ignorou quando saiu daqui... -Começou a soluçar novamente –Por que?!
-Ele fez isso?
-H-hai...
Sango levantou o rosto da garota e sorriu:
-Vamos... Limpe esse rosto! Quer conver-
-Você está louca Yamakawa?! –Exclamou Miroku –Não se meta nisso!
-A garota pode não estar certa, porém não é correto levar toda a culpa. Aquele doutor a enganou também!
-Você é idiota?! Ninguém vai ouvir essa garota!
-E daí? Eu defendo o que acho justo! Não a justiça falsa dos outros. –E saiu amparando a garota.
Miroku arregalou uma sobrancelha, algo diferente brilhava nos olhos dela daquela vez... Era justiça. Então era por isso que ela não admitia trapaças... Ela era uma pessoa muito justa... Não pode deixar de sorrir, havia descoberto outro lado daquela garota mimada.
***
Sango estava sentada em uma cadeira em frente a uma sala, a garota Rin havia se metido em uma grande encrenca. Tentava reconforta-la, porém era obvio que seria despedida, como Sesshoumaru era o chefe, ficaria impune, já imaginava isso, pois sempre acontecia. Suspirou desanimada enquanto olhava a parede branca, tinha pena da garota, pelo o que ela havia falado ainda cursava a faculdade de nutrição, tinha feito um rápido curso de enfermagem, por isso trabalhava no hospital. De noite dava aulas de inglês, precisava daqueles dois empregos para sobreviver e pagar a faculdade, agora sem um deles ficaria muito difícil.
Ouviu o som da porta sendo destrancada e Rin saiu de lá cabisbaixa, jogou-se na cadeira ao lado de Sango e suspirou:
-Eu fui despedida...
-Não desanime Rin-chan! –Sorriu –Você pode arranjar outro emprego!
A garota tinha os olhos marejados cheios de desesperança, fitava as lâmpadas do corredor fixamente.
-Que emprego? Quem vai me aceitar agora...
-Olhe! Eu vou te ajudar! Não acho justo o que Sesshoumaru fez... Sempre o achei muito correto, mas agora...
-Arigatou. –Sorriu –Não sei por que está fazendo isso por mim, mas te agradeço mesmo assim.
-Não precisa! –Riu –Vamos! Meu expediente está quase acabando, preciso ir me trocar... Aqui! –Falou dando à garota um pequeno papel –É o meu celular, ligue-me amanhã para falar como está, certo?
-H-hai.
-Bom... –Falou fitando o relógio –Já vou indo, até mais Rin.
-Até amanhã Sango-san!
A moça acenou com a mão e continuou caminhando, não sabia direito porque ajudava aquela garota, talvez fosse pelo que seu pai sempre dizia, que ela era metida a justiceira, defensora dos fracos e oprimidos, deu um pequeno sorriso, não deixava e ser verdade... Continuou caminhando, porém parou em um lugar estranho, devia ter se distraído demais com seus pensamentos e fora parar ali, o corredor era isolado e não havia transito de pessoas naquele local. Dominada pela curiosidade continuou caminhando, no final do corredor havia uma porta entreaberta.
Temerosa, entrou, havia um homem idoso ligado à inúmeros aparelhos, devia estar em um estado gravíssimo para ficar lá.
Foi até o outro lado da cama para ler a ficha do paciente, ela estava pendurada na beirada da cama, estava escrito "Onomii, Masaki".
"Onomii? Já ouvi esse nome em algum lugar..." Pensou enquanto fitava-o novamente.
Saiu da sala rapidamente, estava confusa. Por que havia entrado lá? Talvez curiosidade... Não sabia direito, algo a atraiu para lá. Balançou a cabeça e voltou para a sua rota normal, precisava pensar num jeito de ajudar Rin agora. Aquele senhor não a interessava, desceu rapidamente alguns lances de escada, entrou em uma sala, abriu um pequeno armário no fundo, pegou sua bolsa e foi embora.
Passou primeiro na enfermaria para assinar algumas fichas e quando estava em direção ao elevador viu Miroku andar apressado.
-Que estranho... -Murmurou.
Suspirou enquanto apertava o botão do elevador, quando entrou deu de cara com uma Kikyou furiosa.
-Olá senhorita. –Falou temerosa.
-Olá. –Respondeu seca.
-Algum problema? Está estranha hoje... –Perguntou tentando melhorar os ânimos.
-Estou bem Yamakawa! –Gritou –Pare de fazer perguntas idiotas sua tola!
-Acalme-se! –Falou apressada.
-Soube que você estava andando com a vadia...
Arregalou os olhos fitando Kikyou, mesmo estando sofrendo não sabia o lado da história de Rin, não tinha direito de chamar ninguém de vadia.
-Ela não é vadia, senhora.
-É mesmo? –Falou em tom de desafio.
-Sim, desculpe-me, mas a senhora não tem direito de chamar Rin de vadia... Nem ouviu a história dela.
-Não preciso ouvir!
-A senhora não está tendo bom senso e autocontrole.
-Ora! Pensava que fosse superior a essa gentinha Yamakawa... Mas estava enganada.
Sango sentiu seu sangue subir... Como ela podia insultar os outros daquela maneira? Ninguém podia julgar as pessoas, respirou fundo enquanto ouvia o barulho do elevador sinalizando que tinha chegado onde queria.
-Eu sou muito superior as pessoas que julgam os outros. –Disse –Eu não preciso de pessoas poderosas para vencer, só de mim mesma. –E saiu.
Caminhava pisando duro, quem Kikyou pensava que era?! Suspirou enquanto ouvia o seu celular tocar aquela música estridente.
-Alô! –Disse irritada.
-Sango-chan?
Acalmou-se um pouco a reconhecer a voz, continuando a caminhar calmamente.
-Oi Kagome...
-Você está bem? Está nervosa...
-Iie! Eu estou bem.
-Mesmo?
-Mesmo... –Respondeu cansada.
-Certo! –Disse a garota do outro lado da linha –Er... Sango, eu queria pedir um favor...
-Favor?
-Você sabe que ando muito ocupada e...
-Fale de uma vez K-chan.
-Bem você sabe daqueles meus primos do interior e...
-NÃO!
-Por favor!
-Kagome! Da última vez que saímos com eles... Lembra o que aconteceu?!
-Não foi nada demais...
-Claro... Nada demais ficarmos sentadas na escada no Shopping, escondendo o rosto nas mãos, porque o seu primo ficou encantado com a porta automática de lá, e ficava entrando e saindo sem parar! Isso é completamente normal.
-Sango...
-Olha a hora! Tenho que desligar K-chan! Ja ne! –E desligou o aparelho, o colocando na bolsa –Kuso! Esqueci as chaves de casa... Vou ter que voltar... –Suspirou.
Foi pelas escadas, não queria encontrar Kikyou de jeito nenhum, havia pensado que ela era mais justa, porém tinha a mesma idéia que a maioria das pessoas que haviam subido na vida, suspirou enquanto jogava o seu cabelo para trás, o que as pessoas ganhavam com classificando os outros? Balançou a cabeça enquanto ia começar a subir outro lance de escada, porém parou, Miroku praticamente corria, pelo jeito estava indo à direção do corredor que esteve há minutos atrás... Olhou para onde ele ia... Era aquela sala! Havia visto que o sobrenome do paciente era Onomii... Onomii era o sobrenome de Miroku! Será que ele seria algum parente? Começou a sentir um aperto no peito, aquele caso devia ser muito grave... De repente arregalou os olhos, estaria sentindo pena daquele idiota?
Esperou ele entrar no quarto e o seguiu, se ele olhasse para a porta agora veria sua cabeça o observando, estudou-o e notou algo diferente em seus olhos... Não era o sarcasmo de sempre, não era aquele olhar debochado, ele tinha lágrimas nos olhos! Parou de observa-lo e apoiou-se na parede ao lado da porta, sentiu como se estivessem apertando seu coração... Ela quase tinha o expulsado do hospital!
Apertou seu peito enquanto sentia aquele liquido salgado escorrer por sua face, engoliu seco enquanto limpava aquilo de seus olhos e nem se deu conta da pessoa que a observava:
-Yamakawa? –Perguntou Miroku confuso.
Ela arregalou os olhos quando o viu, então se levantou rapidamente.
-Gomen Onomii-san...
-Yamakawa… Você está chorando?
-Iie!
-Então por quê seus olhos então assim? –Falou sorrindo limpando as próprias lágrimas.
-Baka... –Sussurrou.
-Você estava me espiando? –Riu divertido.
-Iie! Quero dizer... Acabei entrando nessa sala sem querer um dia desses e quando vi você nela...
-Entendo. –Sorriu –Mas na ficha dele está escrito meu sobrenome.
Ia começar a se explicar, mas acabou corando novamente quando sentiu que ele a empurrava para dentro da sala.
-Vovô, essa é Yamakawa Sango... Ela é um pouco neurótica, mas é uma boa pessoa, vai gostar dela quando acordar.
Novamente seus olhos estavam rasos de lágrimas, quando voltou a si novamente Miroku sorria para ela.
-Gomen... Eu fico aqui chorando... Acho que só atrapalho, não é mesmo? Eu dever-
A expressão dele mudava para algo mais triste, ele passou seu polegar enxugando as lágrimas dela, ela estremecia com o toque dele assim como enrubescia.
-Não chore Yamakawa... Você não precisa chorar...
-Iie... Eu quase... Eu quase...
Ele a puxou para um abraço fazendo-a arregalar seus olhos.
-O que você quase fez não aconteceu certo? Não chore... Odeio vê-la chorar.
Sango o fitou novamente, ele voltava a sorrir carinhosamente, então a soltou e disse:
-Não quer comer alguma coisa?
***
-Sabe... –Ele disse enquanto trazia os biscoitos e se sentava na mesinha –Por que você ajudou aquela garota?
-Está falando da Rin?
-Hai.
Ela suspirou enquanto colocava uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. Olhou para a janela e falou:
-Não era justo ela ficar sozinha... Sesshoumaru e Kikyou iriam acusa-la e ela é tão fraca em comparação a eles!
-Você é muito justa Yamakawa! –Riu.
Ela deu um discreto suspiro enquanto pegava um biscoito.
-Foi por essa justiça que fiz Kikyou "quase" me odiar.
-NANI?!
-É... Eu defendi Rin.
Miroku levantou a sobrancelha estudando a colega, apesar de parecer um pouco abatida estava tranqüila e calma, qualquer um que ganhasse um misero olhar de raiva de Kikyou estaria desesperado numa hora daquelas e ela simplesmente comia seu biscoito devagar.
-Você não tem medo?
-De que? Sei que estou certa e ninguém me provou o contrário.
-Yamakawa...
-Não vou subir na vida trapaceando, vou continuar a seguir meus princípios.
Miroku terminou seu biscoito e ficou observando-a por muito tempo, ela não tinha medo de enfrentar aquilo, em seus olhos brilhavam a justiça que havia visto mais cedo. Ela parecia uma personagem de histórias, sempre do lado da justiça... Achou que pessoas assim não existiam mais, mas ela era daquele jeito, Sango era real.
-Te admiro... Você consegue fazer o que quiser sem se importar com o que vai sofrer.
-Se pensamos assim não fazemos nada.
-Você tem razão...
-Bom, tenho que ir...
Ele respirou fundo olhando nos olhos dela, havia alguma coisa que o chamava, que o enfeitiçava nela... Era o perfume, os olhos, a voz, a boca, a pele, o nariz... Tudo! Engoliu seco e falou para a moça:
-Yamakawa... Você acredita em amor à primeira vista?
-Hã? –Perguntou confusa.
-Eu perguntei se acredita em amor à primeira vista.
-Não sei direito, nunca me apaixonei assim por alguém para responder sua pergunta, Onomii.
-Mesmo?
Ela ia começar a responder, porém algo a impediu de dizer "não", aquilo gritava em seu peito dizendo que tudo o que ela dizia era errado, não poderia mentir, ela nunca mentia... Não era agora que começaria. Olhou para os olhos azuis escuros dele, não podia saber o que passava por lá, então respondeu:
-Realmente não sei...
Ele sorriu:
-Mas você disse "não" da primeira vez que respondeu.
-Onomii-san, estou cansada... Nos vemos por ai.
-Onomii-san? É muito sério.
-É mesmo? –Ela perguntou erguendo uma sobrancelha –Como quer se chamado então?
-Miroku, mas ai eu poderei te chamar de Sango, Yamakawa é muito comprido...
Ela deu os ombros e virou-se, quando ia sair daquele local ouviu a voz dele a chamando.
-Sango! Quando tiver a resposta para a minha pergunta... Gostaria que me respondesse.
-Pergunta?
-Hai... Se você acredita em amor à primeira vista.
Ela lhe sorriu e saiu do ambiente, caminhou até as portas de vidro do hospital e só lembrou que tinha esquecido suas chaves quando já estava descendo os degraus em direção à rua.
-Kuso! O que está acontecendo comigo?
***
Miroku a viu partir andando pelo corredor até a saída, bom, pela primeira vez ela não havia ficado o fuzilando com o olhar ou evitando trocar palavras com ele, até tinha sorrido... Tinha um belo sorriso, raramente via-o nos lábios dela, já que costumava ser tão séria e disciplinava, que nem se permitia dar um simples sorriso, ela havia derretido todo o gelo que a cercava com o gesto.
Algo havia chamado a atenção nele hoje, foi o brilho dos olhos dela... Aquilo era raro e merecia ser conservado, não podia ser perdido. Olhou para o prato de biscoitos com algumas migalhas e concluiu, desde que havia visto aquele brilho algo mexia com ele, por isso que havia feito aquela pergunta para ela, a questão era se responderia sinceramente...
Levantou-se, precisava pegar as suas coisas, saiu de lá e foi para a sala onde descansava, entrou e começou a se aprontar para ir.
***
Sango andava pelo estacionamento, mesmo não tendo carro sempre passava por lá para cortar caminho.
-Senhorita Sango?
Olhou para trás e viu Rin sorrindo, era incrível... Sorria em todas as situações, mesmo com o grande problema que ela tinha, nunca perdia suas esperanças, ela olhou para a médica e disse:
-Vou voltar para minha terra natal...
-Nani?!
-Lá vou arranjar algum-
-RIN!
As duas ficaram brancas, porém ao mesmo tempo surpresas ao ouvirem aquela voz, Sango olhou para Rin que confirmou com a cabeça, as duas viraram para trás quase ao mesmo tempo e viram o Sesshoumaru ofegante apoiando-se nos joelhos.
-Rin! –Ele sorriu.
-O que está fazendo aqui? –Disse seca.
-Deixe-a em paz! –Falou Sango o encarando –Não vê o mal que já fez? Ela vai embora daqui por sua causa!
-Nani? Você vai embora?!
-Vou... –Falou olhando para baixo.
Sango estudou bem a garota, sabia que iria chorar a qualquer momento, fitou Sesshoumaru nervosa, o que ele queria com ela? Já não tinha conseguido sair impune de toda aquela história? Por que voltava?
-Rin... –Ele ajoelhou-se pegando suas mãos –Tudo o que te falei não foi falso...
-É mesmo?! Então por quê você não estava lá? Por que me abandonou no meio de tudo aquilo?!
-Eu fui resolver nossa situação... –Sorriu –Não vai precisar mais ir embora.
-Mas... Mas...
-Você vai ficar... Eu convenci todos eles a reconsiderarem.
-Como v-
Ele abraçou de modo possessivo.
-Eu não vou te perder Rin!
-Me solta...
-Aishiteru! Aceite-me novamente... Por favor!
-Sesshoumaru... –Ela murmurou.
***
-Miroku! –Chamou alguém.
Ele estava entrando no elevador, quando se virou e encontrou a pediatra sorrindo para ele abertamente enquanto corria para seu lado.
-Você soube Miroku? –Falou a pediatra.
Ele não respondeu, ainda estava pensando em outra pessoa.
-Hã? –Ele perguntou enquanto saia de seu transe.
-Eu perguntei se você soube que o Tsutama-sama vai dar uma festa da casa dele daqui três dias... Onde você está hoje?
-Gomen... É que ando cansado esses dias... Perdoe-me.
-Tudo bem... Mas, bom... Já sabe quem vai levar? Sabe que é uma festa elegante, onde todos da alta sociedade vão estar...
Ele olhou bem para os olhos dela, não, eles não tinham aquele brilho... Claro que não! Disse para si mesmo, só ela tinha aquele brilho, mais ninguém poderia ter. Olhou para a janela, o que acontecia? Estava apaixonado por um par de olhos? Não, estava apaixonado por ela... Sorriu quando viu a expressão da pediatra, que idiota convencida! Achava que ele iria ajoelhar-se, beijar seus pés e suplicar que ela fosse com ele.
-Hai.
-Mesmo?
-Hai, já sei com quem vou... –Sorriu e entrou no elevador –Até logo.
-C-como?
-Algo errado?
-Nada... –Ela murmurou.
-Então está bem, até logo!
Saindo do hospital caminhou até sua casa, sim, sabia quem iria convidar.
***
-Papai, Kohaku... Cheguei! –Gritou.
-Ah! Sango! –Disse o pai sorrindo com o telefone na mão –Ligação para você!
-Hã? Quem é?
-Um rapaz... Parece bem simpático.
-Rapaz? –Pegou o telefone das mãos do pai e disse –Alô?
Continua...
N/a: E agora? Quem será que está no telefone???
Olá!
Bom, finalmente o cap três! ^___^ Agora só falta o cap quatro e o epílogo. Espero que apreciem bastante! Eu estou adorando escrever a história! Principalmente depois de assistir a "bela e a fera"o musical, eu chorei tanto... Na verdade estou chorando agora O.o porque acabou... Mas é tão lindo! Tão magnífico! Não tem palavras para descrever... É simplesmente maravilhoso... Pena que acabou T.T... Mas fica uma lembrança maravilhosa agora ^^
O próximo cap sai em janeiro provavelmente, eu vou viajar dia vinte e sete, não sei se estou com um cap pronto até lá, mas o cap quinze de "faces" provavelmente vai estar pronto essa semana ^^
Bom, agora vou responder os reviews em ordem de postagem.
Lally: Bom... Você viu o que deixou a Kikyou espantada... Coitada ., mas é que tenho outros planos para ela ^^ Diferentes... Mas são planos, e não podia separar o casal Sesshy&Rin. Kissu!
K-chan: Que bom que está gostando! Fico muito feliz em saber =^^=, Gostou da Sango também ^^?? Mas ela num atrapalhou eles de verdade... Eles já tinham feito a atividade deles hehehe... Hahahaha! O Miroku, ótimo? Gostou dele assim então XD Eu só adaptei ele para o mundo moderno rs. Que bom que está gostando cadê vez mais de ler minha humilde historinha... É o Inu-chan num tem muita cena aqui não, é ^^ Papei Noel compensa né? Ele que dá os presentes de natal... Quem sabe ele num dá o seu e o meu bem especiais esse ano XDDD?
Hai... Sem Inu-chan um bom tempo . ;___;
Kissu!
Polly-chan: Que bom que está gostando! E não é que você acertou? XD ^^'' Aqui está o cap novo! Obrigada pelos elogios ^___^, fico feliz ao ver que meu hobbie é apreciado! É.... realmente não existem muitas fics desse casal, ^^, mas no original minha fic era para ser Sesshoumaru&Kagome, mas os personagens não combinavam muito com a história... @___@ Bom ^^``.... Kissu e ja ne!
Camis: ^//////^ você gosta de fazer meu ego subir... ^^'''Obrigada pelos elogios ao cap, hehehe... Repetitivo? Não, por mim pode repetir quantas vezes quiser (brincadeira!). Hauhauhauhau... Acho que ele estava lindo sim tanto com a roupa quando se-... Bom! Ele estava lindo ^^''''
Bom suas provas acabaram, não? Estou torcendo para que passe! Você consegue! E é realmente maravilhoso quando isso acontece... Finalmente férias, não é mesmo? E eu li os caps, maravilhoso como sempre ^^
Banzai para vc! ^^
Kissu!
Sayo: Hehehe, é incrível como o Sesshy pode deixar um cap lindo, mas ele apareceu, eu só não citei ele... Passagens meio difíceis? Rs vou tentar explicar melhor da próxima vez ^^''''... Que bom que achou o cap divertido! Esse é a intenção!
Onda de fics em hospitais ^^'''', bom,....
Sim... Infelizmente estou na tortura inglesa, T.T, bom... Pelo menos o computador de lá é de graça XD *kiki mercenária* Estou lendo mto Fushigi Yuugi u.u'estou ficando igual ao tamahome...
Bom! Kissus! E Ja ne!
Terminei!
Bom ^^`, feliz natal para todos vocês e um maravilhoso ano novo, que tudo que não ocorreu bem em 2003 em 2004 se converta em coisas boas!
Agradeço as reviews da minha fic de natal... Irei responde-las em breve!
Até o próximo cap...
Kissu
Kiki
