Capitulo III: Novas descobertas
Shaoran ouviu as palavras de Eriol com toda a atenção que poderia dar a uma pessoa.
Eriol: Essa é uma das histórias mais estranhas que você já deve ter ouvido, mas é a pura e completa realidade.
Shaoran: Sim, você tem razão, mas tem uma coisa que ainda está na minha cabeça que eu não consegui entender muito bem, a Misuki é sua irmã? Ou eu ouvi coisa errada?
Eriol: Sim Shaoran, a Misuki é realmente a minha irmã.
Shaoran: Então porque você nunca nos contou?
Eriol: Porque tudo tem sua hora certa.
Shaoran: Bom, isso não é hora para ficarmos discutindo isso, como está a Sakura?
Eriol: Não se preocupe, ela está bem, mas ficará inconsciente por algum tempo. Mas e você como está?
Shaoran: Bem, não se preocupe com esses ferimentos, não são muito profundos e eu já sei como me virar com eles, mas e você como está?
Eriol: Bem, na verdade com alguns ferimentos, mas eles são superficiais, nada muito grave.
Shaoran: Quanto tempo eu fiquei dormindo?
Eriol: Foi pouco tempo, tudo o que aconteceu foi ontem, se você estiver preocupado por causa dos anciões da sua família, eles realmente estão muito nervosos com você pelo seu feito de ontem, mas nada que o tempo não resolva.
Shaoran: Bom, eu acho que preciso fazer alguma coisa, não posso ficar aqui para sempre.
Eriol: Sim, é verdade, mas acho que seria bom você descansar hoje.
Shaoran: Certo, mas antes ligue para a Sakura e veja se ela está bem.
Eriol: Certo.
Eriol foi até o telefone e começou a discar o telefone da casa de Sakura, mas a campainha tocou e ele teve de desligar o telefone e ir atender a porta, não precisou nem abri-la para saber quem era pois já tinha sentido a presença e percebeu que seu amigo não queria falar com ela pois foi direto para o quarto. Sakura entrou no apartamento após ter cumprimentado Eriol, ela sentou-se no sofá e Eriol lhe ofereceu uma xícara de chá, que a menina aceitou.
Eriol: Qual o motivo da sua visita querida Sakura?
Sakura: Bom Eriol, na verdade eu vim aqui para te perguntar se foi você que me salvou ontem?
Eriol: Sim, na verdade até fui eu, mas não cheguei exatamente na hora em que você desmaiou.
Sakura: É eu sei, mas quem foi àquela pessoa que chegou antes de você? Você a conhece?
Shaoran que estava ouvindo aquela conversa atrás da porta do quarto sentiu um calafrio percorrer o seu corpo, não sabia que Sakura havia sentido a presença dele ou visto-o na noite anterior. Ele ficou com medo que o amigo falasse justamente o que ele não queria que ela soubesse.
Eriol: Sim, eu o conheço sim, ele é um velho amigo de infância meu, e não sei se você está sentindo a presença dele, mas ele está aí neste quarto.
Shaoran sentiu seu corpo ficar frio, ele não queria encontrar sua amada naquelas condições, tinha sido muito duro com ela, achando que ela poderia dar conta do monstro sozinha e não vindo ajudá-la logo que ficou sabendo do monstro.
(...)
Sakura se concentrou para sentir a presença que vinha do quarto.
Sakura: Sim foi essa mesma presença que eu senti ontem à noite. É... Eu poderia conhecê-lo?
Shaoran estava cada vez mais gelado e preocupado com o que o outro falaria.
Eriol: Poder você até pode. Mas ...
Shaoran sentiu o coração começar a bater cada vez mais forte a cada palavra dos dois.
Sakura: Mas...?
Eriol: Seria melhor que fosse outro dia, ele ainda não se recuperou da batalha de ontem, e está descansando.
Sakura: Mas eu poderia pelo menos vê-lo?
Eriol: Sinto muito Sakura, melhor deixar para outra hora!
Sakura: Tudo bem, mas me conte o que aconteceu ontem!
Shaoran ao ouvir seu amigo começar a contar a história do dia anterior respirou aliviado e sentou-se na cama pensando no que faria quando voltasse a China, os Anciões com certeza já teriam dado a falta do ofuro e dele, então era só associar as coisas. Uma coisa ele já sabia que faria mesmo a contra gosto teria que voltar sem avisar ninguém e assim fez, pegou todas as suas coisas que estavam no quarto e esperou em pouco até Sakura e Eriol se distraírem, saiu pela janela e desceu pela escada de incêndio.
Sakura após ouvir a história de Eriol, contara a ele o que tinha acontecido entre ela e Shaoran naquela conversa, tomou mais uma xícara de chá decidiu ir para casa, pois já começava a ficar tarde e seu irmão deveria estar preocupado. Eriol ao levantar para acompanhar Sakura até a porta percebeu que Shaoran não estava mais ali e já sabia o que o amigo tinha feito, ido ao aeroporto, para voltar ao seu país, pediu para a menina esperar que ele tinha que fazer uma coisa, pegou sua carteira e ligou para o porteiro pedindo que ele chamasse dois táxis, ao descerem ele se despediu da garota e foi para o aeroporto enquanto esta voltava para sua casa.
Ao chegar no aeroporto foi direto perguntar para a Balconista quando saía o próximo vôo para a China, ele respirou aliviado quando ela disse que seria apenas dali a duas horas. Ele agradeceu-a e começou a procurar pela presença do amigo, que não foi difícil de ser encontrada.
O rapaz estava no salão de espera com todas as suas bagagens já entregues e a passagem na mão.
Eriol: estava pensando em ir embora sem avisar ninguém não é?
Shaoran (assustado com a presença do amigo ali): Como descobriu?
Eriol: Digamos que você foi muito previsível. Eu aceito que você vá embora, por mim tudo bem você voltar para sua casa, apenas gostaria que voltasse para lá sabendo de algumas coisas que você tem a obrigação de saber, que esteja preparado para impor essas realidades a algumas pessoas que também não sabem, e que seja forte, pois os anciões vão tentar fazer você pagar pelo seu feito.
Shaoran: Certo Hiragizawa, mas o que é isso? Ou melhor, essa verdade que eu tenho a obrigação de saber?
Eriol: O que você sabe sobre o passado do clã da sua Família?
Shaoran: O que eu sei? Por que essa pergunta?
Shaoran ia ficar esperando uma resposta, mas o olhar do amigo era mais sério que o normal, e não tinha a mesma calmaria de sempre, ele decidiu responder logo a pergunta dele.
Shaoran: No passado o clã pertencia aos mais ricos da família, os mais pobres eram como o exército do clã, esse exército era para proteger as pessoas que estavam necessitando de ajuda, que eram exploradas, que eram desonradas, e coisas deste tipo, eles só começaram a ter magia após se juntarem ao mago Clow, e desde aquele dia estão cada vez mais empolgados em proteger as pessoas, e...
Eriol (interrompendo o amigo): Meu caro Li, sinto lhe informar que isso é pura mentira.
Shaoran: Mentira? Como mentira? Eles têm até um prêmio antigo de protetores da paz no mundo.
Eriol: Sim, eles têm, mas alguém já lhe contou como foi que eles conseguiram?
Shaoran: Não, eu não podia perguntar, era falta de respeito.
Eriol: Não, não era falta de respeito, eles não queriam que você soubesse da realidade, Li, o clã de sua família no passado, era um grupo que matava todos que se opunham a eles, eles foram os maiores assassinos um dia, mas foram perdoados e as histórias esquecidas após se unirem a Clow. Eles fizeram as pessoas acreditarem que tinham mudado, e quando ficaram sabendo da existência de magos tão poderosos como Clow decidiram parar com tudo e pediram ajuda a ele. Clow, sabendo que aquilo era errado, deu-lhes um prêmio de protetores da paz, mas cujo foi criado por magia, fazendo assim com que eles se tornassem um clã. Por isso eu lhe digo que quando você chegar em sua casa, toda a sua família vai querer tirar satisfações com você mesmo os que não sabem o que acontecia no passado, e você, quando roubou aquele ofuro fez a melhor coisa do mundo para proteger a humanidade. Clow, sabendo o que aconteceria escreveu uma profecia que dizia que quando os dois escolhidos voltassem para esse mundo, o clã a qual ele se juntou iria trazer um enorme monstro de um outro universo com aquele ofuro, e esse monstro nem os maiores magos do mundo iriam conseguir detê-lo.
Shaoran: Mas quem da minha família não sabe disso?
Eriol: Meiling, sua mãe e uma de suas irmãs, essa eu não sei qual é, portanto chame toda a sua família quando for encontrar os anciões, pois assim, você revelará a verdade para o resto de sua família, e mostrará aos velhos que você não é mais um pirralho que não presta para nada, depois disso, traga sua irmã, que não sabia da verdadeira história, sua mãe e Meiling para cá, pois seu clã voltará a ser o que foi um dia.
Com aquela conversa nem Shaoran nem Eriol perceberam o tempo que passou, só se tocaram de que já se haviam passado muito tempo quando ouviram a voz de uma aeromoça chamando pelo interfone:
Aeromoça: Atenção todos os passageiros do vôo 2957 que vai para Hong Kong, última chamada para seu vôo, embarquem no portão 12, o avião parte em 15 minutos.
Eriol e Shaoran se despediram com um abraço e Shaoran foi para o portão, lá na frente quando Eriol já estava prestes a virar as costas ele gritou:
Shaoran: Eriol, por favor, diga a Sakura para esperar por mim.
Eriol apenas confirmou com um movimento de sua cabeça, ele sabia que teria alguns problemas pois a amiga tinha lhe contado o que aconteceu a algumas horas.
Eriol apenas viu Shaoran entrar no portão e depois sumir em meio à multidão, a rapaz foi em direção a saída do aeroporto pensando no que viria pela frente, teria que contar a Sakura tudo o que acontecera e a pessoa que a salvara pela primeira vez no dia anterior na verdade não tinha sido apenas um amigo dele, e sim a pessoa que ela mais queria na vida. Ele foi até a saída do aeroporto pegou um táxi e foi até a casa de Sakura, para lhe contar o que o amigo tinha pedido. Assim que chegou na casa da amiga ele tocou a campainha e a porta foi aberta por Touya.
Eriol: Olá Touya como vai?
Touya: Bem Eriol e você?
Eriol: Bem, eu poderia falar com a Sakura, por favor?
Touya: Bom no momento ela não está, ela saiu com um amigo dela chamado Yahico. Eu para ser sincero não fui com a cara daquele moleque.
Eriol: E você sabe aonde ela foi?
Touya: Bom ela me disse que iria à Sorveteria na próxima rua à esquerda.
Eriol: Muito obrigado Touya, eu preciso falar com ela urgentemente.
Touya: Certo, mas eu não tenho certeza, desde aquele dia em que aquele monstro estava atacando a cidade ela mudou muito.
Eriol agradeceu a Touya e foi na direção que o amigo lhe falara. Ele sabia muito bem que Sakura iria fazer de tudo para esquecer Shaoran, mas ele precisava chegar a tempo. Quando ele chegou na sorveteria ele viu Sakura e um outro rapaz que ele definiu ser o tal do Yahico que o Touya lhe falara, os dois estavam conversando animadamente, mas depois começaram a aproximar seus rostos como se fossem se beijar, mas Eriol os impediu apenas colocando a mão no ombro de Sakura.
Yahico: Hei, o que está acontecendo?
Eriol: Não é nada, eu só queria falar com a minha amiga antes que ela fizesse a maior besteira da vida dela.
Yahico: O que você quer dizer com isso?
Eriol: Não se preocupe, não estou ofendendo você, é que ela vai se arrepender disso se não souber o que virá pela frente.
Sakura: O que é Eriol?
Eriol: Sinto muito, mas é particular, você poderia me deixar falar com ela só por um minuto Yahico?
Yahico (a contra gosto): Tudo bem.
Sakura: Obrigada.
Eriol e Sakura se afastaram um pouco da mesa onde Yahico estava e Eriol contou a Sakura tudo o que acontecera. A menina ouviu a história com perfeita atenção e não interrompeu nenhuma vez.
Sakura: Então aquela presença que chegou antes da sua era a dele?
Eriol: Sim, e ele teve que voltar para a China por que aconteceram alguns problemas com o Clã dele, e ele teve que voltar lá para salvar Meiling, Yelan, e uma das irmãs dele.
Sakura (apavorada): Mas o que aconteceu?
Eriol: Bom, eu sei que você ainda gosta dele, e foi por isso que eu vim lhe contar que ele pediu que esperasse por ele e...
O rapaz contou a amiga toda a história e ela ficou pálida quando soube de tudo.
Sakura: Então o clã dele é um clã de assassinos?
Eriol: Era Sakura, era, não é mais.
Sakura: E por que ele teve que ir lá salvar a Meiling, a mãe dele e a irmã?
Eriol: Pois como eu lhe disse para ele vir para cá, ele teve que usar o Ofuro tele transportador, e isso deixou os anciões furiosos. E agora ele tem uma defesa, com isso toda a família ficará ao lado dos velhos, mas ao contar essa história a parte que não a conhece ficará ao lado dele.
Sakura: A tá, e com isso ele será expulso do clã e provavelmente da casa dele?
Eriol: Sim, e virá para cá, no começo eles ficarão comigo, mas depois vão encontrar um lugar para morar.
Sakura: E não é melhor irmos lá para ajudá-lo?
Eriol: Sakura, você conhece o Shaoran. Você sabe como ele é orgulhoso, ele não iria querer nossa ajuda lá nunca.
Sakura: É mesmo, você tem razão Eriol, bom vou avisar o Yahico que vou ter que voltar para casa, e espero que você venha comigo tomar uma xícara de chá.
Eriol: É claro que irei, bom vamos lá, que aquele seu amigo já está nos olhando feio a algum tempo.
Sakura e Eriol foram na direção de Yahico e disseram a ele que tinham que falar muito urgente com o irmão dela e que era isso que Eriol tinha vindo lhe falar, que ele estava com alguns problemas, pois eles tinham brigado e ela saiu de casa sem a permissão dele.
Yahico: Mas ele me parecia tão calmo quando eu fui te buscar!
Sakura: Ele é assim mesmo, na frente dos outros ele está sempre calmo, mas quando não tem ninguém por perto que ele mostra quem realmente é.
Eriol: Bom agora nós temos que ir, ele está muito mal e precisa de ajuda.
Yahico: Bom, deixe-me ao menos te levar até em casa Sakura
Eriol: Bom Sakura se você quiser ir tudo bem, mas eu tenho que chegar primeiro porque se seu irmão te ver com alguém ele vai ficar mais furioso.
Sakura: Yahico, me desculpe este incômodo, mas eu acho que é melhor eu e o Eriol voltarmos sozinhos, porque meu irmão esta muito mal, e se ele me ver com você ele vai pensar que eu o trocarei por você, você entende?
Yahico: Claro que sim, mas será que podemos sair outro dia?
Sakura: Sim, é claro que sim.
Yahico ficou mais feliz ao ouvir aquelas palavras, se despediu dos dois e ficou ali observando-os irem embora.
(...)
Shaoran estava em seu vôo esperando chegar na China apenas pensando em como tinha sido enganado todos aqueles anos pelos anciões de sua família, pensava também em como havia sido rude com a Sakura, mas dera graças a Deus pois já tinha sido muito ameaçado por eles e dessa vez achava que eles iriam fazer algo sério, mas como ele tinha pego o ofuro enquanto todos estavam dormindo os anciões só deveriam ter ficado sabendo do acontecido naquela manhã.
(...)
Eriol e Sakura chegaram na casa da garota e estavam conversando animadamente sobre vários assuntos, e foi nisso que Eriol lhe contou que talvez tivesse que estudar no Japão e não em Londres, pois os magos do círculo não haviam lhe contatado ainda, e as aulas começavam dali a duas semanas.
Eriol: Será que você poderia me acompanhar até a faculdade Tomoeda amanhã Sakura? É que eu gostaria de fazer a minha matricula
Sakura: É claro que sim Eriol, esse anos vai ser um dos melhores de todos, pois toda a turma que estudava na nossa sala estará lá, bom na verdade nem toda, apenas as pessoas que eram mais íntimos de nós, como por exemplo: o Yamazaki, a Tomoyo, a Hika, e o resto do pessoal.
Eriol: Verdade? Que bom, assim nós poderemos reviver alguns momentos de infância.
Sakura: É verdade, ainda que agora você e o Shaoran vão para lá será melhor ainda.
Eriol: É você tem razão.
Sakura abriu o portãozinho de sua casa e foi abrir a porta, mas foi surpreendida por Touya que a abrira por dentro.
Touya: Já voltou monstrenga? Eu estava exatamente indo te buscar.
Sakura (vermelha de raiva): Para de me chamar de monstrenga Touya.
Eriol (rindo do modo que o rapaz ainda tratava sua irmã, como quando eles ainda eram jovens): Bom Touya acho que é melhor dar um descanso para a sua irmã, ela recebeu algumas notícias hoje e acho que embora esteja feliz deve estar um pouco surpresa, por que não entramos e conversamos um pouco enquanto sua irmã descansa?
Touya aceitou a proposta do amigo entrando e sentando-se no sofá.
Touya: Sakura, será que você poderia arrumar o seu quarto? Ele está uma bagunça.
Sakura: Você entrou lá sem minha permissão?
Touya: Sim mas não fui lá para inspecionar, só entrei lá para pedir a bola de pêlos amarelos para abaixar o som do video-game.
Sakura concordou com Touya, seu quarto estava uma bagunça realmente, desde umas duas semanas atrás que foi quando começaram os terremotos causados pelo demônio.
Touya: Mas hoje como nós temos visitas vou permitir que você use magia, mas não vá se acostumando.
Sakura: Obrigada.
Eriol (após a amiga subir ao seu quarto): Ela está bem feliz agora.
Touya: É mesmo não a vejo assim a muito tempo. Quais foram as notícias que você contou a ela que fez com que ela ficasse assim?
Eriol: Bom na verdade acho que você não vai gostar.
Touya: Vamos lá, eu quero saber, minha irmã não me conta mais quase nada sobre a vida dela, o que a deixa feliz, etc...
Eriol: Bom na verdade é sobre o Shaoran, ele vai voltar para o Japão.
Touya: Você esta brincando comigo!
Eriol: Não, e não vá se esquecer que eu avisei que você não ia gostar.
Touya: Eu sei que você vai se impressionar com isso, mas hoje em dia essa notícia é até boa para mim.
Eriol (surpreso com aquilo que acabara de ouvir): Sim realmente eu estou muito impressionado, você não odeia mais ele?
Touya: Na verdade odeio de uma certa forma, pois eu sei que embora não seja para sempre ele irá afastar a minha irmã de mim, mas a Sakura me contou muitas coisas quando ele voltou para Hong Kong, que eu passei a gostar dele de uma certa forma, pois ela me disse que ele a salvara várias vezes, e eu sei que se ele voltar e for ficar com ela, o sorriso que eu não vejo a anos voltará ao rosto da minha irmã.
Eriol: Bom isso é verdade, e eu percebo que você não está mentindo pelo seu olhar.
Touya: Bom, quando é que ele vem?
Eriol: Na verdade eu não sei, ele foi hoje de volta para lá sabendo de toda a verdade e volta de lá com a irmã, a mãe e a prima.
Touya: E onde é que eles vão ficar?
Eriol: No início será no meu apartamento, mais depois vão achar um lugar para eles. Você sabe como o Shaoran é orgulhoso!
Touya: É pelo jeito ele continua o mesmo de quando era moleque.
Eriol: De uma certa forma sim.
Os dois ficaram conversando ali por um algum tempo quando começou a escurecer Eriol decidiu ir para casa, ele se despediu de Sakura que acabara de descer de seu quarto, de Touya, Kero e foi embora querendo dormir um pouco, pois não tinha dormido nada desde que voltou do inferno, ele chegou, foi ajudar Sakura e Shaoran, ficou cuidando do rapaz a noite inteira e não havia dormido nada.
(...)
Shaoran chegou ao aeroporto em Honk Kong e como já esperava não havia ninguém lá, porém na verdade ninguém sabia que ele iria voltar, pegou suas poucas coisas e foi para a saída do lugar pegar um táxi, deu o endereço ao motorista e como o lugar era longe ficou sentado no carro, pensando no que faria quando chegasse em casa, ou melhor, na verdade o que ele falaria quando encontrasse com os anciões e nisso acabara dormindo. O motorista o acordou alguns minutos mais tarde quando já estavam na porta de sua casa, já era noite alta e todos deveriam estar dormindo, mas ele sabia que assim que passasse pela porta a recepção não seria nada calorosa para ele. Pegou suas coisas, pagou o motorista e entrou em casa, ele sabia que todos na casa sentiriam a presença dele e acordariam na mesma hora. E assim aconteceu, mal ele fechou a porta ouviu passos apressados atravessando a casa, mas não era quem ele estava esperando, a primeira pessoa que apareceu foi Meiling.
Meiling: Shaoran? Você voltou, graças a Deus.
A menina abraçou seu primo e só o largou quando os dois ouviram mais passos chegando até a sala.
Ancião: Como se atreve a voltar a esta casa moleque?
Shaoran: Eu voltei apenas por dois motivos, salvar minha prima, minha mãe, e minha irmã, e contar a verdade sobre vocês, velhos descarados que nos enganaram por tanto tempo.
Ao falar aquilo Shaoran viu apenas algumas bolas de energia vindo em sua direção e este estava pronto para ser atingido quando um escudo apareceu em sua frente e dispersou as magias.
Voz: Desculpe a minha intromissão descendente de Clow, mas Eriol sabia que isso aconteceria e me pediu para protegê-lo de qualquer coisa, nem que isso custasse a minha vida.
Shaoran virou-se e viu parado ao seu lado um anjo cujo ele já conhecia, este era o guardião da Lua, Ywe.
Shaoran: Obrigado, bom, agora eu já sei quem é minha irmã que ainda não sabe da verdade, Fuutie, mãe será que vocês poderiam vir e se juntar a nós?
As duas nem pensaram apenas foram e pararam ao lado dele, não porque preferiam ele do que a própria casa, mas queriam saber o que estava acontecendo.
Shaoran: Bom agora vou contar-lhes a verdade sobre o passado desse clã.
E o garoto disse a elas tudo o que o amigo lhe dissera no aeroporto, as duas ficaram ouvindo como sempre com a atenção quando um membro da família falava. Ficaram completamente pálidas e assustadas ao ouvir aquilo.
Shang Li: E como você pode provar que essa sua história é verdade?
Shaoran: É simples, foi a reencarnação de Clow que me contou.
Shang Li: E você quer que nós acreditemos nisso?
Shaoran: Vocês podem acreditar como não podem, mas lembrem-se da profecia:
Quando os guardiões do Sol e da Lua voltarem e as cartas tiverem uma nova dona, e o mundo começar a ser preenchido pelo terror, medo e caos que meus descendentes criarão, eu o mago Clow voltarei a terra em forma humana para ajudar os escolhidos a derrotar o antigo grupo de assassinos chamado: Li.
Shaoran sentiu as garotas que estavam ao seu lado tremerem ao ouvir aquilo, todas as pessoas da família já haviam lido aquela profecia mas ninguém acreditara nela.
Shang Li: Então está certo, mas onde estão os guardiões?
Ywe: Se você ainda não reparou na minha presença é bom que comece a perceber mais as coisas em sua volta. Eu sou o guardião da Lua, e se você se concentrar um pouco perceberá que o guardião do fogo esta no Japão ao lado da nova dona das cartas Clow.
Os quatro anciões que estavam ouvindo ficaram pasmos com aquilo.
Shang Li: Então está certo agora que toda a Família já sabe da nossa realidade já não precisamos mais esconder de ninguém e podemos voltar a ser o que éramos um dia, os magos mais poderosos do mundo.
Os quatro começaram a se concentrar e revelaram sua presença maligna, se prepararam e começaram a atacar o escudo criado por Ywe, mas este por sua vez ao mesmo tempo que Li evocava o Deus do vento levantou vôo e saiu carregando Yelan em seus braços enquanto o outro com sua magia levava as outras duas para fora do alcance de seus inimigos.
Ywe estava pensando em uma forma para voltar ao Japão avisar a Eriol o que estava acontecendo, mas este não tinha muitos poderes para voar até lá, quando foi a Honk Kong ele tinha ido em cima do avião de Li, mas agora este não sabia como voltar.
Ywe: Você faz alguma idéia de como nós poderemos voltar ao Japão, descendente de Clow?
Shaoran: É claro que sim, você esqueceu que eu roubei o ofuro teletransportador?
Ywe: Então porque você não usou para voltar para ca?
Shaoran: Pois ele gasta muita energia, e eu não tinha pressa.
Ywe: Certo entendi, bom vamos logo antes que eles façam algo.
Ywe se aproximou de Shaoran, e foi envolvido pela magia do rapaz, e quando abriu os olhos estavam na frente da casa de Sakura. Ywe colocou Yelan no chão e voltou a sua forma normal e bateu na porta da casa a sua frente, e esta foi aberta por Touya.
Touya: Yukito? O que está acontecendo?
Yukito: Muitas coisas, pensei que Eriol tivesse lhe contado que ele viria.
Touya: Sim ele me contou, mas não achei que ele viria com você.
Yukito: Ele te contou a história do clã dele?
Touya: Não.
Yukito: Bom é melhor entrarmos pois é uma história longa e você irá ficar cansado de ouvi-la aqui em pé.
Touya: Bom se você está falando, acho melhor sim.
E ao dizer isso abriu caminho para os outros entrarem, foi cumprimentando um por um, até Shaoran que estranhou ação do outro. Eles se sentaram, Touya serviu uma xícara de chá para cada um, e Yukito contou toda a história para ele. Os seis estavam quase dormindo quando Yukito acabou a história.
Touya: Bom, Eriol tinha me dito que vocês dormiriam na casa dele, mas hoje acho melhor dormirem aqui, já está quase amanhecendo, no quarto do meu pai tem três camas, no meu tem uma e no da Sakura mais uma, acho melhor vocês se decidirem aonde dormirão,
Yelan: Bom acho melhor eu a Meiling e minha filha dormirmos no quarto de seu pai, pois já estamos acostumados a dormir juntas. Ah! E mais uma coisa senhor....?
Touya: Me chame apenas de Touya.
Yelan: Certo, Touya, meu nome é Yelan, muito prazer.
O rapaz apertou a mão dela.
Touya: Muito prazer
Yelan: esta é minha filha Fuutie.
O rapaz apertou a mão desta também.
Touya: Muito prazer
Fuutie: Muito prazer.
Yelan: E esta acho que você já a conhece. - disse ela apontando para Meiling - Minha sobrinha Meiling.
Touya: Sim já nos conhecemos, ela ficou um dia em minha casa por convite de minha irmã.
Yelan: Que bom que Meiling já tem amigos aqui no Japão, e outro que eu creio que você conheça é meu filho Shaoran.
Touya: Sim também já nos conhecemos. Mas acho melhor todos irmos dormir, já é quase manhã aqui e quando levantar-mos teremos algumas coisas a fazer.
Yelan: Sim você tem razão. Mas ainda falta definir onde meu filho irá dormir.
Touya: Bom isso acho que ele já sabe, já que sempre que o Yukito vem aqui em casa ele dorme no meu quarto, sobrou para ele a cama no quarto de Sakura.
Shaoran fico impressionado, esse não era o Touya que ele conhecia, era melhor tomar cuidado, ele nunca o deixaria dormir no quarto dela, deveria estar aprontando alguma coisa.
Mas assim foi feito, todos foram para seus respectivos quartos, Shaoran foi o último a dormir, ficou ali sentado apenas admirando o belo corpo deitado na cama ao lado, mas não agüentou ficar muito tempo lá e caiu no sono.
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- Bom pessoal, acho que esse capitulo fico um pouco grande né? Bom ele fico com 13 páginas no word, e eu espero que vcs gostem e por favor, deixem reviews para me dizer o que vcs tão achando da série.
-E mais uma coisa, eu estou ignorando algumas coisas, por exemplo, a ida da Sakura para a casa do Shaoran no primeiro filme, e as irmãs do Shaoran, no desenho não tem magia, mas no meu fic sim (só a Fuutie
