Capitulo V: As Cartas Sayka

Sakura não precisou nem tentar trancar a carta com sua báculo, que esta já foi parar em sua mão, não era uma carta qualquer, ela era diferente das outras que já havia visto, era preta, como a noite, com um retângulo branco no centro de um dos lados, com vários demônios, desenhados em preto.

Eriol: Acho melhor nós voltarmos para casa, estamos todos um pouco feridos e precisamos conversar.

Todos aceitaram e foram para a casa de Sakura sem falar nenhuma palavra sequer. Ao entrar na casa, Touya correu ao banheiro e pegou a maleta de primeiros socorros, como os ferimentos não eram muito grandes, ou graves eles mesmos poderiam se cuidar.

Sakura: Eriol, você disse que nós precisaríamos conversar quando chegássemos aqui.

Eriol: Sim é verdade, mas primeiro termine de se cuidar, e depois eu lhe ajudarei a fazer um chá antes de começarmos nossa conversa.

E assim a menina fez, terminou de cuidar de seus machucados e foi para a cozinha acompanhada de Touya e Eriol fazer um chá, enquanto Kaho e Shaoran ajudavam Yelan e Fuutie a cuidar-se, pois estas não tinham muita experiência com enfermagem. Após todos estarem com seus curativos, o chá pronto, Eriol chamou todos a sala e começou a falar.

Eriol: Preciso lhes contar a história dessas cartas, elas foram criadas por uma maga que como eu, tinha muitos poderes, mas ela se aproveitou desses poderes para tentar dominar o mundo, ela era da mesma cidade que eu, crescemos juntos e éramos grandes amigos quando crianças, mas quando o tempo foi passando, ela foi percebendo seus poderes e preferia usá-los para fazer mal ao invés de mim, que usei para fazer o bem.

Eriol: As cartas dela, foram criadas depois que seus pais foram assassinados, com um coração cheio de ódio, por isso a forma preta delas, mas ela as criou sem vontade e por pura raiva, então, você não poderá usá-las, pois se fizeres irá se tornar como ela, má, cheia de ódio e raiva, perderá todos os seus amigos por vontade própria, em suma, será exatamente como ela é e como ela quer que você seja.

Shaoran: Então acho melhor guardarmos essa carta em um lugar seguro, e Sakura colocar seu nome nela, como fazia com as cartas Clow.

Eriol: Aí que você se engana, essa é outra armadilha que Sayka criou. Se uma pessoa colocar seu nome na carta, ela se tornará parte dela, e não sua dona.

Sakura: Então o que eu faço com elas Eriol?

Eriol: Você terá que transformá-las em cartas Sakura, mas isso lhe custará muito poder. Pois além de mudar a carta de dono, você terá que mudar a essência do poder da carta, por exemplo, se você conseguir transformar a carta Demônios, ela irá se tornar a carta Anjos e assim vai, outro exemplo, a carta morte, no que você acha que ela se transformaria?

Sakura: Vida?....

Eriol: Sim, parece que você entendeu, mas você tem que transformá-la, antes que a próxima carta apareça, pois se não a carta se liberta de sua forma e volta a ser os demônios.

Sakura: Certo, então deixe-me tentar agora transformar esta aqui.

Ao dizer isso Sakura pega a carta invoca seu báculo.

Eriol: Você pode tentar. Mas não sei se você conseguira.

E assim a menina fez.

Sakura: Carta criada pela maga Sayka, abandone sua velha forma e transforme-se para servir ao seu novo dono em nome de Sakura!!!!

A carta ficou encosta no báculo de Sakura relutando para não ser transformada, e ela parecia mais forte, de forma que Sakura foi perdendo suas energias aos poucos, e na metade da carta ela já não agüentava mais. Estava prestes a cair de joelhos, mas Shaoran a segurou e começou a transmitir sua energia para o báculo, como fizera a alguns anos atrás para ajudá-la a transformar algumas cartas. E depois de muita relutância da carta eles conseguiram, caíram ambos de joelhos no chão, um se apoiando no outro para não cair de vez.

Eriol: Muito bem, estou impressionado, vocês aumentaram seus poderes mais do que eu pensava.

Sakura (sentando-se no sofá ao lado de Shaoran e Fuutie): Muito obrigada Eriol, mas realmente essas cartas são muito difíceis de ser transformadas.

Shaoran: Sim, realmente será difícil conseguirmos transformar todas!

Eriol: Sim, mas agora vocês descansem, teremos mais coisas com o que nos preocupar, não se esqueçam do ex clã Li.

Shaoran: É mesmo, eles devem estar causando muitos problemas em Hong Kong.

O rapaz disse isso e ligou a TV para assistir o noticiário. Touya trouxe para ele e para Sakura um chá com um cheiro muito estranho, e um gosto respectivamente amargo.

Sakura: Nossa Touya, o que você colocou nesse chá?

Touya: Na verdade, foi a Mizuki que fez, é um chá de ervas que recompõe as energias.

Sakura tomou o chá e comprovou o que o irmão dissera, logo depois de terminar o chá já estava nova em folha.

Repórter: E agora estamos falando direto de Hong Kong, onde muitos crimes misteriosos estão acontecendo, e as autoridades não sabem dizer o que está acontecendo aqui, pois....

O repórter não pode terminar a sua fala, pois uma explosão parecia ter atingido o local.

Eriol: Nós precisamos fazer alguma coisa.

Sakura: Mas como nós podemos ir até Hong Kong e voltar em tão pouco tempo?

Shaoran: Esse não é o problema, eu ainda tenho o Ofuro teletransportador. E nós podemos usá-lo, você ainda tem aquele seu telefone celular que você usava para falar com o Kero?

Sakura: Sim eu tenho.

Shaoran: Certo, então acho melhor você o Eriol e eu irmos a Hong Kong pará-los e se alguma coisa acontecer Kero nos liga para informar e nós voltamos, mas tenho um aviso, temos poucos dias para acabar com essa brincadeira.

Sakura: Certo.

Os três haviam se despedido de todos e estavam prestes a se teletransportar quando uma explosão aconteceu perto da pequena casa, e eles sentiram uma presença maligna.

Todos saíram da casa para ver o que estava acontecendo, quando chegaram lá fora viram a menina Sayuka sentada no chão e várias explosões acontecendo por toda parte.

Sayuka: Esta é mais uma carta, achem-na e capturem-na, se puderem!

Ao dizer isso a menina sumiu.

Sakura: Mais essa agora, o que nós faremos? Temos dois problemas para resolver em menos de seis dias!

Shaoran: Só tem um jeito!

Sakura: Qual?

Shaoran: Eu ainda tenho o Ofuro teletransportador. Então, você se comunica com o Kerberus, e quando a menina voltar ele te avisa, e nós voltamos aqui para capturar a próxima carta.

Sakura: Certo!

Shaoran: Então vamos pegar esta carta!

Sakura: Sim! Chave que guarda o poder da minha estrela, mostre seus verdadeiros poderes sobre nós, e ofereça-os a valente Sakura que aceitou essa missão. Liberte-se!

Sakura pegou o seu báculo e foi lutar junto com seus amigos.

Eriol: Alguém consegue ver a carta?

Sakura: Eu não!

Shaoran: Nós não a veremos, mas teremos que achá-la por sua presença!

Eriol: Certo

Sakura: Sim.

Os três começaram a se concentrar para sentir a presença da carta, que não lhes trouxe muita dificuldade .

Shaoran: 'Deuses dos relâmpagos e das tempestades elétricas que dominam os cinco elementos, eu invoco com a máxima urgência o supremo Imperador dos Trovões. Ataque relâmpago!!!'

O ataque atingiu a carta em cheio, esta não aparentou muito dano, mas em uma coisa o ataque ajudou, a carta parecia conduzir eletricidade, de forma que os raios, mostravam onde ela estava e sua forma.

Sakura: Já sei. Água!

Mais uma vez a carta foi atingida, mas desta vez por causa da água e da eletricidade, o efeito foi maior fazendo que ela caísse no chão, mas não sem poderes, ela atacou Sakura, Shaoran e Eriol ao mesmo tempo, o que fez os três caírem sentados para trás.

Ywe: Vamos Kerberus, temos que proteger a nossa mestra.

O guardião do sol, lançou várias bolas de fogo em direção à carta, enquanto o da lua por sua vez, atingiu a carta com sua chuva de cristais.

Shaoran: Deuses do Fogo, Rainhas das Águas, Senhores dos Ventos e Príncipes da Terra, eu os invoco com a máxima urgência para este inimigo derrotar. Ataque elemental.

Ao dizer isso, uma enorme luz saiu do corpo do rapaz impedindo que qualquer um dos ali presentes pudessem ver o ataque. Mas pelo que eles perceberam fora efetivo, a carta estava caída no chão, respirando ofegante, e quase sem energia, pelo que eles podiam sentir, mas como Shaoran, ele estava fraco, e não conseguia nem ficar de pé,então juntou algumas de suas últimas forças e disse:

Shaoran: Sakura, rápido tranque a carta.

Sakura: Volte a forma humilde que te merece, carta Sayka.

E como sempre acontecia no passado, a pequena criatura se transformou em carta, mas esta não foi para a mão de Sakura, mas sim para a de Shaoran.

Eriol: Acho que essas cartas seguem a mesma diplomacia que as cartas Clow, vão sempre para a pessoa que as enfraquece mais.

Shaoran: É você tem razão, mas como eu vou transformá-la?

Eriol: Eu não sei, melhor voltarmos para a casa de Sakura para descansarmos e depois pensamos nisso.

E assim foi feito, todos entraram, e lá dentro tomaram mais uma xícara de chá. Shaoran ficava observando a carta pensativo, como a transformaria? A carta era preta, com um retângulo branco no centro, da mesma forma que a de Sakura, mas esta tinha em seu centro, um castelo em ruínas e estava escrito: Destruição.

Shaoran: E agora Eriol, como vamos transformar a carta?

Eriol: Acho que eu já sei. Repita essas palavras comigo!

Shaoran: Certo.

Eriol: Carta criada por um mago das trevas.

Shaoran: Carta criada por um mago das trevas

Eriol: Eu, mago branco, descendente de uma família de puro sangue

Shaoran: Eu, mago branco, descendente de uma família de puro sangue

Eriol: Evoco seus poderes ocultos para passar por uma transformação, do lado negro para o lado branco, do bem para o mal.

Shaoran: Evoco seus poderes ocultos para passar por uma transformação, do lado negro para o lado branco, do bem para o mal.

Eriol: Transforme-se por ordem de seu novo dono.

Shaoran: Transforme-se por ordem de seu novo dono.

E ao dizer estas palavras a carta começou a brilhar, um brilho azul, azul escuro. O brilho cessou, e o rapaz pode ver a carta em sua mão, ela realmente havia se transformado, em vez de preta era azul, o retângulo branco continuava, e no lugar do castelo em ruínas estava a imagem de uma bela casa nova em folha, em cima de um terreno que aparentava ter acontecido uma destruição, e o nome:

Reconstrução.