Leia antes: A POESIA DA GINNY FOI ESCRITA POR MIM!!! NÃO QUE SEJA GRANDE COISA, MAS NÃO A UTILIZE SEM AUTORIZAÇÃO!!! Pessoas de todas as idades podem ler esse capítulo, a cena de amor entre os personagens não é explícita, a redigi de modo romântico e nem um pouco erótico, espero não frustrar algumas... Beijões...
Capítulo 28: És tu... Tu és...
As peles muito brancas estavam quentes, os beijos eram cada vez mais apaixonados. Aquilo não seria um pecado, não poderia ser proibido, não quando dois anjos se amam. Os cabelos se misturavam e os olhos se fundiam em um único desejo, em uma única crença. Acreditavam que o amor poderia existir, e ele existia, pelo menos naquele momento.
Todas as barreiras haviam sido ultrapassadas, não havia mais nada que pudesse impedir a consumação de seus mais fortes sentimentos.
Em algo como uma dança de sombras leves eles se acariciavam lentamente, se tocavam com carinho. Sentiam-se de modo puro e verdadeiro.
Ginny percebeu que as mãos que a tocavam não eram mais as mesmas mãos geladas, mas sim quentes e gentis. Elas deslizaram pelas suas costas e ao encontrarem a cintura puxaram-na contra ele, em um abraço forte.
As pequenas mãos acariciavam os cabelos finos e loiros, despenteando-os prazerosamente. Ela parecia querer lhe tocar a alma todas as vezes que beijava sua boca, todas as vezes que tocava sua face. Tudo ao seu redor havia se transformado em sensações, nada mais via, nenhuma forma, nenhuma sombra.
Nunca pensara estar em tal situação, nunca imaginara que um dia estaria abraçado a uma Weasley, nunca imaginara que um dia precisaria tanto de alguém. E ela era tão linda, sua pele alva parecia de porcelana, seus cabelos vermelhos brilhavam como nem o mais caro e puro vinho brilharia, seus olhos lhe diziam que nada os separaria.
Ele era um Malfoy, e isso era proibido. Um pecado que não a mandaria para o inferno, pois se amar fosse tão errado, qual ser humano poderia gabar-se de sua pureza? Seus olhos acinzentados se contraiam a cada vez que ela o tocava, nada havia para ser dito, nada havia para ser mudado ou mesmo pensado.
Os longos dedos muito brancos escorregaram por sua blusa, e abriram os botões lentamente. Ginny foi tomada por uma onda de vergonha, algo que viera repentinamente, contra sua vontade.
Ela o olhava sem graça, parecia uma boneca, algo imaculado, um milagre que havia sido mandado somente para ele. Alguma coisa dentro dele fazia com que se sentisse cheio, protegido, adorado.
-Estava uma pessoa a dizer
Em uma gostosa manhã de verão
Que meu coração tem grande poder
Faz poesia e também canção
Sente criança a tua batida
É uma bela música a ser ouvida
Não sabia exatamente o que dizer, a felicidade que o tomava era tanta que descrevê-la com palavras não seria possível. Porém, se lembrava de todas as palavras que uma vez lera em um pequeno caderno de couro, em um pequeno diário de uma bela ruiva.
Aquele era um dos versos da poesia que tinha escrito, a cada frase que ele dizia seu coração acelerava. Era verdade o que havia dito sobre gostar daqueles versos, afinal Draco os sabia de cor.
-Tal pessoa fez-me crer
Que a verdade só dele emana
Abre os olhos e tenta ver
Não se importe se for profana
Ouve então dele a voz
Que fala e grita tão algoz
Ginny forçou-o, queria ver até onde ele conseguiria chegar.
Sentiu-se testado, e ele adorava provas, principalmente quando sabia que tiraria a nota mais alta.
-Fechei então os olhos para ouvir
Criei palavras
Tentei sentir!
Ganhei asas
Mas não voei
E naquela pessoa eu pensei
-Quem és tu que dizes me amar?
Quem és tu que sabes escutar?
Quem és tu, dono da verdade?
Quem és tu de tanta piedade?
Quem és? Quem és?
És tu... ... ... Tu és.
Ela recitou o último verso, que era também o seu favorito, apesar de um tanto melancólico. Viu os lábios de Draco se mexerem e ouviu as palavras que ele mesmo havia criado.
-Ouve, minha princesa
Sou todo somente teu
Crê e tem certeza
Dei-te o coração meu
-Virgínia Weasley, eu te amo... –ele disse, ouvindo suas palavras somente após serem ditas.
Amor? Pensou que nunca saberia realmente o que seria amor, mas agora o sentia. Por que as lágrimas teimavam em tomá-la após ouvir a voz grave lhe dizer suavemente que a amava? Desejara ouvir aquelas palavras, mas nunca pensara o quão fortes elas eram, nunca pensara no quanto poderosas elas soam e em quanta coisa muda após ouvi-las e principalmente, após dizê-las.
-Draco Malfoy, eu também te amo... –deixou a pequena e fria lágrima escorrer lentamente por sua face.
Lá ela estava feliz, naquele lindo local. O céu negro esplêndido estava tomado por estrelas, algumas que nunca havia visto.
A cama de lençóis brancos era tão macia, tão cheirosa. Sentiu-se dentro de uma daquelas estórias românticas que sempre classificara como estupidez de mulheres. Não pensava assim, talvez ser um personagem nesses contos era mais interessante do que atuar como simples leitor.
Entregaram-se completamente, e o fizeram pois estavam seguros, seguros como sempre desejaram estar. Amavam-se, amavam-se delirantemente naquele exato momento.
Os corpos estavam tão perto, e um coração poderia facilmente dar vida ao outro, provavelmente tal proximidade os fazia vivos. Era bom não saber o que faziam, era muito bom perder qualquer controle.
Algo como uma explosão de sentimentos lhes tomou repentinamente, fazendo com que as peles muito brancas ficassem rosadas. Podiam ser felizes, há algum tempo não acreditariam nisso, mas agora tinham certeza; a tal felicidade existe, e tomava todo o belo quarto. Provaram algo que nunca pensaram que pudesse ser tão doce, tão incrivelmente doce.
Ela estava ali, ao seu lado, mais linda do que antes, seus cabelos eram mais vermelhos, seus lábios mais rosados. Olhava para ele com insegurança, parecia envergonhada. Draco sentia-se do mesmo modo, inseguro como nunca antes.
Olhar para o belo rosto de Draco era difícil, ela queria sorrir, mas não conseguia. Ele era tão belo, tão perfeito. Indagou-se sobre como vivera tanto tempo sem saber como era tê-lo perto. Odiou-o por longos anos, e agora... Agora o amava, mais do que a si mesma.
-Você está bem? –ele perguntou em um sussurro. A resposta que obteve não poderia ser melhor. A menina se encostou a ele, sua cabeça tocou-lhe levemente o peito e sentiu-a respirando vagarosamente, até vê-la em seus braços, adormecida, como um anjo.
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Abriu os olhos com certa dificuldade e suas pálpebras pesavam. Os braços de Draco a enlaçavam carinhosamente, ele tinha seu queixo apoiado à sua cabeça e dormia profundamente.
Lentamente se moveu, deixando a cama sem que ele, ao menos, se mexesse. Nunca havia se sentido tão feliz em toda a sua vida, tê-lo de um modo tão real fora algo que ultrapassara todas as suas maiores expectativas.
Vestiu a blusa de Draco, que lhe caiu como um longo e largo vestido, se enrolou em uma das colchas bordadas e se moveu silenciosamente até aporta de onde estavam. Observou-o novamente com extremo carinho, ele era tão lindo que quase parecia irreal.
O trinco fez com que a porta se abrisse sem qualquer ruído, o dia nascia e o céu estava amarelado, a brisa era gentil, mas muito fria. Sentou-se em um pequeno barranco coberto pela grama verde e úmida, juntou os joelhos e abraçou-os se encolhendo sobre seu próprio corpo.
Perdeu-se em pensamentos vazios enquanto admirava o nascer do Sol e sentia a vento acariciando-lhe o rosto. Demorou a perceber que havia mais alguém a seu lado, somente após notar uma sombra percebeu que Acies sentara-se perto dela.
-Bom dia... –a bela garota disse, enquanto sua camisola vermelha de seda acompanhava o ritmo do ar. Seus cabelos brilhavam como a Grande estrela que despontava no horizonte.
-Bom dia... –respondeu com sua voz embargada em uma gostosa preguiça.
-Feliz Ano Novo! –Acies sorriu.
-Feliz Ano Novo! –Ginny respondeu animadamente.
-Gostou do quarto? Dormiu bem???
-É lindo... Muito, adoraria viver em lugar como esse, é tão... Tão cheio de paz! Dormi bem... –ela corou violentamente
-Imagino... Imagino que tenha dormido tão bem quanto eu!!! –Acies disse usando um tom divertido e malandro
-Talvez... –enraiveceu-se por ficar sempre vermelha. –Acies... Posso te perguntar uma coisa???
-Lógico! Mas, não é nenhuma bobagem, né??? Sabe, fico sem graça de falar nessas coisas... –ela fez uma falsa careta inocente.
-Não... Nada pervertido! É que... Bom, você... Você pode ler mentes, não é???
-Posso sim... Fica sossegada, não lerei a sua... Respeito quem me respeita!
-Bom saber... Entretanto, isso não é exatamente o problema... Em uma das noites passadas eu descobri que, assim como minha avó, eu possuo um dom... Assim como você...
-Você tem a Visão, não é???
-Tenho... E... E... Eu vi Draco... Draco fugia de algo, algo perverso! Quero dizer... Ganhei um amuleto dessa minha avó, de Pedras do Sol, e essas pedras são protetoras... Algo assim... O amuleto tomou a forma de uma serpente e sei que ele deve ser o próximo dono do amuleto... Mas, eu... Que droga!!!!
-Você gostaria de ver qual é o mal que o persegue...
-Isso... –ela se aliviou
-Virgínia, eu sei exatamente que o que lhe direi não é nem um pouco agradável, na verdade minhas palavras serão revoltantes, e possivelmente você terá fortes impulsos homicidas perante minha pessoa... –Ginny riu, não entendia como Acies conseguia transformar problemas e medos em simples e engraçadas frases de efeito. –Há uma regra muito importante, algo como uma lei... Uma lei para aquelas pessoas com poderes... Diríamos, especiais... Saiba sempre que nada lhe é dado sem que algo seja pedido em troca, e os seus poderes não devem ser usados sem que se avaliem as conseqüências de tal uso... Você me entende???
-Mais ou menos...
-Vamos facilitar... Não abuse! Abusos só trazem problemas... Você sabe... Muito champagne traz enxaquecas... Muita comida, dor de barriga... Pouco sono, olheiras... Salto muito alto, dor... Beijinhos e beijinhos, cama... Cama, criança... Bom, você entendeu...
-Sim... Agora, definitivamente sim...
-O passado nunca deve ser mudado, pois não se podem controlar seus efeitos. Não existe o SE na História das pessoas, nunca ninguém saberá o que aconteceria se as atitudes que tomou fossem completamente diferentes... Então... Se descobrirmos qual mal é esse, não poderemos impedi-lo e sofreremos a toa...
-Não Acies!!! Não... Nós podemos protegê-lo de algum modo! Impedir que algo aconteça, poderemos mudar as coisas... Não estaríamos mudando o passado... Só mexendo no presente e...
-Desculpe minha interrupção, entendo seu desespero. Você sabe... Eu adoro o Draco, ele é meu irmão, você tem vários e sabe como é!!! Porém... O presente será um dia, o passado de nosso futuro... Talvez o mal seja uma provação, uma experiência pela qual Draco, ou qualquer um de nós deva passar...
-Não! NÃO E NÃO! –nunca se conformaria com aquela situação, havia um modo de ajudar Draco, e ela o utilizaria. –Acies, eu pensei que você também quisesse ajudá-lo!!! Pensei que seria sensata o bastante para entender que desperdiçar uma chance como essa é a mesma coisa que jogar Draco nos braços da morte!!! Nunca o deixaria morrer sabendo que há como impedir isso!!!
-Ah... Você não vai entender... Nunca... Principalmente porque você NÃO quer entender, não é??? Sinceramente... SE ISSO FOR PARTE DO DESTINO, NADA QUE POSSAMOS FAZER MUDARÁ QUALQUER COISA!!! –a garota estava se irritando. –E também você não vai conseguir ver.
-O QUE??? –ela tinha os poderes de sua avó e poderia enxergar o futuro, se assim desejasse. Quem aquela menina pensava ser? –POSSUO O DOM DA VISÃO E POSSO VER O FUTURO!!!
-Não pode!!! Não... E sabe por que??? Pelo simples fato de que você não sabe por qual futuro procura, criatura!!! Virgínia, se procurar por NADA, NADA é o que vai encontrar!!!
-Eu sei o que estou procurando!!!
-Sabe??? Então me conte... –Acies disse estafada
-Bom... O mal que atingirá Draco...
-AH L"GICO! Como pude não pensar nisso... Então você vai poder ver um sapato que aperta o pé dele... Um pernilongo que vai atrapalhar o seu sono... OH! Sem falar no pai dele, que vai tentar apertá-lo com um sinto tamanho infantil!!! Os seres humanos são atingidos por incontáveis males! Ouça... Dê o amuleto para ele, as Pedras do Sol são muito poderosas e desempenharão sua tarefa com destreza... Mas tire essa idéia infernal de sua cabeça dura...
Ginny havia se conformado com as palavras de Acies, ela tinha razão, não havia como contestar seu ponto de vista. Realmente não sabia pelo que estava procurando.
-Bom dia... –Fred disse sorrindo e se espreguiçando. Vestia um enorme pijama de flanela, beijou sua testa e depois enrolou Acies com seus braços. –O que vamos fazer hoje???
-Temos que voltar para casa, Fred... A mamãe...
-Voltar para casa??? –a menina a olhou afrontada.
-É... Minha...
-Você não gostou daqui???
-Adorei, Acies... Sua casa...
-Não vai voltar Virgínia... Não posso ficar aqui sozinha com esses dois chatos!!!
-Ah... Então tá... –seu irmão fez um bico enorme e virou suas costas, mas a garota agarrou-o com força fazendo-o cair de volta ao chão. Os dois começaram a rir e a se agarrar, fazendo com que ela decidisse deixá-los a sós.
-Pára... Ah, Fred...
-Eu vou morder sua barriga...
-Você não ousaria, Weasley!!!
Abriu a porta do bangalô onde estavam, Draco estava de pé, observando algo pela janela. Vestia somente sua calça preta e ao vê-la sorriu.
-Ah... Encontrei minha camisa!!!
-Desculpa, é que...
-GINNY... Pare de se desculpar... Nunca mais vou lavar essa camisa, assim ela vai ficar cheirando a você para sempre... –abraçou-a com força e começou a beijar-lhe o pescoço. –Foi piegas, mas até que romântico...
-Draco... Draco... Não... Para... Com... Isso...
-Tem certeza que quer que eu pare???
-Não... Não tenho... Mas... Olha... Eu preciso te dar uma coisa... –ela se virou de frente para ele. Desvencilhou-se de seus braços e correu até onde deixara sua roupa. Tirou de um dos bolsos de sua calça um pequeno saco de veludo.
Não sabia o que era aquilo, já havia lhe dito que não queria presente, ela já era o melhor presente que havia ganhado.
-Pegue...
Um belo dragão feito de pedras muito brilhantes apareceu na palma de sua mão. Era impossível saber que pedras eram aquelas, pois brilhavam mais do que diamantes.
-Isso é um amuleto... São Pedras do Sol, ganhei de minha avó. Protegerão você!
-Fique com ele...
-Não... Você precisa dele, eu vi... Um dia essas pedras se soltarão, e quando isso acontecer você saberá que outra pessoa precisa delas. Elas se soltaram, e eu vi que você era quem precisava do amuleto.
-Mas... Eu... –o que aconteceria a ele??? Por que precisava dessa proteção??? Sabia exatamente que os amuletos só se manifestavam quando algo muito ruim se aproximava de alguém.
-Talvez você seja só um mediador... Eu fui... Talvez o amuleto caia em suas mãos para que o passe para outra pessoa... Não há razão para ter medo... Prometo que nada lhe acontecerá...
Abraçou-o com toda a pouca confiança que ainda lhe restava. Sentia o pavor que o tomava por completo, ele era um bruxo de família pura, sabia exatamente que amuletos se manifestavam somente em situações especiais.
-Amo você... Amo demais... Não importa o que aconteça, eu te amo, mais do que qualquer outra coisa...
-Nada vai acontecer... Eu juro, Draco... Ouça, eu pretendo ter vários filhos, e gostaria que fossem loiros... –ela sorriu com certa dificuldade.
-Eu gostaria que tivessem cabelos vermelhos... O que você acha???
-Metade com cabelos vermelhos e a outra metade com cabelos loiros... Mas depois você vai ter que pagar uma plástica, pois ficarei muito flácida...
-Acho não será necessário... Corpos jovens não precisam dessas coisas...
-O que você quer dizer com isso???
-Que se começarmos a fazer nossos filhos agora... As coisas serão mais fáceis... –ele a pegou no colo e levou-a em direção à cama.
-Draco!!!
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Ginny passou mais quase todo o primeiro dia do ano na casa de Acies. O almoço foi a melhor parte, pois a menina não gostava muito de comidas salgadas, preferia os doces, então toda a refeição foi composta somente por sobremesas de todas as espécies, desde frutas a balas coloridas que explodiam na boca.
Draco se divertiu como nunca ao lado de Fred, os dois se entendiam perfeitamente e já estavam se chamando pelo primeiro nome.
-Fred, de onde vocês tiram essas idéias absurdas...
-Das nossas cabeças, Draco... Falando nisso acho que hora de voltar! Estou com saudades do George...
Acies emprestou um de seus vários carros para que Fred voltasse com Ginny, ela e Draco teriam um grande trabalho para explicar o sumiço do dia anterior, já estavam planejando uma boa desculpa.
-Nós podemos dizer que dormimos no meu quarto, mas de manhã viemos para cá... Ou se não podemos falar que fomos rezar, é comum pessoas rezarem no primeiro dia do ano... Talvez possamos...
-Isso não será necessário... –Acies pareceu extremamente desanimada
Antes de deixarem a bela casa Ginny se despediu de Draco enquanto Acies explicava qual caminho deveria ser feito para que chegassem à sua casa mais rápido.
-Vou ficar com saudades... Mas você já sabe disso...
-Gin, são só mais alguns dias... Logo estaremos juntos em Hogwarts outra vez!
-Adoro você...
-Também te adoro...
O carro era parecido com aquele que os trouxera até lá, mas era escuro, negro, bem brilhante. Os bancos eram de couro escuro, e o interior era bem menor do que o outro, acomodava somente duas pessoas.
-Fred, como você vai explicar esse carro para a mãe???
-Sei lá! Acho que não vou explicar...
-Mas ela vai te infernizar até conseguir saber...
-Talvez eu fale a verdade! Imagine, o pessoal vai adorar saber que voltei dirigindo o carro da afilhada de você sabe quem... E ainda podemos completar que ela é minha namorada!!! E você??? Você namora o filho de Lucius Malfoy!!!! Somos as ovelhas negras da família... Que tal???
-O que???
-Como se sente??? Eu e o George sempre fomos, mas você é recém admitida no grupo...
-Não vou ser batizada, né???
-Sabe que eu não tinha pensado nisso...
Demoraram vários minutos até chegarem de volta à Toca, e quando estacionaram o belo carro em frente à casa sua mãe foi a primeira pessoa a aparecer na porta. Com certeza estava muito brava, descontrolada, e faria um discurso que lhes tomaria o resto do dia.
-Nossa... Ela está possessa!!! Tá vendo, sempre que põe a mão no bolso do avental e estica o pescoço para a frente pode esperar que vem pau!!! Não responde, só abaixa a cabeça...
-BOM DIA!!! POSSO SABER ONDE ESTAVAM??? PORQUE ESPERAMOS POR VOCÊS... QUASE QUE TODA A FAMÍLIA FICA SEM ALMOÇO, IMAGINE, VAMOS ESPERAR A GINNY E O FRED!!! QUE DESRESPEITO!!! OLHEM, OLHEM BEM PARA MIM, COMO VOCÊS ACHAM QUE EU FICO???
-Desculpa mãe... É que... –Ginny tentou falar
-QUAL VAI SER A DESCULPA DESSA VEZ??? NUNCA ESPERAVA ISSO DE VOCÊ... DESSE SEU IRMÃO ESPERO QUALQUER COISA, MAS DE VOCÊ... GINNY, FOI UMA TRAIÇÃO, SEMPRE TIVE CERTEZA QUE ERA UMA PESSOA CENTRADA...
-Mãe, ela... Ela...
-CALADO!!! FRED SE CALE!!! E VOCÊ??? QUEM ERA AQUELA??? SUA NAMORADA... AGORA VOCÊ ESTÁ NAMORANDO A AFILHADA DAQUELE HOMEM!!! POR QUE??? FALTA DE ATENÇÃO... SEMPRE DEMOS ATENÇÃO PARA VOCÊ, NÃO HÁ NECESSIDADE DE TENTAR FAZER TUDO PARA...
-NÃO!!! NÃO!!! ELA É MINHA NAMORADA PORQUE EU GOSTO DELA!!! N"S ESTAMOS JUNTOS HÁ UM BOM TEMPO, E NINGUÉM SABIA... SE EU QUISESSE APARECER JÁ TINHA DEIXADO BEM CLARO QUE ELA ERA MINHA NAMORADA ANTES, NÃO ACHA??? Agora pare de gritar, pelo menos um pouco, porque você não vai estragar o primeiro dia do meu ano novo... Obrigado...
-VOCÊ!!! VOCÊ...
-Mãe, nós podemos explicar tudo... Ele está certo, fique calma, vai ficar tudo mais fácil, não só para nós, mas também para você... –Ginny tentou fazer que Molly se calasse, ou pelo menos abaixasse a voz.
-Eles têm razão Molly... Vamos, agora vocês vão nos explicar exatamente onde estavam, com quem e por que não voltaram para o almoço...
Entraram acompanhados por sua mãe e seu pai, se sentaram na sala e esperaram. Ginny achou que o mais prudente seria deixar Fred explicar o que acontecera, ele seria capaz de encontrar uma boa explicação.
-Ontem nós fomos ver a queima de fogos no Palácio...
-EU SEI DESSA PARTE...
-MÃE!!! Deixe-me terminar... A praça estava lotada e encontramos vários amigos de Hogwarts, conversamos e decidimos passar o dia na casa de Acy, ela tem um sobrado bem perto dali... Fomos todos, e hoje almoçamos lá! Você sabe, ano passado deixei a escola e fazia um bom tempo que não via aquelas pessoas... Foi só isso... Nada mais que isso...
-E o carro??? De quem é aquele carro??? –seu pai perguntou preocupado.
-Acies nos emprestou... Ela tem vários, você sabe...
-Então foi S" isso... Vocês dois dormiram na casa daquela tal, filha de um death eater que adoraria matar qualquer um aqui... Simples... ELA ESTÁ USANDO VOCÊ... AURINKO DISSE QUE NÃO DEVEMOS CONFIAR NELA...
-CHEGA!!! Chega mãe... Chega! Aurinko disse... Quem ele pensa que é para dizer qualquer coisa, só porque ele é bonito deve ser ouvido??? Se quer saber a verdade mamãe, ela tem as costas surradas de tanto apanhar... E sabe por que??? Porque se recusou a aceitar a doutrina de seu pai!!!
-ENTÃO VOCÊ CONHECE AS COSTAS DELA??? O QUE MAIS CONHECE DELA???
-TUDO!!! Se quer tanto saber... Conheço tudo dela, todas as partes dela... Quer que eu seja mais específico??? Eu posso também desenhar...
Sua mãe estava muito esquisita, parecia alguém estranho. Não era a mesma pessoa que havia deixado em casa na noite anterior, ao falar de Acies o ódio queimava em seus olhos, e aquilo não era somente uma simples cena de ciúme. "O que está acontecendo com ela???".
-ELA NÃO SE DÁ AO RESPEITO??? QUE MENINA É ESSA??? ONDE VOCÊ A ENCONTROU... APOSTO QUE FOI EM UMA DESSAS CASAS DE MULHERES TRABALHADORAS, NÃO É???
-CHEGA!!! CHEGA!!! EU NÃO VOU SUPORTAR MAIS ISSO, NEM QUE VENHA DA MINHA PR"PRIA MÃE... POR ACASO VOCÊ ENLOUQUECEU DE VEZ??? OLHA, EU VOU EMBORA DESSA CASA... E NÃO VOLTO MAIS...
Fred bateu a porta da frente da casa, foi seguido por George que estava desesperado. Entraram no carro e desapareceram em poucos segundos, não sabia para onde ele ia, mas viver ali sem os dois seria impossível.
Nada pôde fazer, a não ser chorar e correr para seu quarto, a raiva de sua mãe a assustava, e não era a única.
-Ginny... Por favor... –era Lupin que batia em sua porta.
-Me desculpe, mas não estou em condições de conversar...
-Abra a porta... Eu peço que o faça, pois realmente preciso conversar com você...
-Está destrancada, entre...
O homem entrou vagarosamente e se sentou em sua cama. Olhou-a calmamente, mas seu semblante denotava extrema preocupação.
-Ginny... Não sei se você percebeu que sua mãe está agressiva... Mais do que lhe é normal.
-Percebi... Ela nunca foi tão grosseira!
-Tenho medo que esteja sendo, de algum modo, influenciada. Por alguém...
-Por quem???
-Não tenho idéia... Mas mesmo assim... Estou falando isso para que você a ignore o máximo que lhe for possível... Não dê ouvidos a ela, não discuta com ela, não diga o que for a ela. Logo descobriremos, mas enquanto isso, trate-a com carinho, mas também com silêncio...
-Mesmo que não viesse aqui conversar comigo, não conversaria com ela... Principalmente depois do que ela falou sobre Acies...
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Viu o carro sumir no horizonte, já sentia saudades de Ginny e seria difícil suportar a distância, mesmo que por pouquíssimos dias.
-Draco, preciso muito conversar com você... Creio que temos um grande problema, na verdade, um ENORME problema...
-Calma, nós vamos inventar alguma coisa... –ele disse fechando a porta do carro de Acies.
-Não... Isso é o que menos importa agora. Adivinhe quem eu vi na casa dos Weasley???
-Eu também reconheci alguém... Mas não consegui me lembrar exatamente quem era...
-Refrescando sua memória Draco... Aurinko Ilkeä...
-O que???
-Isso mesmo...
-Mas... Mas...
-Ele está infiltrado na tal Ordem...
-Que ordem???
-Um grupo criado pelas tais forças do bem. A Ordem da Fênix, um dia desses eu te conto... Ele está infiltrado a mando do Lorde. Os idiotas acreditam que ele foi mandado pelo ministério da Finlândia... Como reforço contra as forças do Mal!!!! Por que todos os bonzinhos fazem tanta questão de serem idiotas???
-Eis ai uma boa questão... Por que você não me falou antes??? Temos que falar com a Ginny, ou com o Fred...
-Não vai dar...
-Como assim...
-Quem ficar sabendo morre, na mesma hora! De um modo estranho e misterioso... Forças maiores!!! Eles não desconfiam dele, e como sabe Ilkeä lê mentes... Fica fácil! Para ser sincera tenho quase certeza que ele está manipulando alguém lá, pode fazer isso com facilidade!
-E agora???
-Estou danada!!! Para não dizer morta... Já estou vendo tudo o que vou sofrer hoje! Obviamente ele vai contar para o meu pai que estou namorando um Weasley... DROGA!!! –ela bateu no volante com as duas mãos. –Vou apanhar, e isso vai ser a melhor coisa... Depois... O que eles vão fazer com o Fred??? Eles vão matar o Fred, e o George... Eu tenho certeza...
-Acies, não é fácil matar aqueles dois...
-Draco, estamos falando de toda uma esquadra de death eaters... Estamos falando de Augustus Jones! Ouça, não deixe que ninguém saiba sobre Virgínia...
-Mas ele deve ter lido a mente dela, e saberá de qualquer modo!!!
-Ele só se interessou pela mente dela quando a viu deixando a casa junto a mim, obviamente não deixei que conseguisse!
Seguiram em silêncio, ele temia o que podia acontecer para a garota, ela sofreria uma severa punição e estava certa ao pensar sobre o que aconteceria com Fred, nunca o perdoariam.
"Vão machucá-la... Vão machucá-la ainda mais... Logo vão matá-la!".
-Temos que voltar!
-Draco, agora é tarde demais... Preste atenção, eu sei que consegue... Faça seu pai acreditar que o problema é Ilkeä e não nós! Minta e negue se ele falar qualquer coisa sobre Weasleys!
-Não... Não eu não consigo!!! Vamos embora...
-Com aquele desgraçado em meio à família Weasley corremos um enorme risco. Já passei por isso inúmeras vezes... Só espero que não deixem mais cicatrizes em minhas costas, o espaço já está lotado... –ela sorriu
Lucius e Augustus esperavam por eles em frente à Mansão dos Jones, usavam trajes negros e mantinham-se sérios. Acies estacionou, assim que a menina desceu do carro foi puxada pelo ar e teve seus cabelos agarrados por seu próprio pai.
-Menina tola!!! –ela gemeu por causa da dor.
O grande homem a puxou para dentro, Draco fez menção de seguí-la, mas sentiu-se empurrado e logo caiu ao chão.
-E você? Tem muito que me explicar... Onde estava???
Antes que pudesse responder ouviu um horrível barulho de coisas que se quebravam, Acies chorava e a voz murmurava com raiva Weasley??? Weasley??? Que pobreza minha filha... Que pobreza... Hum... Cruciatus!!!
-Acy... –ele se levantou, mas foi atingido pela estranha bengala de seu pai.
-Fique quieto se não deseja ter o mesmo fim... Há muito que precisa me explicar...
Andava ao lado de seu pai, que fingia nada estar acontecendo. Quando alguém passava sorria e conversava com Draco em um tom perfeitamente normal. Sua falsidade era algo inacreditável, certamente seria um ótimo ator, se assim desejasse.
-Não quero que essas pessoas fiquem se intrometendo em nossas vidas, sorria...
Atravessaram o lago e assim que a grande porta de sua casa se abriu foi jogado com raiva no chão.
-Agora... –o tom que Lucius usava era assustador –Vamos conversar, você e eu... Onde estava???
-Na Casa de Campo dos Jones...
-Com quem???
-Com Acies Jones...
O homem agarrou-o pelo colarinho de sua camisa, trouxe-o mais perto de seus olhos e repetiu a pergunta. Não se deixaria levar por aquilo, naquele exato momento Acies estaria sendo espancada, e ele também seria se necessário.
-Já disse... –ele encarou seu pai. –Estava com Acies Jones...
-Você se acha esperto, não? Pois lhe digo que os espertos são aqueles que se acreditam tolos. Estava com Acies Jones e mais quem???
-Ninguém...
-Ninguém... –seu pai suspirou, deixando-o em pé no mesmo lugar. –Então não se recorda de nenhuma cabeça vermelha... Nenhum Weasley?
-Francamente, Lucius. Desde quando divido o mesmo ambiente com um pobretão de tal estirpe? Pense o que quiser de mim, mas nunca me acuse de algo como isso... Ouvi Jones falar algo sobre um Weasley... O que há???
O homem o olhava com desconfiança, mas pelas feições que portava estava, seriamente, inclinado a dar-lhe ouvidos. Se conseguisse continuar com a mesma seriedade e com o mesmo cinismo chegaria exatamente onde desejava.
-Temos uma fonte. Alguém que nos passa informações seguras sobre os andamentos das forças contrárias ao Lorde, essa fonte nos disse que na noite do dia 31, Acies Jones visitou os Weasley... E que um deles, além de beijá-la deixou o local junto a ela...
-Nunca soube que Acy tinha uma irmã gêmea... Passamos toda a noite juntos... Muito juntos.
-Interessante, não é isso que ficamos sabendo...
-Na verdade, pouco me interessa o que ficou sabendo. Até me admira o senhor confiar mais na palavra de um qualquer do que na educação que deu a seu próprio filho. Sou sincero quando digo que não amo Acies como se espera de duas pessoas que se casarão, porém prezo por minha honra e meu pai, saiba que perdê-la para um Weasley não seria algo aceitável...
-Draco, fala a verdade?
-O que vê em meus olhos??? Medo? Pavor? O que sente em minha voz??? Dúvida?
-Não. Apesar disso acho estranho nosso correspondente...
-Aurinko Ilkeä.
-Como sabe???
-Acha que não mais dou importância para os negócios? Sei de Ilkeä e também da Ordem da Fênix. Como digo, não suporto ficar a parte dos assuntos que me interessam...
-Mas...
-O senhor sabe pouco sobre a relação entre Acies e Ilkeä...
-Relação?
-Ela preferiu-me a ele...
-O que está dizendo?
-Aurinko sempre fora apaixonado por ela... Acies é a noiva perfeita para qualquer um, rica, bela e inteligente.
-Não posso acreditar que aquele...
-É um bom homem... Fiel, mas sujeito a esses acessos de fraqueza!
-Acredito em você meu filho... Agora corra até a casa dos Jones, vá rápido, vou falar com Augustus... Baniremos Ilkeä...
-NÃO! –se qualquer coisa acontecesse a ele provavelmente o homem se vingaria de alguém. –Preserve-o, pelo menos por enquanto... Algumas missões precisarão de um front, missões arriscadas... Usar-lhe-emos nesses casos. Só peço que acreditem em nós...
-Você será um grande homem! Orgulho-me de você, Draco... A cada dia sua inteligência me surpreende!
Sem pensar deixou sua casa correndo o mais rápido que lhe era possível, demorou poucos minutos até chegar ao jardim da mansão dos Jones, e ao abrir a porta foi tomado por grande desespero.
O corpo magro de Acies estava jogado no chão negro, seus olhos fechados, seu nariz e sua boca sangravam, os vidros vermelhos faziam a luz sangrenta banhar a garota. "Ela está morta...". Ele tinha certeza que dessa vez estaria morta.
-Acy...
Ela soltou um gemido fino, nada que se parecesse com uma voz.
-Eu já resolvi tudo... Pronto... Nada de mal vai acontecer...
-Ah... Isso... É... Bom...
IMPORTANTE: A poesia foi escrita por mim, é de MINHA autoria. Para utilizá-la minha autorização será necessária.
Preciso que me digam a verdade... O que vocês acharam??? Pensei em escrever algo mais... Mais quente, porém pensei que como seria a primeira vez dos dois seria melhor fazer algo mais romântico... Gostaram???
VALEUZÃO: (Bom carnaval!!!!! Mas lembrem-se da Acies, não se excedam!!!!!!!!!!)
Cila: Obrigada por sua review... Já li sua fic e postei minha review... Gostei muito de sua estória!!! Beijões...
LinDjinha: Obrigada pela review... Fico feliz em saber que está gostando da minha fic, estou adorando a sua!!! AAA!!! Beijões...
Natasha Malfoy: Adorei sua review... É muito bom saber que está gostando da minha estória!!! Pronto, finalmente o que todas esperavam, o que achou, seja sincera... Beijões...
Flávia: Descobriu então o que eu não tinha escrito... O que achou??? Espero que tenha gostado, e fica calma que logo vem o próximo capítulo, com algumas revelações bombásticas!!! Beijões...
Andarilha: Obrigada por sua review, é bom saber que está gostando da minha estória... Espero que tenha gostado também desse capítulo! Me conte!!! Beijões...
Gabriele Delacour: Obrigada por sua mensagem... Como já te disse, palavras não são o bastante para agradecer tantos elogios! Acho que você encontrou a poesia... Espero de coração não ter te decepcionado... O que achou??? Beijões...
Stefhy Malfoy: Obrigada pela review, é bom saber que você está gostando da fic... Continue acompanhando a estória, espero que tenha gostado de capítulo também... Beijões... (Não te mandei resposta por e-mail pois não encontrei o seu endereço...)
