Disclaimer: Recuso-me a colocá-lo novamente!!!!!!!!
Aviso IMPORTANTE: Esse capítulo ficou gigantesco! Então antes de lê-lo respire fundo!!! Espero que gostem!!!Beijos...
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Capítulo 29: De Volta a Hogwarts...
Despertou sem que precisasse ser chamado, na verdade não dormira durante a noite passada, estava ansioso demais para conseguir ficar com os olhos fechados por mais de cinco minutos seguidos. Finalmente voltaria para Hogwarts e então poderia ver Ginny todos os dias.
Suas malas já estavam prontas, sua coruja lhe esperava dentro de uma gaiola dourada, pendurada em frente a uma das janelas de seu escritório. Vestiu-se casualmente, teria que se trocar durante a viagem e não havia motivo para grandes preparos. "Mas Virgínia vai estar lá...". Repensou e decidiu se arrumar, pelo menos um pouco.
Ao chegar à sala de jantar o farto café da manhã já estava preparado, mas a mesa ainda estava vazia. Ouviu passos lentos, pelo barulho dos saltos sabia que era sua mãe quem chegava.
-Bom dia, Draco...
-Bom dia...
-O que aconteceu com você? Há dias não fala com Acies, parece triste... E ontem, na última noite antes de voltar para a escola notei tanta felicidade em seus olhos. Meu filho, está bem???
-Sim... Estou, principalmente agora que poderei voltar para Hogwarts.
-Fale a verdade. Eu conheço você bem demais para aceitar suas desculpas...
-Se quer mesmo saber... Acies foi espancada por Augustus, tudo por causa da noite de nosso noivado...
-Aquela cena foi ridícula! Por que não falou comigo antes??? Tome cuidado... Tome muito cuidado com o que você faz, os olhos estão todos sobre você... Um movimento errado e todo o jogo será perdido!!! Se precisar de qualquer coisa fale comigo, não consulte seu pai! Fale comigo...
-Obrigado, mãe...
-Infelizmente não poderei levá-lo até a estação, o motorista levará você e Acies, que já deve estar a sua espera.
Ter sua mãe a seu lado era algo que trazia grande alívio, porém nunca poderia lhe dizer a verdade, afinal a partir do momento em que ela soubesse de qualquer coisa correria um enorme risco.
Deixou sua casa e esperou pela chegada de Acies, pouco sabia sobre ela, há alguns dias não se falavam, precisava saber se estava bem.
Viu-a descendo os degraus da entrada de sua mansão, olhava para o chão, e usava seu cabelo para esconder parte do rosto. Os elfos guardaram as malas e correram de volta para dentro.
-Acy... Como está...
-Bem... Bem...
-Olha para mim...
-Não... Não quero... –ela disse em tom choroso. –Estou com sono...
Suavemente tocou-lhe a face e virou-a para ele. Pouco acreditava no que via. Os olhos da menina estavam roxos, seus lábios inchados. Pensou em como alguém era capaz de machucar uma pessoa tão bela como ela.
-Pronto... Agora que já viu, será que posso me esconder de novo???
-Quando chegarmos a Hogwarts falaremos com Madame Ponfrey, ela dará um jeito nisso!
-Talvez...
Obviamente quando se juntaram aos outros alunos Acies Jones virou o tema principal das fofocas, todos comentavam seu comportamento ao entrar em King's Cross e alguns que puderam ver os machucados criavam estórias fantasiosas. "Espero que ninguém pense que fui quem a espancou...".
-Draco...
-Crabbe, Goyle...
-Jones...
-Olá meninos... –ela disse encarando o chão.
Seguiram para uma cabine vazia, sentaram-se todos, mantendo completo silêncio. Acies virara seu rosto, fingindo admirar a paisagem, ele não estava com vontade de conversar, era estranho ver aqueles dois tão perto sabendo o que lhes esperava para o futuro. "Crabbe e Goyle serão descartados...".
O trem se moveu e Draco viu Potter passando, foi seguido por Weasel cabeça de cenoura e Granger sabe tudo. Após poucos segundos Virgínia passou, não parecia extremamente animada, mas sorriu ao vê-lo.
Crabbe e Goyle deixaram a cabine atrás da Senhora vendedora de doces, deixaram-na passar enquanto mexiam em suas bolsas a procura das varinhas e agora correr fora a única solução em que puderam pensar. Fecharam a porta, batendo-a com força, logo que o fizeram Acies tirou os olhos da janela e colou-os no chão.
-Você não está bem... –ele constatou.
A menina levantou a cabeça e deixou a mostra seu rosto completamente tomado por lágrimas. Suspirou e começou a falar com imensa dificuldade.
-Não... Eu estou péssima!!! Mais do que isso... Olha para mim! Olha minha cara! Estou horrível!!! E não é só isso... Meu pai caiu direitinho na estória que você inventou para Lucius, mas mesmo assim ele resolveu monitorar os Weasley, todas as redes de Floo estão sendo observadas e não poderei mais fugir para a Diagon Alley... E ele não poderá vir para Hogsmeade... Que tal???
-Típico... Típico de nossos pais! Nem sei o que dizer. Fica tranqüila, que logo isso acaba...
-Espero que sim!
Continuaram sozinhos por um longo tempo, conversando sobre coisas banais.
-Você tem medo de voar???
-Não... E para seu governo Draco Malfoy, eu vôo MUITO bem!!! Melhor que você...
-AH TÁ BOM!!! HAHAHA!!! ACIES JONES, VOCÊ, OBVIAMENTE, NÃO VOA MELHOR QUE EU!!!!!!!
-Vamos ver então... Vamos ver... Ou melhor, VOCÊ vai ver... –Draco ficou feliz ao vê-la sorrir novamente enquanto o desafiava. Temia que após tantas coisas aquele belo sorriso se apagaria para sempre.
Ainda riam muito quando a porta se abriu de um modo estranho. Uma pessoa adentrou o lugar, uma pessoa que conseguia acabar com sua paciência.
-Então é verdade... Acies Jones vai perder o posto de rainha de Hogwarts. É uma pena, linda como você vai ser difícil encontrar, mas mesmo assim, não podemos ter uma rainha roxa... Desculpe-me, violeta...
Pansy Parkinson, um ser humano desprezível, idiota e com um sério déficit de inteligência. Estava mais loira do que antes, não que isso a tornasse mais bonita, porém diferente.
-Parkinson...
-Não Draco... Deixe-a. Deixe-a dizer o que quiser... Pansy, fico feliz por saber que tem plena noção que nunca achará qualquer pessoa tão bela quanto eu. E sinto dizer que meu inchaço é algo transitório...
-Transitório??? –a outra disse em um tom de desaprovação
-Quer dizer que logo passa... –ele explicou sem paciência.
-Sério??? Ainda bem que falou Draquinho querido...
-EU JÁ FALEI... PARA NÃO... ME CHAMAR DE DRAQUINHO!!!!!!!!!!!!!!!
-Só vim aqui para conferir a bonitinha! E avisar que Hogwarts toda está sabendo sobre seu inchaço transitório! Boa viagem!
-Essa... Essa...Essa...
-FEIA! Essa feia, inconformada... –Acies disse. –Feia!!!!!
-Isso, feia... E inconformada!!! Não Dê importância para essas baboseiras da Parkinson!!!
-Eu não dou, mas que estou horrível... Isso é inegável!
-Você não está horrível!
-L"GICO QUE ESTOU DRACO!!!! Tenho a plena noção... –ela voltou a olhar para o chão.
-Você nunca vai ficar horrível... Isso é impossível... –disse seriamente, vendo-a voltar toda sua atenção para a janela.
Vários minutos se passaram, o silêncio tomava a cabine e ele estava quase adormecendo. Ouvia alguns murmúrios quando a garota voltava a chorar, ela pouco se mexia. Sentiu os olhos se fechando lentamente, nada mais via. "Acorde Malfoy... Acorde...".
Abriu os olhos e deu de cara com Aurinko Ilkeä, o observando com um sarcástico sorriso. Seus olhos extremamente azuis pareciam tentar lhe dizer algo que nunca ouviria.
-Vocês são MUITO inteligentes... Mais do que esperava, porém muito menos que deveriam! Pensaram que eu não descobriria... IDIOTAS!!! Idiotas... Acies Jones, apanhou de novo... Ah, coitadinha! Uma menina tão bonitinha, como podem espancá-la!!! O seu próprio pai! Já pensou que nem ele ama você? Deve ser muito terrível...
-Ilkeä, cale sua boca, antes que eu o faça!
-"h... O grande e corajoso Draco Malfoy! Quem diria que aquele franguinho um dia cresceria tanto! Está enorme!!!! Um galinho! Um galinho de briga... Você é um covarde, como todos na sua família!!! Se fosse realmente bravo não seria um Slytherin...
-E você??? Ilkeä, é fácil falar besteira para nós, com a cabine fechada e silenciada, é fácil falar sobre a covardia dos Malfoy quando Draco nada pode fazer, porém, já pensou em dizer tudo isso em frente à Lucius? Obviamente nunca o fez, pois sabe exatamente que seu fim seria cruel, não é? E temer à morte nada mais é que medo... MEDO NADA MAIS É QUE COVARDIA... –Acies disse com pouca expressão em seu rosto, mas muita em sua voz.
-Crianças, só estou aqui para contar-lhes uma grande novidade, algo MUITO bom, que os deixará extremamente felizes...
-O QUE??? –a garota se inclinou para frente. – NÃO PODE SER... De quem foi essa idéia genial???
-Oi... Oi... Será que dá para compartilhar a informação???? –Draco perguntou. Não lia mentes e ainda não estava sabendo de nada.
-Serei professor de vocês durante um tempo... Professor de Poções...
-COMO??? Você, professor... AH ILKEÄ VÊ SE TE ENXERGA!!!! Sou melhor em Poções do que você... E outra, acho que se esqueceu, você é finlandês agora... Onde está o sotaque, hein???
-Drrrraco, num duviiide de minnn... Fazzo az coissazz zertas... É claro que pensei nisso...
-Professor, já que estamos a sós –Acies começou, e ele já sabia que alguma provocação estava a caminho –esse seu sotaque está PÉZZZIMO!!! Muito! Deveria melhorá-lo, e logo, antes que as aulas comezzemmmm!!!!
-Querida aluna, se nem mesmo seu pai lhe dá importância, por que eu deveria???
-Simplesmente por não ser meu pai...
-O que isso deveria significar?
-Use sua imaginação, Ilkeä...
O grande homem deixou a cabine, visivelmente irritado, seus cabelos dourados balançavam e seus enormes pés faziam um barulho estrondoso ao tocarem o chão de ferro do trem.
-É claro! Como pude pensar que não fariam isso...
-Do que está falando???
-Draco, estão atrás do tal amuleto...
-Mas o Potter já sabe, é óbvio que não vai fazer nenhuma besteira, ainda mais ele...
-Presta atenção, ele não faria nada por sua própria vontade... Entretanto no mundo mágico sabemos que nem sempre fazemos as coisas por nossa vontade... Imperius!
-Imperius... Imperius!!! Infernos, como não pensei nisso!!! Que droga, acho que sou mesmo burro... Acies... Quem seria a mãe dessa criança??? Na noite da Passagem de Ano ela me entregou um amuleto, me disse que viu... Será que isso significa alguma coisa?
-Acho que sim... Um dia desses durante a aula da Trelawney descobri que na Profecia foi dito que a mãe da criança será aquela que tudo sabe. Toda a literatura diz que aquelas portadoras da Visão são as mulheres que tudo sabem e tudo podem ver...
-Então... Ela deve ser a mãe da criança... E o pai... O pai... O pai será Potter! E ele passou o Natal na casa dela, e... E... Ah! Não...
-Calma. Não estou certa ainda... Na noite da passagem de ano, vocês... Vocês... Você me entende, o que achou?
-Foi bom, ué...
-DRACO, não é isso que quero saber...
-AH! Oops... Foi a primeira vez dela, eu tenho certeza... Nem sempre acontece, eu sei, mas o lençol manchou...
-Isso é bom sinal... O problema é que, apesar de não poder ler a mente de Aurinko, sinto que ele acha que alguma coisa já foi conseguida...
-EU MATO O POTTER, MAS EU MATO O POTTER, EU VOU ARRANCAR AQUELES OLHINHOS VERDES DA CARA DELE, UM DE CADA VEZ!!!!!!!!!!
-DRACO, CALA A BOCA, PELO AMOR DE MERLIM!!!!
-NÃO CALO, EU VOU LÁ...
-VAI! Demorou... Demorou para espalhar para toda a escola que você e Virgínia estão juntos... O problema é que morreremos todos, eu, você, o Fred, o George, afinal são tão estúpidos que matarão os dois, e se nada aconteceu entre Potter e Virgínia, algo acontecerá... Vai logo... Corre lá!
Ele reclamou, mas se sentou. Cobria o rosto com as mãos e esfregava seu cabelo, como de costume. Qualquer coisa que fizesse causaria grande problema, principalmente agora que Ilkeä estaria durante todos os momentos por perto.
-Isso... Isso... –a menina a seu lado mexia em algumas coisas que tinha em sua bolsa. Pareciam ervas verdes, folhas de plantas que nunca antes havia visto. –Encontrei vocês... Ainda bem!
-O que é isso?
-Aurinko poderá ler a mente de Ginny se eu não estiver por perto. Essas são Calígulas do Pacífico, serão essenciais...
-Será que dá para traduzir???
-Aquele que toma uma infusão de Calígulas do Pacífico tem sua mente selada por um determinado tempo. Daremos essa infusão para Virgínia...
-O que eu faria sem você... Mas quanto demora a se fazer essa tal infusão?
-Não muito, mas precisaremos chegar até Hogwarts primeiro, pois preciso de cicuta...
-CICUTA? Você vai matá-la!!!
-Bem , se a matasse ele nunca conseguiria ler sua mente!
-O que??? –a resposta da menina veio em forma de um olhar que dizia que Draco havia sido extremamente estúpido. –Tá, desculpa... Eu sei muito bem que a cicuta tem propriedades especiais, se usada na quantia certa. Quantas vezes já fez esse chá?
-Será a primeira... –ela sorriu inocentemente
-Ah... Só para saber... –ele disse encostando sua cabeça à janela.
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Sua mãe continuava insuportável, e mesmo sabendo que Ginny já estava acordada berrou na porta do quarto.
-VAMOS LOGO! VAI SE ATRASAR, E SE PERDER O TREM VOCÊ SABE A CONFUSÃO QUE DÁ!!! VAMOS LOGO!!!! RON... HERMIONE, VAMOS HARRY!!! VAMOS CRIANÇAS...
"Cala a boca, mãe, por favor... Eu não agüento mais ouvir seus gritos...". Continuou a se arrumar, estava muito ansiosa para chegar à estação, sabia que só poderia falar com Draco após a viagem de trem, mas mesmo assim o veria novamente. "Estou com saudade de você...".
Fred não mais aparecera na sua casa, George foi quem voltou para pegar as roupas dos dois. Infelizmente não conseguiu conversar com ele, mas recebeu uma carta lhe dizendo que estavam bem, morando juntos no quarto que ficava nos fundos de sua loja, nas palavras de Fred: é um local muito pequeno, sem janelas... Tá bom para passar a noite, e durante as férias a loja está dando muito dinheiro. Logo poderemos alugar um lugar aqui por perto!
-Bom dia! Vamos todos juntos... –Tonks disse animadamente. –Tenho uma notícia MUITO BOA!!! AH!!! Vocês terão um novo professor de Poções...
-COMO??? Você quer dizer que Snape...
-Harry, Snape está envolvido com uma importante missão para a Ordem, logo estará de volta... Durante esse curto período ausente Aurinko Ilkeä substituirá Severus nas aulas de Poções... –disse Lupin, levemente impaciente
O coração de Ginny deu um salto, além de ganhar um lindo professor se livraria de Severus Snape, que já seria motivo para grande felicidade. Tonks e Aurinko levariam todos para a Estação, afinal pegariam o mesmo trem.
Pouco demoraram a chegar, seu novo professor parecia muito gentil, e certamente, muito capaz. Pelo que ouvia seu pai dizer o Ministério da Finlândia era o mais exigente quando o assunto eram seus empregados.
-Prronto... Ahorra peguem suazz malazz e vamo rrrápido pra nummm perrrderr o trrrrem... Vamo, Vamo!!!
Assim que pisou na plataforma notou que os cochichos tomavam o local. "O que foi dessa vez...". Assim que as garotas viram Aurinko todos os sussurros se silenciaram, e os olhos logo se viraram para ele.
Pouco demorou até que Creevey viesse conversar com ela.
-Quem é o grandão?
-Nosso novo professor de poções...
-Snape morreu???? –ele perguntou com os olhos muito abertos.
-Sei lá o que aconteceu... Desde quando os alunos ficam sabendo de algo! Só sei que esse será o professor substituto, Tonks que me disse...
-Nossa, caramba, Snape morreu...
-ELE NÃO MORREU, COLIN!!!!
-Ah! O problema é dele mesmo... Você viu???
-O que?
-Não percebeu o povo cochichando???
-Lógico que percebi!
-Então... Você não vai acreditar... Eu não vi, mas uma menina da Slytherin me disse que, a irmã dela que é da Ravenclaw conhece uma tal de Hausa que é dos Huffle Puff que falou que ouviu alguém dizendo que aquela bonitinha, sabe a Jones... Então, está toda roxa, e com os olhos inchados!!! E tem mais, ela ficou noiva do Malfoy e uma outra menina da Huffle Puff, que a Hausa conhece disse que foi ele quem bateu nela...
-O QUE? A Acies está roxa??? E o... O Malfoy bateu nela???
-", não vai falar pra ninguém, hein! É segredo, você sabe que eu odeio ficar espalhando a tragédia dos outros...!!!
O garoto se virou e andou até um outro grupo de meninas que começaram a gritar após ouvir as primeiras palavras que lhes foram ditas. Ginny correu seguindo os outros, passou por várias cabines, mas não viu Draco, sabia que ele já estava lá.
Mais poucos passos foram necessários para que o visse sentado em frente a Crabbe e Goyle, viu também os longos cabelos de Acies que olhava incessantemente para a paisagem, notou que ele a olhava e sorriu, vendo-o fazer o mesmo.
-Vamos Gin... –Ron chamou-a
Entrou na cabine com os outros, sentou-se ao lado de Tonks, que logo se levantou. Notou que estranhamente Aurinko parecia muito aborrecido por ter que deixar o local, e o homem insistiu para que ficassem ali.
-Vamos Aurus... Precisamos.
-Mazzz, esitou canzadoo... Muitoo... Ficarr aquii...
Tonks o puxou com força, levando-o para fora. Ginny sentia-se desconfortável perto daquele homem, ele não tirava os olhos dela, parecia vidrado em seu rosto. "Estranho... Nem sou bonita... O que será que ele quer? O que ele quer eu não sei, só sei que eu não quero problemas!!!".
-Vocês ouviram o boato??? –Ron perguntou com a boca cheia de chocolates.
-Odeio boatos... –Hermione disse enquanto lia uma revista científica, sobre as mais novas descobertas no ramo da herbologia.
-Sobre a Jones? Aquele Malfoy é um porco covarde... Imagine, bater nela!!! Por que não veio bater em mim?! –Harry estava muito nervoso. –Mas ele vai ter um belo troco, imagine quando Fred souber do que aconteceu...
-Afrofite afforra olharr fra fella fara de chucchão!!!
-O que??? Ron, já te pedi um milhão de vezes para não falar de boca cheia! Que nojo!
-Desculpa Hermione... Disse que devemos aproveitar para admirar a cara de furão antes que vire um purê de batatas!!!
-Duvido que ele tenha batido nela... –Ginny disse calmamente.
-Por que? –a outra menina resolveu prestar mais atenção à conversa.
-Acies e Malfoy são grandes amigos, pelo menos foi o que ela disse na noite do dia 31... Não o vejo batendo nela, não mesmo... –os olhares se intensificaram, pareciam desconfiados. –Principalmente, porque se ele tentasse o fazer certamente apanharia! –ela sorriu com um falso deboche.
-Fofê Festà...
-RON!
-Você está certa Ginny! Acho que Jones lhe espancaria com facilidade... Também um franguinho daqueles!
-Ele não é um franguinho... –ela o defendeu instintivamente. –É uma cobrinha... –corrigiu-se novamente.
O dia estava belo, o céu muito azul pontilhado por pequenas nuvens fofas e muito brancas indicava que não choveria, pelo menos até a noite. As copas das árvores já anunciavam a chegada de uma, ainda um pouco distante, primavera. As folhas verdejantes brilhavam quando tocadas pela luz do sol, e a grama parecia ter vida, ao se mover acompanhando o vento.
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O banquete da noite após o Natal foi idêntico aos outros, assim como os avisos que Draco, há muito, se cansara de ouvir. "A Floresta Escura é proibida, para todos os alunos... Sério, isso eu ainda não sabia...". Ele não entendia a razão pela qual aqueles avisos passaram a ser dados quase todos os dias.
Acies fora conversar com a enfermeira, após longa discussão. Ela dizia ter certeza que nada resolveria seu problema, mas ele forçou-a a ir até a mulher, pelo menos para ter certeza e fez parte do caminho com ela em seus braços, xingando-o de vários nomes.
Ginny vira Draco somente enquanto estava sentado em sua mesa, olhava para ela e sorria, porém parecia preocupado com alguma coisa, olhava instintivamente para porta de entrada do Grande Salão.
Gostaria muito de poder conversar com ele naquela noite, entretanto algo lhe dizia que isso seria, praticamente, impossível. Todas as noites após o banquete de recepção os alunos se dirigiam às suas casas, para o que Dumbledore chamava de integração.
Decidira que falaria com Virgínia, de algum modo que no momento não era importante. Viu-a deixando o recinto e correu para o meio dos alunos da Gryffindor. Seria ridículo tentar se misturar, afinal ele era o maior exemplo de um Slytherin, tinha muito orgulho disso, e embora tal fato fizesse grande diferença em sua vida, naquele momento o orgulho que fosse mandado para a Sibéria. Escondeu seu cachecol verde, dobrou os joelhos e saiu rindo entre as crianças. "Que situação patética!!!! Olha o meu tamanho de 11 anos!!! Meu Merlim, devo ser recompensado por isso... Muito bem recompensado... Está ouvindo????".
-Estou tão feliz de ter sido selecionada para a Gryffindor!!! Após um semestre tenho certeza... É a melhor de todas as casas!!! Você não acha??? –uma pequena de pele escura e cabelos negros lhe perguntou sorridente.
-Lógico que sim... Afinal se não fosse a melhor de todas as casas não seria a melhor!!! Você foi redundante... –ele disse com sua voz tipicamente fria e grave.
-Quantos anos você tem??? Parece um... Um...
Ele imitou o barulho de uma cobra ao falar –Slytherin. A reação da menina não poderia ter sido pior. A pequena deu um grito desesperado e saiu correndo atrás do cabeça de cenoura.
-SOCORRO!!! WEASLEY TEM UM SLYTHERIN ME PERSEGUINDO!!! AH!!! AH!!! AH!!!
Draco correu entre os outros alunos, se escondendo entre os maiores até chegar em quem queria, puxou-a violentamente para um canto, sentindo-a cair em cima dele. Estavam em um beco estranho, escuro, com duas molduras vazias na parede. Ainda pôde ouvir o grande vermelho urrando:
-EU PEGO VOCÊ SUA COBRINHA!!! VÊ SE APARECE, CADÊ VOCÊ, HEIN??? VAI VIRAR UM... UM... AH! SEI LÁ!!!
-Draco... –Ginny murmurou com sua voz trêmula. Estava assustada, havia caído sobre um corpo, e como conhecera o toque das mãos geladas e a massa corpórea sob ela, estava certa que era seu namorado fora quem a raptara.
-Oi... Acho que vou fazer isso mais vezes... É bom ter você assim, em cima de mim...
-É... É bom estar assim, em cima de você... –ela sorriu e beijou-lhe o pescoço. Adorava sentir os lábios dele em seu pescoço e ter os dela no dele era ainda melhor.
-Isso é bom também...
-O que você fez para aquela menininha??? –ela se acomodou melhor sobre o corpo dele.
-Nada demais...
-Draco...
-Bom... Ela disse que a Gryffindor era a melhor casa de todas e eu disse que ela havia sido redundante, pois para ser a melhor deveria ser de todas... Compreende??? Depois ela disse que eu parecia um Slytherin, o que me deixou extremamente orgulhoso... Depois eu... Eu... AH! Isso não é importante, o que interessa mesmo são os beijinhos... Por favor...
-Você assusta uma garotinha bonitinha e ainda quer beijinhos? Não sei se os merece...
-Ah, eu acho que eu mereço...
-É? E por que???
-Por que só eu faço essas loucuras por você... Imagine, Draco Malfoy, Slytherin, de coração e alma, se escondendo entre bebês da Gryffindor... Gryffindor, a casa dos bonzinhos, bobinhos, corajosinhos, inhos, inhos e inhos!
-Hum... –ela pareceu pensar. –Então está certo, só por esses esforços sobre humanos –ela disse ironicamente. –eu acho que você merece beijinhos...
Passaram mais alguns minutos naquela estranha situação, se beijando, no chão frio. As costas de Draco doíam, assim como o pescoço de Ginny, mas o que faziam compensava qualquer dor.
-O que aconteceu com Acies? –a menina perguntou com pouco fôlego.
-Ela... Ela... –ele titubeou. Ginny não poderia ficar sabendo da verdade, seria um risco, mesmo após tomar a infusão seladora de mentes. –Ela... Caiu!
-Por que está mentindo? –ela sentiu que Draco pensara muito antes de lhe responder. "Não foi ele, não pode ter sido...".
-Porque você não está preparada para esse tipo de coisa...
-Como assim? –ela perguntou desconfiada.
Os dois se sentaram lado a lado, ela se encostava a ele.
-Gin... Ouça bem, o mundo em que vivo é completamente diferente do mundo em que você vive. Coisas acontecem que você nunca entenderia ou aceitaria.
-Foi você... Então os boatos eram verdadeiros... Você espan...
-Não continue! Eu não posso acreditar que até você!!! Virgínia, me conhece, conhece a Acies, sabe como somos... Não...
-ENTÃO POR QUE ESTÁ NÃO TEM CORAGEM DE CONTAR A VERDADE??? –ela disse se afastando dele.
-Foi o pai dela! O pai dela a espancou e quando a encontrei pensei que estava morta!!!! Está bem...? Essa é a verdade... Um dos hobbies de Augustus Jones é espancar sua própria filha... Não disse antes, pois conheço você e sei muito bem que isso vai lhe fazer mal...
Draco tinha razão, saber que algum pai poderia bater em seu próprio filho foi algo que lhe fez pensar que as pessoas podem ser piores do que imaginamos. Sentia-se estranhamente incomodada e triste.
Sentiu-a encolhida procurando espaço em seus braços, abraçou-a com ternura. Já esperava essa reação por parte dela, sabia exatamente que esse não era o tipo de coisa ao qual estava acostumada, muito menos ao qual, alguma vez, se acostumaria. Virgínia sempre tinha resposta para tudo, porém dessa vez ficara calada e assustada.
-Eu sabia... Foi por isso que não quis contar! Fique tranqüila, exigi que ela fosse até a enfermaria, certamente Madame Ponfrey terá algo efetivo... Acies já deve estar bem melhor...
Não obteve resposta por longos minutos. Não concordava com a extrema sensibilidade de Virgínia, tudo lhe afetava e lhe fazia mal, isso não seria bom para sua vida. "Ela é fraca, fraca demais...".
-Já é hora... Preciso ir... –a menina se levantou e saiu sem ao menos se despedir.
Deixou-a sozinha, nada poderia fazer por ela, e muitas vezes a dor de abrir os olhos e sentir-se dentro do mundo real demora longo período para sanar. Andava perdidamente pelos corredores silenciosos, todos já haviam se recolhido. Repentinamente sentiu alguém lhe beijar a face.
-Mas... –disse assustado
-Obrigada... Obrigada Draquinho!!! –Acies sorria, seu rosto já não estava inchado ou roxo.
-Você... Eu disse!!! Já pensou se não te obrigasse???
-Obrigada de novo!!! –ela pulava de um lado para o outro. –Draquinho querido!!!
-Não me chame de Draquinho...
-Draquinho, Draquinho e Draquinho...
-ACIES JONES, NÃO ME CHAME DE...
-DRAQUINHO, DRAQUINHO, DRAQUINHO!!! DRAQUINHO, DRAQUINHO, DRAQUINHO... –pensou em pedir para que ela parasse, mas desistiu após ver a felicidade nos olhos da garota. - Tem coisas melhores que meu rosto! Acho que minha cabeça não estava funcionando bem, mandei uma carta para o Fred e ele me lembrou que, OBVIAMENTE, consegue aparatar!!!!
-Eu falei com Ginny...
-O que? –ela parou de saracotear para os lados e prendeu-se a seus olhos.
-Contei sobre o seu pai...
-Por que?
-Ela... Ela me perguntou... E... Ela estava achando que eu havia batido em você...
-Você é ou não meu amigo???
-Sou... Lógico!
-Então, por que TEM QUE CONTAR PARA UMA MENINA QUE CONHECE A MENOS DE UM ANO QUE FUI ESPANCADA POR MEU PR"PRIO PAI??? Acha que eu tenho orgulho disso? Pois saiba que orgulho é a única coisa que não tenho... Tenho raiva, ódio, mágoa, mas não orgulho!
-Desculpa... Eu não queria...
-Essa é a infusão que Virgínia deve tomar... Não tem gosto, e foi feita corretamente, antes que pergunte se estou tentando a matar! Dê a ela e peça para que beba antes de dormir, todos os dias. O líquido se renova magicamente, um de meus mais novos feitiços... Boa noite.
-Acy... Me desculpa... Eu... –a garota já estava longe. –Eu nem pensei nisso... –ele murmurou em desabafo para si mesmo. Punia-se por não ter pensado nela em momento algum. A vergonha que a menina sentia de seu pai fora algo que não cogitara, nem por um instante. Baixou a cabeça e seguiu até seu quarto, se focando somente no chão.
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Vários dias se passaram, aquela já era a terceira semana de aulas. Ginny acordou se sentindo muito estranha, pesada, seu estômago parecia cheio de coisas que ela não havia comido. E começar o dia no banheiro definitivamente não fora algo agradável. Trocou-se e desceu, ainda um pouco tonta.
O cheiro do café adentrou suas narinas fazendo-lhe pensar que cairia no chão com poucas chances de conseguir se levantar. A visão de pães coloridos e geléias de fruta lhe nauseou violentamente, e quando pensava em deixar o local deu de cara com Hermione.
-Gin, tudo bem??? Está branca como neve...
-Impressão sua, só estou com sono... –disse forçando-se a entrar no Salão.
A primeira coisa que lhe veio à mente era o estranho chá que Draco a fez prometer tomar todas as noites, porém já o tomava há três semanas e o que sentia não era efeito daquela bebida.
Ele já estava lá, sentado no banco de sua mesa de um modo completamente desleixado, algo raro para uma pessoa tão vaidosa. Parecia muito aborrecido, o que, ao contrario, era algo comum. Ginny sabia que aquele era o dia em que os Slytherins tinham aula de Poção durante toda a manhã e que ele não suportava Aurinko. "Homens, são engraçados... Não podem conhecer outro bonito que se revoltam...".
Nada comeu, colocar qualquer daquelas coisas em sua boca seria suicídio. Esqueceu-se um pouco do que sentia enquanto conversava com seu irmão, Ron sempre se animava ao descrever suas manobras com a vassoura.
Toda a mesa da Gryffindor ria, quando foram silenciados a pedido de Aurinko, que antes mesmo de começar a falar já corava como uma criança. O homem era extremamente tímido, e Ginny não sabia como ele conseguia dar aulas.
-Meuszzz azlunozz, perrdon prorr atarpalahrr vozêzzz... Maizz hoze famozz terrr uma aula em conssunto. Pediria pra que thodoz ozz quintoz e zeztos anoz ze chuntazemmm naz mzmorrrazz zurrante o pimeiro horário... Obrrrrigado!
Ao mesmo tempo em que odiava aulas de Poção, adorava Aurinko e também seria muito interessante ter aulas em conjunto com os sextos anos, afinal Draco estaria lá e ela sempre imaginara como seria o comportamento dele na sala de aula.
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Acordara de mau humor, não agüentava mais as aulas fraudulentas de Ilkeä. Não se conformava com o fato dos alunos estúpidos não perceberem o quão terrível e falso era o sotaque do professor, fora os erros crassos que ele costumava cometer em classe.
Desceu sem vontade e se acomodou em sua mesa do modo como lhe foi mais conveniente. Virgínia ainda não estava lá, e Acies estava sentada em sua mesa, rodeada por outras meninas que pareciam adorar o seu anel de noivado.
-Oi... –ela disse após escapar das garotas e chegar até sua mesa.
-Oi... Preparada para nossa aula favorita?
-Certamente... Que não! O que será hoje? Amebas jurássicas ou protozoários cabeludos?
-Não, acho que hoje seremos os Fermezzz Inutiezzz...
-Draco, de verdade, será que ninguém percebeu que o sotaque dele é muito falso???
-Sinceramente... Espero muito pouco dessas criaturas que nos rodeiam... –ele fez uma pausa e continuou –Acy, será que não é hora de contar para Ginny sobre a verdadeira face de Aurinko Ilkeä???
-Não sei... Já pensei nisso várias vezes, mas tenho medo que ela não consiga disfarçar na frente dele... Apesar de sua mente estar selada poderá se denunciar através de gestos, ou até mesmo palavras...
Ele concordou com a menina, conhecia Virgínia bem o bastante para saber que ela não se manteria calada, afinal estaria arriscando toda a sua família. Acabaria contando para alguém.
Ilkeä pediu a palavra, fingia-se de tímido e conseguia até ruborizar. "Dissimulado... Maluco...". Mas o que o incomodou foi saber a razão pela qual o indivíduo decidira se pronunciar. Acies o observou muito desconfiada, não entendiam o motivo pelo qual ele havia decidido juntar os anos, algum objetivo ele tinha.
-Metodologia??? –a garota perguntou em tom jocoso.
-Como se ele tivesse uma... –apesar de tantas desconfianças não negaria estar feliz por saber que teria aula em conjunto com Ginny, sabia que ela não era uma das melhores alunas, entretanto adoraria ver o modo como se comportava em classe.
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Desceram as escadas e andaram pelos frios corredores que levavam até as masmorras. O grupo de alunos era muito grande e tomava todo o corredor, facilitando a troca de olhar entre eles.
A sala tinha a porta aberta, era um grande auditório cheio de bancadas que acomodavam duplas. Em cima de cada uma delas estavam os equipamentos que precisariam para fazer a poção. Aparentemente cada dupla faria um exercício, afinal os materiais distribuídos eram completamente diferentes.
Todos deram especial atenção para a bancada número um. Havia diversas e estranhas ervas, algumas pinças que pareciam raras, pois ninguém as conhecia.
-Eu espero não ficar nessa bancada...
-Oh... Nem eu! Acho que fujo para a enfermaria...
-Nossa! O que é aquela coisa???
-Como é que eu vou saber?
O professor não demorou a aparecer em frente à classe, teria muitas explicações a dar.
-O que faremos... –o homem tossiu. –O que famos fazzerrr zerá bem sssimples... Chuntei ozanoz pra obiiiterrr uma maiorrr interrrazáõ entre os alunozzz! Cada uma dezas bancadaz tem a instruzáõ pra uma poçáõ... Ahorrrra eu vou ecolherrr az duplaz... Na bancada um, ficam... –todos pareceram rezar –Drrraco Mafóy e Aciiis Chonês...
Ginny reparou que os dois não pareceram aborrecidos, mas sim preparados, era como se já esperassem ser colocados naquele local.
Draco olhou para Acies, que sorriu com raiva. Ele também já estava preparado para aquilo, sabia que seriam postos no pior lugar, e que a poção que teriam de fazer seria a mais difícil e havia sido pensada especialmente para eles.
-Eu sou péssima em Poções... Só fui aprovada nos O.W.L.s porque colei de você...
-Isso quer dizer que vou ter que fazer tudo sozinho???
-Não exatamente, eu posso ler a lista de ingredientes!
-AH BOM... Nossa! Já estava ficando bravo... –ele respondeu com ironia.
Ginny fez dupla com Harry, ficaram na bancada número cinco, entre as bancadas de Hermione que fez dupla com uma Huffle Puff, chamada Iná e a de Ron, que trabalharia com Dean Thomas.
Aurinko passava as últimas instruções, Acies e Draco cochichavam disfarçadamente, porém o homem pareceu perceber.
-QUIETOZZZ! Oz doiz... Porrr favorrr, todoz oz otroz alunoz eztáõ quetoz, zó os doiz qui falám... –a voz de Aurinko irritava Draco profundamente, e a cada vez que o ouvia dizendo qualquer coisa que fosse sentia uma vontade insana de lhe matar.
-Ele me irrita... –Acies sussurrou com ódio.
-É difícil não matá-lo!!!
-ZERÁ QUE FOU TERRR QUE RREPETIRRR??? Qualll, Zenhor Malefoyy, é a errrfa que ussamozzz para a Poção de Mutazáõ in chenerizz???
-Ginko verde. Os outros elementos são raspas de casca de Salgueiro das Neves, sementes de Aspen, feijões africanos ralados e raízes de Angélica, metade delas cortadas na horizontal e metade no corte diagonal Paul-Weis.
-Hum... –ele pareceu assustado. –Aciês Chones, e no feitiô da Poção de Currrra de Verrrrkov???
-Calígulas do Pacífico, as mesmas utilizadas no feitio da infusão seladora de mentes... –a menina respondeu sem tirar os olhos do homem. –Infusão Seladora de Mentes, professor Ilkeä... –ela enfatizou, fazendo com que o professor corasse violentamente.
Aurinko os repreendia de um jeito que não era normal, não fazia qualquer coisa parecida em relação aos outros alunos. Apesar disso Ginny adorou o modo como Draco respondeu a pergunta proposta por ele, deixando até Hermione de boca aberta.
-Hermione, acho que o Malfoy sabe mais que você... –Ron se dirigiu a ela.
-Até parece... Eu sabia!
-Sabia nada!!! –ele alfinetou
-Sabia sim!
-Sabia nada!!!
-SABIA SIM!
-SABIA NADA!!! –ele ria
-PARE COM ISSO IMEDIATAMENTE! EU SABIA, E PRONTO...
-Sabia sim...
-Lógico que sabia...
-Hermione, é isso que acabei de dizer...
-AH RON!!!!
Foram autorizados a abrir os envelopes amarelados que tinham sobre a bancada, dentro de cada um deles estaria um papel com as instruções necessárias para o preparo da Poção.
Quando Draco leu o título do que deveriam fazer começou a rir. Ria de desespero, certamente aquilo era uma vingança, uma aula forjada somente para humilhá-los.
-O que foi??? –Acies perguntou preocupada.
-Lê o papel...
Poção Cursum Protinus
Objetivo: Acelerar o tempo para que se consiga ver, em determinada superfície, acontecimentos futuros.
Ingredientes:
100 gramas de Pó de Jade
24 gramas de escamas de Mirtilos marinhos
6 mililitros de suco de Malva
4 pedras médias de Quartzo negro
26 folhas de Aspen
32 feijões vermelhos de Chipre
3 Buckeyes tamanho grande
No caldeirão de ferro mistura-se o pó de Jade com as pedras de Quartzo...
-Essa poção é... É... Qual é o problema, Draco?
-Nem mesmo Morgana das Fadas conseguiria fazer essa poção corretamente... –ele disse em uma brincadeira cheia de ódio. -Ela precisa de meses para ficar pronta. Os espelhos que mostram o futuro são banhados com ela, e custam caríssimo pois poucas pessoas na Terra têm capacidade para prepará-la de modo correto!
-O que acontece se errarmos???
-Logo vamos descobrir...
-Esse... Esse... Esse vagabundo me paga... Por que será que ele juntou as turmas afinal??? Só para nos humilhar publicamente? Podia ter feito isso no Grande Salão, ou publicado uma nota no Profeta Diário...
-Acies... Por acaso há alguma poção capaz de neutralizar os efeitos do selador de mente???
-Sim... Como eu não pensei nisso... –Draco viu-a correr agachada até a bancada onde Ginny se sentava com Potter. "Potter... Potter e Potter... Eu odeio você, Potter... Eu vou te matar, algum dia...".
A poção que Ginny tinha para fazer era muito simples, acabariam em poucos minutos.
Poção Absolvi Cura
Objetivo: Libertar mentes
Ingredientes:
1 grama de pó de diamante
50 gramas de goma da Índia
½ litro de água
Juntar todos os ingredientes e mexer até borbulhar.
-Demos sorte Ginny, vai ser...
Ela percebeu um vulto se aproximando, apoiando o queixo em sua bancada. Era Acies, desesperada, quase sem ar.
-Virgínia... Qual é a poção de vocês???
-Absolvi cura...
-Eu sabia!!! Você não pode tomá-la... Está entendendo??? Não tome essa poção, ou erre...
-Não dá para errar! É muito simples...
-Encontre um modo...
-O que você quer??? –Harry perguntou nervoso
-Quero que ela não prove a poção... De modo algum...
-Acy... Acy... –era Draco que chamava a garota de volta.
-Virgínia... Por favor... –ela olhou-a desesperada, e saiu o mais rápido que pôde.
Ginny pouco se importou com as reclamações de Harry, as palavras da menina faziam-na pensar em diversas coisas. Acies parecia realmente desesperada, sua voz era trêmula. "Mas, se essa poção tem como objetivo libertar mentes... Será que ela fez alguma coisa com a minha??? Draco não permitiria isso...".
Todas as poções haviam sido finalizadas, os alunos esperavam a avaliação do professor. Somente Draco e Acies que faziam imensa bagunça na mesa jogando coisas no chão, xingando as pinças e rindo desesperadamente.
-Olha... Essa não...
-Acy, aqui...
-Ah, por que eu tenho que fazer direito se sei que não vai dar certo???
-Sei lá... Corta o feijão...
-É duro...
-Ozzz doizi! Nada fisserammm duranti toda a aula... Agora dessecham correrrr pra fazer de qualquerrr cheito??? Vocês sáõ uma ferrgonha!!! Oz doizzz... INUTÉIZZZ!!! Gostaria de saberrr quem deu notaz altízimas para Malefoy...
-Essa poção é impossível de ser feita! –Acies respondeu ameaçadoramente
-Náõ ê!
-É sim, Ilkeä!!! Duvido que consiga fazer uma poção que precisa apurar por dois meses em quatro horas!!!! –Draco falou alto o bastante para que todos os outros alunos pudessem ouvir.
-O que??? Náõ conseguem facerrr e inventam desculpasss??? Izo é ridícolo!!!
-Aurinko você... Você não vai conseguir o que pretende, muito menos na minha frente!!!
-É mesmo Acies??? –o homem estava tão nervoso que se esquecera do sotaque.
-É mesmo...
-E o que você fará para me impedir???
Os olhos de Acies se fecharam e Draco não sabia bem o que esperar. A classe escureceu aos poucos, os alunos se assustaram e repentinamente todos os caldeirões começaram a explodir, um a um, os estilhaços voavam longe, sem ao menos passar perto das pessoas. Após isso todos os vidros contendo ervas e restos de animais foram feitos em pedaços.
-Como o senhor professor nos disse... Somos inúteis e inúteis servem somente para destruir!
Ginny não conseguia acreditar no que ela acabara de fazer, assim como outras pessoas.
-Gin, você nunca mais vai a lugar algum com essa garota... –Ron disse fazendo uma cara muito estranha frente os acontecimentos.
-É... Vou concordar com ele... –Hermione disse boquiaberta.
Draco correu atrás de Acies, que parecia ainda perturbada.
-Desde quando você pode fazer isso???
-Bom, ontem eu li um livro chamado Manual Mental, o primeiro capítulo dizia que nossa mente pode fazer o que quisermos, eu simplesmente acreditei no que estava escrito ali...
-Por que ele decidiu fazer isso com você na classe??? Se fizesse isso em uma aula comum, nunca saberíamos...
-É um estúpido! Queria me mostrar o quão bom ele pode ser... Ainda bem, porque afinal, nem tudo pode dar errado, não é???
Ele riu, abraçando-a com seu braço esquerdo. –É...
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Naquela noite Ginny estava esquisita, quase não falou e sua pele estava pálida, parecia doente.
-Gin, você está doente...
-Acho que não ando muito bem... Hoje acordei muito mal... Você não tem idéia...
-Já foi na enfermaria?
-Não... Não é necessário. Amanhã já estarei melhor, essas coisas acontecem...
-Tem certeza???
-Absoluta...
O vento gelado não era o suficiente para tirá-los de lá. A vista que tinham do céu na torre onde tinham aulas de Astronomia era de uma beleza estonteante, as estrela pareciam brilhar mais, e o céu ser mais negro.
Ali era o local onde se encontravam, também se viam na biblioteca, na sala circular, às vezes marcavam um encontro no telhado, adoravam passear juntos, conversavam sobre todos os tipos de assunto.
-Tenho que ir... –ela se levantou
-Não... –ele fez cara de choro.
-Ai que dó de você... –ela disse beijando-o
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*Desculpem-me pelo atraso, esse capítulo já estava pronto a tanto tempo. O Schumacher, meu computador, surtou e passou mais de uma semana no médico, agora que ele voltou estou TÃO feliz... ...
VIOLENTAMENTE IMPORTANTE, IMPORTANTÉRRIMO, HIPER-SUPER IMPORTANTE:Há um assunto que precisamos discutir... O final da fic é o seguinte... Capítulo que vem seria o último e o 34 teria a narração dos acontecimentos e como foi o final da estória... Tanto na visão do Draco quanto na visão da Gin! Porém eu tive UM MILHÃO de idéias... E essas idéias se encaixariam perfeitamente, formando uma nova fic. O que VOCÊS preferem... O final como foi planejado ou uma nova fic??? Vocês escolhem...
VALEUZÃO: (Agradecimentos carnavalescos...).
Riyoko: Obrigada em dobro! Fiquei te devendo o agradecimento do capítulo passado, mas esse site está completamente maluco, você já viu, né? Espero que tenha gostado desse capítulo também... Me conte... Beijões...
Anninha Malfoy: Obrigada pela mensagem, como te disse estou agradecendo no capítulo 32, levemente distante do primeiro... Fico feliz por saber que está gostando, espero que tenha ânimo para ler toda a fic... Beijões...
Ginny Malfoy (Pamella): Obrigada pela review, é muito bom saber que está gostando da minha fic... Continue acompanhando os capítulos, que logo chegarão ao fim... Beijões...
Lindjinha: É super legal saber que está gostando da minha fic, afinal estou adorando a sua... E olha que não estou dizendo isso só por medo de apanhar de você, uma karateca de mão cheia, ou melhor, pé pesado... Continue a acompanhar a fic, que está no fim... Beijões...
Dea Snape: Já li a sua fic, recebeu minha review??? Estou gostando muito dela... Fico feliz em saber que gosta da minha estória, espero que tenha gostado também desse capítulo... Beijões...
Ra Mel Malfoy: Obrigada por sua review... Espero que tenha gostado também desse capítulo... Beijões...
Quero agradecer todas as outras reviews, mas infelizmente não deu para colocar aqui... Já agradeci pessoalmente e no próximo capítulo acrescentarei os nomes... Beijos e desculpas...
