LOIS LANE

Enquanto Clark tem que descobrir o quanto Lionel Luthor sabe do seu segredo, indo ao encontro do Dr. Virgil Swann, em NY, Chloe tem uma conversa séria com Lois Lane, e Lana ganha uma nova perspectiva com a possível nova grande amiga.

Capítulo 6 - Revelações

"Filho", disse Jonathan, olhando os artigos de jornais impressos por Chloe. "isso está ficando muito pior do que imaginávamos".

Sentado à mesa, junto com os pais, Clark se arrependeu de ter-lhes contado que a prima de Chloe teria descoberto o possível interesse de Lionel Luthor quanto aos trabalhos de Virgil Swann, ao ver sua reação. Martha abraçou o marido, enganchando seu braço no dele, e com seu olhar terno de mãe, não pôde impedir que tamanha preocupação tomasse conta de seu íntimo. Jonathan largou o artigo sobre a mesa e, olhando para o vazio, com sua mão sobre a de Martha, disse:

"Eu vou falar com Lionel Luthor", disse, determinado. "De uma vez por todas".

Em sobressalto, Clark protestou:

"Não, pai". Mas Jonathan era Jonathan, e mesmo sob o olhar de preocupação da mulher e do filho, levantou-se, como se já estivesse disposto a fazê-lo naquele mesmo instante. "Talvez não seja necessário", prosseguiu Clark.

Seus pais se entreolharam, e como se se perguntassem ao quê o filho se referia, este respondeu-lhes:

"Vou procurar o Dr. Swann, em Nova York".

"De jeito algum", negou Jonathan. "Você não vai mais se expor por aí. Acabou, Clark. Isso está num ponto que não podemos mais nos proteger. Lionel é poderoso e, tenho certeza de que ele deve ter alguns homens seus tocaiando o laboratório desse cientista".

Clark se levantou e, encarando os pais, como se não estivesse pedindo, mas dizendo que o faria, disse:

"É o que eu tenho que fazer. Ele me ajudou uma vez. Vai ajudar de novo. Sei disso. Além do mais, não sabemos o quanto Lois Lane sabe. É bem possível que seja uma suspeita dela, que Lionel não saiba o tanto quanto pensamos que sabe".

"Não sei, Clark", replicou Jonathan, intrigado. "É muita coincidência".

"Jonathan...", disse Martha, tocando o ombro do marido, com seu doce olhar de apelo, "talvez Clark esteja certo. Se o Dr. Swann não puder ajudar, pelo menos vai saber de Clark que Lionel está bisbilhiotando seus trabalhos e vai se precaver para que não descubra coisa alguma".

Pensativo, Jonathan olhou para os dois, e depois de visualizar um ponto qualquer no meio da cozinha, vagando nas suas preocupações de pai e sua responsabilidade para com Clark, ponderou:

"Tudo bem. Mas se esse cientista não puder nos ajudar, vou eu mesmo resolver isso com Lionel Luthor".

Martha sorriu e abraçou o marido, orgulhosa, mesmo sabendo do grande risco que os dois homens de sua vida corriam. Clark sorriu e abraçou os dois.

Enquanto isso, no Talon, o movimento estava calmo, e Lana limpava a vitrine onde ficavam expostas as tortas e doces, no balcão. Lex surgiu à porta de entrada e se aproximou. Observou-a por um momento, não querendo interrompê- la, ou talvez esperando que ela percebesse sua presença. Ao vê-lo, sorriu, talvez encabulada por não notá-lo antes.

"Lex!", exclamou, dando-lhe atenção.

"Tudo bem, Lana?", perguntou ele, com sua elegância peculiar. "Estou a caminho de Metrópolis. Vou ficar fora por uma semana. Vim ver o quê você queria de mim", disse, referindo-se ao fato de que Lana tinha lhe telefonado dias antes pedindo para falar com ele.

"Só um instante", disse ela, abrindo a gaveta e pegando um documento para pedido de mantimentos e produtos em falta para a cafeteria. "Preciso mandar essa lista ainda hoje". Lex deu uma rápida examinada e assinou o documento.

"Quem é Lois Lane?", perguntou Lex, repentinamente, enquanto guardava sua caneta no bolso de dentro do paletó.

Lana, que colocava o documento recém-assinado numa pasta plastificada, enrugou a testa, imaginando o interesse de Lex.

"Clark esteve em meu escritório perguntando do meu pai e depois falou nessa tal de Lois Lane", explicou ele. "Sabe alguma coisa a respeito?"

Lana deu de ombros.

"Só sei que é uma prima de Chloe que veio de Metrópolis para fazer um trabalho da escola".

Lex sorriu e balançou a cabeça, como se já visualizasse alguma coisa nas entrelinhas. Era cada vez mais fascinante o envolvimento de seu pai com circunstâncias que atraíam cada vez mais a atenção dos jovens descompromissados de Smallville, e agora, até mesmo de Metrópolis, pensou ele. Lois Lane era um nome que não sairia tão cedo de sua cabeça. E, certamente, seria mais um assunto em pauta a tratar em Metrópolis, pensou.

"Vou indo, Lana", disse ele, então, "segunda-feira que vêm estou de volta. Se precisar, ligue no meu celular".

"Vai passar o fim de semana na cidade?", perguntou ele, gentilmente.

"Alguns assuntos não têm momento certo para serem resolvidos", respondeu ele, com um sorriso no canto dos lábios.

"Então, boa viagem", disse ela, sorrindo.

Tão logo Lex partiu no seu porsche que estava estacionado em frente ao Talon, Chloe parou no mesmo lugar. Vinha do Centro Médico de Smallville. Acompanhada de Lois Lane, que recebera alta naquela manhã, desceu e entrou no Talon, para pagar uma xícara de café para a prima, e contar os recentes acontecimentos que envolviam sua chegada à Smallville. Na verdade, Chloe temia um pouco entrar no assunto. Lois era uma pessoa imaleável e podia não aceitar o envolvimento de outras pessoas nos seus assuntos.

Como se ainda não compreendesse o motivo de não ir direto para a casa da prima, Lois entrou na cafeteria, seguida de Chloe e cumprimentou Lana, com um sorriso breve.

"Que bom ver que você já saiu do hospital!", exclamou Lana, polidamente. "Sente-se melhor?"

"Ainda com um pouco de dor de cabeça", respondeu Lois. "Mas já tive tantas nessa semana que a que estou tendo agora chega a ser pouca coisa".

Chloe, acreditando na ambigüidade da resposta, disse:

"Lana, pode nos ver dois cafés? Vamos sentar ali, naquela mesa", apontou para uma mesa vazia, próxima de uma viga.

Lana assentiu, e percebeu que havia alguma coisa de estranho em Chloe. Ela estava apreensiva e visivelmente preocupada.

"E então?", perguntou Lois, olhando o cardápio, depois que se acomodaram à mesa. "O quê a está afligindo?"

Chloe respirou fundo, e como se não acreditasse no teor da pergunta, meio que explodiu:

"Como queria que eu ficasse depois do quê aconteceu? Percebeu que podia ter morrido?", perguntou, perplexa com a frieza da prima. "Como eu ia explicar isso para os seus pais? E os meus? E a culpa que eu ia levar pelo resto da vida?"

"Que exagero, Chloe", disse Lois. "Você não teve culpa de nada. Aliás, não temos mais o que falar desse assunto. Já passou, fomos à delegacia, já demos queixa do ocorrido. Eu já disse que não lembro de nada e que quando lembrar do agressor, faço a complementação da queixa. Só isso".

"Só isso?", perguntou Chloe, incrédula.

As duas pararam de falar quando Lana trouxe duas xícaras de café. "Vou estar ali se precisarem", disse ela, percebendo que tinham uma conversa séria.

"Obrigada, Lana", disse Chloe, mais calma.

"Chloe", começou Lois, após um gole de café e assim que ficaram à sós, "não houve nada demais. Aconteceu um infortúnio. Eu não morri. Já prestei queixa na delegacia. Você não tem que se preocupar. Além do mais, vou embora hoje mesmo".

"Como?", indagou Chloe, indignada.

"Isso mesmo que você ouviu", respondeu ela, determinada e sem interesse de explicar seus motivos por mais angustiada que Chloe parecesse estar diante da situação.

Chloe mordeu os lábios e resolveu trazer tudo à tona:

"Já fomos amigas inseparáveis, Lois Lane", ao ouvir isso, sua prima arregalou os olhos, como se não acreditasse no que estava ouvindo, e antes que dissesse alguma coisa, Chloe continuou: "Contávamos tudo uma para a outra. Depois, você sumiu por anos. Hoje, raramente nos falamos por telefone e quanto vou à Metrópolis, você nunca está lá, como se estivesse fugindo de mim..."

"Chloe, eu nunca fujo de nada!", interrompeu Lois.

"Deixa eu falar", protestou Chloe, impaciente. De repente, Chloe se viu em Lois Lane. E ela se lembrou de quando Clark a colocou na parede ao descobrir que ela o andava investigando a mando de Lionel Luthor. A situação era a mesma. E Chloe descobriu que estar no lugar oposto era uma situação horrível.

Lois ficou quieta, porém, ainda demonstrava não entender aonde a prima queria chegar. Mais calma, porém, irredutível, Chloe prosseguiu com seu discurso:

"Agora você aparece do nada, dizendo que veio para fazer um trabalho, não conta do que se trata. Ótimo. Tudo bem. Direito seu. Mas depois acontece esse incidente de ontem, muito estranho, diga-se de passagem. E você age naturalmente, como se não fosse nada demais, quando, na verdade é. E, agora, puxa vida, Lois...", disse Chloe, preparando-se para a reação da prima: "o quê você quer do Lionel Luthor, qual a ligação dele com Virgil Swann e o que o internamento de Lex Luthor tem a ver com tudo isso?"

Para desespero de Chloe, Lois não parecia surpresa com a revelação final, de que havia sido descoberto o seu motivo para estar em Smallville. Era como se já soubesse que Chloe ia descobrir tudo. Ficou, então, encarando a prima por um tempo, que praticamente suplicava por sinceridade, com o olhar.

"Meu artigo está pronto, Chloe", disse ela, finalmente. "Terminei essa madrugada, no quarto do hospital".

Chloe ficou sem reação.

"Já mandei, pelo fax do hospital, para um contato meu, em Metrópolis, que vai analisá-la. Talvez eu consiga publicá-la, talvez não", continuou Lois. "O quê eu queria saber em Smallville, já descobri depois do que aconteceu ontem, Chloe".

Vendo que Chloe parecia um tanto preocupada, sem saber, porém, os reais motivos para tal, Lois perguntou qual era o problema.

"Geralmente, quem se envolve com Lionel Luthor acaba se dando mal", respondeu ela, pensando na sua própria experiência, quando quase sucumbiu à chantagem do empresário de juntar informações sobre Clark.

"É um preço que nós, futuras jornalistas, pagamos, Chloe. Você devia saber disso melhor do que eu, que só descobri há pouco tempo que essa era a profissão que eu pretendia seguir, enquanto você sempre soube que queria isso da vida", disse Lois Lane, com convicção.

"Alguém invadiu minha casa, ontem", disse Chloe, almejando estarrecer a prima, ou fazê-la compreender no que ela estava se envolvendo, sem entrar em detalhes.

Lois ficou surpresa, porém nem tanto, e um tanto constrangida, sabendo que a culpa era sua.

"Sinto muito", disse ela, simplesmente.

"Devem ter levado alguma coisa sua", contou Chloe, não fazendo menção à caderneta vermelha, e já não mais tão surpresa com a frieza da prima.

"Eu sei", disse Lois, não muito preocupada, e sabendo que se tratava da caderneta vermelha.

Chloe sorriu. Era um sorriso amargo, de admiração e, ao mesmo tempo, de decepção. Descobriu, então, naquela conversa, que, afinal, Lois não apenas usou a situação, como também, e indiretamente, usou-a sem qualquer piedade. A caderneta não tinha nada demais, deduziu ela, e era bem provável que o gravador que havia sumido, também não tinha nada que comprometesse o conteúdo do artigo que Lois escreveu. Era tudo, na verdade, uma grande mentira, pensou Chloe. E a própria ida de Lois Lane para Smallville, na verdade, era apenas uma forma de descobrir o quanto Lionel Luthor era perigoso, ou então, o quanto seus assuntos podiam ser comprometedores a ponto de sacrificar uma mera estudante que aspirava a carreira de jornalista.

As duas ficaram em silêncio por um tempo. Lois não gostava de falar dos seus métodos, e Chloe, apesar de tudo, admirava-a por isso, de modo que não a pressionou, por mais que desejasse saber suas reais intenções, e a origem de tanta ambição. Mas não a condenava. Na verdade, Chloe tinha tanto de Lois Lane quanto a própria.

"Só duas perguntas", disse Chloe, ainda alarmada com as descobertas, e com a pretensão de fazer com que a prima não saísse ilesa da conversa. "Você não lembra mesmo do rosto do homem que a atacou ontem?", perguntou ela, que, com o número da placa do carro do suposto agressor guardado por Clark, já aguardava, até o fim da tarde, resposta do Departamento de Trânsito.

"Não", respondeu ela, prontamente, esperando a segunda pergunta.

"Você ia se encontrar com Lionel Luthor?", perguntou Chloe.

Lois cruzou os braços sobre a mesa depois de tomar mais um gole de café. Ficou olhando para Chloe por uns instantes.

"Na verdade, eu liguei para ele há uma semana para marcar esse encontro", respondeu Lois, percebendo que não tinha mais nada a perder. "Ontem à noite, do hospital, fiz uns telefonemas e descobri que ele ficou em Metrópolis a semana toda".

Chloe ficou surpresa. E, provavelmente, pensando a mesma coisa que a prima pensou a respeito, perguntou, referindo-se ao conteúdo do artigo:

"Você sabe que ele vai persegui-la depois disso?"

Lois sorriu:

"Creio que não".

Chloe sorriu, balançando a cabeça, compreendendo cada vez mais a situação e, admirada pela desenvoltura da prima, imaginando o conteúdo do artigo que ela escreveu.

"Vai levar a estória adiante?", perguntou-lhe, então.

Lois olhou para a superfície da mesa, sabendo que a prima se referia à grande estória que tinha nas mãos, mas apenas sorriu e negou com a cabeça. E Chloe já sabia. Lois não precisava seguir adiante, pois já havia conseguido o que queria, pelo menos, por enquanto. Para as duas, era lógico que Lois Lane continuaria a investigar o que tinha nas mãos, mesmo que outros jornalistas trouxessem a estória à tona, mas, por ora, seu objetivo já tinha sido alcançado. Lois Lane era, definitivamente, esperta, e aquela era a confirmação que Chloe esperava.

Na verdade, aquela conversa era uma espécie de jogo entre as duas. Desde pequenas faziam aquilo. Mas nunca o jogo fora tão perigoso como naquele momento. Lois sabia que Chloe tinha conhecimento dos motivos que a trouxeram de tão longe. Só não sabia que a prima estava muito mais à par dos perigos que Lionel Luthor poderia oferecer.

"Eu preciso ir ao banheiro", disse Chloe de repente, louca para chorar sem que a prima percebesse.

Enquanto Chloe se ausentara, Lana, que acabara de atender uns fregueses numa mesa perto de uma janela, aproximou-se de Lois:

"Lex Luthor andou perguntando de você, hoje, antes de partir para Metrópolis", disse ela, sem qualquer pretensão. "Achei que devia saber".

Tentando encontrar ligação com Lana, Lois lembrou de ter lido um artigo dizendo que ele era sócio-gerente de um pequeno estabelecimento comercial em Smallville. Depois, sorriu, e disse:

"De repente eu não o encontro por lá?", perguntou, estudando as possibilidades.

"Você já vai embora?", perguntou Lana, curiosa.

"Hoje mesmo", respondeu Lois.

"Puxa, que pena", comentou Lana. "Estava pensando que podíamos todos sair juntos. Você nem conheceu direito a cidade".

"Mas eu volto. Não sei quando, mas volto", disse Lois, cheia de mistério.

"E talvez você possa me contar como é morar em Metrópolis", sugeriu Lana, interessada.

Lois sorriu, e lhe dando mais atenção, perguntou:

"Gosta tanto assim de Metrópolis?"

"Na verdade, é mais curiosidade", respondeu Lana. "Meus pais eram de lá. E, às vezes, penso muito em sair daqui. Aconteceram tantas coisas e, quando acho que há um motivo para ficar, ao final, descubro que não passa de uma doce ilusão...", explicou, pensando em Clark.

"Sabe, a julgar pela boa administração do lugar", disse Lois, referindo-se ao Talon, "você tem muito potencial. Devia mesmo mudar para Metrópolis. Não temos lugares tão interessantes como esse por lá. Na minha opinião, você deve ser o tipo de pessoa que pode se dar bem fazendo qualquer coisa".

Lana sorriu, agradecida e envaidecida pelo elogio. Lois pegou, então, um guardanapo e pediu a caneta que Lana usava para anotar os pedidos. Colocou seu número de telefone no papel e disse:

"Quando decidir alguma coisa, liga pra mim", disse ela, com boa intenções. "Ano que vêm minha irmã Lucy vai se mudar para a casa que está comprando na periferia com o namorado e vou ter quer morar sozinha. De repente, se você resolver estudar ou trabalhar em Metrópolis, podemos nos tornar colegas de apartamento?"

Lana sorriu e concordou com a hipótese. Quando Chloe voltou, não parecia mais tão triste. Na verdade, estava sorrindo, e perguntou do que as duas falavam.

"Lois está fazendo minha cabeça sobre Metrópolis", disse Lana, guardando o guardanapo com o número de telefone no bolso.

"É, como Lucy vai se mudar no ano que vêm, vou precisar arrumar uma colega para dividir o apartamento, ou meus pais vão querer que eu volte para a casa deles", explicou Lois.

"Puxa vida, isso é muito bom", disse Chloe, feliz pelas duas, acreditando, porém, e sem qualquer pretensão, que Lana jamais deixaria Smallville, pois, apesar de esforçada, a amiga jamais havia demonstrado grandes ambições.

"Vai ser bom mudar um pouco os ares", complementou Lana, referindo-se aos desgostos que vinha tendo, particularmente, no que dizia respeito ao seu atribulado relacionamento com Clark.

Sabendo do que a amiga falava, Chloe completou:

"E conhecer pessoas diferentes".

Lana sorriu. Com pensamentos ainda em turbilhão na mente, Chloe tentou relaxar. E as três começaram a falar sobre a vida na cidade grande por mais algum tempo. Discutiram brevemente acerca das diferenças do interior e toda a sua correria. Depois de terminarem mais uma rodada de café, era chegada a hora de se despedirem. Lana e Lois trocaram um abraço sincero e, tão logo esta saiu com Chloe, Lana soube que uma grande amizade podia estar surgindo.

Continua...