*N.A 1*= É nóis! Esse é um dos capítulos que eu mais gosto, e se você está ansioso pra conhecer a "família Málaga" na fase Brasil... agradeça a este capítulo, porque foi fazendo ele que me veio a família da professora mais insana de Hogwarts... :P


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ESPADA DOS DEUSES

EPIS"DIO II: Quadribol

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--Capítulo 27--

Rancores de Leah Málaga

Hermione mirava um pontinho num grosso tronco de árvore, segurando uma espada nas mãos, como se medisse alguma coisa. Ela respirou fundo e encolheu o corpo, na posição de gatotsu, mirando o longínquo pontinho. Disparou na velocidade do vento e enterrou a espada na árvore, como uma lança. Mas não no pontinho. Parou olhando-o desapontada. Leah, sentada numa pedra ao lado, de braços cruzados e olhos fechados, soltou um suspiro.

- Gina Weasley faz isso de olhos fechados e as mãos amarradas nas costas. E acerta o alvo.

- É fácil falar... – resmungou a aprendiz, tirando a espada da árvore.

- É fácil fazer. – espetou Leah, abrindo os olhos. – Pra você é fácil. Só não faz porque não quer.

- Quando é que você vai desconfiar... – resmungou, olhando o céu – que eu não sou uma bruxa tão poderosa assim?

- Quando é que você vai pôr nessa sua cabeça grande... que você é capaz?

Leah se levantou e parou na frente de Hermione.

- Você conseguiu uma coisa incrível, - falou - você é capaz de usar a técnica do kaiten kembu com uma só espada. Esse estilo, se você se esqueceu...

- ...É usada só com duas espadas, é seu estilo, é sua técnica mais apurada. – completou Hermione, como um gravador – Já sei, já sei. Sei também que a única bruxa que foi capaz de usar essa técnica... foi Lílian Potter. E que ela foi a única capaz de repeti-la... com uma só espada.

- Lílian executou uma única vez esse golpe. – disse Leah, olhando para baixo e resmungando entre os dentes – Ela o imitou. Agora você o faz... Naturalmente.

- Eu não sou uma bruxa tão boa quanto Lílian foi, Leah, eu...

Hermione parou ao sentir o olhar de Leah. Ela serrou as sobrancelhas para falar numa voz muito sombria:

- Você não é uma bruxa como Lílian. Você é melhor.

Ela ergueu as sobrancelhas enquanto voltava ao ponto de partida com Leah. Leah parou na posição em que Hermione estava. A aluna suspirou.

- Ah, dá um tempo... Lílian era uma bruxa tão boa quanto você.

Nessa hora Leah disparou num gatotsu. Mas os golpes pareceram partir antes dela. E não foi só um. Foram nove. Nove feixes de luzes amarelas que atravessaram a árvore, transformando seu grosso tronco em um queijo suíço e fazendo folhas e punhados de neve caírem do alto das árvores. E Leah parou no meio do caminho. Sequer chegou até o troco. Hermione ficou boquiaberta, sem saber o que dizer. Leah guardou a espada e olhou-a furiosamente.

- Jamais me compare à Lílian Potter.

E deu as costas. A aluna ficou parada, com a pulga atrás da orelha. Não se conteve.

- Leah... Por quê você a odeia tanto?

Leah parou. Virou-se para Hermione e pensou antes de agir. Abriu o terno negro e Hermione pôde ver seis grandes cicatrizes, que cortavam o corpo de Leah de uma ponta a outra, três de cada lado.

- Essas são as cicatrizes do dia em que ela conseguiu imitar a minha seqüência de seis.

- Bem... – murmurou Hermione, engasgada – esse é o motivo para o seu... ódio.

- "dio não seria a palavra correta... Existe muito mais coisa entre Lílian e eu do que você pode imaginar. – disse natural, abotoando o paletó.

Hermione tentou mudar o caminho do assunto.

- Pelo que eu ouvi dela... Ela não parecia ter motivos para colecionar inimigos. Pelo menos que estivessem do lado de Dumbledore.

Leah olhou-a de sobre o ombro.

- Tem razão. Ela não tem motivos para ser odiada. Eu tenho.

Hermione deu de ombros.

- Bom... Isso não me importa. Todo mundo tem uma ou duas coisas ruins nem seu passado. Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra.

Um breve instante e Leah virou-se para Hermione. Foi até um tronco de árvore e se sentou.

- Estaria disposta... a escutar o que eu tenho a dizer sobre mim?

A aluna se sentiu um pouco desconfortável, mas não teve coragem de dizer que não.

- Por onde eu poderia começar? – perguntou-se Leah, olhando para o alto das árvores. – Poderia começar me fazendo de vítima, dizendo que sou uma pessoa infeliz, injustiçada... Posso dizer que só tenho tido motivos para sofrer nessa vida. Que vim a este mundo para pagar por tudo que eu não cometi. Aliás, cometi, sim, mas pago pelos pecados de mais alguém. Posso dizer para você que sou uma coitada, que sofro muito, e que conto nos dedos das mãos os momentos de felicidade que tive na vida. Mas não. Eu não quero ninguém passando a mão na minha cabeça. Eu nunca levei nenhum troco sem razão. Eu não levo uma pancada na cabeça sem lembrar de um motivo do passado que me diga "Ah, é por isso que você está levando essa porrada, lembra? Então cale a boca e agradeça."

Hermione torceu o nariz. Leah abriu as pernas e pôs os cotovelos nos joelhos, olhando pro chão.

- Eu fui má, Hermione. – falou, sem um pingo de emoção ou arrependimento – Eu fui tão cruel quanto Voldemort. Eu era a bruxa mais temida do mundo. Era o pesadelo de qualquer bruxo, povoava o medo mais agudo de qualquer trouxa. Eu não era só má. Eu era cruel. Eu era fria. Eu era indiferente. Fui eu quem destruiu a vida de Lílian, de Tiago. Fui eu quem acabou com a felicidade, com a vida deles. Eu matava, sem pensar quem eram as vítimas. Eu apenas obedecia cegamente ao... Voldemort, sem me importar com o resto. Antes de tudo... eu achava que devia... agradá-lo. E executar seus planos mais cruéis e grandiosos me parecia uma boa maneira de fazer ele ficar satisfeito comigo.

- Porque... – murmurou Hermione, ficando com medo - você mudou de lado, então...?

- Talvez porque eu tenha posto a mão na consciência. Aliás, eu contei com a ajuda de Lílian. Foi ela quem me salvou. Foi ela quem me impediu de estar no lado das trevas e nunca mais ter volta.

A adolescente fez um silêncio que obviamente fazia a pergunta "Então porque a odeia se ela te salvou?" pairar no ar.

- Antes de qualquer coisa, eu tinha um desejo imenso de medir forças com alguém tão poderoso quanto eu. Esse alguém era Lílian. Nós prometemos que a bruxa mais poderosa do mundo seria ou eu, ou ela. Toda aquela guerra acontecia com uma certeza: um dia eu e Lílian iríamos no encontrar, sem ninguém pra interferir. E, quando esse dia chegasse, uma de nós deveria morrer. E foi na noite em que ela imitou minha técnica suprema... aue descobrimos quem era a mais forte. Mas ela não me matou. Ela devia ter feito isso, eu queria que ela fizesse isso, ela me mataria, seria a bruxa mais poderosa do mundo... E eu ficaria para sempre na sombra dela. Lílian Potter, que destruiu Leah, a bruxa das trevas tão temida quanto o Você-Sabe-Quem. A mulher que salvou o mundo. Ela não quis isso. Seria um caminho fácil demais. Ao invés de me matar... ela me fez enxergar. Um sapo que vive num poço não sabe a grandeza do mundo lá fora. Eu era o sapo. E Lílian me tirou do poço. Eu passei a arriscar o pescoço espionando Voldemort... Eu jurei que, como gratidão, protegeria a família de Lílian com todas as forças. Até que uma de nós novamente vencesse a outra. Era nossa promessa. A nova família dela, ela, Tiago e Harry, estariam para sempre sob a minha proteção. Eu faria qualquer coisa para protegê-los, esperando pacientemente a oportunidade de novamente saber quem era mais forte. Mas ela não cumpriu a promessa.

Hermione olhou os lados, como se achasse que houvesse mais alguém ali.

- Lílian morreu sem me dar a oportunidade de lhe mostrar o quão forte eu havia ficado. Ela e Tiago morreram sem me dar tempo de avisar que Pedro era um traidor. Eu não quis guardar o segredo deles porque achei que, sendo quem sou, seria arriscado. Não pude fazer nada. A vida deles escorreu entre meus dedos da mesma forma que o sangue das famílias que matei escorreram no passado. Por minha culpa Harry não tem mais pais. Por culpa do amor de Lílian pelo filho, ela não tem mais vida. E eu nunca entendi isso. Eu achei que nunca teria coração, que nunca teria sentimentos ou emoções boas... Eu achava que a amizade e o carinho que os Marotos me deram durante todo o tempo era algo inútil, sem necessidade. – em seguida Leah ergueu as sobrancelhas, fazendo uma cara muito tonta – Até que eu me casei.

Hermione não deixou de escapar um sorriso, para aliviar a tensão. Leah relaxou no tronco e continuou.

- É... Ele me mandou para um lugar longe de tudo isso, logo após a minha derrota pela Lílian... Ele me mandou pra um lugar onde eu aprenderia tudo que eu não tinha aprendido com Voldemort, ele me mandou para o Brasil. E foi lá onde aprendi a conviver nos dois mundos, bruxo e trouxa, sem problemas. E foi lá também que conheci o Kojiro, com quem estou até hoje... – ela disse essa última frase e olhou pra cima, com uma cara de quem tem certeza de que bateu um recorde. Mas logo em seguida voltou a atenção à Hermione - Eu achei que poderia esquecer de tudo, ter uma vida nova e ser feliz. Eu comecei a viver uma vida diferente, uma vida... feliz. Uma vida que de nada lembrava as atrocidades do meu passado negro. Quando minha filha nasceu, eu realmente acreditei que tudo estava enterrado. Ela era tudo que eu não fui. Era feliz, era livre. Era alegre, tinha um sorriso contagiante e uma energia única. Eu decidi que ela decidiria se viveria como bruxa ou como trouxa. No começo a gente pareceu não se dar muito bem, ela não parecia disposta a ser bruxa como eu... Mas depois... ela quis ser as duas coisas.

Hermione achou estranho, e se ajeitou para escutar.

- Nós morávamos em uma cidade bem no interior do país. Chamada Ouro Preto. Kojiro estava sempre ligado aos parques de diversões, e estava sempre viajando, visitando e dando assistência aos grandes parques. Nossa filha Vitória decidiu estudar em São Paulo, e durante três meses vinha para Ouro Preto ficar comigo e estudar na escola de bruxaria. Era muito ruim ficar longe dela, mas... Eu era feliz assim, e a cada dia desejava que nada mudasse. Mas... Deus não é tão bonzinho assim.

- Que bobagem , Leah... – murmurou Hermione.

- Não, não, é verdade. – disse, apertando as mãos e balançando a cabeça. Hermione notou que estava ficando difícil dela continuar – Deus não é bom. Ele não é mau, mas se você fizer alguma coisa ruim, ele não vai passar a mão na sua cabeça perdoando. Ele vai fazer você pagar, sentir o que você fez o outro sentir. Para se arrepender. E até hoje ele me lembra... que não é hora de começar uma nova vida, que o peso de meus crimes ainda está aqui nas minhas costas, e que vou levá-los até a morte. Ele me fez lembrar disso da pior forma possível.

Hermione engoliu um seco. Estava começando a se sentir desconfortável.

- No Brasil existe um certo domingo em que é comemorado o Dia das Mães. – disse Leah, suspirando – É uma comemoração, muito, muito importante por lá, tanto no mundo trouxa quanto bruxo. Eu estava há cinco meses sem ver a Vitória. Ela estava estudando em São Paulo e fazia um curso de fim de semana. Ela tinha 16 anos, e me ligou no sábado de manhã toda feliz falando que não tinha o curso e que viria passar o dia das mães comigo, e isso foi há um ano e pouco. Ela pegaria o ônibus na rodoviária trouxa mesmo, no começo da tarde. E chegaria de noite. Mas no começo da tarde ela me ligou da rodoviária aos prantos. – Hermione ergueu as sobrancelhas de curiosidade, mas não esperou muito tempo – Disse que o cara tinha passado o horário errado e quando ela chegou, tinha perdido o ônibus por dez minutos, e que o próximo só sairia tarde da noite e chegaria de madrugada. Ela chorava sem parar no orelhão, porque queria ter ido pra casa.

Ela fez uma cara de quem imagina o quanto devia ser ruim. Mas Leah deu um sorriso estranhamente decepcionado.

- Pela primeira vez eu deixei meu coração falar mais alto, e falei pra ela que não chorasse. Eu lembro direitinho. Eu disse: "Não fique assim, Vi. Se você perdeu esse ônibus, era porque não era para você vir nele. Venha no próximo horário, eu vou te buscar, não tem problema algum". E ela embarcou no ônibus da noite.

Hermione dessa vez deu um sorriso, também se imaginado no lugar da filha. E também no lugar de Leah. Mas Leah não continuou. Olhou os lados, olhou o chão. Hermione sentiu alguma coisa errada. Leah respirou profundamente, de olhos fechados, mostrando o quanto era difícil continuar.

- No meio do caminho o motorista cochilou no volante, e o ônibus bateu contra uma carreta. A carreta estava carregada de combustível, e, como era de se esperar, explodiu, engolindo tudo ao redor. Todos os passageiros, incluindo os motoristas, morreram carbonizados.

Um silêncio extremamente pesado e desagradável varreu o lugar. Hermione não tinha o que dizer. A professora ergueu o olhar com um sorriso muito irônico.

- Eu entreguei minha filha pra morte. Por um capricho meu ela morreu da forma mais trágica e dolorosa possível. Deus me fez lembrar que não posso ser feliz. Ele me fez lembrar que todos aquelas feridas que abri ainda não cicatrizaram, e que eu ainda sou punida por tudo que eu fiz. Perder a minha filha foi a maior prova disso. É muito triste crescer sem os pais, é muito ruim perder um pai, uma mãe, um irmão... Mas não existe dor maior do que a dor de perder um filho. Essa cicatriz marca meu corpo muito mais do que as que Lílian me deixou.

Leah se levantou, suspirou e começou a andar novamente. Hermione ainda estava em estado de choque. Tinha sido extremamente difícil escutar tudo aquilo, e, acima de tudo, deveria ter sido extremamente difícil pra Leah dizer tudo aquilo. Ela virou-se para Leah, e falou, gaguejando.

- Porque... me contou isso agora?

- Sei lá. – respondeu sem se virar. – Achei que fosse necessário dizer isso para alguém.

- Leah... Você uma vez me disse que não é vergonhoso ter coração. Que não é vergonhoso ter sentimentos, e que, antes de tudo, não é vergonhoso chorar.

A professora parou. Virou-se para Hermione.

- Acha mesmo que eu quero chorar?... Não. Eu não quero chorar. Eu não posso chorar. Eu não posso chorar porque perder a minha filha foi só mais um tipo de punição que eu recebi por tudo que eu fiz. Eu não tenho o direito de chorar a morte dela.

Hermione ficou muito brava, e fechou os punhos.

- Então quer dizer que se o seu segundo filho, aquele que eu conheci quando fui na sua casa, morrer, você também não vai chorar? Você vai se conformar com a perda de mais um filho, achando que é tudo uma punição para você? A sua filha não tinha nada a ver com o que você fez no passado, ela não veio nesse mundo para morrer e ser tachada apenas como uma conseqüência do que você fez. Ela era inocente, uma menina inocente que só queria visitar a mãe em um dia especial! Porque você era importante pra ela! Ela não morreu por sua causa, ela morreu por causa de uma tragédia! Ninguém tem culpa de nada! Muito menos você! Tenho certeza que ela morreu feliz, porque ela estava voltando porque você pediu! Porque você queira vê-la! Ela escolheu voltar. Você não pode se culpar. Ela podia ter ficado. Não ficou porque ela te amava! Porque ela não estava interessada em saber quem você foi no passado, ela queria te ver apesar de tudo, porque você era a mãe dela! E esse amor você não pode ignorar, esse amor você não pode enterrar.

Leah ficou silenciosamente escutando Hermione, que, a essa altura, chorava.

- Pare com essa neurose de passado e de crime... Viva o presente, Leah, você pode fazer muito mais coisas boas na vida. Você pode continuar cuidando de Harry, sendo minha tutora, sendo professora aqui em Hogwarts, ajudando os alunos e ajudando Sirius e Lupin contra o Voldemort. Não aceite essas dores quieta, se conformando com tudo. Faça de tudo para não cometer os erros de antes... Eu odeio ver alguém como você vivendo desse jeito.

Leah estava definitivamente sem reação. Ficou escutando o sermão sem dizer nada. Até que deu mais um suspiro.

- Alguém já disse que você é muito cabeça dura, Mione?

- ...Já. – murmurou.

- Hum. Então não é nenhuma novidade. Vamos embora, tá frio e eu vou congelar. Amanhã é natal. Hoje você não foi pra Hogsmead com seus amigos porque quis treinar de novo. Veja você se pára de ser neurótica e vá fazer um programinha com seus amigos. Pare de ficar cheia de responsabilidade! Se você continuar assim vai perder o Harry de novo, e não sou eu quem vou te ajudar a correr de novo atrás do prejuízo!

Hermione sentiu a ponta das orelhas queimarem. Limpou o rosto na manga da blusa e correu atrás de Leah.

- Não inverta as posições do sermão, sua... sua... sua intransigente!

- Sou mesmo! – falou Leah.

*

Na ala hospitalar, Gina continuava fazendo companhia a Not. Mesmo com o mínimo de contato que teve com o garoto, ela ficava horas e horas lá, conversando com ele, falando de coisas muito idiotas e inúteis na maior parte do tempo. O garoto permanecia imóvel, em sono profundo e a cabeça enfaixada. Muitas vezes Madame Pomfrey tinha que mandar a menina embora, ou ela ficava a noite inteira ali. Sentia até pena dela, e não tinha coragem de contar a ela que ele, provavelmente, não acordaria. Era questão de tempo. Ele poderia morrer em um dia, uma semana, um mês, dez anos. Teve até uma vez em que Gina dormiu na ala hospitalar, ao lado de Not. Rony ficou possesso porque ela quase perdeu a visita à Hogsmead.

- Amanhã é natal. – suspirou Gina, segurando a mão de Not. – E no fim do ano vai ter a premiação dos melhores jogadores... Um de nós vai ganhar. E eu... ficaria feliz se você pudesse estar lá. Mas eu te prometo que, se eu ganhar a medalha, eu vou dá-la a você. Você a merece muito mais do que eu.

Gina ficou uns instantes olhando Not e sentiu os olhos se encherem de água.

- Tsc... – resmungou, passando a mão nos olhos – Não adianta... Você não vai me escutar. Você sequer sabe que eu estou aqui. Dizem que talvez você não acorde mais, mas... eu queria muito que fosse mentira. De verdade. Nós não tivemos muito tempo pra nos conhecermos de verdade... mas... eu sinto sua falta... E eu queria ser... sua amiga.

- Senhorita Weasley? – chamou Madame Pomfrey. - Hora de voltar para seu dormitório.

- Já vou...

Gina se levantou, e, discretamente, deu um beijo nos dedos e deu tchau para Not, indo embora.

- Feliz Natal. – murmurou.

Gina saiu da ala hospitalar e pouco depois Madame Pomfrey começou a arrumar os leitos e verificar os 'internados', e após terminada a faxina, foi até onde Not estava, e se aproximou para trocar o soro. E levou um grande susto.

*

Amanheceu em Hogwarts. Um natal como sempre, branco e muito frio. Harry desceu correndo para ver os presentes. E foi um dos últimos a se levantar.

- Hey, Potter! – disse Rony, sorrindo de orelha a orelha – Esse ano Papai Noel está generoso!!!! Você não tem noção do que foi que eu... Hermione!

Harry virou-se na hora. Hermione vinha toda sorridente do buraco da Mulher Gorda.

- Como foi que você arranjou a senha?! – perguntou Rony.

- Cruzei com a Gina no caminho. Mas bico calado, heim, meninos? – pediu, pondo o dedo na boca. – Já abriram meus presentes? Gostaram???

- Sei eu gostei? – murmurou Rony, com a voz fina.

- Não gastei um tostão nesse ano! Rá-ra! – riu, orgulhosa.

Harry virou-se para seus presentes. Ele deu de cara com um grande embrulho, que ele sabia o que era e ficou em estado de choque.

- Não... – gaguejou, maravilhado. – Você não fez isso, Mione. Você não seria capaz de...

Ele pegou o presente e abriu. Sim, era o que ele imaginava, mas não podia nem sequer ter sonhado. Era a Ocean Wind.

- Contei com a ajuda do Krum e da Leah, é claro. – disse, super orgulhosa – Nada como ter amizades influentes...

- É o melhor presente da minha vida! – vibrou Harry, encantado. Ele agarrou Hermione com um dos braços e lhe deu um beijo. Rony também estava super feliz.

- Você tem noção do que essa menina descolou pra mim? – perguntou Rony – Ela conseguiu com Krum... tudo o que você pode imaginar do Chuddley Cannons! O uniforme dos jogos, a jaqueta e o uniforme que eles usam nas viagens. Só falta a convocação! – dizia, radiante.

Hermione estava realmente orgulhosa de si mesma.

- E eu nem gastei meio galeão nessas preciosidades! Hum... Acho que já disse isso...

- Ok, Ok, vamos descer pro café? – perguntou Rony. Harry fez que sim com a cabeça e correu para o dormitório se vestir.

O café transcorreu calmamente. O correio coruja quase de férias, só entregando lembrancinhas para os alunos que ficaram. Até, que, no meio do café, os alunos tiveram uma surpresa. De onde vinham as corujas veio um pássaro, fazendo o papel de um correio coruja. Mas não era uma coruja. Era um pássaro muito grande, muito colorido. Azul, vermelho e amarelo . Voou pelo salão como se procurasse o destinatário. Leah o olhou espantada e cutucou Sirius, que imediatamente também estranhou.

- Uma... arara? – murmurou Black – Aquilo é uma arara! Quem mandaria uma carta por uma arara?

- Eu... Conheço aquela arara. – disse Leah, estreitando o olhar. Até que ela deu um soco na palma da mão, e virou-se para Sirius – É uma das araras... do Castelo dos Bandeirantes...

- É... mesmo. – sussurrou Sirius.

A ave pareceu achar quem era. Da Grifinória, onde sobrevoava, ela voou direto para a Sonserina... E parou na frente de Hermione. Quase atropelou Draco, que teve de enfiar a cabeça embaixo da mesa e resmungou de má vontade:

- Deve ser pra você...

- Ahm... – Hermione estava da cor do cabelo de Rony, super sem graça. Era obvio, aquela arara chamava a atenção, a sorte é que havia pouca gente no salão. Ela prontificou-se a tirar um envelope da ave. Um envelope grosso, muito bonito, verde musgo, que parecia ser de papel reciclado por causa dos pedacinhos que tinha no meio da folha. Um envelope verde escuro e muito parecido com as cartas de Hogwarts. Ela virou o envelope e viu que ele estava lacrado com um carimbo como o de Hogwarts, mas um brasão diferente. E, embaixo dele, com tinta vermelha, via-se duas inicias muito grandes e brilhantes: AK. E isso a deixou mais sem graça ainda – Ah, meu Deus...

Nisso a arara ergueu a cabeça e voou para mesa dos professores. Parou na frente de Leah muito feliz, fazendo barulho e abrindo as asas. Leah sem o mínimo de delicadeza empurrou o bicho pro lado.

- Sai pra lá, mulé. Você não traz cartinha pra mim e ainda quer que eu te agrade?

A ave não ligou, agachou-se e passou a bater o bico na mesa. Sirius ficou feliz em vê-la e lhe coçou a cabeça.

- Oi, garota! Há quanto tempo! Como vão as coisas? Quer uma tortinha de abóbora? Não... Vou ficar te devendo semente de girassol... Banana? Nem em sonho!

Leah olhou Sirius com cara de "você está fazendo papel de idiota falando com esse bicho". A essa altura Hermione já tinha lido a carta e tentava fugir do curioso olhar de Rony e Harry.

No fim do café a arara insistiu em ficar agarrada em Leah. Ela, então, lhe ofereceu o pulso e ela ficou pousada como um gavião. Sirius não escondia a vontade de ficar com ela no ombro, e Hagrid não via a hora de conversar a respeito da exuberante ave.

*

Gina chegou correndo na ala hospitalar a poucos minutos antes do almoço.

- Ah, Not, me desculpe. – disse, chegando próxima à cama dele – Eu tive de terminar de arrumar minhas coisas e... Not...?

A cama do garoto estava vazia. Arrumadinha da silva. Nem sinal dele. Gina olhou dos lados.

- Not, o quê...? Você não...

Antes que ela fizesse qualquer coisa, Gina notou uma caixinha na mesinha. Muito relutante, ela se aproximou, olhando dos lados. Era uma caixinha de presente branca com um lindo laço azul, da cor do espetado cabelo de Not. E um bilhetinho. Endereçado para ela.

No primeiro momento ela não quis abrir. Estava com medo. E se fosse uma lembrança da família? Sei lá, vai que o menino morreu na madrugada, já tinham levado ele embora e deixado aquele agradecimento? Mas a mãe dele era da Sonserina, e provavelmente não admitiria que uma grifinória, ainda mais uma Weasley amante de trouxas se aproximasse do filho. Mas a curiosidade a venceu, e ela pôs os dedos nos lados do presente, para ler o bilhete.

- É para você, senhorita Weasley. – Gina deu um salto. Era Madame Pomfrey, muito sorridente, e visivelmente emocionada.- Pode abrir.

Gina primeiro pegou o embrulho, sentou-se na cama e abriu o bilhete.

"Muito obrigado por ter feito companhia pra mim por tanto tempo. Eu estava em um caminho sem retorno, e foi você quem me guiou de volta. Valeu. Isso é pra você. Feliz Natal, Not".

Ela ficou boquiaberta. Madame Pomfrey levou as mãos na boca, com os olhos brilhando.

- Não é... maravilhoso? – perguntou – É quase... um milagre.

Gina abriu o pacote, desfazendo o laço. Dentro da caixinha havia algo que ela nunca poderia imaginar ter. Era uma corrente, mas não uma corrente qualquer. Uma corrente prateada, cravejada com duas finas fileiras de pedras muito bonitas, transparentes e brilhantes, e com um pingente também do mesmo jeito, em forma de amuleto bruxo de proteção, um pentagrama. A corrente "descansava" em uma almofadinha de veludo preto.

- Meu Deus... – murmurou Gina – É... maravilhosa...

- Não é linda? – dizia a enfermeira – Achei tão delicado da parte deles...

- Deles?

- Sim... Not acordou, lúcido. Sem nenhum sinal daquele terrível acidente. A família dele veio aqui na madrugada... Antes que eles fossem embora e o levassem, ele pediu que deixasse isso com você.

- Então... ele... está bem? De verdade?

- Melhor do que nós duas juntas. – sorriu Madame Pomfrey.

Gina abriu um largo sorriso. As duas ainda conversaram um bom tempo, até que Gina pôs a caixinha embaixo do braço e foi saindo da enfermaria. Ela ainda parou nos degraus antes de sair, ainda falando com Madame Pomfrey.

- Você foi fundamental para a recuperação dele, Gina Weasley. – disse a enfermeira – Se você não tivesse ficado com ele e conversado tanto... ele não teria voltado a si. Tenho certeza de que ele teria um final muito triste.

- Eu não fiz nada, Madame Pomfrey. Eu só...

- Ah, finalmente te encontrei! – disse alguém atrás de Gina. Ela virou-se ficou estática no lugar. Era Not, muito sorridente, chegando na porta da enfermaria. - Estive te procurando em Hogwarts inteira... Gostou do presente?

Gina ficou plantada no exato lugar, com os olhos pregados em Not e sem nenhuma reação. Ele também ficou muito sem graça ao ver o espanto dela e coçou a nuca.

- Ahm... Bem... Eu só queria...

- É linda! – disse Gina, de supetão. Not fez um "hum" e Gina balançou a cabeça. – Eu disse... É o presente mais lindo que já ganhei, Not. Juro! Mas... eu fico sem jeito. Deve ter sido muito...cara.

A família de Not com certeza era bem rica. Ele viva com roupas impecáveis, todo engomadinho. E, de mais a mais, manter o cabelo espetado e azul não devia ser barato. Para quem cresceu pobre, Gina até esquecia que seu pai era importante no Ministério e agora eles tinham tanto dinheiro que nem sabiam onde gastar primeiro, ainda achava tudo muito caro e muito difícil de se conseguir. Not sorriu.

- Essa corrente era da minha avó trouxa. Ela me disse que eu deveria dar ela a alguém... que um dia se mostrasse... especial. Acho justo que você... fique com ela. – Gina começou a sentir o rosto esquentar de vergonha, mas ele pareceu não notar, e apontou o pescoço de Gina – Posso?

- Ah! – exclamou Gina. – Claro! Claro!

Gina entregou a caixinha para Not, e virou-se, tirando o cabelo da nuca. Ele pegou a corrente e a colocou em seu pescoço. Em seguida ela virou-se de novo, olhando a corrente em seu pescoço.

- Você ficou linda. – disse Not.

- Obrigada... – agradeceu, querendo enfiar a cabeça num buraco de vergonha.

*

- Muito bem, muito bem, muito bem. – dizia Leah, sentada na mesa da sala do Clube dos Duelos. A arara do lado, e volta e meia Leah tinha de dar um tapa pra tirar o bicho da frente. Lupin, Snape e Sirius estavam ao seu redor, enquanto Harry, Rony, Gina, Draco e Hermione estavam na frente, esperando uma decisão. – Então. Estamos muito bem, obrigado... Um Templo Sagrado no deserto do Saara. Outro... no Brasil. Tantos anos por lá e eu nunca tinha notado, que estúpida. – murmurou ao terminar de falar 'Brasil', passando as mãos nos olhos – Bom, também... nunca perguntei sobre isso.

- Bom... – disse Sirius, de braços cruzados – Estamos até bem adiantados, você e Lupin mexeram os pauzinhos legal. E me admira até Hermione ter influencia nesse negócio.

Os alunos olharam Hermione, que ficou visivelmente constrangida.

- Vamos logo decidir pra onde vai cada um de nós. – disse Lupin – Em no máximo uma semana estamos zarpando daqui em busca disso. E vocês – apontou para os alunos – com a gente. Agora são Aurores Supremos e Cavaleiros do Apocalipse. Têm condições de vir conosco sem problemas. A maior prova disso foi nosso fim de semana em Azkaban.

Os alunos se mexeram ansiosos. Leah se recostou na cadeira, ainda passando a mão nos olhos.

- Hum... Certo. Vocês então vão para o Egito...

- Peraí! – protestou Sirius – Eu não vou pro Egito! Eu quero ir para o Brasil!

- Não me venha com essa, Sirius. – resmungou – Você desde o início falou, "Ai, eu vou pro deserto com Lupin e os outros". Agora não me enche o saco. Azar o seu se quer ir pro Brasil. Não tenho nada que ver com isso. Ai, ai... O que o André disse na carta, Hermione?.

Hermione ficou completamente sem graça na hora de responder, muito mais do que quando ela falou de Krum perto de Harry e Rony no Baile de Inverno do quarto ano.

- Ham... Bem... Ele disse que... espera a gente...

- Ah, que ótimo. – falou Leah, contente, e sem notar a vergonha da aluna. – Ele é mesmo um doce de menino. Ele por acaso mandou as passagens de avião?

- Mandou... Três... de avião trouxa.

- Mas é isso mesmo. Nós vamos de avião, como trouxas. Vai ser legal. Vai dar tempo de você conhecer bastante lugar.

- Eu, Sirius e Snape – disse Lupin, fazendo as contas – vamos para o Egito... Gostaria de levar Gina. Algum problema?

Gina balançou a cabeça. Ficou muito feliz em ser escolhida. Lupin sorriu.

- "timo você vai nos ajudar muito, Gina.

- Se você escolhe um aluno, eu também escolho. – murmurou Snape – Quero que Malfoy vá conosco.

- Tudo bem. – disse Lupin.

Gina fez careta. Draco empinou o nariz. Rony protestou.

- Não, não, não! Não vou deixar minha irmã sozinha com esse nojento asqueroso! Eu quero ir também! E, de mais a mais, aproveito pra visitar meu irmão.

- Tudo bem. – riu Sirius – Então vocês todos vêm conosco, Harry, Rony, Gina, Draco... Leah... Então você e Hermione vão para o Brasil. Lá vocês encontram com os...

- Hey, Hermione vai sozinha? – perguntou Rony.

Hermione olhou Rony querendo saber o porquê do comentário.

- Ela não pode ir sozinha para lá, quem vai cuidar dela?

- Garanto que ela estará muito bem acompanhada, senhor Weasley. – murmurou Leah, ainda esfregando os olhos de cansaço, sem notar o estado em que a menina ficou ao escutar o comentário da professora.

- O Harry vai. - disse Rony, olhando automaticamente para Harry, que ergueu as sobrancelhas.

- Eu?

- O Harry? – perguntou Hermione.

- Claro, Harry. Você. Você vai pro Brasil e cuida da Mione. Faz companhia pra ela.

- Ahm... – murmurou Harry, meio sem jeito – mas... Fazer companhia pra ela?... Eu?

- É. Ele? – disse Hermione, quase desesperada, ao seu lado.

- Ué? – resmungou Leah, olhando os dois – Alguma objeção?

- Não! – Disseram os dois ao mesmo tempo.

- Então tá. – continuou Leah – Harry e Hermione vão vir comigo pro Brasil. E vocês tratem de se comportar lá pros cantos do deserto.

- Comportar? – riu Rony – O que a gente vai achar de interessante no meio do deserto?

- Rá, Weasley... – riu Lupin – Nada de desdenhar. As areias do deserto escondem surpresas e tesouros que nossa vã filosofia sonha...

- Ok, tudo certo, vamos treinar. – disse Leah, se levantando. Os alunos foram se vestir, e os professores se aprontar.

Foi um treino de duas horas. Os alunos treinando com os professores apenas golpes básicos. Golpes combinados, especiais, como eram chamados. Teia, cimitarra, cutelo, tornado, águia... Golpes que mais pareciam passos ensaiados, que não exigiam nada de especial de magia, mas que eram bastante eficazes. No fim do treino, Leah pediu um duelo em especial.

- Gostaria de dar uma canseira em Hermione, para ver se ela está bem de físico.

Hermione, que estava na frente de Harry, treinando com ele, gemeu. Harry riu.

- Pra mim ela está ótima fisicamente. – riu Sirius.

- Mione, pra cá. – disse Leah.

Hermione, muito contra a vontade, foi para uma das pontas do tablado. Por ordem de Leah, retirou o cinturão da espada, ficando só com a roupa preta de Cavaleiro do Apocalipse. Leah disse que queria ver se ela estava rápida o suficiente para só esquivar, sem ter nada, sem ter espada, sem ter varinha.

- Agora... – disse Leah – Quero que vocês, Sirius, Lupin e Snape, a ataquem.

Os professores se olharam e riram.

- Não estou brincando, gente. É sério! Ataquem ela, por favor!

- Leah, por favor... – riu Sirius – Um de nós pode treinar Hermione. Mas nós três ao mesmo tempo... Coitada da menina.

- Pare de se gabar, mulher. – rosnou Snape, com raiva.

- Vocês não acreditam nela, né? – disse Leah, com um sorrisinho na boca. – Muito bem, fiquem os três juntos aí, então. Vejam só isso.

Snape, Sirius e Lupin, com má vontade, se juntaram no tablado, enquanto Hermione se 'aquecia' e esticava os músculos, por ordem de Leah, mesmo achando que aquilo não ia dar em nada.

- Essa mulher vai aprontar alguma. – gemeu Rony. – Ela é deliciosamente sádica...

Harry riu. Hermione se aprontou na ponta do tablado. Nessa hora Leah ficou no meio dele, olhando os três.

- Estão prontos? – perguntou a professora. – Olhem só isso.

Ela retirou a varinha e apontou para os três, e antes que eles piscassem, ela ordenou:

- Imperius. – um feixe de luz saiu da varinha e atingiu os três professores ao mesmo tempo. Uma série de estrelas se espalhou e eles sacudiram a cabeça. Quando abriram os olhos os alunos notaram que estavam amarelos e brilhantes. Leah pareceu ficar animada.

- Professora... – murmurou Hermione. – O quê a senhora...

Leah abriu um malvado sorriso e apontou-a com o polegar.

- Vocês três, estão me escutando? Muito bem. Dois minutos. Vocês têm dois minutos para matar aquela bruxa e colocar a cabeça dela decapitada em meus pés.

Sirius, Lupin e Snape olharam Hermione com os olharem brilhantes, os dentes cerrados como cachorros prontos para o ataque e as espadas em punho. Hermione deu um passo para trás e resmungou:

- Oh-ow... Acho que estou com problemas...

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*N.A 2*: Eu falei que era legal! Quer dizer... pelo menos o começo dele. Faltam 2 capítulos pro fim da Quadribol. Daqui pra frente a festa é dos que torcem pro inusitado shipper Gina e Not....