*N.A 1*= Último capítulo da fase Quadribol!!!!!!! Muito bem.... vamos em frente... depois a gente se 'despede' decentemente! ^ ^

--Capítulo 29--

Gina e Not

Hagrid teve de erguer os galões de repelentes contra lesmas carnívoras e girar no meio do corredor para evitar a trombada com Gina e Not, que corriam feitos loucos pelo corredor.

- Deviam manter o pensamento dentro da grade horária enquanto estiverem... juntos, garotos! – gritou. Gina olhou pra trás, diminuindo a marcha e balançando vários papéis que estavam em sua mão.

- Estávamos na biblioteca, Hagrid! – disse, sorrindo – Na biblioteca!

- Olha a hora, mulé! – berrou Not, no fim do corredor.

A prof. Sibila andava como uma assombração pela sala na aula do 6° ano. Parou no centro da sala e disse com voz macabra:

- Meus alunos... algo de muito grande e sério está para acontecer.

Nisso a porta se abriu fazendo um grande estrondo. Nela, viam-se as cabeças de Gina e Not, atrasados. Os alunos e a professora os olharam em silêncio.

- Foi ela. – disse Not, apontando Gina.

- Cale a boca. –resmungou Gina, dando uma cotovelada nele e subindo para a sala. - Desculpe, professora, nós...

- Eu sei. – murmurou – Não me importam seus atrasos, pois sei que eles ocorreriam...

- Hum... Tá, então.

Os dois se separaram, indo cada um para uma mesa da respectiva casa. Ela junto de Colin e outros grifinórios, ele, junto de uma turminha de amigos que também adoravam um cabelo colorido e espetado.

- Ela viu alguma coisa de interessante hoje? – perguntou Not.

- A morte. – resmungou um colega, desanimado.

- Ah, o de sempre...

- Hoje iremos exercitar profundamente nossa visão interior... - começou a professora.

- Minha visão interior anda embaçada. – resmungou Colin – Tem oculista pra isso? Preciso usar óculos no meu olho interior...

- Se você não calar a boca eu vou te dizer já, já em qual olho você tem que usar esses óculos... – resmungou uma colega que queria prestar atenção.

- Mas antes... – continuou a professora - Quem terminou de fazer os mapas astrais de afinidade cósmica?

Alguns alunos ergueram os mapas.

- Afinidade cósmica?... Poderíamos traduzir para leigos: "aquela com quem você tem mais chance de dar uma". – sussurrou um dos sonserinos, fazendo eles rirem. Um outro levantou os olhos para Not.

- E o teu mapa, como tá?

- Tsc, como sempre, – gabou-se Not, fingindo-se de garanhão – cheio de menininhas na minha fila. Nem sei por onde começo.

- Isso é injusto – resmungou um gordinho de nariz de batata e cabelo espetado verde e lilás – você tem esse cabelo imbecil e faz o maior sucesso, Not.

- Grande coisa, você tem o cabelo verde e roxo! – riu Not – Bem... é o preço da fama. Um cara boa pinta, charmoso, ótimo jogador de quadribol, disponível... modéstia á parte, sou mesmo um partidão.

Os colegas de Not adoravam vê-lo se gabar do relativo sucesso que ele fazia entre as menininhas chatas da Sonserina. Ele, no entanto, detestava isso, sempre foi muito tímido, quieto, e fazia cara de poucos amigos pra todo mundo. Mas com sua habilidade mostrada pra escola inteira no campeonato de quadribol, ele tinha que aturar essa fama e o único jeito de encarar o fato era levando tudo na brincadeira.

Nisso uma menina loira, de olhos muito azuis, a pele muito lisinha, que parecia muito uma veela, virou-se para Not, lhe mostrando o mapa e dizendo com uma cara de metida que dava nojo:

- Not... sabia que eu acho que o meu mapa está indicando você como um cara... ahm... ideal pra mim? Sabe... eu nunca tive muitas dúvidas disso, você sabe, nossas famílias são tão tradicionais, somos tão... diferentes dos outros...

Ele puxou o mapa da garota e o olhou. Virou de lado, de ponta cabeça, até do avesso. E voltou a entregar o mapa para a garota tentando ser discreto e sarcástico, mas, ao mesmo tempo, não ser grosso.

- Ih, Sue... sinto muito, mas acho que você tava lendo ele de cabeça pra baixo...

Enquanto a menina ficava com uma cara muito azeda, alguns colegas abafaram risadinhas. Quando a gozação terminou um dos colegas de Not estava inconformado:

- Você tem algum problema, Not? A Suzy Sue é... perfeita! E ela te dá o maior mole! Como é que você esnoba a menina nessa cara dura?

- Hum... não é meu... tipo? – murmurou Not, tentando encontrar a palavra certa. Sim, ela não era seu "tipo"...

- Cara, os balaços que bateram na sua cabeça tiraram alguma coisa aí dentro do lugar...

- Bom... Talvez... – sussurrou Not com um discreto sorriso, desviando o olhar para a parede para não olhar o lado da Grifinória e sentir a porcaria das suas orelhas ficarem vermelhas, como sempre ficavam quando estava ansioso ou envergonhado.

- Vocês... quietos. – resmungou a professora, que estava distribuindo velas, incensos e outros balangandãs nas mesas. Arrumou tudinho, naquela sala mal iluminada e quente.

- Que negócio fedido. – resmungou Colin.

- Isso tá me deixando zonza, – resmungou Gina – esse perfume é forte, aqui é quente pra caramba...

- Vai ver que serve pra abrir o olho da mente na marra. A gente fica doido, viaja e ela diz que foi premonição.

Sibila pôs uma grande poltrona cor de vinho no centro da sala, em cima de um tapete estranho e muito colorido. Ao lado da poltrona, duas mesinhas com os incensos, velas e amuletos.

- Quero uma demonstração – disse a professora – quem se sentar aqui mostrará suas visões para todos nós vermos. Algum voluntário? - algumas menininhas – a loira inclusive – levantaram as mãos. A professora fechou os olhos e pôs os dedos longos na testa – Hum...vejamos... os astros indicam...

- Ih, lá vem... – riu Colin.

- Ela não tem desconfiômetro? – murmurou Gina.

-...Virgínia Weasley. – disse a professora.

- Quem? Eu?- gemeu Gina.

- Por favor, queira se sentar...

Gina agradeceu a todos os Deuses pela sala estar à meia-luz porque ela ficou tão vermelha quanto uma cereja.

- Mas... professora... eu...

- Você é uma de minhas melhores alunas. Tenha a bondade...

Gina, muito sem graça, foi se sentar na poltrona, com todo mundo a olhando.

- Coitada... – cochichou um dos grifinórios – Ela só aprendeu as manhas da aula da Sibila com Harry e Rony: "Aconteça o que acontecer, você só vai se ferrar..."

A mesa onde Gina estava riu baixinho. Ao se sentar, a poltrona se reclinou e ela quase deitou. Ficou ainda mais ofendida com aquilo tudo ao olhar rapidamente para o lado sonserino e ver Not segurando a risada.

- Panaca. – pensou Gina, fechando os olhos assim que a professora pôs a mão em sua cabeça.

- Por favor, Srta. Weasley... relaxe, concentre-se.

- Ei... – sussurrou um dos colegas de Not, para seus amigos – Essa Weasley até que é bem jeitosinha pra uma... AAAAAAAAAHHHHHH! -BRACK!

A professora e os outros alunos olharam assustados. Da mesinha de Not um de seus colegas desapareceu. Os outros riam sem parar, enquanto Not continuava com cara de bobo inocente, os cotovelos na mesa apoiando o rosto. O colega apareceu, se erguendo do chão, pondo o banquinho no lugar, e gemendo de dor.

- Não se preocupe, professora, – disse Not, muito calmo – foi só o olho interior dele que chutou o banquinho pro canto. Que traidor...

- Sem gracinhas, Sr. Lestrenge. – murmurou a professora – Concentração, não atrapalhe a sua colega.

Enquanto o seu colega se sentava de novo, Not se arrumava no lugar, cruzando os braços. A professora voltou a massagear os lados da cabeça de Gina, que fechou de novo os olhos.

- Isso... – sussurrava a professora – relaxe... feche os olhos... respire...

Gina começou a se sentir sonolenta, mole, zonza... Aquele maldito perfume a entorpecia. Em pouco tempo as sensações ao seu redor desapareceram, ela não via, não escutava, nem sentia nada.

A professora se afastou e todos ficaram olhando. Gina deu um longo suspiro e tombou a cabeça, como se entrasse em sono profundo. Em pouco tempo alguns vultos começaram a sair dela, indo para o tapete. Era como seu corpo estivesse projetando algumas cenas logo a sua frente, que se dissolviam como nuvens. A professora pareceu adorar. Not ergue as sobrancelhas, mas deitou o queixo na mesa, em cima dos braços, e ficou esperando.
Os vultos em pouco tempo mostravam o que se passava na mente de Gina. Um turbilhão cinza-grafite invadiu sua mente, e ela se viu no meio de um deserto, à noite, numa tempestade de areia. Cavaleiros de negro cavalgavam bravamente em seus cavalos, as espadas erguidas, dando gritos de guerra e passando por ela ferozmente, sem vê-la. Em seguida a imagem desapareceu e ela se viu dentro de um templo antigo, uma câmara fechada e escura, cheia de desenhos egípcios nas paredes, como os que seu irmão estudava. No centro do lugar haviam duas espadas fincadas no chão. Duas espadas velhas, enferrujadas. Ela foi se aproximar, mas a cena mudou e ela se viu entre vários comensais da morte. Ela se sentiu angustiada. Uma batalha entre eles começou.

Os alunos estavam hipnotizados com as cenas. Menos Not e os colegas de Gina, que estavam apreensivos, vendo que ela se debatia, desesperada, suando e com cara de choro, como se quisesse sair de tudo aquilo. Um dos vultos que deixava o cabelo ruivo escapar da máscara puxou debaixo da capa uma espada, e, com um rápido movimento, a fez passar pelo pescoço de um dos que estava em sua frente, decapitando-o. Gina cerrou os dentes e se agarrou na poltrona; a cabeça decepada bateu no chão e desapareceu com toda a cena, e poucos notaram os fios de cabelo azul da vitima, porque Gina deu um pulo da cadeira, 'voltando à realidade'.

- Meu Deus! – berrou Gina ao saltar da poltrona, ofegante. Ao ver que estava de volta, ela se pôs de pé de uma vez, fazendo as lágrimas escorrerem junto do suor. – O que foi que...

- Maravilhoso! – exclamou a Professora.

- Professora, eu... – Gina não terminou. Ao virar-se sua vista se encheu de estrelinhas e escureceu. Suas pernas bambearam e ela não conseguiu ficar de pé.

Colin se ergueu da mesa junto dos colegas para correr até ela, mas Gina, ao invéz de cair de cara no chão, foi amortecida pelos braços de Not, que estava mais perto e chegou antes. Not agachou-se no chão com ela nos braços, e a chamou com voz baixa:

- Gina!... Tudo bem?... Gina!

Ela abriu os olhos, ainda mole, chorando, como se ainda estivesse no meio do pesadelo.

- Not, eu... – sussurrou, rouca – Horrível...

Ele pôs a mão no seu rosto e viu que, apesar de suar muito, ela estava gelada.

- Garoto! – esbravejou a Professora – Não vê que ela está no auge da... O que pensa que está fazendo?

Not não deu atenção à professora, ergueu Gina no colo e se levantou.

- Vou levá-la para a Ala Hospitalar.

- Vai... o quê? Es... Espere aí, garoto! Volte já aqui!

- Não tá vendo que ela tá mal? – disse Not, erguendo o tom de voz, com Gina desacordada em seus braços – Sua irresponsável! Eu não vou deixa-la aqui assim!

- Seu... seu insolente! Você é meu pior aluno! Não se atreva a sair por esta porta, ou... volte aqui! Você já está de detenção comigo, garoto!!!

Not já descia as escadas, levando Gina. Gritou lá debaixo em alto e bom som:

- Faça o que quiser, seu... seu grilo falante maluco!

*

Na enfermaria, Madame Pomfrey passava um pano no rosto de Gina, tirando o suor.

- Como ela está, Madame Pomfrey? – perguntou Not, agarrado na mão de Gina, sentado ao seu lado. – Ela parecia... mal...

- Não se preocupe, - disse a enfermeira – ela só está exausta. É só descansar um pouco. – ela pegou um galhinho seco, pequeno, e o quebrou. De dentro dele saiu um vapor amarelo muito brilhante, que a professora passou próximo do nariz de Gina. Ao respirar aquela fumaça ela instantaneamente recobrou os sentidos, devagar, olhando ao redor para saber onde estava.

- Está melhor? – perguntou Madame Pomfrey, baixinho. Ela balançou a cabeça afirmando. A enfermeira continuou – Seu amigo Not a trouxe. Ah olhe! Seus outros colegas aí.

- E aí? – perguntou Colin, ansioso.

- Estou bem... – murmurou – Mas... foi terrível...

- Não se preocupe, estamos aqui... – disse uma das colegas.

Not olhou dos lados e se sentiu muito incomodado, estava sozinho e rodeado por grifinórios. Ergueu-se e falou:

- Ahm... Bem, vou indo. Fique com seus amigos...

Not escapuliu do olhar dos colegas dela e se afastou. Mas Gina não largou de sua mão e ele sentiu um solavanco.

- Hum?...

- Por favor... fique. – pediu Gina, ainda agarrada em sua mão e com os olhos brilhando - Por favor...

- Quer... que... que eu fique? – perguntou Not, surpreso – M... Mas...

- Você não... pode?...

- N... Não! Claro, claro que posso... – disse rapidamente, sentando-se ao seu lado. – Eu fico... o quanto você quiser.
Madame Pomfrey sorriu:

- Bom... eu digo que precisei de um... auxiliar, "Senhor Not".

*

- Ah, tinha que ser, claro. – resmungou Rony, do lado da irmã. – Tinha que ser aquela doida da Sibila!

- Já passou, Rony... – disse Gina – Só fiquei aqui essa noite porque a Madame Pomfrey me pediu...

- O que a professora usou para aguçar aquela 'visão' poderia deixar algum vestígio. – reclamou a enfermeira, impaciente – Fiquei com medo de que ela tivesse mais pesadelos. Ela já pode ir. Tome um bom café.

Nisso Not entrou, e travou ao dar e cara com Rony, de pé, ao lado da irmã.

- Ahm... você já está boa? – perguntou gaguejando – Saiu da cama, que bom...

- Pf... – riu Rony, ajudando a abotoar a capa de Gina, que já estava de uniforme, e fora da cama – Eu sei que você passou a noite aqui com a minha irmã, azulzinho.

- Ahm... Ahm? – gaguejou de novo, dessa vez sentindo as orelhas esquentarem e ficarem vermelhas de vergonha. Gina sorriu e Rony, fingindo seriedade, cruzou os braços.

- Relaxe, garoto. Você... é um bom rapaz. Que bom que cuida da minha irmãzinha.
Madame Pomfrey riu:

- Cuida melhor que você, Weasley.

- Também não precisa acabar com minha moral... – em seguida Rony olhou Gina – Bom... não esqueça de arrumar hoje suas coisas. Despache até a noite, vamos embora amanhã.

- Tudo bem... 'maninho'. – disse Gina.

- Ok. Vou indo. Fique com Not. Ele cuida de você melhor que eu. Tô atrasado.

Rony deu um beijo na irmã e foi saindo. Passou do lado de Not e ergueu uma sobrancelha.

- Tô de olho em você, moleque. – e piscou um olho para Gina. – Até.

*

Harry e Rony juntavam as coisas na sala da Grifinória, de noite.

- Ué? – perguntou Harry – Cadê a Gina? Ainda não veio do jantar?

- Não. - disse Rony, trazendo as malas dela – Eu avisei, mas você sabe... ela com aquele namoradinho dela...

- Namoradinho?... – perguntou Harry, sorrindo surpreso.

- Ah, ainda não, mas... você sabe. Azar o deles, que não desencalham.

- Engraçado como você acostumou com ele, não?

- Ahm... apesar de sonserino acredito que ele seja um bom rapaz. E de mais a mais vai ser meu subordinado quando entrarmos no Chuddley Cannons.

- Ah, sei... tinha que ter um bom motivo por trás disso...

- Hum... falta a gaiola do Pichitinho...

*

Gina e Not subiam as escadas tranqüilamente, de braço dado por causa do friozinho. Ao chegar no andar da Grifinória, Not encostou-se à beira do corredor, no parapeito perto da escada. Gina respirou profundamente e passou a mão no cabelo, colocando ele pra trás da orelha.

- Está entregue. – disse Not, olhando para o lado, no corredor que levava até a Mulher Gorda.

Eles ficaram um tempo em silêncio.

- Not... - começou Gina – me desculpe... a preocupação que fiz você passar.

- Como? Ah, que é isso... aquela professora é uma doida. Liga não. Mas, o que te deixou daquele jeito? Nós vimos... tantas coisas..

Gina de repente parou e ficou olhando Not com muito medo.

- Foram... imagens... horríveis... – a voz dela estremeceu – Eu... eu vi muita gente... morrendo... se machucando... era... tão real...

Not ficou completamente desesperado e sem saber o que fazer, ao ver os olhos de Gina se encherem de água.

- Foi assustador... e eu...não pude fazer nada...

- Ah, não fique assim... – disse Not, coçando a cabeça.

- Mas... é que – sussurrou Gina, passando as mãos nos olhos – eu também... vi você.

- Eu? – perguntou Not, espantado.

- Eu... fiquei com muito medo, Not...

Antes que ela voltasse a chorar Not a puxou, abraçando-a com força. Ele lhe deu um beijo no lado da cabeça e passava a mão no seu cabelo, tentando passar segurança e algum conforto.

- Não se preocupe, Gina, está tudo bem agora...

- Fiquei com medo... porque você se machucou... e eu... não quero que nada de mal lhe aconteça...

Ela se aninhou mais nos braços dele, abraçando sua cintura, sentindo seu perfume frio e cítrico, fechando os olhos e repousando a cabeça em seu ombro.

- Não vai acontecer nada. – disse Not, docemente, tentando acalma-la. – Eu vou estar sempre por perto, você vai ver...

- Jura?

- Juro. – riu Not.

Eles ficaram uns instantes em silêncio, sem sequer se moverem do lugar.

- Not... eu... gosto muito de você... – sussurrou Gina, como se tentasse evitar falar aquilo -...de verdade.

- É... – concordou Not, sem querer, olhando distraído um vitral por onde entrava a luz da lua - É tanto que chega... a incomodar...

Gina esperou alguns instantes para absorver aquilo que havia escutado. Quando ele desconfiou do que tinha dito, já era tarde. Gina deslizou seu rosto pelo dele e pressionou seus lábios contra os de Not; que sentiu a espinha gelar e seu coração pular e bater tão aceleradamente que ficou com medo que ela o escutasse. Pendeu a respiração e agradeceu por Gina soltá-lo antes que desmaiasse por falta de oxigênio.

Ela olhou Not sem saber o que fazer. Não podia acreditar que tinha tido a cara de pau de fazer aquilo. Mordeu seu lábio inferior olhando para Not, começando a ser arrepender. Deveria pedir... desculpas? Ele parecia chocado demais pra dizer qualquer coisa.

- Eu... – sussurrou, como um peixe fora d'água, olhando Not, querendo saber o que ele podia estar pensando dela.

Mas a resposta veio em seguida. Not passou os dedos delicadamente pelo seu rosto e o puxou novamente para perto, lhe dando outro beijo. Sentir seus lábios pela segunda vez foi diferente, não foi simplesmente encostar um no outro. Era um beijo de verdade, docemente apaixonado. Gina podia sentir cada milímetro da boca de Not, e isso era como a última aula de Adivinhação do dia anterior, ela se sentia completamente atordoada e sem fazer idéia do que acontecia ao seu redor.

Algum tempo depois – não saberiam dizer quanto tempo exatamente - eles se afastaram, como se voltassem à realidade. Gina abriu os olhos vagarosamente e deixou escapar um suspiro. Not passou as mãos no seu cabelo ruivo, repartindo-o e colocando-o atrás das orelhas.

- Está... tarde. – sussurrou, sorrindo levemente encabulado – É melhor que eu desça logo...

- Hã?... – até que Gina se lembrou. Era mesmo. Not tinha que descer pras masmorras. Seria ótimo continuarem ali, mas também seria ótimo que fossem embora antes que Filch ou Pirraça aparecesse. – É verdade...

Gina puxou Not pela mão e o levou até a frente do retrato da Mulher Gorda. Ela parou antes de entrar e o olhou.

- Então, – disse Not, meio ansioso. – até... amanhã?

-Claro. – afirmou Gina. Not deu um tímido, porém satisfeito sorriso – Boa noite. – e ergueu-se na ponta dos pés lhe dando outro beijo antes de entrar. – Cuidado ao voltar, viu?

- Ã-rã.

A caçulinha Weasley entrou e encontrou Harry e Rony na sala. Ficou parada olhando os dois, sem saber se pulava, se gritava, se ria, ou se fingia que estava tudo na mais perfeita ordem.

- E aí? – resmungou Rony, fechando a cara - São só essas malas?

- São só essas. – disse Gina – Bom... vou dormir.

- Boa noite. – sorriu Harry.

- Boa noite. – respondeu, indo para o dormitório. Antes que entrasse Rony falou, com cara de bobo:

- Ah, Gina... não vá se perder no caminho, heim?

- Hum... – resmungou, entrando sem olhar os meninos, que começavam a rir.

Mas ela achou a cama rapidinho. Diferente de Not, que levou vinte minutos pra chegar nas masmorras e ainda teve que perguntar qual era o caminho umas três vezes pra Murta que Geme.

*

- Ah, por favor, cuidem-se. – pedia Hagrid, quase quebrando as costelas de Sirius num abraço. – Por favor, cuidem-se!

- H... Hagrid, – gemia Sirius – nós vamos voltar bem...

- E com todas as espadas na bagagem. – sorriu Leah, otimista.

- Um fim de semana com os Dursley, – gemeu Harry – ninguém merece.

- Iremos resgatá-lo o quanto antes, Sr. Potter. – riu Leah – Eu sei que ninguém merece.

Gina, devidamente escoltada por Not, foi a última a chegar.

- Ah, quase perde o trem!- disse Rony, embarcando.

- Sobe aí, Gina. – chamou Hermione, da janela.

- Vamos indo. – falou Sirius, alto – Pro Saara... e além!

- Senti esse além amargo... – riu Leah, do lado de Sirius – seria "além" de... Brasil?

Sirius não respondeu. Leah se encolheu na parede do trem, segurando os peitos enquanto Sirius entrava emburrado.

- E nem chegue perto dos meus peitos!

Gina despediu-se de Not.

- Cuide-se. – pediu.

- Não se preocupe, – sorriu Not, lhe dando um beijo na testa – vou esperar você voltar. Direitinho.

- E não irrite mais a Sibila. – pediu, pondo o dedo no nariz dele. – Você já tem detenções demais pra um só ano...

- Hum... farei... "o possível". – falou, com cara de moleque sem vergonha. Gina balançou a cabeça, sabendo que seria difícil. Ela apertou as bochechas dele e o puxou mais uma vez, dando um selinho muito apertado, e depois o soltando, sorrindo muito feliz.

- Que bonitinho... – murmurou Hermione, da janela. Harry riu, e Rony, que chegava na cabine, balançou a cabeça. Not parou do lado de Hagrid, enquanto o trem apitou e começou a andar. Gina pulou para o vagão e se pendurou, escoltada por Leah. Not pôs as mãos no bolso e olhava com uma carinha de cachorro sem dono que partia o coração.

Gina mandou mais um beijo para Not, quando o trem começou a acelerar. Ele então não se agüentou e correu atrás do trem. Harry e Hermione, com Rony atrás deles, debruçaram-se na janela pra ver. Not correu o máximo que pôde e pulou no trem, agarrando-se nas barras de ferro. Gina ficou espantada.

- Seu... doido, o que você...

- Não vá... Por favor... – disse Not, quase choramingando – Fique aqui...

- Não posso, Not. – disse Gina, sorrindo, mas sentindo o coração quase se partir de dó do menino – Eu vou morrer de saudades de você também... mas tenho que ir...

- Ahm... a plataforma vai acabar. – comentou Leah.

Not suspirou olhando Gina. Ainda agarrado nas barras laterais, ele esticou a cabeça para lhe beijar de novo. E em seguida pulou no último instante pra plataforma de novo. O trem acelerado se afastava, enquanto Hagrid e Not os olhavam da estação. Gina agarrada à lateral do trem esperou eles desaparecerem de vista. Hermione, na cabine com Harry e Rony, fez cara de pidona e deu um gemidinho bem fino:

- Ai, que fofo...

Harry sorriu ao ver a cara da amiga, achando graça.

- Eu também quero um desse pra mim... – continuou. Leah apareceu na porta da cabine, se fazendo de desentendida.

- Do que está reclamando, Hermione? Você está indo pro Brasil, se esqueceu? – Hermione a fuzilou com o olhar – Ok, ok. Parei. Brincadeira. Só vim perguntar se está tudo em ordem.

- Xupinta. – disse Rony. Hermione fez um 'ãm'? E Harry começou a rir.

- É supimpa, Rony! Supimpa!

- Por favor... – disse a amiga, afundando o rosto nas mãos para rir.

Gina entrou no vagão e se sentou ao lado da morena.

- Aehhhhh! – saudou Harry – Tá namorando! Tá namorando!

- Quer parar? – pediu Gina, desviando dos olhares. Era estranho ter um namorado novo... e sonserino.

- Que bom que se acertaram, – disse Hermione – vocês formam um casal muito lindinho.

- Continuo de olho em vocês. – resmungou Rony.

Harry se espreguiçou no assento do banco:

- Bah, três dias com os Dursley...

- Calma, Harry. – disse a melhor amiga, paciente – Pense que depois você vai ficar a pelo menos... 9000 Km de distância deles!

O rosto de Harry se iluminou.

- É verdade...

- Nós também vamos andar tanto assim? – questionou Rony – Acho que não...

- Egito? – pensou Hermione – Uns 4000 Km, no máximo.

- Nem a metade de vocês! Cara, vocês vão loooonge!

- Pra baixo... da linha do equador. – completou Harry. – Hum... será que o Brasil é legal?

- O Egito é. – disse Rony - Quando a gente foi visitar o Gui... lá até que é bem legal. Mas não tem muita coisa. Areia, múmias. Areia, ruínas. Calor... e areia... tempestades - de areia – mais múmias e areia...

- Por isso é legal. - resmungou Hermione.

- E no Brasil, tem o quê? – perguntou Rony, torcendo o nariz – A gente não sabe muito, né? O Percy falava com uma brasileira, mas foi por tão pouco tempo...

- Um bom time de futebol, – esforçou-se Harry – é verdade. É um esporte muito famoso no mundo dos trouxas. É o "nosso Quadribol". Lá é a terra dos melhores jogadores.

Rony abriu um sorriso. Se o futebol era o Quadribol dos trouxas, o país do futebol deveria ser realmente tudo de bom.

-... E tem também uma floresta grande. – completou Harry. Rony murchou.

- Uma floresta? Ah, que legal. Nadar no mato. Suuper...

Hermione resmungou alguma coisa que ninguém entendeu e cruzou os braços, olhando a paisagem. Foi quando ela lembrou:

- Cadê o Malfoy?

- É mesmo... – reparou Gina – Ele não ia com a gente?

- Deve estar longe de nós, óbvio, mas ele veio sim. As malas dele foram despachadas junto com as minhas, eu vi... – recordou ela.

- Vou ter de agüentar aquela coisa quanto tempo no Egito? – resmungou Rony – Será que eu posso trancar ele numa pirâmide? Afinal, ele parece mesmo uma múmia, ninguém ia dar falta.

- Rony, você é mau. – riu Hermione.

Harry encostou a cabeça na parede do vagão e esticou as pernas ao lado de Hermione, entre ela e a janela. Ficou olhando o teto e depois olhou a amiga, que junto de Rony discutiam animadamente sobre as melhores formas de torturar Draco Malfoy. Tinha alguma coisa de diferente na amiga. Fazia realmente muito pouco tempo que ele tinha reparado que ela estava bem diferente de quando se conheceram. Ela cresceu, tinha concertado as "presas" no quarto ano, e começava a vencer a rebeldia do cabelo que mais parecia uma maçaroca. A única coisa que continuava igual era que ela continuava mandona, neurótica por estudos e muito sabe-tudo, o mesmo gênio difícil e irritante. Mas havia alguma coisa diferente... Cho não ficaria dando piti de ciúmes se ela não apresentasse... um "incômodo". Quer dizer, ela tinha seus amigos bonitões famosos jogadores, mas Harry, mesmo quando estava com Cho, não sentia um ciúme tão louco quanto o dela. Alguma coisa em Hermione fazia Cho ficar tão descontrolada. Alguma coisa nela faziam as fãs de Krum se matarem de raiva por ver o xodó do astro pela CDF desde o quarto ano. A questão era: o quê?
Um tempo depois começou a chover e a temperatura caiu muito. Gina e Rony foram caçar os agasalhos que estavam em alguma cabine vazia, já que haviam pouquíssimas pessoas além deles no trem, no vagão onde as malas estavam eram cabines vazias,e não os bagageiros.
Hermione coçou os olhos, sonolenta.

- Tô com sono... – resmungou, e encostou a cabeça na janela – ... Que foi?

- Que foi o quê? – perguntou Harry, erguendo as sobrancelhas, ainda recostado na parede, de braços cruzados.

- Você está me olhando sem parar.

- É?

- Hum-rum. Faz tempo. Que foi?

- Ahm... nada...

- Perdeu alguém parecido? – sorriu, com cara de sono.

- Não sei... bom... acho que tem alguma coisa de diferente em você.

- Jura? – riu Hermione, reerguendo a cabeça. – Deixa eu ver: descobriu que sou uma garota! Certo?

- Não! –resmungou Harry, não deixando de rir. – Sua tonta. Eu já sei disso faz tempo.

- AH! Jura? – sorriu Hermione, satisfeita.

- Pare com isso... – resmungou Harry, rindo da cara de Hermione.

- Hum... consertei os dentes no quarto ano?

- Não...

- Hum... aprendi a lidar com meu cabelo vassourão?

- Nãão...

- Tirei as sobrancelhas?

-...Não!

- Ahm... atrofiaram meu buço com mágica?

- QUÊ?

- HAHAHAHAHA! – Hermione caiu na gargalhada ao ver a cara de Harry – Esquece, esquece. Estou te enchendo o saco. Brincadeira.

- Ah, sei... – resmungou.

Ela ainda ria tanto que passou as mãos nos olhos fechados, balançando a cabeça. "Bobagem...". Depois respirou fundo e se recompôs, olhando Harry, quase lacrimejando. Foi quando Harry descobriu.

- ... Seus olhos. – falou – São eles.

- Bom... não fiz nada neles. – respondeu, levemente impaciente.

- Fez sim. Estão... diferentes.

Harry debruçou-se nos joelhos pra olhar Hermione mais de perto. Ela pareceu se preocupar. Os olhos da amiga sempre foram muito castanhos, mas agora, sabe-se lá porque... pareciam estar... mais claros. Mais amarelados.

- Seus olhos não eram assim. Estão... claros.

- E... eram sim.

- Não, não eram... O que você fez? Mudou a cor com um feitiço?

- Não! – levantou a voz, impaciente. Mas depois novamente se encolheu – Eu... não fiz nada! Você está viajando. – ela lembrou dos treinos com Leah: "Seu corpo vai mudar muito enquanto desenvolve seus poderes". Mas era estranho os olhos ficarem claros! Não mudaria nada! Ou mudaria? Talvez... Lílian era uma bruxa poderosíssima, e tinha olhos verdes. Leah também, e tinha olhos violeta. Harry, como a mãe, tinha olhos muito verdes e brilhantes. Dumbledore, olhos azuis. Sirius, um azul bem escuro. Lupin, olhos castanho-claro. E até mesmo Voldemort arranjou um par de olhos vermelhos. Quem sabe ser um bruxo poderoso significaria ter um olho com cor diferente?

- Blusas, agasalhos! – anunciou Rony, entrando e jogando as roupas nos amigos - Quem quer?... Oh, sabem o que eu andei comentando com a Gina? Que animal vocês pensam em virar?
Todos voltaram a discutir animados. Como Aurores e Cavaleiros, tinham, por questão de segurança e estratégica, de se transformar em animagos, em segredo, como os primeiros eram. Mas antes, é claro, deviam escolher o bicho.

- Sei lá o que eu viro. – falou Gina – Não faço a mínima idéia.

- Vire um ouriço. – alfinetou Rony – Pra combinar com o Not, ia ficar uma gracinha... Que foi?

- Há! E você, Rony, que quer virar um guaxinim?

Hermione e Harry riram. Imaginem, Rony, um guaxinim.

- Combina. – riu Hermione.

- Ora, pensem bem... – justificou Rony - Ele é um bichinho um tanto rápido... e ninguém desconfiaria. Vou virar o quê? Um cavalo? Seria bom ser um animal comum aos dois mundos, não?

- Você tem razão, devíamos ser animais que sejam conhecidos no mundo trouxa também. – concordou Hermione – Seria muito mais conveniente. O estúpido do Malfoy quer virar um dragão! Veja só... ele vem se interessando muito por eles nos últimos tempos. Só pode ser isso!

- Pra que ser um dragão? – resmungou Gina – Que imbecil.

- Deve ser pra combinar com a Pansy. – suspirou Rony, dando uma risadinha – E você, Harry?

- Hum... sei não.

- Ah, fala! Mas não vale ser cachorro. Nem cervo.

- Ainda nem pensei direito... Uma coruja branca, talvez...

- Que fofo. – comentou Hermione, achando graça – Pra combinar com a Edwiges?

- E você, Hermione? – perguntou Rony – Já escolheu?

- Isso é segredo, Rony. – disparou Hermione, ríspida.

- Não seja chata, estamos todos falando! Porque você não fala? Aposto que está bem mais adiantada que a gente!

- Eu ainda não decidi...

- Você podia ser uma coruja. – pensou Rony, recostando mais no assento – Pelo menos você é inteligente como uma. Ou um elefante! - riu – Todos eles têm uma ótima memória e... Ai! Não! Não me bate!

- Você podia ser uma leoa. – observou Harry, desviando da briga – Quer dizer... um leão. Além de nervosinha, você tem a comodidade de já ter uma juba muito grand... Ah, não venha me bater também!!! Foi brincadeir... Ai!

*

Quando o expresso chegou a Londres, outro trem os esperava na plataforma 9 ½.

- A gente segue, os três ficam. – disse Sirius, separando as malas e dando as que seguiam para Lupin. Snape e Draco mudaram de trem sem dizer um 'a'.

- Então... a gente se separa. – suspirou Rony, com as mãos na cintura, olhando Harry e Hermione, os três visivelmente tristonhos por terem de se separar tão cedo.

- Não diga isso. – sorriu Lupin, carregando as malas – São só alguns meses.

- Bom... Podemos usar o correio coruja, não, professor?

- Hum... – gemeu Lupin, com medo de parecer chato – É melhor não, é perigoso, Rony.

Os garotos fizeram manha. Sirius, rindo, concordou com Lupin.

- São regras sérias... Mas não vamos abandonar uns aos outros, nem podemos.

- É... – falou Leah, chegando junto deles, olhando Sirius e imitando um telefone com as mãos. - Lembrem-se que lá teremos telefones comuns, de trouxas. Eu tenho um, celular, lembram? Isso funciona. Se vocês conseguirem, não irão interceptar. "Lá" a gente usa...

- Isso! – animou-se Sirius, rindo – Se eu lembrar como funciona... Vai ser ótimo. Bom... vamos?

Rony, Gina, Sirius e Lupin se despediram de Leah, Harry e Hermione.

- Aproveitem a selva. – riu Rony, ignorando a cara feia de Hermione – E, Harry, cuide dela.

- ...Hum... deixa comigo. – sorriu Harry – Não deixarei que nenhum macaco ou canibal a ataque.

Hermione estava a ponto de socá-los. Sirius sorriu fazendo uma cara de dor ao notar que os meninos prenderam a respiração de repente. Haviam esquecido de Leah, que morou tanto tempo no Brasil. Que casou com um brasileiro e teve um filho no Brasil. – e nem sabiam da filha que havia morrido e estava enterrada lá. Mas Leah caiu na gargalhada ao ver a cara dos dois, muito satisfeita:

- Hahahahahaha! Não vejo a hora de vocês quebrarem a cara! Harry vai ficar desesperado querendo ficar lá pra sempre! Vou adorar ver esses dois querendo mudar pra lá!

- Eu também adoraria. – sorriu Sirius, que olhou Hermione e viu que ela também sorria. – Ah, e mande lembranças aos nossos bons e velhos pirralhos.

- Pirralhos? – disse Leah, apontando os garotos com a cabeça – A maior parte deles está no mínimo desse tamanho! Dá pra imaginar?

- Diga que sinto saudades. Vamos indo.

- Cuidem-se.

- Pode deixar.

- Escutou, né? – murmurou Hermione, olhando Rony.

- Mas é claro. – disse Rony, orgulhoso – Eu e Gina iremos nos cuidar muito bem. Mas não digo o mesmo do Draco. Ele que se dane.

- É lógico.

Snape, Draco – que não apareceram – Sirius, Lupin, Rony e Gina acenaram do trem até ele sumir de vista, como em Hogwarts. Os três que sobraram soltaram um longo suspiro quase ao mesmo tempo.

- Eles vão ficar bem. – disse Leah, balançando os dois pelos ombros.

- Eu sei. – afirmou Harry.

- Espero que sim. – suspirou Hermione.

Leah bateu as mãos, indicando a passagem da plataforma 9 ½.

- Ei, meninos! Ânimo! Vamos atravessar essa passagem e voltar pro nosso mundo? ... Quer dizer... O mundo trouxa?

Harry e Hermione se olharam desanimados. Leah os abraçou, rindo e encaminhando-os.

- Sem essa cara! Acreditem numa coisa: do outro lado, a 9000 Km ao sudoeste daqui... um dos melhores lugares desse mundo nos espera, com os 'braços abertos' pra quem chegar! Vocês vão a-do-rar! Lá só tem coisa boa. A Hermione sabe disso, né, Hermione?

- Eu não sei de nada...

- Sua cínica...

Harry olhou as duas rirem sem entender muito bem o que diziam. E em seguida atravessaram o portal, de volta ao mundo trouxa, sem olhar pra trás.

Espada dos Deuses, Episódio II:

FIM


*N.A 2*: Acabou! Zé Fini! Mais um Episódio da EdD chega ao fim. *massafera relaxa na cadeira e olha pro monitor.* Vou falar o quê? Acho que nada. Esta fase é velha de guerra, a galera conhecia. Pouca diferença. Mas ainda acho que a Quadribol, mesmo na Reedição, marca o fim de uma fase minha. Vale lembrar que, seme xagero, a Espada dos Deuse começa agora. É a partir da Saara que eu coloco as idéias iniciais em prática, o que torna a EdD um pouco diferente, ser dividida em Fases, cada turma vai prum canto, etc, etc... espero que vcs curtam o que vem pela frente.

*N.A 3*: Bom... a velha ladainha de sempre: gostaram? XD Agradeço quem teve a santa paciência de aturar até agora. Quem fica, valeu a preferência, quem continua... preparem-se, galera!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! *massafera agarrada coma truma e pulando feliz* É a vez da SAARA!!!! É A VEZ DA SAARA!!!! DA SAARAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!