ALÉM DO INVISÍVEL
I Raios cortam o céu de Campos Elíseos, onde a última grande última batalha está próxima do fim. Finalmente Hades, o Imperador das Trevas despertará de seu milenar sono e terá sua última luta contra a Deusa Athena, que sempre fora sua inimiga desde os tempos mitológicos. Os Cavaleiros estão agora mais fortes do que nunca, trajando suas Armaduras Divinas, as Kameis, e fazem todos os esforços possíveis para defender a sua Deusa, presa no vaso mitológico que está sugando seu sangue até sua morte. Seiya, finalmente enfrenta Thânatos vestido a armadura adequada para uma batalha daquela importância. Shiryu, Hyoga e Shun estão se recuperando dos golpes de Thânatos, e assistem Seiya derrotar o impiedoso Deus da Morte, atravessando-o com seu Meteoro de Pégaso. Hypnus, o Deus do Sono, irmão gêmeo de Thânatos, está preocupado com a demora de seu irmão em derrotar os Cavaleiros de bronze... Porque ainda não o fez?
Ao chegar diante do Templo de Hades, Hypnus tem a confirmação às suas suspeitas, realmente ser apenas alguns Cavaleiros de Bronze e presas fáceis de Thânatos não estava nos planos dos cinco jovens que chegaram aos Campos Elíseos através de suas armaduras banhadas pelo sangue de Athena.
Então, Hypnus torna-se o próximo desafiante dos rapazes, que ainda não estão em condições de lutar contra um Deus tão poderoso como Hypnus. Facilmente Hypnus derrota Ikki, que cai sem ação aos seus pés, e os próximos serão Shun, Hyoga e Shiryu. Seriam , não fosse pela intervenção da gloriosa Deusa da sabedoria, que lhes deu através de seu sangue a possibilidade de usarem as armaduras divinas, assim como Seiya.
Em suas armaduras divinas e brilhantes, os Cavaleiros unem-se e confrontam Hypnus, mas este consegue desvencilhar-se e ataca Shun com seu golpe "Eternal Drowsiness". Escorregando pelos abismos do sono, Shun agora só vê trevas, e não mais abrirá os olhos até que Hypnus assim ordene. Porém, quando a luta parecia estar ganha por Hypnus, Hyoga e Shiryu assim o avisa: "Hypnus, você já mostrou este golpe a nós, Cavaleiros de Athena, e ele não tornará a funcionar!!". E de fato, Hypnus não pode defender-se do poder de Dragão e Cisne combinados. Hypnus cai. Ferido e quase derrotado, não fosse pelo fato de que é um Deus, portanto não pode ser derrotado por humanos, mesmo que sua recuperação leve milênios.
Enquanto lutava contra Hyoga e Shiryu, Hypnus não pôde impedir que Seiya e Ikki, agora já recuperado e vestido com sua Kamei de Fênix, chegassem até onde o corpo de Hades estava. Eles irão desperta-lo e a sua ira também. Hypnus tenta avisá-los do perigo, mas é tarde, ao chão, ele não pode fazer nada para impedir que o mundo seja tomado de trevas, caso o Imperador Hades vença a batalha. "Não!!...Pégaso e Fênix atacaram o mausoléu de Hades!! Tem que faze-los parar!! Este mundo desaparecerá, eu, vocês, e tudo o que existe, se reduzirá á trevas e pó!! Agora é tarde, as trevas tomarão tudo... a Humanidade será apenas uma reles lembrança..." Estas são as últimas palavras de Hypnus antes de desmaiar no chão, em meio às pétalas de flores dos Campos Elíseos...
I I
Era Mitológica... Uma belíssima e encantadora voz é ouvida por três homens, muito introspectivos, que mesmo achando tal voz o supra sumo das vozes, não se permitem demonstrar a emoção por estarem ouvindo àquela melodia angelical tão maravilhosa. São juizes de um concurso musical. Estão julgando a voz de Endemyon, a jovem mais agraciada pelos Deuses. Ela foi agraciada com toda a sorte de belezas, virtudes e talentos, porém sempre teve na música sua maior paixão. Uma cantora esplendida, demasiadamente elogiada. E não eram exagerados os elogios, Endemyon possuía uma voz tão agradável e bela que até mesmo os Deuses do alto do inacessível Monte Olimpo, paravam suas atividades para ouvi-la cantar. Apesar de todas as riquezas que conquistou através de seu talento, Endemyon vivia às voltas com crises de choro, pois sempre se sentiu muito sozinha, mesmo estando rodeada de cuidados, de amigos, e da presença constante de sua amada mãe, Licycmus. Era uma jovem artista de muita sorte por ter seu trabalho sempre tão bem elogiado em uma cidade de arte tão seleta como Athenas. Endemyon estava para completar vinte anos de idade, mas nem a proximidade de sua festa de aniversário, que certamente será um grande acontecimento, a faz ficar mais feliz. Sua infelicidade encoberta pela vida glamourosa era compreensível se levado em consideração que ela jamais teve um namorado, nunca foi beijada, nunca foi tocada em quase vinte anos de vida. Tudo o que ela queria era alguém com quem pudesse compartilhar tudo o que tinha conquistado ate aquele dia. Mas estava só. Não que não fosse desejada, ao contrário, todos a queriam, todos a desejavam possuir, mas nenhum havia tocado o coração de Endemyon como ela tocava os corações alheios com sua voz. Nenhum a satisfazia, e os que volta ou outra despertavam algum interesse nela tinham receio de se aproximar por não saber como lidar com tamanha beleza e por medo de tê-la e perdê-la. E Endemyon permanecia só. Ela terminou sua canção em meio ao anfiteatro, onde tinha a voz avaliada pelos três juizes. E foi aplaudida por vários e vários minutos, ate mesmo os imparciais juizes deixaram-se levar e aplaudiram-na fervorosamente. Ela apenas abaixava a cabeça em gesto de agradecimento e acenava de leve à alguns que estavam mais próximo do palco. E assim Endemyon foi declarada a mais notável cantora, recebendo mais um prêmio, sendo consagrada a melhor cantora que já passou pela cidade de Athenas. Após o recebimento do prêmio, Endemyon pediu à mãe para se retirar rapidamente para o palácio em que estava hospedada. E se foi.
O que está acontecendo comigo?? Eu tenho tudo o que quero mas não estou feliz!!... Há tantas misérias e tristezas nesse mundo e eu estou tão distante delas, deveria estar feliz por mais este prêmio, pelo meu aniversário, mas nada me faz feliz!! Eu devo estar doente.
Diz Endemyon à si mesma antes de se jogar no divã com a mesma túnica da apresentação, estava muito cansada para tomar banho, comer e trocar de roupa... Adormeceu ali mesmo, no divã do quarto.
No dia seguinte, com os primeiros raios de sol entrando pela janela, Endemyon acorda. Ainda com a expressão de tristeza, mas pelo menos descansada. E faz o que não fez na noite anterior. Após o banho e Ter se arrumado, ela vai até o salão para tomar o desjejum com sua mãe e amigos. No palácio do rei Egeu não faltava nada. Estava muito bem instalada com sua mãe lá. Mas não concordava muito com a idéia de Ter tanto luxo à sua volta sabendo que lá fora, não tão longe assim de onde estava, muitas pessoas passavam fome e algumas eram escravas. Era muito piedosa, mas sabia que jamais poderia fazer tudo sozinha. Resplandecente em sua túnica branca perolada, Endemyon encantava aos súditos do rei, ao príncipe Teseu, que esta de viagem marcada para a ilha de Creta, e ao próprio rei Egeu, mas so queria mesmo fazer seu desjejum e ir passear pela cidade com seu cavalo Accel. Ela assim o faz. Ao sair, deixa claro que não quer ser seguida por nenhum guarda, e se vai, ao longo da àgora, onde vários comerciantes vêm para vender suas mercadorias. Os olhos azuis logo se detém no alto de uma montanha, onde no topo há um suntuoso templo em honra à uma Deusa e ao longo da montanha doze templos menores também se mostram imponentes.
- Aquelas construções formam o Santuário de Athena? Pergunta a jovem à uma velha vendedora ali perto Isso mesmo, minha jovem, lá somente os escolhidos da nossa Deusa podem entrar. Responde a senhora Que interessante... Eu venho de Esparta, lá o Deus cultuado é Ares, Deus da Guerra. Mas o templo dele não se compara em nada com de Athena... é muito menor e as redondezas tão sombrias que jamais vi um único raio de sol por aqueles lados. Que Ares não me ouça... Não conseguiu segurar o riso e o da velha senhora também Mas o que uma jovem espartana veio fazer aqui na cidade de Athenas? A senhora não me conhece? Sou Endemyon, a cantora que recebeu o prêmio ontem... Ah sim, Endemyon, meus parabéns minha jovem, mas você teve realmente muita sorte em Ter sido tão bem recebida aqui nesta cidade, sabe, os Espartanos não são muito bem vistos por aqui. Você cantará novamente aqui? Sim, amanhã será meu aniversário, e certamente me farão cantar para os convidados, mas eu não me importo, a única coisa que me dá prazer é cantar... Não saberia fazer outra coisa nesta vida. Mas você é tão jovem e bela, ainda tem todo um futuro pela frente, não deveria ser tão triste, ainda mais que amanhã é seu aniversário, uma data tão importante para você... Alegre-se! Muito obriga pelo seu conselho, minha senhora... Eu vou me retirar, tenho uma cidade inteira para conhecer... E assim, Endemyon deixa a àgora e vai cavalgando por uma estrada, pensando que aquele caminho a levaria até o Santuário de Athena, que queria ver mais de perto. Estava errada, por ali sairia em outro lugar. Uma espécie de floresta secreta, algo nunca visto por ela, já que em Esparta poucas florestas sobreviveram ao desmatamento que os seguidores de Ares fazem a cada ano. Maravilhada com a beleza da floresta, Endemyon mal se dá conta de que está anoitecendo e que ali pode ser perigoso. Quando finalmente se vê em meio à escuridão, ela começa a se desesperar achando que não conseguirá voltar, mas ao mesmo tempo mantém a calma, como sempre e muito útil numa situação como aquela. Quando começou a ouvir os sons dos primeiros animais noturnos que despertavam sua calam começou a ser abalada. Mas mesmo assim continuou a cavalgar, achando que estava indo no mesmo caminho que usou para chegar até ali. Mais uma vez saiu em outro lugar, e ate chegou a dar um leve sorriso, achando que finalmente havia chegado ao Santuário, mas logo percebeu que o templo que se encontrava diante dela não poderia ser o de Athena. Era um templo secreto, mas muito bonito, com uma bela estátua na entrada. Realmente medo não fazia parte do dicionário da jovem Endemyon, pois não hesitou em se aproximar do templo que acabara de descobrir, deixando seu cavalo Accel próximo àquele lugar. Era mesmo muito grande e muito bonito, a sua curiosidade aumentava a cada passo que dava em direção ao templo. Então começou a sentir uma enorme aura de calmaria vindo lá de dentro. Algo inexplicavelmente agradável. Nenhum dos palácios que já esteve tinha atmosfera tão agradável como a daquele templo. Ao observar a estátua de perto, ela notou que se tratava da imagem de um belo jovem, parecia-se com um guerreiro, mas a imponência de sua aparência era superior a de qualquer guerreiro que existisse. Vestia uma bela armadura dourada que parecia Ter sido feita pelas mãos de um Deus Forjador. Tinha asas em seu escudo e na parte de trás de sua armadura. Tomada pela beleza daquela estátua e por sua curiosidade, Endemyon quis saber o que havia lá dentro, e sem tomar a precaução de saber se havia ou não alguém zelando por aquele templo entrou. Havia uma outra imagem daquele jovem, mas em outra posição, desta vez com uma das mãos para o alto e a outra para baixo, como um pêndulo para hipnotizar pessoas. Ela começa a andar pelo templo, e não encontra ninguém. Nada além de colunas imensas e em tons de marfim. Endemyon não sabia mas era observada por alguém que se encontrava na parte de cima do templo. Ela se sentia tão bem naquele lugar que não hesitou em abrir uma porta que acabara de encontrar. Encontrou na nova sala uma harpa dourada, um belo instrumento. Foi ate a harpa e começou a dedilha-la. Não vendo nada que a impedisse, sentou-se e começou a cantar uma canção de sua autoria, a mesma que cantou no dia anterior, quando recebeu o prêmio no anfiteatro. E toca a harpa também. Com uma sutileza de quem toca em uma jóia preciosa, Endemyon tira a mais bela melodia daquela harpa e de sua voz. De tão entretida com sua própria música, Endemyon não percebe que agora está sendo observada de perto pela mesma pessoa que a observava antes do outro andar do templo. Com os olhos fechados ela viaja ao som de sua própria música. Mas algo lhe chama a atenção, uma sombra lhe passa diante dos olhos, e mesmo estando fechados ela pôde perceber. Rapidamente ela pára a música e abre os olhos. Está diante dela o mesmo jovem representado nas estátuas!!! Será que uma das estátuas adquiriu vida??? Endemyon ficou estática. Assim como o jovem diante dela, que não lhe dizia uma única palavra. Parecem tão impressionados um com o outro que as palavras naquele momento só atrapalhariam. Mas algo precisava ser dito, pois nenhum dos dois sabia a real intenção do outro. Após alguns momentos, que para eles certamente durou uma eternidade, ele quebra o silêncio, com sua voz suave, porém imponente e firme:
O que tão divina criatura faz em meu templo? Me desculpe, meu senhor, não sabia que este templo era habitado...nem tampouco que o seu dono aqui se encontrava. Queira me perdoar, peço-lhe mil perdões por Ter entrado sem autorização... Endemyon diz isso levantando- se da cadeira em que estava tocando a harpa e curvando-se para o jovem diante dela Não disse que poderia entrar aqui, mas também não disse que não... Se há algum culpado aqui, este sou eu, pois deixei as portas de meu templo abertas. Ele parecia mais impressionado do que nunca, como se nunca em sua vida tivesse visto algo semelhante ao rosto daquela jovem diante dele Então, já que não há erros ou culpados, eu me retiro... Endemyon já se preparava para sair, mas foi completamente paralisada por aquela voz novamente Por favor, fique, toque a harpa novamente... Cante aquela música novamente... Não sabia das suas intenções quando chegou aqui, mas fiquei observando-a do alto, quando começou a cantar e tocar, me senti tão bem àquele som... Mas eu não estou incomodando?... Eu acho que já esta muito tarde, eu devo ir, minha mãe já deve estar preocupada e... Não se preocupe, eu a levarei até ela, mas por favor não vá agora. Um belíssimo sorriso nasceu no rosto de Endemyon, e ela retomou seu posto na harpa, tocando novamente a canção. Quando terminou, o jovem lhe falou novamente Toca com tanta perfeição que nem parece uma música que o ar pode transportar como as outras músicas... Mas mesmo assim, este som não consegue ser mais belo que o seu rosto... É a mais bela face que eu já contemplei em minha existência! Está me dizendo isso porque quer que eu fique mais tempo aqui, não é?... Me desculpe, não posso ficar mais. Ela ri, certa de que o jovem já está envolvido por ela, como muitos outros ficaram, mas este lhe parecia interessante, mas havia algo misterioso nele que a fazia recuar, e ao mesmo tempo a atraía de forma que não poderia ir embora naquela hora Mas eu não disse isso só para que fique... Eu o disse porque é verdade! Nunca disseram isso à você? Sim, inúmeras vezes, mas eu não costumo me deixar seduzir por palavras. Você terá que ser mais criativo... E riu, num riso tão maravilhoso que aquele jovem só pôde dar uma resposta Você não invadiu meu templo... Eu deixei a porta aberta quando percebi que havia uma presença estranha na minha floresta... Eu a guiei até aqui e você entrou por causa da minha vontade! O que está dizendo???? Endemyon sentiu-se ultrajada por tais palavras. O jovem que lhe parecia ser uma agradável companhia agora falou-lhe num tom muito grosso Você sabe quem sou eu? pergunta o rapaz Na verdade estava começando a me interessar em saber, mas agora não mais! Se queria que eu viesse ate aqui, por que não me chamou? Porque ficou escondido no outro andar para que eu não o visse?? Por acaso achou que eu era uma ladra, que iria roubar você... E o que há para roubar aqui?? Não!! Eu não quis dizer nada disso!! Por favor não me interprete mal... Eu sei que deve estar confusa... Posso me explicar? Por favor... Ele respira e olha para ela com um leve sorriso Eu sou Hypnus, o Senhor do sono, este é um dos meus templos que tenho espalhados por toda a Grécia, não gosto de me expor, nem aos meus templos, então prefiro que fiquem em florestas como esta. Eu não costumo ficar aqui, nem me apresentar diante de pessoas, mas alguns descobrem os meus templos, como você fez, e vêm para falar comigo, por isso prefiro ficar nos Campos Elísios, onde posso Ter mais tranquilidade. Endemyon está perplexa!! Está diante de um Deus de verdade!! Um Deus em pessoa, e este ainda lhe pediu que ficasse em sua companhia e elogiou sua beleza!! Mas afinal, o que estava acontecendo? Me desculpe meu senhor, eu não sabia que... Não tinha idéia de que este templo era seu e... Ah, eu não sei o que dizer... me desculpe!! E ajoelhou-se para ele Não!! Não faça isso... Disse levantado-a do chão
Não deve fazer isso pois você me trouxe muita alegria aqui com sua
música... Eu não quero que me veja como uma divindade, mas como um
admirador seu... O que disse??!!... Meu admirador??... Mas o senhor é um Deus... E eu não... Não diga isso! Eu já disse que não quero ser tratado com temor... Não me chame de senhor... Sim, senhor... ah, me desculpe... Não contiveram o riso. Foi uma situação engraçada, porém muito marcante. Quando perceberam, o dia já estava quase amanhecendo, e nenhum dos dois se deu conta, e ela nem ao menos comeu ou descansou, mas sentia-se incrivelmente descansada. Só se deram conta quando o raios do sol adentraram as janelas do templo e ela sentiu um deles em seu rosto, iluminando-o e fazendo Hypnus ainda mais atraído por ela. Mas ao mesmo tempo em que estavam em agradável companhia um do outro, Endemyon sabia que àquela hora da manhã sua mãe já estaria desesperada para encontrá-la, ainda mais porque ela não quis sair em escolta dos soldados do palácio do rei Egeu.
Nossa!! Já é dia claro!! Se eu não for agora minha mãe fará uma besteira!! Eu tenho que ir, Hypnus!! E sai em desparada pelas portas do templo, ainda abertas... Endemyon era também uma excelente amazona. Cavalgava como ninguém, então Hypnus, que não esperava semelhante reação da jovem, só teve tempo de correr ate a porta do templo e chamar por ela, mas já era tarde, ela já havia ido. Ela é linda!! Zeus como aquela jovem é maravilhosa, nunca ouvi tão agradável música ou contemplei semelhante rosto!! E eu nem sei o nome dela... Dizia Hypnus a si mesmo
Endemyon chega ao palácio do rei Egeu apressada! Estava ofegante de tanto cavalgar, mas ainda não sabia porque o tinha feito: sua mãe estava realmente preocupada, mas se esperou a madrugada inteira, porque não esperar mais um pouco, até que se despedisse de Hypnus? Bem, mas já estava feito. Ela acabara de chegar. Sua mãe, Licycmus então inicia o questionamento:
Endemyon, onde você estava?? Responda já menina!! Sabe há quanto tempo estou te esperando?? Sabe o que eu passei esta madrugada esperando você chegar?? Você não vai falar nada?!? Se a senhora se acalmar eu falo... Disse, com a maior calma do mundo Olha, mãezinha, eu fui passear pela cidade e acabei me perdendo... Me desculpe, eu não sei muito bem, mas acho que fui parar em uma floresta, era tão bonita que eu não vi o tempo passar... Desculpe. "Desculpe"?? É tudo o que você diz!! Não se preocupa comigo?? Eu sofri uma noite toda e tudo o que diz é "desculpe"?? Mas mãe, o que quer que eu diga? Quer que eu minta? Eu falo a verdade!! E me desculpo... E com quem estava? Endemyon sabia que agora se falasse a verdade sua mãe começaria a duvidar de sua sanidade mental, ou será que acreditaria? Na dúvida foi melhor não dizer nada Com ninguém mãe... Estava só Uma madrugada inteira na floresta e você esteve só?? Não me faça de boba, minha filha!! Mas mãe, será tão difícil assim acreditar em mim? Além disso hoje eu faço vinte anos de idade e a senhora nem me deu os parabéns!! Licycmus parou um instante e percebeu que sua filha tinha razão. Estava enchendo-a de perguntas e ela nem ao menos deu parabéns à filha. Sinto muito, minha querida, eu não tive a intenção, mas que isto não se repita, está bem? Sim, mãe... Responde revirando os olhos, como quem não aguenta mais dar satisfações de cada passo que dá Neste momento, o ilustre anfitrião das duas espartanas, o rei Egeu, chega para felicitar a jovem Endemyon. Ela parece diferente neste dia, mas não por causa de seu aniversário, mas por causa da noite anterior, que jamais sairá de sua memória.
Continua
Bom gente, esta é a minha 1ª fic, espero que tenham gostado. Ela ficou bem grande neste primeiro capitulo né, mas a intenção era esta mesmo. Bem, eu vou me apresentar rapidinho pra não encher o saco de vocês. Bom, eu me chamo Luciana Athena. Tenho este nome porque minha mãe é professora de Mitologia (não só grega, mas várias delas). Então como minha velha sempre foi uma adoradora da Deusa Pallas Athena, eu recebi o nome . Bom, mas como vocês perceberam, eu não coloquei um nick parecido com meu nome porque não foi aceito, mas eu uso aqui o Luthy Lothlórien, que é uma brincadeira com meu 1º nome com minha segunda paixão (depois de Saint Seiya...hehehe) : O Senhor Dos Anéis. Bom, eu se vocês gostaram da fic, ou não, se têm sugestões, críticas boas ou ruins (por favor, peguem leve O_O) eu adoraria receber seus e-mails, e vou logo avisando: se querem ler o resto dessa Fic, mandem e-mails!! Se eu não receber ao menos uns 5 e-mails, eu não vou continuá-la. Bom é so isso. Brigadão e ate a proxima!!
I Raios cortam o céu de Campos Elíseos, onde a última grande última batalha está próxima do fim. Finalmente Hades, o Imperador das Trevas despertará de seu milenar sono e terá sua última luta contra a Deusa Athena, que sempre fora sua inimiga desde os tempos mitológicos. Os Cavaleiros estão agora mais fortes do que nunca, trajando suas Armaduras Divinas, as Kameis, e fazem todos os esforços possíveis para defender a sua Deusa, presa no vaso mitológico que está sugando seu sangue até sua morte. Seiya, finalmente enfrenta Thânatos vestido a armadura adequada para uma batalha daquela importância. Shiryu, Hyoga e Shun estão se recuperando dos golpes de Thânatos, e assistem Seiya derrotar o impiedoso Deus da Morte, atravessando-o com seu Meteoro de Pégaso. Hypnus, o Deus do Sono, irmão gêmeo de Thânatos, está preocupado com a demora de seu irmão em derrotar os Cavaleiros de bronze... Porque ainda não o fez?
Ao chegar diante do Templo de Hades, Hypnus tem a confirmação às suas suspeitas, realmente ser apenas alguns Cavaleiros de Bronze e presas fáceis de Thânatos não estava nos planos dos cinco jovens que chegaram aos Campos Elíseos através de suas armaduras banhadas pelo sangue de Athena.
Então, Hypnus torna-se o próximo desafiante dos rapazes, que ainda não estão em condições de lutar contra um Deus tão poderoso como Hypnus. Facilmente Hypnus derrota Ikki, que cai sem ação aos seus pés, e os próximos serão Shun, Hyoga e Shiryu. Seriam , não fosse pela intervenção da gloriosa Deusa da sabedoria, que lhes deu através de seu sangue a possibilidade de usarem as armaduras divinas, assim como Seiya.
Em suas armaduras divinas e brilhantes, os Cavaleiros unem-se e confrontam Hypnus, mas este consegue desvencilhar-se e ataca Shun com seu golpe "Eternal Drowsiness". Escorregando pelos abismos do sono, Shun agora só vê trevas, e não mais abrirá os olhos até que Hypnus assim ordene. Porém, quando a luta parecia estar ganha por Hypnus, Hyoga e Shiryu assim o avisa: "Hypnus, você já mostrou este golpe a nós, Cavaleiros de Athena, e ele não tornará a funcionar!!". E de fato, Hypnus não pode defender-se do poder de Dragão e Cisne combinados. Hypnus cai. Ferido e quase derrotado, não fosse pelo fato de que é um Deus, portanto não pode ser derrotado por humanos, mesmo que sua recuperação leve milênios.
Enquanto lutava contra Hyoga e Shiryu, Hypnus não pôde impedir que Seiya e Ikki, agora já recuperado e vestido com sua Kamei de Fênix, chegassem até onde o corpo de Hades estava. Eles irão desperta-lo e a sua ira também. Hypnus tenta avisá-los do perigo, mas é tarde, ao chão, ele não pode fazer nada para impedir que o mundo seja tomado de trevas, caso o Imperador Hades vença a batalha. "Não!!...Pégaso e Fênix atacaram o mausoléu de Hades!! Tem que faze-los parar!! Este mundo desaparecerá, eu, vocês, e tudo o que existe, se reduzirá á trevas e pó!! Agora é tarde, as trevas tomarão tudo... a Humanidade será apenas uma reles lembrança..." Estas são as últimas palavras de Hypnus antes de desmaiar no chão, em meio às pétalas de flores dos Campos Elíseos...
I I
Era Mitológica... Uma belíssima e encantadora voz é ouvida por três homens, muito introspectivos, que mesmo achando tal voz o supra sumo das vozes, não se permitem demonstrar a emoção por estarem ouvindo àquela melodia angelical tão maravilhosa. São juizes de um concurso musical. Estão julgando a voz de Endemyon, a jovem mais agraciada pelos Deuses. Ela foi agraciada com toda a sorte de belezas, virtudes e talentos, porém sempre teve na música sua maior paixão. Uma cantora esplendida, demasiadamente elogiada. E não eram exagerados os elogios, Endemyon possuía uma voz tão agradável e bela que até mesmo os Deuses do alto do inacessível Monte Olimpo, paravam suas atividades para ouvi-la cantar. Apesar de todas as riquezas que conquistou através de seu talento, Endemyon vivia às voltas com crises de choro, pois sempre se sentiu muito sozinha, mesmo estando rodeada de cuidados, de amigos, e da presença constante de sua amada mãe, Licycmus. Era uma jovem artista de muita sorte por ter seu trabalho sempre tão bem elogiado em uma cidade de arte tão seleta como Athenas. Endemyon estava para completar vinte anos de idade, mas nem a proximidade de sua festa de aniversário, que certamente será um grande acontecimento, a faz ficar mais feliz. Sua infelicidade encoberta pela vida glamourosa era compreensível se levado em consideração que ela jamais teve um namorado, nunca foi beijada, nunca foi tocada em quase vinte anos de vida. Tudo o que ela queria era alguém com quem pudesse compartilhar tudo o que tinha conquistado ate aquele dia. Mas estava só. Não que não fosse desejada, ao contrário, todos a queriam, todos a desejavam possuir, mas nenhum havia tocado o coração de Endemyon como ela tocava os corações alheios com sua voz. Nenhum a satisfazia, e os que volta ou outra despertavam algum interesse nela tinham receio de se aproximar por não saber como lidar com tamanha beleza e por medo de tê-la e perdê-la. E Endemyon permanecia só. Ela terminou sua canção em meio ao anfiteatro, onde tinha a voz avaliada pelos três juizes. E foi aplaudida por vários e vários minutos, ate mesmo os imparciais juizes deixaram-se levar e aplaudiram-na fervorosamente. Ela apenas abaixava a cabeça em gesto de agradecimento e acenava de leve à alguns que estavam mais próximo do palco. E assim Endemyon foi declarada a mais notável cantora, recebendo mais um prêmio, sendo consagrada a melhor cantora que já passou pela cidade de Athenas. Após o recebimento do prêmio, Endemyon pediu à mãe para se retirar rapidamente para o palácio em que estava hospedada. E se foi.
O que está acontecendo comigo?? Eu tenho tudo o que quero mas não estou feliz!!... Há tantas misérias e tristezas nesse mundo e eu estou tão distante delas, deveria estar feliz por mais este prêmio, pelo meu aniversário, mas nada me faz feliz!! Eu devo estar doente.
Diz Endemyon à si mesma antes de se jogar no divã com a mesma túnica da apresentação, estava muito cansada para tomar banho, comer e trocar de roupa... Adormeceu ali mesmo, no divã do quarto.
No dia seguinte, com os primeiros raios de sol entrando pela janela, Endemyon acorda. Ainda com a expressão de tristeza, mas pelo menos descansada. E faz o que não fez na noite anterior. Após o banho e Ter se arrumado, ela vai até o salão para tomar o desjejum com sua mãe e amigos. No palácio do rei Egeu não faltava nada. Estava muito bem instalada com sua mãe lá. Mas não concordava muito com a idéia de Ter tanto luxo à sua volta sabendo que lá fora, não tão longe assim de onde estava, muitas pessoas passavam fome e algumas eram escravas. Era muito piedosa, mas sabia que jamais poderia fazer tudo sozinha. Resplandecente em sua túnica branca perolada, Endemyon encantava aos súditos do rei, ao príncipe Teseu, que esta de viagem marcada para a ilha de Creta, e ao próprio rei Egeu, mas so queria mesmo fazer seu desjejum e ir passear pela cidade com seu cavalo Accel. Ela assim o faz. Ao sair, deixa claro que não quer ser seguida por nenhum guarda, e se vai, ao longo da àgora, onde vários comerciantes vêm para vender suas mercadorias. Os olhos azuis logo se detém no alto de uma montanha, onde no topo há um suntuoso templo em honra à uma Deusa e ao longo da montanha doze templos menores também se mostram imponentes.
- Aquelas construções formam o Santuário de Athena? Pergunta a jovem à uma velha vendedora ali perto Isso mesmo, minha jovem, lá somente os escolhidos da nossa Deusa podem entrar. Responde a senhora Que interessante... Eu venho de Esparta, lá o Deus cultuado é Ares, Deus da Guerra. Mas o templo dele não se compara em nada com de Athena... é muito menor e as redondezas tão sombrias que jamais vi um único raio de sol por aqueles lados. Que Ares não me ouça... Não conseguiu segurar o riso e o da velha senhora também Mas o que uma jovem espartana veio fazer aqui na cidade de Athenas? A senhora não me conhece? Sou Endemyon, a cantora que recebeu o prêmio ontem... Ah sim, Endemyon, meus parabéns minha jovem, mas você teve realmente muita sorte em Ter sido tão bem recebida aqui nesta cidade, sabe, os Espartanos não são muito bem vistos por aqui. Você cantará novamente aqui? Sim, amanhã será meu aniversário, e certamente me farão cantar para os convidados, mas eu não me importo, a única coisa que me dá prazer é cantar... Não saberia fazer outra coisa nesta vida. Mas você é tão jovem e bela, ainda tem todo um futuro pela frente, não deveria ser tão triste, ainda mais que amanhã é seu aniversário, uma data tão importante para você... Alegre-se! Muito obriga pelo seu conselho, minha senhora... Eu vou me retirar, tenho uma cidade inteira para conhecer... E assim, Endemyon deixa a àgora e vai cavalgando por uma estrada, pensando que aquele caminho a levaria até o Santuário de Athena, que queria ver mais de perto. Estava errada, por ali sairia em outro lugar. Uma espécie de floresta secreta, algo nunca visto por ela, já que em Esparta poucas florestas sobreviveram ao desmatamento que os seguidores de Ares fazem a cada ano. Maravilhada com a beleza da floresta, Endemyon mal se dá conta de que está anoitecendo e que ali pode ser perigoso. Quando finalmente se vê em meio à escuridão, ela começa a se desesperar achando que não conseguirá voltar, mas ao mesmo tempo mantém a calma, como sempre e muito útil numa situação como aquela. Quando começou a ouvir os sons dos primeiros animais noturnos que despertavam sua calam começou a ser abalada. Mas mesmo assim continuou a cavalgar, achando que estava indo no mesmo caminho que usou para chegar até ali. Mais uma vez saiu em outro lugar, e ate chegou a dar um leve sorriso, achando que finalmente havia chegado ao Santuário, mas logo percebeu que o templo que se encontrava diante dela não poderia ser o de Athena. Era um templo secreto, mas muito bonito, com uma bela estátua na entrada. Realmente medo não fazia parte do dicionário da jovem Endemyon, pois não hesitou em se aproximar do templo que acabara de descobrir, deixando seu cavalo Accel próximo àquele lugar. Era mesmo muito grande e muito bonito, a sua curiosidade aumentava a cada passo que dava em direção ao templo. Então começou a sentir uma enorme aura de calmaria vindo lá de dentro. Algo inexplicavelmente agradável. Nenhum dos palácios que já esteve tinha atmosfera tão agradável como a daquele templo. Ao observar a estátua de perto, ela notou que se tratava da imagem de um belo jovem, parecia-se com um guerreiro, mas a imponência de sua aparência era superior a de qualquer guerreiro que existisse. Vestia uma bela armadura dourada que parecia Ter sido feita pelas mãos de um Deus Forjador. Tinha asas em seu escudo e na parte de trás de sua armadura. Tomada pela beleza daquela estátua e por sua curiosidade, Endemyon quis saber o que havia lá dentro, e sem tomar a precaução de saber se havia ou não alguém zelando por aquele templo entrou. Havia uma outra imagem daquele jovem, mas em outra posição, desta vez com uma das mãos para o alto e a outra para baixo, como um pêndulo para hipnotizar pessoas. Ela começa a andar pelo templo, e não encontra ninguém. Nada além de colunas imensas e em tons de marfim. Endemyon não sabia mas era observada por alguém que se encontrava na parte de cima do templo. Ela se sentia tão bem naquele lugar que não hesitou em abrir uma porta que acabara de encontrar. Encontrou na nova sala uma harpa dourada, um belo instrumento. Foi ate a harpa e começou a dedilha-la. Não vendo nada que a impedisse, sentou-se e começou a cantar uma canção de sua autoria, a mesma que cantou no dia anterior, quando recebeu o prêmio no anfiteatro. E toca a harpa também. Com uma sutileza de quem toca em uma jóia preciosa, Endemyon tira a mais bela melodia daquela harpa e de sua voz. De tão entretida com sua própria música, Endemyon não percebe que agora está sendo observada de perto pela mesma pessoa que a observava antes do outro andar do templo. Com os olhos fechados ela viaja ao som de sua própria música. Mas algo lhe chama a atenção, uma sombra lhe passa diante dos olhos, e mesmo estando fechados ela pôde perceber. Rapidamente ela pára a música e abre os olhos. Está diante dela o mesmo jovem representado nas estátuas!!! Será que uma das estátuas adquiriu vida??? Endemyon ficou estática. Assim como o jovem diante dela, que não lhe dizia uma única palavra. Parecem tão impressionados um com o outro que as palavras naquele momento só atrapalhariam. Mas algo precisava ser dito, pois nenhum dos dois sabia a real intenção do outro. Após alguns momentos, que para eles certamente durou uma eternidade, ele quebra o silêncio, com sua voz suave, porém imponente e firme:
O que tão divina criatura faz em meu templo? Me desculpe, meu senhor, não sabia que este templo era habitado...nem tampouco que o seu dono aqui se encontrava. Queira me perdoar, peço-lhe mil perdões por Ter entrado sem autorização... Endemyon diz isso levantando- se da cadeira em que estava tocando a harpa e curvando-se para o jovem diante dela Não disse que poderia entrar aqui, mas também não disse que não... Se há algum culpado aqui, este sou eu, pois deixei as portas de meu templo abertas. Ele parecia mais impressionado do que nunca, como se nunca em sua vida tivesse visto algo semelhante ao rosto daquela jovem diante dele Então, já que não há erros ou culpados, eu me retiro... Endemyon já se preparava para sair, mas foi completamente paralisada por aquela voz novamente Por favor, fique, toque a harpa novamente... Cante aquela música novamente... Não sabia das suas intenções quando chegou aqui, mas fiquei observando-a do alto, quando começou a cantar e tocar, me senti tão bem àquele som... Mas eu não estou incomodando?... Eu acho que já esta muito tarde, eu devo ir, minha mãe já deve estar preocupada e... Não se preocupe, eu a levarei até ela, mas por favor não vá agora. Um belíssimo sorriso nasceu no rosto de Endemyon, e ela retomou seu posto na harpa, tocando novamente a canção. Quando terminou, o jovem lhe falou novamente Toca com tanta perfeição que nem parece uma música que o ar pode transportar como as outras músicas... Mas mesmo assim, este som não consegue ser mais belo que o seu rosto... É a mais bela face que eu já contemplei em minha existência! Está me dizendo isso porque quer que eu fique mais tempo aqui, não é?... Me desculpe, não posso ficar mais. Ela ri, certa de que o jovem já está envolvido por ela, como muitos outros ficaram, mas este lhe parecia interessante, mas havia algo misterioso nele que a fazia recuar, e ao mesmo tempo a atraía de forma que não poderia ir embora naquela hora Mas eu não disse isso só para que fique... Eu o disse porque é verdade! Nunca disseram isso à você? Sim, inúmeras vezes, mas eu não costumo me deixar seduzir por palavras. Você terá que ser mais criativo... E riu, num riso tão maravilhoso que aquele jovem só pôde dar uma resposta Você não invadiu meu templo... Eu deixei a porta aberta quando percebi que havia uma presença estranha na minha floresta... Eu a guiei até aqui e você entrou por causa da minha vontade! O que está dizendo???? Endemyon sentiu-se ultrajada por tais palavras. O jovem que lhe parecia ser uma agradável companhia agora falou-lhe num tom muito grosso Você sabe quem sou eu? pergunta o rapaz Na verdade estava começando a me interessar em saber, mas agora não mais! Se queria que eu viesse ate aqui, por que não me chamou? Porque ficou escondido no outro andar para que eu não o visse?? Por acaso achou que eu era uma ladra, que iria roubar você... E o que há para roubar aqui?? Não!! Eu não quis dizer nada disso!! Por favor não me interprete mal... Eu sei que deve estar confusa... Posso me explicar? Por favor... Ele respira e olha para ela com um leve sorriso Eu sou Hypnus, o Senhor do sono, este é um dos meus templos que tenho espalhados por toda a Grécia, não gosto de me expor, nem aos meus templos, então prefiro que fiquem em florestas como esta. Eu não costumo ficar aqui, nem me apresentar diante de pessoas, mas alguns descobrem os meus templos, como você fez, e vêm para falar comigo, por isso prefiro ficar nos Campos Elísios, onde posso Ter mais tranquilidade. Endemyon está perplexa!! Está diante de um Deus de verdade!! Um Deus em pessoa, e este ainda lhe pediu que ficasse em sua companhia e elogiou sua beleza!! Mas afinal, o que estava acontecendo? Me desculpe meu senhor, eu não sabia que... Não tinha idéia de que este templo era seu e... Ah, eu não sei o que dizer... me desculpe!! E ajoelhou-se para ele Não!! Não faça isso... Disse levantado-a do chão
Não deve fazer isso pois você me trouxe muita alegria aqui com sua
música... Eu não quero que me veja como uma divindade, mas como um
admirador seu... O que disse??!!... Meu admirador??... Mas o senhor é um Deus... E eu não... Não diga isso! Eu já disse que não quero ser tratado com temor... Não me chame de senhor... Sim, senhor... ah, me desculpe... Não contiveram o riso. Foi uma situação engraçada, porém muito marcante. Quando perceberam, o dia já estava quase amanhecendo, e nenhum dos dois se deu conta, e ela nem ao menos comeu ou descansou, mas sentia-se incrivelmente descansada. Só se deram conta quando o raios do sol adentraram as janelas do templo e ela sentiu um deles em seu rosto, iluminando-o e fazendo Hypnus ainda mais atraído por ela. Mas ao mesmo tempo em que estavam em agradável companhia um do outro, Endemyon sabia que àquela hora da manhã sua mãe já estaria desesperada para encontrá-la, ainda mais porque ela não quis sair em escolta dos soldados do palácio do rei Egeu.
Nossa!! Já é dia claro!! Se eu não for agora minha mãe fará uma besteira!! Eu tenho que ir, Hypnus!! E sai em desparada pelas portas do templo, ainda abertas... Endemyon era também uma excelente amazona. Cavalgava como ninguém, então Hypnus, que não esperava semelhante reação da jovem, só teve tempo de correr ate a porta do templo e chamar por ela, mas já era tarde, ela já havia ido. Ela é linda!! Zeus como aquela jovem é maravilhosa, nunca ouvi tão agradável música ou contemplei semelhante rosto!! E eu nem sei o nome dela... Dizia Hypnus a si mesmo
Endemyon chega ao palácio do rei Egeu apressada! Estava ofegante de tanto cavalgar, mas ainda não sabia porque o tinha feito: sua mãe estava realmente preocupada, mas se esperou a madrugada inteira, porque não esperar mais um pouco, até que se despedisse de Hypnus? Bem, mas já estava feito. Ela acabara de chegar. Sua mãe, Licycmus então inicia o questionamento:
Endemyon, onde você estava?? Responda já menina!! Sabe há quanto tempo estou te esperando?? Sabe o que eu passei esta madrugada esperando você chegar?? Você não vai falar nada?!? Se a senhora se acalmar eu falo... Disse, com a maior calma do mundo Olha, mãezinha, eu fui passear pela cidade e acabei me perdendo... Me desculpe, eu não sei muito bem, mas acho que fui parar em uma floresta, era tão bonita que eu não vi o tempo passar... Desculpe. "Desculpe"?? É tudo o que você diz!! Não se preocupa comigo?? Eu sofri uma noite toda e tudo o que diz é "desculpe"?? Mas mãe, o que quer que eu diga? Quer que eu minta? Eu falo a verdade!! E me desculpo... E com quem estava? Endemyon sabia que agora se falasse a verdade sua mãe começaria a duvidar de sua sanidade mental, ou será que acreditaria? Na dúvida foi melhor não dizer nada Com ninguém mãe... Estava só Uma madrugada inteira na floresta e você esteve só?? Não me faça de boba, minha filha!! Mas mãe, será tão difícil assim acreditar em mim? Além disso hoje eu faço vinte anos de idade e a senhora nem me deu os parabéns!! Licycmus parou um instante e percebeu que sua filha tinha razão. Estava enchendo-a de perguntas e ela nem ao menos deu parabéns à filha. Sinto muito, minha querida, eu não tive a intenção, mas que isto não se repita, está bem? Sim, mãe... Responde revirando os olhos, como quem não aguenta mais dar satisfações de cada passo que dá Neste momento, o ilustre anfitrião das duas espartanas, o rei Egeu, chega para felicitar a jovem Endemyon. Ela parece diferente neste dia, mas não por causa de seu aniversário, mas por causa da noite anterior, que jamais sairá de sua memória.
Continua
Bom gente, esta é a minha 1ª fic, espero que tenham gostado. Ela ficou bem grande neste primeiro capitulo né, mas a intenção era esta mesmo. Bem, eu vou me apresentar rapidinho pra não encher o saco de vocês. Bom, eu me chamo Luciana Athena. Tenho este nome porque minha mãe é professora de Mitologia (não só grega, mas várias delas). Então como minha velha sempre foi uma adoradora da Deusa Pallas Athena, eu recebi o nome . Bom, mas como vocês perceberam, eu não coloquei um nick parecido com meu nome porque não foi aceito, mas eu uso aqui o Luthy Lothlórien, que é uma brincadeira com meu 1º nome com minha segunda paixão (depois de Saint Seiya...hehehe) : O Senhor Dos Anéis. Bom, eu se vocês gostaram da fic, ou não, se têm sugestões, críticas boas ou ruins (por favor, peguem leve O_O) eu adoraria receber seus e-mails, e vou logo avisando: se querem ler o resto dessa Fic, mandem e-mails!! Se eu não receber ao menos uns 5 e-mails, eu não vou continuá-la. Bom é so isso. Brigadão e ate a proxima!!
