Bem, hoje vou fazer o começo diferente.Vou primeiramente agradecer a todos
que acompanharam essa fic desde o começo, os que deixaram e os que não
deixaram 'Reviews'.Só de saber que vocês lêem as fics já é muito
bom!Obrigada, Thanks, Brigadaum, bragadinha, brigadasso, bigadu,
bibigagadodo, thank you, e Valeu!!!
Mas não pensem que só porque esse é o último capítulo que vocês vão escapar de revisar, de jeito nenhum!Essa é a review mais importante de toda a fic,
porque gostaria de além de analisarem esse capítulo, dessem um check-up
total da estória, caso outras pessoas vejam as reviews desse último
capítulo.
Gente, muito obrigada, de verdade!!!
E espero que gostem desse último capítulo.(Buá... Já to com saudade...).
Mas não fiquem tristes!Estamos nos despedindo apenas de uma fic, não dos
personagens.Talvez...
Ah não vou mais enrolar, lê isso logo!Antes que eu comece a chorar
aqui...Aí queima teclado, aí já viu né...LOL...Aiiiiiii vão
queridos!!!Enjoy!!!Rs...
(Aconselho vocês a arquivarem esse capítulo antes de lerem, por ser
relativamente grande para um capítulo).
Fraldas, Ciúmes e Cia. / Capítulo Final / Adeus, Bem vinda, Até Breve...
Quando a água estava quente, John desligou o forno e já ia levando a jarra para Finn fazer o parto.Já achara os panos limpos, tudo estava pronto.Ele estava muito nervoso enquanto procurava as coisas e fez total bagunça na cozinha.Ele parou ao ver Meg chorar baixinho no canto do sofá, tentando esconder as lágrimas.
-Vai ficar tudo bem meu amorzinho...Não precisa chorar...
-Não 'quelo' que mamãe 'chole'...Quando mamãe 'chola' a Meg 'chola'...
-Oh mel... –John colocou rapidamente as coisas em cima da mesa e abraçou a filha bem forte.
Agora ele estava emocionado.A comoção de Meg tinha feito ele se emocionar também.
-Papai...Não deixa mamãe morrer...
-Não, não meu amor...Nunca! –Ela beijou a bochecha dela, sentindo as lágrimas ainda rolarem. –Eu não vou deixar, prometo...Vai ficar tudo bem...
-Se vai ficar tudo bem, você vai ter que ajudar a mamãe...A Finn não...
"Como ela sabe disso?".
-Como assim Meg?-Ele se afastou para ver o rosto da menina que secava as lágrimas e agora estava séria.
-Papai...Eu amo você...Amo você e a mamãe, e todo mundo...Muito, muito, muito...Mas você que tem que ajudar a mamãe a cuspir o bebê...A Finn não vai poder ajudar...
John não tinha muita cabeça naquela hora para pensar em alguma coisa do tipo, "Cuspir o bebê, Finn não poderá ajudar", e outras.Só achou que Meg era muito pequena para ficar sozinha naquela hora.
-Não vou demorar, prometo... –Ele abraçou a menina mais uma vez, pegou as coisas e foi direto ao quarto.
A menina deu Adeus ao pai, mas ele não viu.Ela sentou no sofá novamente e esperou.A própria morte.
-Quando papai chegar, vai ser tarde... –Ela se entristeceu.
*
-Finn...Sai... –John entrou apressado no quarto, já se preparando.
-O quê?Como é?Ta doidão Roxton?! Precisa de mim!
-Sim, preciso, mas não aqui...Meg está...Está... –Ele não achou palavras –...Você devia ter ficado com ela...
-E quem vai fazer o parto?
-Você está vendo alguém aqui além da minha pessoa Finn?!Eu vou fazer...Só, me diga...Ah...O básico...
Finn ficou parada olhando para John.
-Cara...Eu tenho que admitir.Você é muito macho... –Ela levantou e deu um tapinha em suas costas. -A parada é a seguinte... –Finn explicou, como John pediu, só o básico.Ela não sabia muita coisa também.
-Boa sorte...
-Eu vou precisar, obrigado.
Finn saiu rapidamente do quarto e foi para a sala.
*
-Vamos andem logo com isto...
-Calma Challenger...Essas coisas levam algum tempo... –Ned falou ajeitando a mochila em suas costas.
Verônica trocava a fralda do bebê.
-Não demore muito Verônica, do jeito que essa fralda está cheirando vai atrair logo todos os raptores da região...
Ela sorriu e continuou trocando a fralda de Arthur.
-Prontinho... –Ela levantou o bebê, agora limpo.
-Oh, bem melhor meu filho...Vamos? –Ned esticou os braços, pegando o bebê que se atirou para seu colo.
-Puxa saco. –Verônica resmungou.
-Pronto com isso?
-Sim Challenger, podemos ir...
-Quanto mais rápido chegarmos, mais segura nossa Marguerite estará com seu bebê...
Verônica arrumou a bolsa de lado e olhou para Challenger.
-Seus olhos...Estão inchados...
-Ora, impressão sua minha cara...
-Não, estão sim...Não dormiu direito não foi?
Ele apenas olhou para ela lhe dando a resposta que queria.
-Eu também não dormi bem...
-Estou realmente preocupado com Marguerite...Ela pode estar entrando em trabalho de parto agora mesmo, e se algo acontecer ao bebê eu não me perdoarei jamais...
-Não fique assim Challenger...
-Oh tenho que ficar assim.Eu acompanhei tudo com exames após exames, todos os dias e meses.Não vou deixar nove meses de trabalho e cuidados escoarem pelos meus dedos assim tão facilmente...Vamos...
Eles seguiram, mas agora um pouco mais rápido.
*
"Vamos lá Roxton...Vamos garoto...Você consegue...É só um...Um... –Marguerite gritou -...Parto!"
Estava tudo pronto.
-Isso Marguerite...Agora, faz força no três...Um, dois, três...
Ela gritou, fazendo força e respirou ofegante novamente.
-Vamos meu amor...Você consegue...Um, dois, três...
Ela tentou novamente.Nada.Só o sangue parou um pouco.Sinal de que o bebê estava vindo.
-John... –Ela estava delirando de dor –Não deixe ela morrer... –Ela pausou e gritou mais uma vez.
-Nunca meu bem...Não vou perde-la...Eu juro, juro pela minha própria...
-...Minha vida...Jure agora! –Ela fez mais um pouco de força e pausou -...John...Se você tiver que escolher pela vida de uma de nós...Por favor, deixe que nossa essência continue com você... –A respiração da herdeira ficava mais e mais ofegante.
John engoliu seco e ficou desesperado.Com aquelas palavras, ele estava suando mais que a própria.
-Escute... –Ele se aproximou dela, tirando um pouco dos cachos do rosto de Marguerite. –Eu já fiz muitas coisas difíceis em toda a minha vida...Perdi pessoas que eu amava, por minha causa...E agora...Que sou o homem mais feliz do universo, não vou deixar escapar essa felicidade tão completa e essencial... –Ele a beijou e ela chorou. –Eu te amo... –Ele começou a chorar ao vê-la chorando não conseguindo terminar a frase.
-Eu amo você John...Mais do que minha própria vida, mais do que tudo... –Ela gemeu de dor –Mas prometa para mim...Eu preciso que prometa!Agora!Se tiver que escolher...
-...Eu não vou escolher...Você vai ter esse bebê e as duas vão ficar bem...Confia em mim?Você me ajuda?
Ela balançou a cabeça e sorriu.
-Pare de chorar bebê chorão... –Ela tentou alivia-lo.Se ele não ficasse bem, não conseguiria salvar o bebê.Ela sabia disso.
-Está na hora...Um, dois...Três...
Marguerite fez mais força e John já podia ver a cabeça do bebê.O homem tremeu.
"Droga Challenger, onde está você quando nós precisamos...".Pensou.
*
-Titia...Promete que cuida do papai e da mamãe pla mim?
-Baixinha, por que ta falando isso?
-Porque ta na hora de ir...
-Ir aonde coração, agente vai ficar... –Finn parou de falar se assustando com a luz que invadiu a casa da árvore, a tornando como um sol, de tão brilhante. -...Aqui...O que tá acontecendo?! –Ela olhava para fora tentando achar a origem da luz azulada.
-Eu disse...Ta na hora de ir... –A menina sorriu.
-Agora quem num ta entendendo nada é eu! –Ela que sempre deixava os outros malucos com suas gírias.As duas se abraçaram sem saber o que fazer no meio daquela luz ofuscante.
*
-...Vamos Marguerite...Falta pouco...Ela já está vindo, está sim... –Ele sorriu muito emocionado.
-Oh Eu espero que sim!!! –Ela sorriu meio ansiosa.
-...Ô-Ow...Marguerite...Acho que está saindo...
-JOHN ROXTON EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ AINDA ACHA!!! –Ela gritou mais uma vez.
-Marguerite agora não temos tempo pra discutir...
*
-O que está acontecendo???Vimos a luz e viemos o mais depressa possível! –Challenger chegou ofegante junto com os outros, que logo foram procurar por Marguerite.
-O quê?O que está acontecendo?Aiiiii Challenger eu pensei que você pudesse responder isso!!!!! –Finn chorou.
-Fala Finn cadê a Marguerite!?
-Tá em trabalho de parto no quarto!!!!!Vai logo Challenger!!!
Todos se olharam assustados e Challenger correu para o quarto pedindo a Ned que levasse a mala de primeiros socorros que eles haviam preparado logo quando souberam da notícia da gravidez.Feita especialmente para isso, a malinha havia de um tudo.
Meg correu para os braços de Verônica que deu Arthur para Finn segurar.
-'Titi' eu to com medo agora! –A menina afundou o rosto no pescoço da loira que a confortou. –Tudo vai ficar bem Meg, não se preocupe...
Verônica olhou para Finn preocupada que estava a ponto de desabar em lágrimas.Balançando o bebê no colo, a menina do futuro desabafou.
-Se vocês não tivessem chegado eu não sei o que eu ia fazer... –A menina se aproximou de Verônica e também a abraçou.
-Agora estamos juntos aqui, não vai acontecer nada... –Apesar de Verônica estar dando apoio às duas, ela também estava precisando de um.Mas o abraço coletivo a fez sentir melhor, mas não deu tréguas para sua preocupação com a herdeira e seu bebê.Ela sabia que por causa da arrogância de Marguerite, poderia estar tudo perdido.
A luz sumiu e todas olharam ao seu redor.Mas era o que menos importava nessas horas de agonia.
*
Em Zanga...
O céu estava voltando a sua cor normal, mas ainda estava com uma clara coloração vermelha.Os habitantes estavam começando a saírem dos templos, olhos cheios de lágrimas e o coração apertado. Alguns se perguntavam o que teriam feito para que os Deuses estivessem bravos com eles, ou que alguma maldição antiga retomara vida.Eram muitas as sugestões.Todos os Anciões de Zanga estavam em uma reunião em separado, orando e pedindo aos deuses misericórdia.Mas Anaí, sabia o real motivo para aquilo tudo.Ela era criança quando previu que isto iria acontecer.Mas nunca disse a ninguém.Mas agora, vendo que o platô poderia estar em perigo, ela precisava contar.E foi o que fez.
A conversa entre eles foi demorada, mas nada de repreensões.Todos agora trabalhavam muito para achar uma solução que os ajudassem naquela situação.A notícia de Anaí não havia ainda chegado ao povo.
Chegando á janela, um dos anciões viu o céu com a cor desaparecendo e avisou Anaí.Ela sorriu e reverenciou um dos Deuses do Templo e sorriu. "Estamos salvos...".
*
Roxton estava tremendo quando puxou com todo o cuidado do mundo a cabeça do bebê.Era uma mistura de emoções tão grande dentro dele que não sabia se sorria, ou se chorava.
-Ela está aqui meu bem...Está chegando... –Ele puxou um pouco mais, tirando agora até a cintura do bebê todo sujo de sangue.
Challenger chegou ofegante.Venda aquela cena, ele andou lentamente parecendo não acreditar que era John quem estava ali, fazendo aquele parto.
Finalmente John conseguiu tirar todo o bebê de Marguerite.
Aqueles minutos foram como uma eternidade para Lorde Roxton.
Challenger só observava, impedindo Malone que também estava surpreso com a cena emocionante.
O choro alto e forte do bebê foi o som que todos esperavam.O alívio imediato para Marguerite que chorou juntamente ao ouvir o choro da criança.
John pegou o bebê e a enrolou com muito cuidado em um dos panos que ele havia preparado. "Obrigado meu grande Deus...".Ele só pensava em agradecer, pois havia feito a única coisa que não imaginava fazer na vida.Dar luz a uma nova vida.
O choro do bebê era forte, provando que a criança estava saudável.Challenger e Ned Malone sorriram um ao outro, muito felizes.
Mas quem mais estava feliz ali eram Roxton e Marguerite.
Challenger se aproximou e sorriu a John que segurava o bebê nos braços muito emocionado.O cientista ajudou rapidamente a limpar o sangue da criança enquanto John acompanhava tudo. Challenger entregou o bebê ao pai que levou diretamente para Marguerite ainda se recuperando.
Ele se agachou cuidadosamente perto da herdeira, que chorou mais ainda a ver a filha.John estava quase.
-Bem vinda meu anjo... –Marguerite disse pegando o bebê cuidadosamente, encostando-o em seu colo.O bebê havia parado de chorar.John beijou com carinho o bebê e Marguerite.Os dois sorriram.
-Você foi maravilhoso John...
-Você foi mais que isso Marguerite... –Eles olharam mais uma vez a pequena menininha.
-Então...Raptorina seria ideal... –John brincou ainda emocionado.
Malone saiu do quarto para dar a grande notícia.
*
-NASCEU!O BEBÊ NASCEU! O BEBÊ NASC.................
Malone se apavorou com a cena que viu.
Verônica estava de pé com Finn, que segurava um pequeno ursinho marrom.
As duas olharam lentamente para Ned que caminhou ainda surpreso.
-Onde está Meg? –Seu coração se apertou.
As duas olharam ainda sem reação para o ursinho.
-Onde está Meg!? –Ned repetiu.
-Ela...Ela virou...Ela está aqui...
No chão havia várias pétalas de flores, de todas as cores e variedades.Verônica apontou para o chão ainda com a boca aberta de espanto.
-Ela sumiu?Onde está a menina!? –Ned notou que a luz azulada havia parado.
-ELA VIROU FLOR!
-Expliquem, isso não é brincadeira Finn...
-Ned...Nós estávamos aqui e...e...Meg estava comigo, e então a luz parou e... E ela olhou pra mim e sorriu...E então...Ela largou o ursinho e sentou no chão então... Nós a perdemos... –Ela se desesperou.
-...Mas...Mas como ela poderia ter virado pétalas???
-EU NÃO SEI! –Finn começou a chorar incontrolavelmente contagiando Verônica ainda em estado de choque olhando para as flores.
Ned se aproximou rápido e se agachou perto às pétalas.
"Não acredito...".
Uma brisa soprou naquele momento e uns sons muito estranhos do vento, ouviram.Todos pararam e prestaram atenção.Parecia uma melodia que tocava quando vento batia nos abjetos da casa da árvore.
Um pó fino e reluzente acompanhou a brisa dando diversas formas ao vento, que levantou as pétalas.O movimento fazia com que as pétalas girassem no ar movimentando-se rotativamente.
Da mesma maneira que o vento veio surpreendentemente do nada, se foi, levando consigo as pétalas.
Agora, os três estavam sós, na sala, um olhando para o outro, tentando entender o que acabaram de presenciar.Não havia explicação.
*
-Onde está Meg?Eu quero que ela venha ver sua irmãzinha...
Marguerite cochichou para Challenger que entregou o bebê após os exames.
-Ela está bem Challenger?
-Sim, as duas estão perfeitamente bem meu velho, meus parabéns, você fez um ótimo trabalho...
-Oh, não Challenger, você é quem merece os parabéns por ter cuidado tão bem delas...–John sorriu ainda um pouco assustado.
-Ela é tão linda... –Marguerite sussurrou ao pegar novamente o bebê.
Roxton se aproximou e sorriu.
-Ela é você miniatura amor...
-...Hmmm...Muito obrigado pelo elogio...Acho que ela gostou... –Ela sorriu fazendo carinho na cabeça do bebê.
-Ela é tão pequena...Tão frágil... –John admirou.
-Oh querido, bote o babador ok?! –Eles riram.
-Nossa filha Marguerite...Nossa...
Os dois se abraçaram calorosamente envolvendo o bebê.Challenger saia em direção á sala para chamar a menininha.Mal sabia ele que não haveria quem chamar.
-John...Marguerite ficou séria...Acho que vou... –A mulher não conseguiu falar e desmaiou.
-Marguerite...Meu amor, fale comigo...Marguerite...Marguerite, responda! –Com o chamado de Roxton, Challenger voltou.
-O que está havendo?
John pegou a criança e deu-a para Challenger.Ele botou sua cabeça perto do peito da mulher dormente e tentou ouvir seu coração. Ele gelou.
-Está parado Challenger...
-Oh, santo Deus, um taque cardíaco!!!
Nesse momento Malone entrou no quarto ainda pálido com a notícia do desaparecimento da menina.
Challenger deu a criança nos braços de Ned que segurou um pouco assustado, parecendo voltar á realidade.
-Challenger eu preciso falar com você...
-...Agora não temos tempo Malone... –Ele correu para onde Marguerite estava.
Roxton tentava desesperadamente reanimar a mulher dando socos em seu tórax.Challenger afastou Roxton e checou o pulso.Estava parado.Ele bombeou mais uma vez com a mão o coração dela que continuava parado.Ele olhou para John e viu que precisava fazer algo rápido, ou seria tarde demais.
*
-Onde estou?Onde está, minha filha???Roxton onde está você????
Marguerite estava numa espécie de cidade, muito parecida com Londres.Estava com roupas diferentes, com seu corpo como era antes da gravidez, enfim, parecia estar em um sonho.Ela estava olhando em uma janela, mas estava em um quarto.
"Todos aqueles carros estranhos... Aquelas roupas e pessoas... Onde estou afinal?!"Ela se questionava.
O tempo estava cinzento, havia acabado de chover na cidade.Ela percebeu vendo as poças nas calçadas largas.Nos grandes e luxuosos prédios altos, havia gotas da chuva nas janelas.As pessoas lá em baixo fechavam seus guarda-chuvas e tiravam suas capas.
O quarto estava escuro.Ela olhou ao redor tentando enxergar ao menos uma vela.Mas tudo que conseguiu foi ouvir um barulho de fechadura.Aporta estava sendo aberta.
Ela se escondeu rapidamente por trás de uma cortina e ficou observando, para sua surpresa, a mulher que havia entrado era como ela.Era sua cópia.A luz acendeu e fez Marguerite esconder um pouco os olhos.Ela estava percebendo em que estava no quarto de uma criança.
"Essa não... Será que tenho uma irmã e não sei?!".
Nesse momento uma buzina de um caminhão foi ouvida na grande avenida e ela levou um susto saindo de trás da cortina.
"Oh, não poderia acontecer nada melhor...".Ela estava no chão de cabeça baixa evitando olhar para a mulher.
A mulher não podia vê-la.Ela passou por Marguerite sem nenhuma reação.Marguerite suspirou fundo e ficou ali observando o que a mulher iria fazer.
"Hey, querida... Ora do desjejum...". –A mulher disse.
Pegando o bebê ainda sonolento do berço, ela estava se preparando para alimentar sua criança. "Oh droga... Por que você não pode esperar até amanhecer hum?!".Ela encarou os próprios seios inchados. "Tem que entender que eu preciso de algumas horas de sono... Não todas como você, mas, eu preciso!".Agora ela se referia ao pequeno bebê em seus braços.
Sentando-se confortavelmente na poltrona e desabotoando com uma mão os botões da camisa, Ela continuava de olhos fechados.Abriu o pequeno fecho do sutiã aconchegou o bebê em seu colo.Demorando um pouco para achar o bico, o bebê resmungou.
"Oh, não reclame, a um minuto atrás você estava dormindo!". –Ela ajudou o bebê a encontrar o que procurava.
Alguns minutos passados, o alívio.
Marguerite via muito bem o rosto do bebê.Idêntica a Meg quando ela a encontrou com os outros nas margens daquele rio.Apesar de recém-nascida, a criança abria e fechava os olhos, parecendo vigiar a mãe para não dormir.As pequenas mãos balançavam com freqüência, provando que seria uma criança um pouco agitada.
Quando estava quase dormindo tombando a cabeça devagar para o lado, a mulher se lembrava que não estava na cama e sacudia a cabeça rapidamente.
"Não vou dormir... Não vou dormir... Não vou dormir... Não vou dormir..." -Ela repetia como um mantra, mas em vão.
Ela levou uma das mãos do bebê, apoiando em seu seio cheio de leite.Com um leve toque, ela podia sentir todos os ossos do bebê, na pele tão frágil e delicada.Sorrindo, fez carinho nas costas do bebê.
"Você estava tentando me enganar, eu sei... Você estava morrendo de fome, admita! Fez aquele charminho todo quando te peguei mais, veja agora! Não reclama não é? Você é esperta... O pior é que não sei a quem você puxou...". –Ela sorriu.
Passados mais alguns minutos, o bebê afastou um pouco seu rostinho do colo da mãe.
"Oh, satisfeita? Acho bom, eu não ia agüentar mais nem um minuto aqui... Você ia ter que me levar pra cama sabia?" –Ela beijou carinhosamente a menina que voltava a dormir.
(Voltava? Eu disse voltava?)...
"Ora... Vamos, ajude sua mamãe querida... Durma... Por favor,... Se você não quer tem quem queira!".
Marguerite olhou no relógio ao lado da cama. "23:24 h - 2004??????"
"Estou aqui faz meia hora e você não dorme! Fome não é... Dor de barriga não é... Cólicas? Cólica não, não é... Sede? Oh Marguerite que idiota! Sede... Bebê tem sede?...".
"Marguerite? Espere um minuto, essa sou eu?!"Marguerite se assustou.
E assim a mulher continuou se questionando no que estava errado.Até que veio a santa idéia de pegar o bebê novamente.Ela rodou os olhos.
"Você venceu, ok Meg...".
"Meg?????O que Meg está fazendo aqui???".
Balançando um pouco impaciente, o bebê demorou mais um pouco, mas dormiu.Os grandes olhos azuis se apagaram.
"Oh... Obrigada... Da próxima eu mando a conta de luz!".
Ela colocou cuidadosamente a criança no berço e foi andando depressa para fora do quarto, apagando a luz e fechando a porta.
Marguerite admirava aquela cena e ao mesmo tempo estava totalmente confusa.Ela estava tendo uma visão não muito distante de seu futuro.
Ela sentiu uma fisgada no peito forte. "Inferno, mas o que está acontecendo afinal?".
_
-Ela está voltando Challenger... –Roxton estava segurando a mão de Marguerite que estava voltando á vida.Ela estava de volta a casa da árvore.Viu Challenger com o aparelho de choques e viu Ned ao fundo, com o olhar meio perdido, segurando o bebê, já limpo, em sua manta rosa.
-Respire devagar criança, não é todo dia que temos um taque cardíaco...
-Eu tive o que???
-Sente-se bem agora? –John ainda estava preocupado.
-Onde está meu bebê?!Eu quero vê-la!
-Traga ela para cá Ned...
-NÃO!EU ESTOU FALANDO DO MEU OUTRO BEBÊ!QUERO MINHA MEG AGORA AQUI! –Ela ficou alterada.
-Calma, não fique agitada Marguerite...Continue respirando devagar... –Marguerite fez o que Challenger pediu, examinando sua pulsação.
-É...É...É... –Ned não conseguia falar olhando para o bebê.Ele fechou os olhos e continuou. –...É uma linda menina Marguerite, parabéns... –Ned estava arrepiado só de pensar que o bebê que estava segurando havia acabado de desaparecer na sala.
John ainda estava segurando a mão de sua esposa quando ela questionou novamente.
-John...Chega de conversa, onde está Meg?Eu quero vê-la agora...
-Marguerite, me escute, Meg está bem e você tem que descansar agora...Depois você pode ver Meg...
-Mas John, eu tive uma...
-...Tudo bem, eu vou à sala daqui a pouco e vou ver como nossa filha está, tudo bem?Agora ela está com Verônica e Finn, está tudo bem...
-Não, não está...
Todos se olharam confusos, menos Ned que já sabia de tudo.
-Challenger tem razão meu amor, você precisa descansar, foi um parto muito difícil, eu que o diga.Vamos, não se preocupe, eu vou ficar aqui com você até dormir e depois irei ver nosso anjinho...
-JOHN ME ESCUTA! –Ela agarrou os braços dele fazendo olhar dentro dos olhos dela. –Não tenho um pressentimento bom sobre ela, por favor, pelo menos vá e veja se ela está bem.Por favor.
Algum momento os dois ficaram olho no olho até que John se levantou.
-Não fique pulando na cama, eu já volto... –Ele brincou e foi atender o pedido de Marguerite.
*
-A criança que vi entrar correndo no quarto daquela mulher bonita, era o mesmo ser que estava dentro da barriga dela...
-Tem certeza do que está dizendo Anaí?
-Ela está cansada de tanto orar para nossos Deuses coitada...
-Eu não admito que vocês me ofendam desta maneira!Eu nunca vi aquilo em toda a minha humilde vida, e quando deparo com o que nossos antepassados chamavam de 'Alfa e Omega' vocês não acreditam em mim?Se não sou eu a vidente desta aldeia, estou errada! –Ela falou furiosa com os membros da reunião.
-Desculpe-nos Anaí... –O pai de Assai continuou –Então, essa criança será a chave de todo o platô?
Anaí sorriu. –Estamos lidando com um ser bem acima do nosso platô...Ela tem poder sobre quem e o que quiser...Por isso, houve uma mudança na ordem...
-Tempo?Como os estrangeiros dizem?
-Sim...Alguma coisa aconteceu de errado no futuro do mundo deles, que trouxe essa lástima para cá!Mas eles esncontararão o caminho de casa em breve...
-Temos que avisa-los...
-Já é tarde...O ser já está entre nós, novamente, e com seus poderes renovados... –Ela fechou os olhos parecendo sentir alguma vibração.
-Não estou entendendo papai... –Assai participava da conversa.
-...Trata-se de uma coisa além de nossa compreensão Assai, esse ser é invencível...Mas como toda coisa na terra tem dois lados, a única fraqueza desse ser é ser puro demais...
-...Não consigo ver fraqueza em ser puro...
-Ele é tão puro, mais tão puro, que não saberia dizer o que é bom, e o que é ruim, o que é bom ou mal, o que é certo ou errado.Se esse bebê cair em mãos erradas, a humanidade estará perdida até o fim dos tempos!
Com isso, os anciões ficaram refletindo.
-E como podemos ajuda-lo?
-Devemos protege-lo com nossas próprias vidas.Assai, irá com quantos guerreiros quiser para onde a criança mora, e avisará para os pais tudo o que eu vi!Se precisar, mate-os.A criança deve ser preservada a qualquer custo!
-Não será preciso Anaí...Eles irão entender...
*
John voltou estático para o quarto.Olhou para Challenger e depois para Malone, de cabeça baixa.
-Você sabia , não sabia? –Ele perguntou ao jornalista que continuou de cabeça baixa. –RESPONDA!!!!!!!!!!!!!!!!Ele gritou.
-John... –O tremor na voz de Marguerite era assustador –O que está acontecendo? –Ela perguntou pausadamente.
Ele hesitou em contar.
-John...-Ela alterou a voz –Diga-me, o que está acontecendo, e onde está nossa Meg?
Parecia que Marguerite estava pressentindo, depois daquele sonho maluco que teve, tinha quase certeza de que alguma coisa estava errada, só não sabia o quanto.
Roxton pegou a criança e se sentou na cama, ao lado da herdeira, e, com muita calma, começou a contar-lhe tudo o que soubera na sala.Foi o fim.
*
TRÊS MESES E MEIO DEPOIS...
Marguerite amamentava a criança e seu colo.
-Muito bem Meg... –Ela fechou os botões da camisa branca –Por hoje já chega, não acha?
Três batidas a porta.
-Entre... –Ela se sentou na cama, deitando bebê com cuidado ao lado.
John entrou com um maravilhoso buquê de flores amarelas.
-São lindas meu bem...Obrigada... –Ela lhe deu um breve beijo.
John colocou as flores em um vaso e deitou-se na cama, ao lado do bebê, que estava sonolento.
-Meg... –Ele cochichou –Estou com saudades de você...Meu anjinho...
Marguerite olhou para o marido e a pequena Meg.
-John...Ela cochichou -...Eu sabia...Sabia que no dia em que a encontramos não foi apenas coincidência...
-Concordo com você meu bem, coincidências são mais claras do que tudo que aconteceu conosco nesses últimos meses...
-...Anos...
-Uhum...
Aquela conversa não estava tomando um bom rumo, trazendo péssimas recordações para ambos. John passou por cima do bebê e repousou a cabeça no colo da herdeira.
-Acha que ela vai se lembrar de nós?
-Não sei John...Soninho meu bebê? –Ela sorriu ao ver John suspirar.
-Cansado...Nada mais...
Dito isso, John aconchegou a menininha contra seu tórax e adormeceu.
"Meus dois filhos... Oh, esse dia pode ter algo melhor?".Com um sorriso, Marguerite fechou os olhos e tentou sonhar com o seu futuro.E o futuro de sua família também.
*
Anaí foi alguns dias após o nascimento de Meg e explicou tudo o que sabia sobre a história dela.Nem todos acreditaram.Ao passar do tempo, eles foram ligando fatos e coisas que só aconteciam com a menina.Todos ainda estavam abalados, e Anaí disse: Podem estar inconformados agora, mas nada que o tempo não faça os curativos em seus corações.
Fim
*****************************************************
Apenas Revisem, Obrigada,
Lady F.
que acompanharam essa fic desde o começo, os que deixaram e os que não
deixaram 'Reviews'.Só de saber que vocês lêem as fics já é muito
bom!Obrigada, Thanks, Brigadaum, bragadinha, brigadasso, bigadu,
bibigagadodo, thank you, e Valeu!!!
Mas não pensem que só porque esse é o último capítulo que vocês vão escapar de revisar, de jeito nenhum!Essa é a review mais importante de toda a fic,
porque gostaria de além de analisarem esse capítulo, dessem um check-up
total da estória, caso outras pessoas vejam as reviews desse último
capítulo.
Gente, muito obrigada, de verdade!!!
E espero que gostem desse último capítulo.(Buá... Já to com saudade...).
Mas não fiquem tristes!Estamos nos despedindo apenas de uma fic, não dos
personagens.Talvez...
Ah não vou mais enrolar, lê isso logo!Antes que eu comece a chorar
aqui...Aí queima teclado, aí já viu né...LOL...Aiiiiiii vão
queridos!!!Enjoy!!!Rs...
(Aconselho vocês a arquivarem esse capítulo antes de lerem, por ser
relativamente grande para um capítulo).
Fraldas, Ciúmes e Cia. / Capítulo Final / Adeus, Bem vinda, Até Breve...
Quando a água estava quente, John desligou o forno e já ia levando a jarra para Finn fazer o parto.Já achara os panos limpos, tudo estava pronto.Ele estava muito nervoso enquanto procurava as coisas e fez total bagunça na cozinha.Ele parou ao ver Meg chorar baixinho no canto do sofá, tentando esconder as lágrimas.
-Vai ficar tudo bem meu amorzinho...Não precisa chorar...
-Não 'quelo' que mamãe 'chole'...Quando mamãe 'chola' a Meg 'chola'...
-Oh mel... –John colocou rapidamente as coisas em cima da mesa e abraçou a filha bem forte.
Agora ele estava emocionado.A comoção de Meg tinha feito ele se emocionar também.
-Papai...Não deixa mamãe morrer...
-Não, não meu amor...Nunca! –Ela beijou a bochecha dela, sentindo as lágrimas ainda rolarem. –Eu não vou deixar, prometo...Vai ficar tudo bem...
-Se vai ficar tudo bem, você vai ter que ajudar a mamãe...A Finn não...
"Como ela sabe disso?".
-Como assim Meg?-Ele se afastou para ver o rosto da menina que secava as lágrimas e agora estava séria.
-Papai...Eu amo você...Amo você e a mamãe, e todo mundo...Muito, muito, muito...Mas você que tem que ajudar a mamãe a cuspir o bebê...A Finn não vai poder ajudar...
John não tinha muita cabeça naquela hora para pensar em alguma coisa do tipo, "Cuspir o bebê, Finn não poderá ajudar", e outras.Só achou que Meg era muito pequena para ficar sozinha naquela hora.
-Não vou demorar, prometo... –Ele abraçou a menina mais uma vez, pegou as coisas e foi direto ao quarto.
A menina deu Adeus ao pai, mas ele não viu.Ela sentou no sofá novamente e esperou.A própria morte.
-Quando papai chegar, vai ser tarde... –Ela se entristeceu.
*
-Finn...Sai... –John entrou apressado no quarto, já se preparando.
-O quê?Como é?Ta doidão Roxton?! Precisa de mim!
-Sim, preciso, mas não aqui...Meg está...Está... –Ele não achou palavras –...Você devia ter ficado com ela...
-E quem vai fazer o parto?
-Você está vendo alguém aqui além da minha pessoa Finn?!Eu vou fazer...Só, me diga...Ah...O básico...
Finn ficou parada olhando para John.
-Cara...Eu tenho que admitir.Você é muito macho... –Ela levantou e deu um tapinha em suas costas. -A parada é a seguinte... –Finn explicou, como John pediu, só o básico.Ela não sabia muita coisa também.
-Boa sorte...
-Eu vou precisar, obrigado.
Finn saiu rapidamente do quarto e foi para a sala.
*
-Vamos andem logo com isto...
-Calma Challenger...Essas coisas levam algum tempo... –Ned falou ajeitando a mochila em suas costas.
Verônica trocava a fralda do bebê.
-Não demore muito Verônica, do jeito que essa fralda está cheirando vai atrair logo todos os raptores da região...
Ela sorriu e continuou trocando a fralda de Arthur.
-Prontinho... –Ela levantou o bebê, agora limpo.
-Oh, bem melhor meu filho...Vamos? –Ned esticou os braços, pegando o bebê que se atirou para seu colo.
-Puxa saco. –Verônica resmungou.
-Pronto com isso?
-Sim Challenger, podemos ir...
-Quanto mais rápido chegarmos, mais segura nossa Marguerite estará com seu bebê...
Verônica arrumou a bolsa de lado e olhou para Challenger.
-Seus olhos...Estão inchados...
-Ora, impressão sua minha cara...
-Não, estão sim...Não dormiu direito não foi?
Ele apenas olhou para ela lhe dando a resposta que queria.
-Eu também não dormi bem...
-Estou realmente preocupado com Marguerite...Ela pode estar entrando em trabalho de parto agora mesmo, e se algo acontecer ao bebê eu não me perdoarei jamais...
-Não fique assim Challenger...
-Oh tenho que ficar assim.Eu acompanhei tudo com exames após exames, todos os dias e meses.Não vou deixar nove meses de trabalho e cuidados escoarem pelos meus dedos assim tão facilmente...Vamos...
Eles seguiram, mas agora um pouco mais rápido.
*
"Vamos lá Roxton...Vamos garoto...Você consegue...É só um...Um... –Marguerite gritou -...Parto!"
Estava tudo pronto.
-Isso Marguerite...Agora, faz força no três...Um, dois, três...
Ela gritou, fazendo força e respirou ofegante novamente.
-Vamos meu amor...Você consegue...Um, dois, três...
Ela tentou novamente.Nada.Só o sangue parou um pouco.Sinal de que o bebê estava vindo.
-John... –Ela estava delirando de dor –Não deixe ela morrer... –Ela pausou e gritou mais uma vez.
-Nunca meu bem...Não vou perde-la...Eu juro, juro pela minha própria...
-...Minha vida...Jure agora! –Ela fez mais um pouco de força e pausou -...John...Se você tiver que escolher pela vida de uma de nós...Por favor, deixe que nossa essência continue com você... –A respiração da herdeira ficava mais e mais ofegante.
John engoliu seco e ficou desesperado.Com aquelas palavras, ele estava suando mais que a própria.
-Escute... –Ele se aproximou dela, tirando um pouco dos cachos do rosto de Marguerite. –Eu já fiz muitas coisas difíceis em toda a minha vida...Perdi pessoas que eu amava, por minha causa...E agora...Que sou o homem mais feliz do universo, não vou deixar escapar essa felicidade tão completa e essencial... –Ele a beijou e ela chorou. –Eu te amo... –Ele começou a chorar ao vê-la chorando não conseguindo terminar a frase.
-Eu amo você John...Mais do que minha própria vida, mais do que tudo... –Ela gemeu de dor –Mas prometa para mim...Eu preciso que prometa!Agora!Se tiver que escolher...
-...Eu não vou escolher...Você vai ter esse bebê e as duas vão ficar bem...Confia em mim?Você me ajuda?
Ela balançou a cabeça e sorriu.
-Pare de chorar bebê chorão... –Ela tentou alivia-lo.Se ele não ficasse bem, não conseguiria salvar o bebê.Ela sabia disso.
-Está na hora...Um, dois...Três...
Marguerite fez mais força e John já podia ver a cabeça do bebê.O homem tremeu.
"Droga Challenger, onde está você quando nós precisamos...".Pensou.
*
-Titia...Promete que cuida do papai e da mamãe pla mim?
-Baixinha, por que ta falando isso?
-Porque ta na hora de ir...
-Ir aonde coração, agente vai ficar... –Finn parou de falar se assustando com a luz que invadiu a casa da árvore, a tornando como um sol, de tão brilhante. -...Aqui...O que tá acontecendo?! –Ela olhava para fora tentando achar a origem da luz azulada.
-Eu disse...Ta na hora de ir... –A menina sorriu.
-Agora quem num ta entendendo nada é eu! –Ela que sempre deixava os outros malucos com suas gírias.As duas se abraçaram sem saber o que fazer no meio daquela luz ofuscante.
*
-...Vamos Marguerite...Falta pouco...Ela já está vindo, está sim... –Ele sorriu muito emocionado.
-Oh Eu espero que sim!!! –Ela sorriu meio ansiosa.
-...Ô-Ow...Marguerite...Acho que está saindo...
-JOHN ROXTON EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ AINDA ACHA!!! –Ela gritou mais uma vez.
-Marguerite agora não temos tempo pra discutir...
*
-O que está acontecendo???Vimos a luz e viemos o mais depressa possível! –Challenger chegou ofegante junto com os outros, que logo foram procurar por Marguerite.
-O quê?O que está acontecendo?Aiiiii Challenger eu pensei que você pudesse responder isso!!!!! –Finn chorou.
-Fala Finn cadê a Marguerite!?
-Tá em trabalho de parto no quarto!!!!!Vai logo Challenger!!!
Todos se olharam assustados e Challenger correu para o quarto pedindo a Ned que levasse a mala de primeiros socorros que eles haviam preparado logo quando souberam da notícia da gravidez.Feita especialmente para isso, a malinha havia de um tudo.
Meg correu para os braços de Verônica que deu Arthur para Finn segurar.
-'Titi' eu to com medo agora! –A menina afundou o rosto no pescoço da loira que a confortou. –Tudo vai ficar bem Meg, não se preocupe...
Verônica olhou para Finn preocupada que estava a ponto de desabar em lágrimas.Balançando o bebê no colo, a menina do futuro desabafou.
-Se vocês não tivessem chegado eu não sei o que eu ia fazer... –A menina se aproximou de Verônica e também a abraçou.
-Agora estamos juntos aqui, não vai acontecer nada... –Apesar de Verônica estar dando apoio às duas, ela também estava precisando de um.Mas o abraço coletivo a fez sentir melhor, mas não deu tréguas para sua preocupação com a herdeira e seu bebê.Ela sabia que por causa da arrogância de Marguerite, poderia estar tudo perdido.
A luz sumiu e todas olharam ao seu redor.Mas era o que menos importava nessas horas de agonia.
*
Em Zanga...
O céu estava voltando a sua cor normal, mas ainda estava com uma clara coloração vermelha.Os habitantes estavam começando a saírem dos templos, olhos cheios de lágrimas e o coração apertado. Alguns se perguntavam o que teriam feito para que os Deuses estivessem bravos com eles, ou que alguma maldição antiga retomara vida.Eram muitas as sugestões.Todos os Anciões de Zanga estavam em uma reunião em separado, orando e pedindo aos deuses misericórdia.Mas Anaí, sabia o real motivo para aquilo tudo.Ela era criança quando previu que isto iria acontecer.Mas nunca disse a ninguém.Mas agora, vendo que o platô poderia estar em perigo, ela precisava contar.E foi o que fez.
A conversa entre eles foi demorada, mas nada de repreensões.Todos agora trabalhavam muito para achar uma solução que os ajudassem naquela situação.A notícia de Anaí não havia ainda chegado ao povo.
Chegando á janela, um dos anciões viu o céu com a cor desaparecendo e avisou Anaí.Ela sorriu e reverenciou um dos Deuses do Templo e sorriu. "Estamos salvos...".
*
Roxton estava tremendo quando puxou com todo o cuidado do mundo a cabeça do bebê.Era uma mistura de emoções tão grande dentro dele que não sabia se sorria, ou se chorava.
-Ela está aqui meu bem...Está chegando... –Ele puxou um pouco mais, tirando agora até a cintura do bebê todo sujo de sangue.
Challenger chegou ofegante.Venda aquela cena, ele andou lentamente parecendo não acreditar que era John quem estava ali, fazendo aquele parto.
Finalmente John conseguiu tirar todo o bebê de Marguerite.
Aqueles minutos foram como uma eternidade para Lorde Roxton.
Challenger só observava, impedindo Malone que também estava surpreso com a cena emocionante.
O choro alto e forte do bebê foi o som que todos esperavam.O alívio imediato para Marguerite que chorou juntamente ao ouvir o choro da criança.
John pegou o bebê e a enrolou com muito cuidado em um dos panos que ele havia preparado. "Obrigado meu grande Deus...".Ele só pensava em agradecer, pois havia feito a única coisa que não imaginava fazer na vida.Dar luz a uma nova vida.
O choro do bebê era forte, provando que a criança estava saudável.Challenger e Ned Malone sorriram um ao outro, muito felizes.
Mas quem mais estava feliz ali eram Roxton e Marguerite.
Challenger se aproximou e sorriu a John que segurava o bebê nos braços muito emocionado.O cientista ajudou rapidamente a limpar o sangue da criança enquanto John acompanhava tudo. Challenger entregou o bebê ao pai que levou diretamente para Marguerite ainda se recuperando.
Ele se agachou cuidadosamente perto da herdeira, que chorou mais ainda a ver a filha.John estava quase.
-Bem vinda meu anjo... –Marguerite disse pegando o bebê cuidadosamente, encostando-o em seu colo.O bebê havia parado de chorar.John beijou com carinho o bebê e Marguerite.Os dois sorriram.
-Você foi maravilhoso John...
-Você foi mais que isso Marguerite... –Eles olharam mais uma vez a pequena menininha.
-Então...Raptorina seria ideal... –John brincou ainda emocionado.
Malone saiu do quarto para dar a grande notícia.
*
-NASCEU!O BEBÊ NASCEU! O BEBÊ NASC.................
Malone se apavorou com a cena que viu.
Verônica estava de pé com Finn, que segurava um pequeno ursinho marrom.
As duas olharam lentamente para Ned que caminhou ainda surpreso.
-Onde está Meg? –Seu coração se apertou.
As duas olharam ainda sem reação para o ursinho.
-Onde está Meg!? –Ned repetiu.
-Ela...Ela virou...Ela está aqui...
No chão havia várias pétalas de flores, de todas as cores e variedades.Verônica apontou para o chão ainda com a boca aberta de espanto.
-Ela sumiu?Onde está a menina!? –Ned notou que a luz azulada havia parado.
-ELA VIROU FLOR!
-Expliquem, isso não é brincadeira Finn...
-Ned...Nós estávamos aqui e...e...Meg estava comigo, e então a luz parou e... E ela olhou pra mim e sorriu...E então...Ela largou o ursinho e sentou no chão então... Nós a perdemos... –Ela se desesperou.
-...Mas...Mas como ela poderia ter virado pétalas???
-EU NÃO SEI! –Finn começou a chorar incontrolavelmente contagiando Verônica ainda em estado de choque olhando para as flores.
Ned se aproximou rápido e se agachou perto às pétalas.
"Não acredito...".
Uma brisa soprou naquele momento e uns sons muito estranhos do vento, ouviram.Todos pararam e prestaram atenção.Parecia uma melodia que tocava quando vento batia nos abjetos da casa da árvore.
Um pó fino e reluzente acompanhou a brisa dando diversas formas ao vento, que levantou as pétalas.O movimento fazia com que as pétalas girassem no ar movimentando-se rotativamente.
Da mesma maneira que o vento veio surpreendentemente do nada, se foi, levando consigo as pétalas.
Agora, os três estavam sós, na sala, um olhando para o outro, tentando entender o que acabaram de presenciar.Não havia explicação.
*
-Onde está Meg?Eu quero que ela venha ver sua irmãzinha...
Marguerite cochichou para Challenger que entregou o bebê após os exames.
-Ela está bem Challenger?
-Sim, as duas estão perfeitamente bem meu velho, meus parabéns, você fez um ótimo trabalho...
-Oh, não Challenger, você é quem merece os parabéns por ter cuidado tão bem delas...–John sorriu ainda um pouco assustado.
-Ela é tão linda... –Marguerite sussurrou ao pegar novamente o bebê.
Roxton se aproximou e sorriu.
-Ela é você miniatura amor...
-...Hmmm...Muito obrigado pelo elogio...Acho que ela gostou... –Ela sorriu fazendo carinho na cabeça do bebê.
-Ela é tão pequena...Tão frágil... –John admirou.
-Oh querido, bote o babador ok?! –Eles riram.
-Nossa filha Marguerite...Nossa...
Os dois se abraçaram calorosamente envolvendo o bebê.Challenger saia em direção á sala para chamar a menininha.Mal sabia ele que não haveria quem chamar.
-John...Marguerite ficou séria...Acho que vou... –A mulher não conseguiu falar e desmaiou.
-Marguerite...Meu amor, fale comigo...Marguerite...Marguerite, responda! –Com o chamado de Roxton, Challenger voltou.
-O que está havendo?
John pegou a criança e deu-a para Challenger.Ele botou sua cabeça perto do peito da mulher dormente e tentou ouvir seu coração. Ele gelou.
-Está parado Challenger...
-Oh, santo Deus, um taque cardíaco!!!
Nesse momento Malone entrou no quarto ainda pálido com a notícia do desaparecimento da menina.
Challenger deu a criança nos braços de Ned que segurou um pouco assustado, parecendo voltar á realidade.
-Challenger eu preciso falar com você...
-...Agora não temos tempo Malone... –Ele correu para onde Marguerite estava.
Roxton tentava desesperadamente reanimar a mulher dando socos em seu tórax.Challenger afastou Roxton e checou o pulso.Estava parado.Ele bombeou mais uma vez com a mão o coração dela que continuava parado.Ele olhou para John e viu que precisava fazer algo rápido, ou seria tarde demais.
*
-Onde estou?Onde está, minha filha???Roxton onde está você????
Marguerite estava numa espécie de cidade, muito parecida com Londres.Estava com roupas diferentes, com seu corpo como era antes da gravidez, enfim, parecia estar em um sonho.Ela estava olhando em uma janela, mas estava em um quarto.
"Todos aqueles carros estranhos... Aquelas roupas e pessoas... Onde estou afinal?!"Ela se questionava.
O tempo estava cinzento, havia acabado de chover na cidade.Ela percebeu vendo as poças nas calçadas largas.Nos grandes e luxuosos prédios altos, havia gotas da chuva nas janelas.As pessoas lá em baixo fechavam seus guarda-chuvas e tiravam suas capas.
O quarto estava escuro.Ela olhou ao redor tentando enxergar ao menos uma vela.Mas tudo que conseguiu foi ouvir um barulho de fechadura.Aporta estava sendo aberta.
Ela se escondeu rapidamente por trás de uma cortina e ficou observando, para sua surpresa, a mulher que havia entrado era como ela.Era sua cópia.A luz acendeu e fez Marguerite esconder um pouco os olhos.Ela estava percebendo em que estava no quarto de uma criança.
"Essa não... Será que tenho uma irmã e não sei?!".
Nesse momento uma buzina de um caminhão foi ouvida na grande avenida e ela levou um susto saindo de trás da cortina.
"Oh, não poderia acontecer nada melhor...".Ela estava no chão de cabeça baixa evitando olhar para a mulher.
A mulher não podia vê-la.Ela passou por Marguerite sem nenhuma reação.Marguerite suspirou fundo e ficou ali observando o que a mulher iria fazer.
"Hey, querida... Ora do desjejum...". –A mulher disse.
Pegando o bebê ainda sonolento do berço, ela estava se preparando para alimentar sua criança. "Oh droga... Por que você não pode esperar até amanhecer hum?!".Ela encarou os próprios seios inchados. "Tem que entender que eu preciso de algumas horas de sono... Não todas como você, mas, eu preciso!".Agora ela se referia ao pequeno bebê em seus braços.
Sentando-se confortavelmente na poltrona e desabotoando com uma mão os botões da camisa, Ela continuava de olhos fechados.Abriu o pequeno fecho do sutiã aconchegou o bebê em seu colo.Demorando um pouco para achar o bico, o bebê resmungou.
"Oh, não reclame, a um minuto atrás você estava dormindo!". –Ela ajudou o bebê a encontrar o que procurava.
Alguns minutos passados, o alívio.
Marguerite via muito bem o rosto do bebê.Idêntica a Meg quando ela a encontrou com os outros nas margens daquele rio.Apesar de recém-nascida, a criança abria e fechava os olhos, parecendo vigiar a mãe para não dormir.As pequenas mãos balançavam com freqüência, provando que seria uma criança um pouco agitada.
Quando estava quase dormindo tombando a cabeça devagar para o lado, a mulher se lembrava que não estava na cama e sacudia a cabeça rapidamente.
"Não vou dormir... Não vou dormir... Não vou dormir... Não vou dormir..." -Ela repetia como um mantra, mas em vão.
Ela levou uma das mãos do bebê, apoiando em seu seio cheio de leite.Com um leve toque, ela podia sentir todos os ossos do bebê, na pele tão frágil e delicada.Sorrindo, fez carinho nas costas do bebê.
"Você estava tentando me enganar, eu sei... Você estava morrendo de fome, admita! Fez aquele charminho todo quando te peguei mais, veja agora! Não reclama não é? Você é esperta... O pior é que não sei a quem você puxou...". –Ela sorriu.
Passados mais alguns minutos, o bebê afastou um pouco seu rostinho do colo da mãe.
"Oh, satisfeita? Acho bom, eu não ia agüentar mais nem um minuto aqui... Você ia ter que me levar pra cama sabia?" –Ela beijou carinhosamente a menina que voltava a dormir.
(Voltava? Eu disse voltava?)...
"Ora... Vamos, ajude sua mamãe querida... Durma... Por favor,... Se você não quer tem quem queira!".
Marguerite olhou no relógio ao lado da cama. "23:24 h - 2004??????"
"Estou aqui faz meia hora e você não dorme! Fome não é... Dor de barriga não é... Cólicas? Cólica não, não é... Sede? Oh Marguerite que idiota! Sede... Bebê tem sede?...".
"Marguerite? Espere um minuto, essa sou eu?!"Marguerite se assustou.
E assim a mulher continuou se questionando no que estava errado.Até que veio a santa idéia de pegar o bebê novamente.Ela rodou os olhos.
"Você venceu, ok Meg...".
"Meg?????O que Meg está fazendo aqui???".
Balançando um pouco impaciente, o bebê demorou mais um pouco, mas dormiu.Os grandes olhos azuis se apagaram.
"Oh... Obrigada... Da próxima eu mando a conta de luz!".
Ela colocou cuidadosamente a criança no berço e foi andando depressa para fora do quarto, apagando a luz e fechando a porta.
Marguerite admirava aquela cena e ao mesmo tempo estava totalmente confusa.Ela estava tendo uma visão não muito distante de seu futuro.
Ela sentiu uma fisgada no peito forte. "Inferno, mas o que está acontecendo afinal?".
_
-Ela está voltando Challenger... –Roxton estava segurando a mão de Marguerite que estava voltando á vida.Ela estava de volta a casa da árvore.Viu Challenger com o aparelho de choques e viu Ned ao fundo, com o olhar meio perdido, segurando o bebê, já limpo, em sua manta rosa.
-Respire devagar criança, não é todo dia que temos um taque cardíaco...
-Eu tive o que???
-Sente-se bem agora? –John ainda estava preocupado.
-Onde está meu bebê?!Eu quero vê-la!
-Traga ela para cá Ned...
-NÃO!EU ESTOU FALANDO DO MEU OUTRO BEBÊ!QUERO MINHA MEG AGORA AQUI! –Ela ficou alterada.
-Calma, não fique agitada Marguerite...Continue respirando devagar... –Marguerite fez o que Challenger pediu, examinando sua pulsação.
-É...É...É... –Ned não conseguia falar olhando para o bebê.Ele fechou os olhos e continuou. –...É uma linda menina Marguerite, parabéns... –Ned estava arrepiado só de pensar que o bebê que estava segurando havia acabado de desaparecer na sala.
John ainda estava segurando a mão de sua esposa quando ela questionou novamente.
-John...Chega de conversa, onde está Meg?Eu quero vê-la agora...
-Marguerite, me escute, Meg está bem e você tem que descansar agora...Depois você pode ver Meg...
-Mas John, eu tive uma...
-...Tudo bem, eu vou à sala daqui a pouco e vou ver como nossa filha está, tudo bem?Agora ela está com Verônica e Finn, está tudo bem...
-Não, não está...
Todos se olharam confusos, menos Ned que já sabia de tudo.
-Challenger tem razão meu amor, você precisa descansar, foi um parto muito difícil, eu que o diga.Vamos, não se preocupe, eu vou ficar aqui com você até dormir e depois irei ver nosso anjinho...
-JOHN ME ESCUTA! –Ela agarrou os braços dele fazendo olhar dentro dos olhos dela. –Não tenho um pressentimento bom sobre ela, por favor, pelo menos vá e veja se ela está bem.Por favor.
Algum momento os dois ficaram olho no olho até que John se levantou.
-Não fique pulando na cama, eu já volto... –Ele brincou e foi atender o pedido de Marguerite.
*
-A criança que vi entrar correndo no quarto daquela mulher bonita, era o mesmo ser que estava dentro da barriga dela...
-Tem certeza do que está dizendo Anaí?
-Ela está cansada de tanto orar para nossos Deuses coitada...
-Eu não admito que vocês me ofendam desta maneira!Eu nunca vi aquilo em toda a minha humilde vida, e quando deparo com o que nossos antepassados chamavam de 'Alfa e Omega' vocês não acreditam em mim?Se não sou eu a vidente desta aldeia, estou errada! –Ela falou furiosa com os membros da reunião.
-Desculpe-nos Anaí... –O pai de Assai continuou –Então, essa criança será a chave de todo o platô?
Anaí sorriu. –Estamos lidando com um ser bem acima do nosso platô...Ela tem poder sobre quem e o que quiser...Por isso, houve uma mudança na ordem...
-Tempo?Como os estrangeiros dizem?
-Sim...Alguma coisa aconteceu de errado no futuro do mundo deles, que trouxe essa lástima para cá!Mas eles esncontararão o caminho de casa em breve...
-Temos que avisa-los...
-Já é tarde...O ser já está entre nós, novamente, e com seus poderes renovados... –Ela fechou os olhos parecendo sentir alguma vibração.
-Não estou entendendo papai... –Assai participava da conversa.
-...Trata-se de uma coisa além de nossa compreensão Assai, esse ser é invencível...Mas como toda coisa na terra tem dois lados, a única fraqueza desse ser é ser puro demais...
-...Não consigo ver fraqueza em ser puro...
-Ele é tão puro, mais tão puro, que não saberia dizer o que é bom, e o que é ruim, o que é bom ou mal, o que é certo ou errado.Se esse bebê cair em mãos erradas, a humanidade estará perdida até o fim dos tempos!
Com isso, os anciões ficaram refletindo.
-E como podemos ajuda-lo?
-Devemos protege-lo com nossas próprias vidas.Assai, irá com quantos guerreiros quiser para onde a criança mora, e avisará para os pais tudo o que eu vi!Se precisar, mate-os.A criança deve ser preservada a qualquer custo!
-Não será preciso Anaí...Eles irão entender...
*
John voltou estático para o quarto.Olhou para Challenger e depois para Malone, de cabeça baixa.
-Você sabia , não sabia? –Ele perguntou ao jornalista que continuou de cabeça baixa. –RESPONDA!!!!!!!!!!!!!!!!Ele gritou.
-John... –O tremor na voz de Marguerite era assustador –O que está acontecendo? –Ela perguntou pausadamente.
Ele hesitou em contar.
-John...-Ela alterou a voz –Diga-me, o que está acontecendo, e onde está nossa Meg?
Parecia que Marguerite estava pressentindo, depois daquele sonho maluco que teve, tinha quase certeza de que alguma coisa estava errada, só não sabia o quanto.
Roxton pegou a criança e se sentou na cama, ao lado da herdeira, e, com muita calma, começou a contar-lhe tudo o que soubera na sala.Foi o fim.
*
TRÊS MESES E MEIO DEPOIS...
Marguerite amamentava a criança e seu colo.
-Muito bem Meg... –Ela fechou os botões da camisa branca –Por hoje já chega, não acha?
Três batidas a porta.
-Entre... –Ela se sentou na cama, deitando bebê com cuidado ao lado.
John entrou com um maravilhoso buquê de flores amarelas.
-São lindas meu bem...Obrigada... –Ela lhe deu um breve beijo.
John colocou as flores em um vaso e deitou-se na cama, ao lado do bebê, que estava sonolento.
-Meg... –Ele cochichou –Estou com saudades de você...Meu anjinho...
Marguerite olhou para o marido e a pequena Meg.
-John...Ela cochichou -...Eu sabia...Sabia que no dia em que a encontramos não foi apenas coincidência...
-Concordo com você meu bem, coincidências são mais claras do que tudo que aconteceu conosco nesses últimos meses...
-...Anos...
-Uhum...
Aquela conversa não estava tomando um bom rumo, trazendo péssimas recordações para ambos. John passou por cima do bebê e repousou a cabeça no colo da herdeira.
-Acha que ela vai se lembrar de nós?
-Não sei John...Soninho meu bebê? –Ela sorriu ao ver John suspirar.
-Cansado...Nada mais...
Dito isso, John aconchegou a menininha contra seu tórax e adormeceu.
"Meus dois filhos... Oh, esse dia pode ter algo melhor?".Com um sorriso, Marguerite fechou os olhos e tentou sonhar com o seu futuro.E o futuro de sua família também.
*
Anaí foi alguns dias após o nascimento de Meg e explicou tudo o que sabia sobre a história dela.Nem todos acreditaram.Ao passar do tempo, eles foram ligando fatos e coisas que só aconteciam com a menina.Todos ainda estavam abalados, e Anaí disse: Podem estar inconformados agora, mas nada que o tempo não faça os curativos em seus corações.
Fim
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Apenas Revisem, Obrigada,
Lady F.
