O Leão e Águia
Capítulo III - Lados Opostos
Depois que encontrei o verdadeiro corpo de Ares que jazia em Starhill, minhas suspeitas em relação ao novo Mestre haviam aumentado bastante. Não sabia como agir. Se contasse para Aioria sobre minhas desconfianças talvez me acusasse de traidora e se voltasse contra mim. Ele era muito fiel ao Santuário e ao Mestre, pois queria provar que era um verdadeiro defensor da deusa Athena, ao contrário do que fora seu irmão Aioros, que diziam ter tentado mata-la no passado.
Agora o Mestre do Santuário acusava Pegasus e seus amigos, outros quatro cavaleiros de bronze, e uma menina chamada Saori Kido, de terem roubado a Armadura Dourada de Sagitário e enviou alguns cavaleiros de prata ao Japão para mata-los. Ofereci-me para cumprir a tarefa, mas logo descobriram que eu havia os enganado e salvo Seiya. Não pude mais voltar para o Santuário. Imaginava o que Aioria estaria pensando sobre mim naquele momento. Só regressei à Grécia semanas depois, quando soube que Seiya e os outros haviam decidido enfrentar o mestre e provar que a menina a qual protegiam era a verdadeira Deusa Athena.
Chegando à entrada das Doze Casas do Zodíaco fui interpelada pelos capangas que faziam sua guarda, livrei-me deles facilmente, porém acabei sendo atacada por Jacó, um monstro que devia ter uns três metros de altura, forte como um elefante. Não havia tornado-se cavaleiro por conta de sua imensa crueldade. Tentei livrar-me dele, mas logo vi que isso seria impossível para mim. Enquanto me espancava pôs-se a falar da batalha que estava ocorrendo naquele momento entre Seiya e Aioria!
- Eu soube que você é instrutora de Seiya, o cavaleiro de bronze que tenta passar pelas doze casas. Agora ele esta na quinta casa, a de Leão. O Guardião de Leão é o cavaleiro de ouro mais forte, chamado Aioria de leão!
- Seiya esta lutando contra Aioria?
- Até eu hesitaria em lutar contra Aioria. Nem preciso dizer que Seiya, um cavaleiro de bronze, não terá a mínima chance!
- Aioria vai matar Seiya? Não pode ser verdade! Deve ser um engano! Aioria não faria isso!
- Hahahahah! Eu acho que você não acreditou no que eu te contei. Eu soube que Aioria jurou ao mestre que exterminaria com os cavaleiros de bronze! E vai com toda certeza matar Seiya!
- Não! Não pode ser verdade!
Aquele monstro horrendo queria me atingir com suas palavras, mas não fazia nem idéia do quanto elas eram eficazes. Elas eram mais dolorosas para mim do que seus golpes violentos.
Depois de surrar-me bastante começou a me espremer contra seu corpo com os dois braços, quase me sufocando. Estávamos à beira de um precipício então resolvi me sacrificar atirando-me junto com o monstro e enviando meu último cosmo para seiya. Por algum milagre consegui sobreviver àquela queda e pude ajudar Seiya novamente durante a luta contra o mestre Ares, que na verdade era Saga, o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos, disfarçado.
Ao fim da batalha contra os cavaleiros de ouro, os cavaleiros de bronze estavam quase mortos e tiveram de ir recuperar-se na "Fonte de Athena", um templo que ficava num bosque ao redor do santuário. Era um lugar milagroso de brisas gélidas que refrescavam o corpo. Fiquei lá acompanhando a recuperação do meu pupilo e soube do que acontecera na casa de Leão. Aioria havia sido dominado por um golpe mental do mestre Ares, por isso lutou contra Seiya e teria o matado se Cassius, o discípulo de Shina, não tivesse se sacrificado morrendo aos olhos de Aioria para que ele se libertasse do feitiço.
Naquela tarde Seiya havia piorado e delirava de febre. Eu o observava, ao lado de sua cama quando Aioria chegou.
- Marin...- Falou baixinho pondo a mão em meu ombro.
- Aioria...- Continuei mirando em Seiya e evitando encara-lo.
- Sei que Seiya ficará bem...
Eu estava muito abalada. Sentia muito tristeza pelo estado de Seiya e muita raiva por Aioria ter contribuído com isso de alguma forma.
- Agora você diz isso?
- Marin...eu não... – abaixou o olhar e retirou-se do quarto.
Pela primeira vez o orgulhoso Cavaleiro de Leão estava sem ação. Minhas palavras haviam o atingido violentamente. Queria explicar-se, queria se desculpar mais na verdade sentia-se culpado. Minha desaprovação fez com que uma infinidade de sentimentos viessem-lhe a tona . Toda a culpa que sentia por não ter acreditado em seu irmão, por ter achado junto com todos que era um traidor; por ter lutado contra Athena , quando achava que a estava protegendo; por ter matado Cássios e por ter atacado a seiya, aquele menino que o tinha como um exemplo.
Naquele momento esqueci todo o meu orgulho e fui atrás dele.
-Aioria.. – Ele mantinha-se de costas para mim - Eu não quis dizer aquilo, eu...eu estou desesperada com o estado do Seiya, descontei minha angústia em você. Eu não tinha esse direito! Me desculpe.
- Não peça desculpas Marin! Você tem toda razão! É muito tarde para dizer que tudo vai ficar bem! Passei todos esses anos aceitando que chamassem meu irmão de traidor! Como pude achar que ele era um traidor? E quando finalmente fico sabendo de toda verdade caio nas garras de um feitiço ridículo! Que grande cavaleiro me tornei! – Disse de forma alterada sem olhar-me.
Fechei os punhos com toda minha força contendo-me para não abraça-lo, beija- lo e não deixar que ele sofresse nunca mais! Fiz um esforço sobre humano para não declarar todo o meu amor naquele momento.
- Isso não é verdade Aioria. Você está se sentindo assim agora. É normal que se sinta revoltado, mas você está enganado. Você é o homem mais nobre que eu conheço! Apesar do seu grande poder sempre tratou aos outros como iguais e sempre procurou ajudar aos mais fracos neste santuário maculado pela ambição de Ares. Aioria, você é um grande cavaleiro! Sei que daqui para frente defenderá Athena com sua vida!
As minhas palavras foram as mais sinceras, mas não pareceram convence-lo. Porém aos poucos foi ficando mais calmo e virou-se para mim.
- Sim Marin, não cometerei mais erros tolos de agora em diante! Não só como cavaleiro, mas também como homem. - Dito isso aproximou-se, tocando a mascara sobre meu rosto. – Já esta na hora de resolvermos um assunto.
Não sabia o que fazer naquele momento. Ao mesmo tempo em que queria ouvir o que ele tinha a dizer, sentia medo. O que será que ele queria comigo? Queria aproveitar-se? Isso eu jamais permitiria! Uma amazona não pode entregar-se a um homem como uma qualquer, eu jamais seria respeitada como guerreira! Tirei sua mão do meu rosto e afastei-me.
- Não sei do que você está falando Aioria. – Disse antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
- Marin, Pare com isso! Até quando você vai fugir? Desde que vi seu rosto você...
- Aioria! Você não devia...você prometeu!
- Não, eu não prometi nada! Eu apenas fiz sua vontade, e esse foi mais um erro que cometi na vida, mas agora eu vou corr...
- AIORIA!. - Era Mu, o Cavaleiro de Ouro de Áries, gritando ao longe e aproximando-se de nós.
- Como eles estão? – Perguntou-nos
- Seiya parece ter tido uma piora. – Respondeu Aioria.
- Não se preocupem, eles não correm mais risco de vida – disse o sábio Mu, deixando-me mais aliviada – Aioria, precisamos falar com você.
- Tem que ser agora?
- Sim, os outros cavaleiros de ouro estão nos esperando. Precisamos conversar sobre o as armaduras dos cavaleiros de Bronze.
- Tudo bem. Marim, me espere aqui, por favor. Continuaremos quando eu voltar.
"Não será possível Aioria", pensei vendo-os se retirar. Despedi-me de Seiya, que dormia em seu leito sob os cuidados dos médicos do local, e parti. Vaguei sem rumo por algum tempo, depois voltei ao santuário quando soube que uma nova ameaça rondava Athena. Aldebaran, o Cavaleiro de Ouro de Touro havia sido atacado por um cavaleiro muito poderoso, fui visitar-lo e depois descobri que os cavaleiros de bronze tinham ido com Athena para Asgard enfrentar os Guerreiros Deuses. Resolvi ir ajuda-los. Quase morremos em Asgard, mas no fim os cavaleiros de Bronze conseguiram salvar o mundo mais uma vez. Porém Athena acabou sendo misteriosamente engolida pelo mar. Voltei ao santuário para pedir a ajuda dos cavaleiros de ouro.
Chegando a entrada das Doze Casas presenciei uma discussão entre cinco dos seis cavaleiros de ouro sobreviventes. Eles já sabiam que os cavaleiros de bronze estavam lutando contra Poseidon e seus generais marinas que tinham seqüestrado Athena e pretendiam inundar o mundo inteiro, transformado a terra em um imenso oceano.
- Se o Aioria e eu nos unirmos a luta poderemos derrotar os sete generais facilmente. Desta forma Seiya e os outros cavaleiros não precisarão morrer. Você deveria saber disso Mu. – Dizia Miro, o Cavaleiro de Ouro de Escorpião. – Por que é que não podemos fazer isso? O que é que o Mestre está pensando? Fale!
Mu permanecia calado. Estava determinado a seguir as ordens do Mestre Ancião, o Cavaleiro de Libra, que havia tornado-se uma espécie de líder para os cavaleiros de ouro após a morte de Saga.
- Eu não posso mais permanecer aqui sem fazer nada. Irei e me unirei aos cavaleiros. – Disse Aioria.
- Aioria, quantas vezes vou ter que lhe dizer! Se você não mudar o seu jeito de pensar terei que mata-lo por se rebelar contra Athena! Você seria um traidor! – Retrucou-lhe Mu.
- Ouvi direito? Por acaso você disse que me mataria?
- Eu não quero, mas teria que faze-lo.
- MU! – Gritou Aioria virando-se em sua direção. Quando foi interrompido por Miro.
- Chega senhores! O que iriam conseguir brigando entre cavaleiros? Nós temos a obrigação de fazer alguma coisa, se não fizermos alguma coisa os cavaleiros de bronze irão morrer. Todos nós temos a obrigação de lutar com todo nosso poder e salvar Athena. Não é mesmo?
Os cavaleiros estavam diante de um impasse, mas Mu permanecia determinado a cumprir as ordens do Mestre Ancião. De repente uma luz saiu da casa de Sargitário. Era a armadura de Ouro que fora ajudar a Seiya sob comando de Aioros, o irmão de Aioria, que era o Cavaleiro de Sargitário, antes de ser morto acusado de traidor.
- Pelo que parece, nem mesmo o mestre com seu incrível poder conseguiu deter meu irmão! Disse Aioria admirado.
Logo depois foi a vez da Armadura de Ouro de Aquário, do cavaleiro Kamus - que havia sido morto durante a batalha contra os cavaleiros de bronze - ir em socorro dos cavaleiros.
Neste momento eu, que estava escondida até então, resolvi pronunciar-me.
- O que está acontecendo aqui? Por que não vão ajudar os cavaleiros de Bronze? Seiya e os outros vão acabar morrendo!
- Marin! Desde quando estava ouvindo nossa conversa? – Perguntou Mu, o cavaleiro de ouro de Áries.
- Fazem alguns minutos... e então? Não vão fazer nada?
- Marin o Mestre Ancião ordenou que não saíssemos do Santuário. – Respondeu Shaka, que estava até agora em silêncio – E agora que as armaduras de ouro foram em socorro dos cavaleiros, tenho certeza que eles sobreviverão. Devemos permanecer aqui.
- Isso – Disse Mu – Shaka tem toda razão. Cavaleiros, peço que retornem às suas casas agora.
- Até você Shaka! Acha que devemos esperar como covardes! – Disse Aioria.
- Aioria se acalme! Ninguém aqui é covarde, mas devemos respeitar o Mestre Ancião – Falou pela primeira vez Aldebaran.
- Mas se pelo menos ele nos dissesse o motivo! – Inquietava-se Miro.
De repente todos ficaram em silêncio por alguns minutos, até que...
- Aioria, vamos embora. – Disse Miro decidido.
- Sim, vamos. – Respondeu Aioria.
- Eu já disse que não permitirei que vocês saiam daqui!!! – Disse Mu já alterado.
- Vai nos impedir Mu? – Perguntou-lhe Miro.
- Se insistirem em sair daqui, terei que lutar contra vocês, mesmo contra minha vontade!
- E eu o ajudarei! – Respondeu Aldebaran.
- Então lutaremos contra vocês. – Disse Aioria.
Os quatro cavaleiros ascenderam seus cosmos e encaravam, esperando que alguém desferisse o primeiro ataque. Foi quando ouviram a voz de Shaka:
- Esperem....Aioria, Miro, sinto que não terão mais de serventia alguma. A batalha já terminou. Os cavaleiros de bronze derrotaram Poseidon e salvaram Athena. Esta tudo bem agora.
Todos ficaram aliviados e a tensão de a pouco se dissipou. No entanto notei que permaneciam apreensivos. Principalmente Mu e Shaka, pois pressentiam que algo muito maior estava para acontecer.
Os cavaleiros começaram a subir as escadas em direção as suas casas e Aioria dirigiu-se a mim.
- Acho que deve estar aliviada.
- Sim, estou.
Ele sorriu para mim e depois falou.
- Marin, é bom que tenha vindo, eu gostaria de falar com você. Pode me acompanhar até a Casa de Leão?
- Aioria eu...
- Por favor, é importante. _ disse-me olhando nos olhos, ou melhor, nos olhos da minha mascara fria e inexpressiva.
Consenti com a cabeça. Estava evitando Aioria desde o que ocorreu na "Fonte de Athena". Mas naquele momento eu não tinha como escapar. Resolvi enfrentar aquela conversa de uma vez. Fosse o que fosse eu me manteria firme.
Então fomos subindo as escadas em silêncio, eu o observava, estava com sua armadura dourada. Ficava tão bonito com ela! Fiquei a imaginar tudo o que ele devia ter passado para conquista-la. Por quantas provações, quantos sacrifícios, quanta dor teve que enfrentar para conquistar a Armadura de Ouro de Leão?
Assim que chegamos Aioria começou a livrar-se da sua pesada armadura enquanto falava comigo.
- Onde você estava Marin? Você não me esperou aquele dia na fonte de Athena e depois desapareceu.
- Você estava sendo indiscreto e eu...
- HaHa! Indiscreto? Mas você nem me deixou falar nada!
- Aioria! Você estava falando sobre o que eu pedi que não falasse a muitos anos atrás.
- É. Você tem razão, eu estava, e já está mais do que na hora de falarmos sobre isso.
- Eu não estou gostando dessa conversa. Vou embora agora mesmo! – Preparei- me para sair, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento ele segurou-me pelo braço.
- Você não vai fugir Marin. Dessa vez eu não vou permitir!
- O que pretende Aioria?
Perguntei olhando para sua mão a segurar meu braço sem ousar encara-lo. Mais que de repente puxou-me para si enlaçando minha cintura com um dos braços. Senti meu corpo colando no seu, uma sensação indescritível tomou todo o meu corpo. Com a outra mão retirou minha mascara bem devagar. Finalmente nossos olhos encontravam-se. Seus olhos azuis admiravam-me maravilhados.
- Exatamente como eu me lembrava! - Sussurrou e puxou-me para ainda mais perto de si. Seu rosto aproximava-se do meu, logo seus lábios tocaram-me o queixo e depois em volta da boca, lentamente como se estivesse preparando terreno. Quando encostou seus lábios nos meus fui sacudida por um turbilhão de sensações. Abri um pouco os lábios por instinto e logo sua língua invadiu minha boca. Tomei um susto abrindo os olhos. Aquilo tudo era novo para mim que até hoje só havia tido contato físico com homens durante as lutas. Aquela língua dentro de mim era assustadora e ao mesmo tempo maravilhosa! Ele aprofundou ainda mais o beijo. Fechei os olhos novamente. Sua língua explorava minha boca lentamente. De repente afastou-se para respirarmos e voltou a contemplar-me.
- Linda! Você é linda Marin! Por que esperei tanto tempo para fazer isso? Devia ter te tomado aquele dia mesmo na floresta. Por que esperamos tanto tempo?
- Aioria...- Tudo que me vinha a cabeça naquele momento era o seu lindo nome grego.
- Eu amo você Marin! Sempre te amei! Sempre...sempre...sempre – Dizia enquanto beijava meu rosto e pescoço.
- Eu também te amo Aioria. Pelos deuses! Como eu te amo! – Sussurrei, quase em estado de transe.
Calou-me com um novo beijo e enquanto me beijava começou a livrar-me da minha armadura com uma das mãos enquanto a outra me sustentava.Quando desarmou-me por completo me pegou em seus braços e levou-me até seu quarto me deitando em sua cama. Contemplou-me e depois colou seu corpo sobre o meu.
- Marin, hoje você será minha! Hoje, e para sempre!
Eu não podia, nem queria dizer nada naquele momento. Levei uma das mãos ao seu rosto, alisando-o. Seus olhos azuis sorriam-me! Eram meus! Somente meus! Enlacei o outro braço em suas costas e puxei-o para mim. Nossas bocas encontraram-se novamente. Depois ficamos abraçados. Ele me apertava como se não quisesse que eu escapasse nunca mais. Afastou-se um pouco e tirou a camisa e começou a tirar minhas meias que vinham até as coxas. Agora tudo que me cobria era um maiô. Enquanto beijava-me o ombros e o pescoço foi abaixando as alças do maiô, uma e depois a outra. Beijou meu seios e foi descendo até o umbigo. Estremeci.
Logo estávamos os dois completamente nus. Comecei a ficar um pouco nervosa, pois já ouvira dizer que a primeira vez de uma mulher era dolorosa. Aioria percebeu.
- Marin – disse-me ao ouvido – Você quer parar por aqui? Vai ser um pouco difícil para mim – e sorriu – mas eu faço o que você quiser. Podemos continuar depois...
- Não. Eu quero ir até o fim Aioria. Não vamos esperar mais. – respondi com o rosto mergulhado em seu pescoço enquanto as mãos exploravam suas costas e cabelos.
Aioria olhou-me no sorrindo e enquanto beijava-me a boca, afastou um pouco as minhas pernas e foi penetrando-me bem devagar. Aquilo realmente doía! Não me contive e gemi de dor. Ele parou e falou-me ao ouvido.
- Tudo bem meu amor?
- Esta tudo perfeito Aioria, continue.
Então começou a movimentar-se o mais delicadamente possível. A dor que eu sentia era insignificante perto do prazer que era tê-lo dentro de mim.
Quando terminou deitou-se ao meu lado. Estávamos ambos ofegantes. Fiquei a observar seu rosto, sorria de leve com os olhos fechados, depois puxou-me para junto de si. Repousei meu corpo sobre seu peito nu. Não me lembro de ter sentido em toda minha vida sensação melhor e mais plena do que aquela.
- Não vou perder você nunca mais Marin! Você é minha para sempre!
- Sim!E você é todo meu! Meu amor! Meu Aioria!
Continua...
---------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------
Primeiramente, queria agradecer a todos os reviews e e-mails que eu recebi. Valeu mesmo pela força de vcs todas! Já estamos chegando ao trágico fim da fic (snif, snif) e espero escrever uma outra em breve.
O Shaka de fofoqueiro kkkkkkkk! Coitado, sobrou pra ele. Pensei no Shaka pra dar um empurrãozinho aos dois porque na saga de Hades a gente pode concluir que ele e Aioria deviam ser bem amigos. Há quem diga que eram até algo mais, hehe, devido ao verdadeiro ESCÂDALO que o Aioria fez quando ele morreu! É claro que eu não acho isso. Respeito Yaoi, leio, acho alguns bem românticos, mas não é muito a minha praia. Identifico-me mais quando tem um personagem feminino no lance.
Obs: Como eu disse no primeiro capítulo, algumas partes da fic são diálogos retirados do próprio anime, como por exemplo, a conversa de Marin e Jacó e o início da discussão entre os cavaleiros de ouro até a parte que Aioria comenta a saída da armadura de Aioros.
Mais uma vez valeu a todas! Mil beijos!
Próximo capítulo em breve...
Capítulo III - Lados Opostos
Depois que encontrei o verdadeiro corpo de Ares que jazia em Starhill, minhas suspeitas em relação ao novo Mestre haviam aumentado bastante. Não sabia como agir. Se contasse para Aioria sobre minhas desconfianças talvez me acusasse de traidora e se voltasse contra mim. Ele era muito fiel ao Santuário e ao Mestre, pois queria provar que era um verdadeiro defensor da deusa Athena, ao contrário do que fora seu irmão Aioros, que diziam ter tentado mata-la no passado.
Agora o Mestre do Santuário acusava Pegasus e seus amigos, outros quatro cavaleiros de bronze, e uma menina chamada Saori Kido, de terem roubado a Armadura Dourada de Sagitário e enviou alguns cavaleiros de prata ao Japão para mata-los. Ofereci-me para cumprir a tarefa, mas logo descobriram que eu havia os enganado e salvo Seiya. Não pude mais voltar para o Santuário. Imaginava o que Aioria estaria pensando sobre mim naquele momento. Só regressei à Grécia semanas depois, quando soube que Seiya e os outros haviam decidido enfrentar o mestre e provar que a menina a qual protegiam era a verdadeira Deusa Athena.
Chegando à entrada das Doze Casas do Zodíaco fui interpelada pelos capangas que faziam sua guarda, livrei-me deles facilmente, porém acabei sendo atacada por Jacó, um monstro que devia ter uns três metros de altura, forte como um elefante. Não havia tornado-se cavaleiro por conta de sua imensa crueldade. Tentei livrar-me dele, mas logo vi que isso seria impossível para mim. Enquanto me espancava pôs-se a falar da batalha que estava ocorrendo naquele momento entre Seiya e Aioria!
- Eu soube que você é instrutora de Seiya, o cavaleiro de bronze que tenta passar pelas doze casas. Agora ele esta na quinta casa, a de Leão. O Guardião de Leão é o cavaleiro de ouro mais forte, chamado Aioria de leão!
- Seiya esta lutando contra Aioria?
- Até eu hesitaria em lutar contra Aioria. Nem preciso dizer que Seiya, um cavaleiro de bronze, não terá a mínima chance!
- Aioria vai matar Seiya? Não pode ser verdade! Deve ser um engano! Aioria não faria isso!
- Hahahahah! Eu acho que você não acreditou no que eu te contei. Eu soube que Aioria jurou ao mestre que exterminaria com os cavaleiros de bronze! E vai com toda certeza matar Seiya!
- Não! Não pode ser verdade!
Aquele monstro horrendo queria me atingir com suas palavras, mas não fazia nem idéia do quanto elas eram eficazes. Elas eram mais dolorosas para mim do que seus golpes violentos.
Depois de surrar-me bastante começou a me espremer contra seu corpo com os dois braços, quase me sufocando. Estávamos à beira de um precipício então resolvi me sacrificar atirando-me junto com o monstro e enviando meu último cosmo para seiya. Por algum milagre consegui sobreviver àquela queda e pude ajudar Seiya novamente durante a luta contra o mestre Ares, que na verdade era Saga, o Cavaleiro de Ouro de Gêmeos, disfarçado.
Ao fim da batalha contra os cavaleiros de ouro, os cavaleiros de bronze estavam quase mortos e tiveram de ir recuperar-se na "Fonte de Athena", um templo que ficava num bosque ao redor do santuário. Era um lugar milagroso de brisas gélidas que refrescavam o corpo. Fiquei lá acompanhando a recuperação do meu pupilo e soube do que acontecera na casa de Leão. Aioria havia sido dominado por um golpe mental do mestre Ares, por isso lutou contra Seiya e teria o matado se Cassius, o discípulo de Shina, não tivesse se sacrificado morrendo aos olhos de Aioria para que ele se libertasse do feitiço.
Naquela tarde Seiya havia piorado e delirava de febre. Eu o observava, ao lado de sua cama quando Aioria chegou.
- Marin...- Falou baixinho pondo a mão em meu ombro.
- Aioria...- Continuei mirando em Seiya e evitando encara-lo.
- Sei que Seiya ficará bem...
Eu estava muito abalada. Sentia muito tristeza pelo estado de Seiya e muita raiva por Aioria ter contribuído com isso de alguma forma.
- Agora você diz isso?
- Marin...eu não... – abaixou o olhar e retirou-se do quarto.
Pela primeira vez o orgulhoso Cavaleiro de Leão estava sem ação. Minhas palavras haviam o atingido violentamente. Queria explicar-se, queria se desculpar mais na verdade sentia-se culpado. Minha desaprovação fez com que uma infinidade de sentimentos viessem-lhe a tona . Toda a culpa que sentia por não ter acreditado em seu irmão, por ter achado junto com todos que era um traidor; por ter lutado contra Athena , quando achava que a estava protegendo; por ter matado Cássios e por ter atacado a seiya, aquele menino que o tinha como um exemplo.
Naquele momento esqueci todo o meu orgulho e fui atrás dele.
-Aioria.. – Ele mantinha-se de costas para mim - Eu não quis dizer aquilo, eu...eu estou desesperada com o estado do Seiya, descontei minha angústia em você. Eu não tinha esse direito! Me desculpe.
- Não peça desculpas Marin! Você tem toda razão! É muito tarde para dizer que tudo vai ficar bem! Passei todos esses anos aceitando que chamassem meu irmão de traidor! Como pude achar que ele era um traidor? E quando finalmente fico sabendo de toda verdade caio nas garras de um feitiço ridículo! Que grande cavaleiro me tornei! – Disse de forma alterada sem olhar-me.
Fechei os punhos com toda minha força contendo-me para não abraça-lo, beija- lo e não deixar que ele sofresse nunca mais! Fiz um esforço sobre humano para não declarar todo o meu amor naquele momento.
- Isso não é verdade Aioria. Você está se sentindo assim agora. É normal que se sinta revoltado, mas você está enganado. Você é o homem mais nobre que eu conheço! Apesar do seu grande poder sempre tratou aos outros como iguais e sempre procurou ajudar aos mais fracos neste santuário maculado pela ambição de Ares. Aioria, você é um grande cavaleiro! Sei que daqui para frente defenderá Athena com sua vida!
As minhas palavras foram as mais sinceras, mas não pareceram convence-lo. Porém aos poucos foi ficando mais calmo e virou-se para mim.
- Sim Marin, não cometerei mais erros tolos de agora em diante! Não só como cavaleiro, mas também como homem. - Dito isso aproximou-se, tocando a mascara sobre meu rosto. – Já esta na hora de resolvermos um assunto.
Não sabia o que fazer naquele momento. Ao mesmo tempo em que queria ouvir o que ele tinha a dizer, sentia medo. O que será que ele queria comigo? Queria aproveitar-se? Isso eu jamais permitiria! Uma amazona não pode entregar-se a um homem como uma qualquer, eu jamais seria respeitada como guerreira! Tirei sua mão do meu rosto e afastei-me.
- Não sei do que você está falando Aioria. – Disse antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
- Marin, Pare com isso! Até quando você vai fugir? Desde que vi seu rosto você...
- Aioria! Você não devia...você prometeu!
- Não, eu não prometi nada! Eu apenas fiz sua vontade, e esse foi mais um erro que cometi na vida, mas agora eu vou corr...
- AIORIA!. - Era Mu, o Cavaleiro de Ouro de Áries, gritando ao longe e aproximando-se de nós.
- Como eles estão? – Perguntou-nos
- Seiya parece ter tido uma piora. – Respondeu Aioria.
- Não se preocupem, eles não correm mais risco de vida – disse o sábio Mu, deixando-me mais aliviada – Aioria, precisamos falar com você.
- Tem que ser agora?
- Sim, os outros cavaleiros de ouro estão nos esperando. Precisamos conversar sobre o as armaduras dos cavaleiros de Bronze.
- Tudo bem. Marim, me espere aqui, por favor. Continuaremos quando eu voltar.
"Não será possível Aioria", pensei vendo-os se retirar. Despedi-me de Seiya, que dormia em seu leito sob os cuidados dos médicos do local, e parti. Vaguei sem rumo por algum tempo, depois voltei ao santuário quando soube que uma nova ameaça rondava Athena. Aldebaran, o Cavaleiro de Ouro de Touro havia sido atacado por um cavaleiro muito poderoso, fui visitar-lo e depois descobri que os cavaleiros de bronze tinham ido com Athena para Asgard enfrentar os Guerreiros Deuses. Resolvi ir ajuda-los. Quase morremos em Asgard, mas no fim os cavaleiros de Bronze conseguiram salvar o mundo mais uma vez. Porém Athena acabou sendo misteriosamente engolida pelo mar. Voltei ao santuário para pedir a ajuda dos cavaleiros de ouro.
Chegando a entrada das Doze Casas presenciei uma discussão entre cinco dos seis cavaleiros de ouro sobreviventes. Eles já sabiam que os cavaleiros de bronze estavam lutando contra Poseidon e seus generais marinas que tinham seqüestrado Athena e pretendiam inundar o mundo inteiro, transformado a terra em um imenso oceano.
- Se o Aioria e eu nos unirmos a luta poderemos derrotar os sete generais facilmente. Desta forma Seiya e os outros cavaleiros não precisarão morrer. Você deveria saber disso Mu. – Dizia Miro, o Cavaleiro de Ouro de Escorpião. – Por que é que não podemos fazer isso? O que é que o Mestre está pensando? Fale!
Mu permanecia calado. Estava determinado a seguir as ordens do Mestre Ancião, o Cavaleiro de Libra, que havia tornado-se uma espécie de líder para os cavaleiros de ouro após a morte de Saga.
- Eu não posso mais permanecer aqui sem fazer nada. Irei e me unirei aos cavaleiros. – Disse Aioria.
- Aioria, quantas vezes vou ter que lhe dizer! Se você não mudar o seu jeito de pensar terei que mata-lo por se rebelar contra Athena! Você seria um traidor! – Retrucou-lhe Mu.
- Ouvi direito? Por acaso você disse que me mataria?
- Eu não quero, mas teria que faze-lo.
- MU! – Gritou Aioria virando-se em sua direção. Quando foi interrompido por Miro.
- Chega senhores! O que iriam conseguir brigando entre cavaleiros? Nós temos a obrigação de fazer alguma coisa, se não fizermos alguma coisa os cavaleiros de bronze irão morrer. Todos nós temos a obrigação de lutar com todo nosso poder e salvar Athena. Não é mesmo?
Os cavaleiros estavam diante de um impasse, mas Mu permanecia determinado a cumprir as ordens do Mestre Ancião. De repente uma luz saiu da casa de Sargitário. Era a armadura de Ouro que fora ajudar a Seiya sob comando de Aioros, o irmão de Aioria, que era o Cavaleiro de Sargitário, antes de ser morto acusado de traidor.
- Pelo que parece, nem mesmo o mestre com seu incrível poder conseguiu deter meu irmão! Disse Aioria admirado.
Logo depois foi a vez da Armadura de Ouro de Aquário, do cavaleiro Kamus - que havia sido morto durante a batalha contra os cavaleiros de bronze - ir em socorro dos cavaleiros.
Neste momento eu, que estava escondida até então, resolvi pronunciar-me.
- O que está acontecendo aqui? Por que não vão ajudar os cavaleiros de Bronze? Seiya e os outros vão acabar morrendo!
- Marin! Desde quando estava ouvindo nossa conversa? – Perguntou Mu, o cavaleiro de ouro de Áries.
- Fazem alguns minutos... e então? Não vão fazer nada?
- Marin o Mestre Ancião ordenou que não saíssemos do Santuário. – Respondeu Shaka, que estava até agora em silêncio – E agora que as armaduras de ouro foram em socorro dos cavaleiros, tenho certeza que eles sobreviverão. Devemos permanecer aqui.
- Isso – Disse Mu – Shaka tem toda razão. Cavaleiros, peço que retornem às suas casas agora.
- Até você Shaka! Acha que devemos esperar como covardes! – Disse Aioria.
- Aioria se acalme! Ninguém aqui é covarde, mas devemos respeitar o Mestre Ancião – Falou pela primeira vez Aldebaran.
- Mas se pelo menos ele nos dissesse o motivo! – Inquietava-se Miro.
De repente todos ficaram em silêncio por alguns minutos, até que...
- Aioria, vamos embora. – Disse Miro decidido.
- Sim, vamos. – Respondeu Aioria.
- Eu já disse que não permitirei que vocês saiam daqui!!! – Disse Mu já alterado.
- Vai nos impedir Mu? – Perguntou-lhe Miro.
- Se insistirem em sair daqui, terei que lutar contra vocês, mesmo contra minha vontade!
- E eu o ajudarei! – Respondeu Aldebaran.
- Então lutaremos contra vocês. – Disse Aioria.
Os quatro cavaleiros ascenderam seus cosmos e encaravam, esperando que alguém desferisse o primeiro ataque. Foi quando ouviram a voz de Shaka:
- Esperem....Aioria, Miro, sinto que não terão mais de serventia alguma. A batalha já terminou. Os cavaleiros de bronze derrotaram Poseidon e salvaram Athena. Esta tudo bem agora.
Todos ficaram aliviados e a tensão de a pouco se dissipou. No entanto notei que permaneciam apreensivos. Principalmente Mu e Shaka, pois pressentiam que algo muito maior estava para acontecer.
Os cavaleiros começaram a subir as escadas em direção as suas casas e Aioria dirigiu-se a mim.
- Acho que deve estar aliviada.
- Sim, estou.
Ele sorriu para mim e depois falou.
- Marin, é bom que tenha vindo, eu gostaria de falar com você. Pode me acompanhar até a Casa de Leão?
- Aioria eu...
- Por favor, é importante. _ disse-me olhando nos olhos, ou melhor, nos olhos da minha mascara fria e inexpressiva.
Consenti com a cabeça. Estava evitando Aioria desde o que ocorreu na "Fonte de Athena". Mas naquele momento eu não tinha como escapar. Resolvi enfrentar aquela conversa de uma vez. Fosse o que fosse eu me manteria firme.
Então fomos subindo as escadas em silêncio, eu o observava, estava com sua armadura dourada. Ficava tão bonito com ela! Fiquei a imaginar tudo o que ele devia ter passado para conquista-la. Por quantas provações, quantos sacrifícios, quanta dor teve que enfrentar para conquistar a Armadura de Ouro de Leão?
Assim que chegamos Aioria começou a livrar-se da sua pesada armadura enquanto falava comigo.
- Onde você estava Marin? Você não me esperou aquele dia na fonte de Athena e depois desapareceu.
- Você estava sendo indiscreto e eu...
- HaHa! Indiscreto? Mas você nem me deixou falar nada!
- Aioria! Você estava falando sobre o que eu pedi que não falasse a muitos anos atrás.
- É. Você tem razão, eu estava, e já está mais do que na hora de falarmos sobre isso.
- Eu não estou gostando dessa conversa. Vou embora agora mesmo! – Preparei- me para sair, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento ele segurou-me pelo braço.
- Você não vai fugir Marin. Dessa vez eu não vou permitir!
- O que pretende Aioria?
Perguntei olhando para sua mão a segurar meu braço sem ousar encara-lo. Mais que de repente puxou-me para si enlaçando minha cintura com um dos braços. Senti meu corpo colando no seu, uma sensação indescritível tomou todo o meu corpo. Com a outra mão retirou minha mascara bem devagar. Finalmente nossos olhos encontravam-se. Seus olhos azuis admiravam-me maravilhados.
- Exatamente como eu me lembrava! - Sussurrou e puxou-me para ainda mais perto de si. Seu rosto aproximava-se do meu, logo seus lábios tocaram-me o queixo e depois em volta da boca, lentamente como se estivesse preparando terreno. Quando encostou seus lábios nos meus fui sacudida por um turbilhão de sensações. Abri um pouco os lábios por instinto e logo sua língua invadiu minha boca. Tomei um susto abrindo os olhos. Aquilo tudo era novo para mim que até hoje só havia tido contato físico com homens durante as lutas. Aquela língua dentro de mim era assustadora e ao mesmo tempo maravilhosa! Ele aprofundou ainda mais o beijo. Fechei os olhos novamente. Sua língua explorava minha boca lentamente. De repente afastou-se para respirarmos e voltou a contemplar-me.
- Linda! Você é linda Marin! Por que esperei tanto tempo para fazer isso? Devia ter te tomado aquele dia mesmo na floresta. Por que esperamos tanto tempo?
- Aioria...- Tudo que me vinha a cabeça naquele momento era o seu lindo nome grego.
- Eu amo você Marin! Sempre te amei! Sempre...sempre...sempre – Dizia enquanto beijava meu rosto e pescoço.
- Eu também te amo Aioria. Pelos deuses! Como eu te amo! – Sussurrei, quase em estado de transe.
Calou-me com um novo beijo e enquanto me beijava começou a livrar-me da minha armadura com uma das mãos enquanto a outra me sustentava.Quando desarmou-me por completo me pegou em seus braços e levou-me até seu quarto me deitando em sua cama. Contemplou-me e depois colou seu corpo sobre o meu.
- Marin, hoje você será minha! Hoje, e para sempre!
Eu não podia, nem queria dizer nada naquele momento. Levei uma das mãos ao seu rosto, alisando-o. Seus olhos azuis sorriam-me! Eram meus! Somente meus! Enlacei o outro braço em suas costas e puxei-o para mim. Nossas bocas encontraram-se novamente. Depois ficamos abraçados. Ele me apertava como se não quisesse que eu escapasse nunca mais. Afastou-se um pouco e tirou a camisa e começou a tirar minhas meias que vinham até as coxas. Agora tudo que me cobria era um maiô. Enquanto beijava-me o ombros e o pescoço foi abaixando as alças do maiô, uma e depois a outra. Beijou meu seios e foi descendo até o umbigo. Estremeci.
Logo estávamos os dois completamente nus. Comecei a ficar um pouco nervosa, pois já ouvira dizer que a primeira vez de uma mulher era dolorosa. Aioria percebeu.
- Marin – disse-me ao ouvido – Você quer parar por aqui? Vai ser um pouco difícil para mim – e sorriu – mas eu faço o que você quiser. Podemos continuar depois...
- Não. Eu quero ir até o fim Aioria. Não vamos esperar mais. – respondi com o rosto mergulhado em seu pescoço enquanto as mãos exploravam suas costas e cabelos.
Aioria olhou-me no sorrindo e enquanto beijava-me a boca, afastou um pouco as minhas pernas e foi penetrando-me bem devagar. Aquilo realmente doía! Não me contive e gemi de dor. Ele parou e falou-me ao ouvido.
- Tudo bem meu amor?
- Esta tudo perfeito Aioria, continue.
Então começou a movimentar-se o mais delicadamente possível. A dor que eu sentia era insignificante perto do prazer que era tê-lo dentro de mim.
Quando terminou deitou-se ao meu lado. Estávamos ambos ofegantes. Fiquei a observar seu rosto, sorria de leve com os olhos fechados, depois puxou-me para junto de si. Repousei meu corpo sobre seu peito nu. Não me lembro de ter sentido em toda minha vida sensação melhor e mais plena do que aquela.
- Não vou perder você nunca mais Marin! Você é minha para sempre!
- Sim!E você é todo meu! Meu amor! Meu Aioria!
Continua...
---------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------
Primeiramente, queria agradecer a todos os reviews e e-mails que eu recebi. Valeu mesmo pela força de vcs todas! Já estamos chegando ao trágico fim da fic (snif, snif) e espero escrever uma outra em breve.
O Shaka de fofoqueiro kkkkkkkk! Coitado, sobrou pra ele. Pensei no Shaka pra dar um empurrãozinho aos dois porque na saga de Hades a gente pode concluir que ele e Aioria deviam ser bem amigos. Há quem diga que eram até algo mais, hehe, devido ao verdadeiro ESCÂDALO que o Aioria fez quando ele morreu! É claro que eu não acho isso. Respeito Yaoi, leio, acho alguns bem românticos, mas não é muito a minha praia. Identifico-me mais quando tem um personagem feminino no lance.
Obs: Como eu disse no primeiro capítulo, algumas partes da fic são diálogos retirados do próprio anime, como por exemplo, a conversa de Marin e Jacó e o início da discussão entre os cavaleiros de ouro até a parte que Aioria comenta a saída da armadura de Aioros.
Mais uma vez valeu a todas! Mil beijos!
Próximo capítulo em breve...
