O Leão e a Águia
Capítulo IV – Do Paraíso ao Inferno de Hades.
Acordei. Já era dia. Podia ouvir os pássaros cantando lá fora e um pouco de claridade entrava pela janela do quarto, que estava fechada assim como a porta, Aioria devia ter fechado durante a noite. Olhei para o lado. Ele dormia. Fiquei a contempla-lo. Parecia tão indefeso dormindo. Ao vê-lo ali ao meu lado num sono tranqüilo, um enorme sentimento de ternura me tomou.
- Como eu te amo! – Disse baixinho e beijei de leve seu rosto, não queria que acordasse. Porém ele despertou. Abriu os olhos e vendo-me, sorriu e me puxou para si.
- Acordou meu amor! Você estava tão lindo dormindo, tão mansinho, parecia um leãozinho indefeso.
- Leãozinho é? – Perguntou sorrindo.
- Sim você é meu leãozinho! – Falei enquanto enchia-o de beijos.
Ele sorriu e segurou meu rosto com as mãos olhando-me fixamente com aqueles olhos azuis como o oceano.
- Marin, é mesmo verdade? Você está aqui comigo! Não sabe o quanto eu desejei acordar contigo ao meu lado!
- Ah É? Mas você bem que se divertia sem mim... – Disse enciumada.
- Haha! E você queria que eu te esperasse como um monge!
- E por que não? Eu não esperei por você? – Sentei-me na cama cruzando os braços.
Então ele sorriu e sentou-se de frente para mim, segurando as minhas mãos.
- Ta bom Marin. Então me perdoa. Sei que você deve ter sofrido com isso...Naquele dia em que Seiya sumiu você veio aqui e eu estava...
- Siiu! – Fiz sinal para que não falasse encostando meus dedos em seus lábios – Não vamos mais falar sobre isso, está bem?
- Não. Eu quero que me perdoe. Eu quero que me perdoe por ter permitido que ficássemos separados esse tempo todo.
- Mas Aioria, a culpa foi minh..
- Não, não foi só sua! Eu sei como as coisas são difíceis para uma amazona...a tradição, as responsabilidades, os preconceitos que vocês enfrentam. Se eu tivesse tomado uma atitude mais cedo, nós...
- Mas você tentou, eu não te dei nenhuma abertura me afastei, fugi, fui fria com você.
- Mesmo assim! – Fez uma pausa - Afinal você nunca me enganou... – e pôs um sorriso maroto no rosto - eu sempre soube que você me desejava loucamente.
- Ora! Mas como você é convencido Cavaleiro de Leão!
Ele sorriu e depois voltou a ficar sério.
- Mas você me perdoa? – segurou minhas mãos e olhou-me nos olhos com uma expressão muito séria e até um pouco melancólica - Eu quero que saiba que você foi a única mulher que eu realmente amei em toda a minha vida. Sempre me imaginei ao seu lado. Várias vezes me peguei sonhando em como seria nossa vida juntos, nossos filhos...Nós poderíamos ter sido felizes.. – O modo como ele falava me assustou. Senti um calafrio me subir pela espinha.
- Aioria! Por que está falando assim? Nós ainda podemos viver tudo isso meu amor. – Falei enquanto me jogava em seus braços.
- É claro Marin, é claro que podemos. – Disse abarcando-me - Então? quantos filhos teremos? Cinco está bom pra você?
- Você está louco leãozinho? – Falei assustada - Dois no máximo!
- Hahaha! Tudo bem meu amor. Dois está bom, eu só estava brincando. Vem cá..
E ficamos aos beijos e mais beijos, abraços e mais abraços, carícias e mais carícias, até dormirmos novamente.
Quando acordei a porta estava aberta, olhei para fora e vi que Aioria conversava com um homem de longos cabelos loiros. Era Shaka de Virgem. Levantei-me, vesti algo e fui em direção deles. Suas expressões eram de preocupação. Ao perceberem que eu me aproximava mudaram de assunto.
- Marin. – falou O cavaleiro de Virgem, com a calma de sempre – Vejo que finalmente se entenderam.
- Ola Shaka.
- Shaka, Eu não te falei que ainda ia pegar essa mulher de jeito.– Disse o Cavaleiro de Leão enquanto me abraçava.
- Aioria!
- O que foi meu amor? Não é verdade? – Me apertava em seus braços sorrindo e falando bem próximo ao meu rosto num tom malicioso. Shaka sorria nos observando.
- Sobre o que estavam conversando? – Perguntei.
- Nada de mais Marin, assuntos do santuário. – Respondeu Aioria.
- Bem, tenho que ir. – Disse Shaka. – O jardim das Salas Gêmeas me aguarda.
- Por que não toma café conosco Shaka? – Ofereceu Aioria.
- Não será possível, preciso voltar para a Casa de Virgem. Estou devendo a mim mesmo uma longa meditação. Tenham um bom dia, vocês merecem. –Virou-se e foi saindo.
- Shaka, espere. – Disse Aioria indo em direção ao amigo. Shaka parou e voltou-se para Aioria. Os dois apertaram as mãos, depois se abraçaram e ele partiu em direção a casa de Virgem.
- O que foi isso? – Perguntei-lhe.
- Também não sei – Sorriu e começou a me beijar.
É claro que Aioria estava me escondendo algo, talvez ele também tivesse dúvidas, mas sabia de algo. Era evidente que ele e Shaka não estavam conversando sobre trivialidades do santuário. Pelas suas expressões era algo muito mais sério. E aquele abraço? O que significava? Seria algum tipo de despedida? Sim, algo muito sério estava para acontecer.
Aioria percebeu que eu não estava correspondendo ao beijo.
- O que é foi meu amor, está incomodada com algo?
- Aioria eu...- Eu queria perguntar, eu queria saber sobre o que estaria para acontecer, mas... "não, hoje não! Não agora, não vou estragar esse momento por nada nesse mundo" – Não é nada leãozinho, bobagem...
E beijamo-nos.
Aquele foi um dia de pura felicidade, não nos desgrudamos um só minuto. Conversamos, rimos, fizemos planos para o futuro, casamento, filhos. Queríamos aproveitar aquele dia ao máximo, para compensar todos os anos que perdemos longe um do outro.
Só lembrei-me que existia um mundo lá fora e que tinha coisas a fazer depois que o sol se pôs.
Levantei-me da cama e comecei a vestir minhas roupas e a armadura.
- O que esta fazendo Marin?
- Eu tenho que ir Aioria, tenho algo a resolver.
- Algo importante? – Perguntou, levantando-se da cama e vindo em minha direção.
- Sim. Tenho pistas de onde pode estar a irmã desaparecida de Seiya.
- E onde seria?
- Desconfio que ela esteja aqui por perto mesmo, na vila em volta do santuário.
- Mas você não precisa ir hoje – Disse enquanto me empurrava de volta para cama beijando-me o pescoço.
- Aioria, eu tenho que... – Calou-me com um beijo e me deitou na cama segurando meus braços, estava completamente paralisada, não só pela força com que me segurava contra a cama, mas também pelos seus olhos e aquele sorriso que me hipnotizavam.
Naquela noite eu não deixei a Casa de Leão.
No outro dia acordei cedo e me preparei para sair. Desta vez Aioria não insistiu para que eu ficasse. Nos despedimos na escadaria da sua casa.
- Não queria que fosses sozinha, mas sabes que não posso sair do santuário.
- Não fale bobagens Aioria, nunca precisei de você para resolver minhas coisas.
- Porque você não quis. Eu sempre estive disposto a...
- Aioria, não se preocupe comigo, sei que tem coisas importantes para se preocupar agora. Algo muito sério esta para acontecer não é?
- Sim está.
Ele sorria, mas seus olhos não me enganavam. Senti um calafrio novamente.
- Aioria, meu amor, prometa que eu vou te ver novamente. – Disse abraçando- o desesperadamente.
- Eu sou um cavaleiro Marin, minha vida é dedicada a Athena, não posso prometer algo que não sei se vou cumprir.
Ele tinha razão, nossas vidas são dedicadas à deusa Athena e para protege- la e ao mundo, temos que arriscar-nos sempre que necessário. Eu não poderia pedir isso a ele.
- Aioria... Ontem foi o melhor dia da minha vida!
- Sim, para mim também. Ontem foi perfeito!
Olhei em seus olhos azuis que estavam fixos nos meus. Como eram lindos seus olhos, como me encantavam, desde a primeira vez que os vi. E aquele sorriso! Como era lindo meu cavaleiro, como poucos. Como Fui estúpida. Como pude ter ficado tanto tempo sem beija-lo, abraça-lo, sem dizer que o amava, sem acordar com ele ao meu lado? Como pude deixar que ele fosse de outras de mulheres? Tudo que eu queria agora era gritar para o mundo todo que ele me pertencia para todo o sempre! E que eu era dele, somente dele, eternamente.
- Aioria...- Lágrimas corriam em meu rosto. Pela primeira vez desde que havia tornado-me amazona alguém me via chorar, mas eu não estava nem um pouco preocupada com isso.
- Marin eu amo você! Nunca se esqueça do quanto eu te amo!
Nos beijamos intensamente e desesperadamente, como se fosse a última vez! Então reuni todas as minhas forças e parti.
-----------------------------------------------"---------------------------- ------------------------
"Te amo"
Era a voz de Aioria. Ele havia se comunicado comigo através do seu cosmo que logo depois desapareceu. Estanquei.
Concentrei-me desesperadamente em busca do cosmo dele. Nada.
Eu já tinha sentido seu cosmo enfraquecer e depois ressurgir com toda a força, mas agora... Nada! Eu não sentia o cosmo de Aioria e eu poderia encontrar aquele cosmo entre milhões de outros com facilidade.
Senti uma dor muito forte no estômago e cai de joelhos ao chão abraçando o ventre.
- Aioria!
Ontem à noite, horas depois de ter deixado o santuário, ficara sabendo que havia se iniciado uma nova Guerra Santa entre Athena e Hades e temia pelo meu Cavaleiro de Leão. Sabia que não hesitaria em se arriscar. Daria sua vida para salvar à Humanidade e à Athena sem pestanejar. Mas eu ainda sentia seu cosmo e isso me fazia seguir.
Agora sentia-me amputada. Sim, haviam arrancado brutalmente um pedaço da minha alma.
- Aioria! Não!
Percebi que a menina ao meu lado falava algo, mas suas palavras não faziam sentido para mim.
- Aioria...Não! Não! Não!....
Achei que nunca mais me levantaria dali até que uma imagem veio-me a cabeça : Seiya. Ele ainda estava lutando, podia sentir seu cosmo. Não sei quanto tempo tinha permanecido naquele estado. Quando dei por mim haviam muitas pessoas ao me redor. Seika, a menina que me acompanhava, estava assustada. Uma senhora trouxe-me uma cadeira e um copo com água.
- Você está bem menina? O que aconteceu? Não parava de gritar! Esta sentindo dor?
Bebi o copo d'água oferecido pela senhora, e olhei em volta. As pessoas da vila continuavam ao meu redor e cochichavam sem descrição.
- É uma amazona. Essas mulheres de mascara são realmente esquisitas – Risadas.
Já podia sentir as pernas novamente. Levantei-me. Enxuguei as lágrimas do meu rosto.
- Seika... Vamos! Você vai ver seu irmão ainda hoje.
A batalha ainda não havia terminado. Os cavaleiros de ouro tinham se sacrificado, mas Seiya e os cavaleiros de bronze ainda lutavam contra Hades e seus espectros. Eu não podia me entregar, sabia que teria um papel a desempenhar naquela batalha, nem que fosse apenas o de dar ao Seiya o gosto de ver sua irmã antes de morrer. Eu também era uma defensora de Athena, como Aioria, e não podia me abalar agora. Não eu não podia! Pela Humanidade! Por Athena! Por Aioria...
Fim.
Aêeeeeeeeee!! Terminei minha primeira fic!! Quero agradecer muito as meninas que comentaram minha fic! Nandinha Shinomori, Marin The Sage of spirit, Lilithi 1, Belier, Amelia Ebherrardt, Larissa Yoshihara, JuleChan... Muito obrigada meninas! Bjs para todas!
E um agradecimento especial à Deusa Athena! ; ) Luciana Athena (Luthy Lothlrien) vc é gente finíssima! Muito obrigada pelo teu apoio!
Ah, e pra quem gosta desse casal e quer ver os dois juntinhos esse é o url de um fanart bem legal: www.stayka.keyspace.de/stseiya/fanart/img/natsumi/nts-dr26.jpg Não é lindo!?
Só mais uma coisa . Eu penso em fazer uma continuação para esse fanfic. Dando um final feliz para ele, quem sabe no futuro... O que vcs acham?
Capítulo IV – Do Paraíso ao Inferno de Hades.
Acordei. Já era dia. Podia ouvir os pássaros cantando lá fora e um pouco de claridade entrava pela janela do quarto, que estava fechada assim como a porta, Aioria devia ter fechado durante a noite. Olhei para o lado. Ele dormia. Fiquei a contempla-lo. Parecia tão indefeso dormindo. Ao vê-lo ali ao meu lado num sono tranqüilo, um enorme sentimento de ternura me tomou.
- Como eu te amo! – Disse baixinho e beijei de leve seu rosto, não queria que acordasse. Porém ele despertou. Abriu os olhos e vendo-me, sorriu e me puxou para si.
- Acordou meu amor! Você estava tão lindo dormindo, tão mansinho, parecia um leãozinho indefeso.
- Leãozinho é? – Perguntou sorrindo.
- Sim você é meu leãozinho! – Falei enquanto enchia-o de beijos.
Ele sorriu e segurou meu rosto com as mãos olhando-me fixamente com aqueles olhos azuis como o oceano.
- Marin, é mesmo verdade? Você está aqui comigo! Não sabe o quanto eu desejei acordar contigo ao meu lado!
- Ah É? Mas você bem que se divertia sem mim... – Disse enciumada.
- Haha! E você queria que eu te esperasse como um monge!
- E por que não? Eu não esperei por você? – Sentei-me na cama cruzando os braços.
Então ele sorriu e sentou-se de frente para mim, segurando as minhas mãos.
- Ta bom Marin. Então me perdoa. Sei que você deve ter sofrido com isso...Naquele dia em que Seiya sumiu você veio aqui e eu estava...
- Siiu! – Fiz sinal para que não falasse encostando meus dedos em seus lábios – Não vamos mais falar sobre isso, está bem?
- Não. Eu quero que me perdoe. Eu quero que me perdoe por ter permitido que ficássemos separados esse tempo todo.
- Mas Aioria, a culpa foi minh..
- Não, não foi só sua! Eu sei como as coisas são difíceis para uma amazona...a tradição, as responsabilidades, os preconceitos que vocês enfrentam. Se eu tivesse tomado uma atitude mais cedo, nós...
- Mas você tentou, eu não te dei nenhuma abertura me afastei, fugi, fui fria com você.
- Mesmo assim! – Fez uma pausa - Afinal você nunca me enganou... – e pôs um sorriso maroto no rosto - eu sempre soube que você me desejava loucamente.
- Ora! Mas como você é convencido Cavaleiro de Leão!
Ele sorriu e depois voltou a ficar sério.
- Mas você me perdoa? – segurou minhas mãos e olhou-me nos olhos com uma expressão muito séria e até um pouco melancólica - Eu quero que saiba que você foi a única mulher que eu realmente amei em toda a minha vida. Sempre me imaginei ao seu lado. Várias vezes me peguei sonhando em como seria nossa vida juntos, nossos filhos...Nós poderíamos ter sido felizes.. – O modo como ele falava me assustou. Senti um calafrio me subir pela espinha.
- Aioria! Por que está falando assim? Nós ainda podemos viver tudo isso meu amor. – Falei enquanto me jogava em seus braços.
- É claro Marin, é claro que podemos. – Disse abarcando-me - Então? quantos filhos teremos? Cinco está bom pra você?
- Você está louco leãozinho? – Falei assustada - Dois no máximo!
- Hahaha! Tudo bem meu amor. Dois está bom, eu só estava brincando. Vem cá..
E ficamos aos beijos e mais beijos, abraços e mais abraços, carícias e mais carícias, até dormirmos novamente.
Quando acordei a porta estava aberta, olhei para fora e vi que Aioria conversava com um homem de longos cabelos loiros. Era Shaka de Virgem. Levantei-me, vesti algo e fui em direção deles. Suas expressões eram de preocupação. Ao perceberem que eu me aproximava mudaram de assunto.
- Marin. – falou O cavaleiro de Virgem, com a calma de sempre – Vejo que finalmente se entenderam.
- Ola Shaka.
- Shaka, Eu não te falei que ainda ia pegar essa mulher de jeito.– Disse o Cavaleiro de Leão enquanto me abraçava.
- Aioria!
- O que foi meu amor? Não é verdade? – Me apertava em seus braços sorrindo e falando bem próximo ao meu rosto num tom malicioso. Shaka sorria nos observando.
- Sobre o que estavam conversando? – Perguntei.
- Nada de mais Marin, assuntos do santuário. – Respondeu Aioria.
- Bem, tenho que ir. – Disse Shaka. – O jardim das Salas Gêmeas me aguarda.
- Por que não toma café conosco Shaka? – Ofereceu Aioria.
- Não será possível, preciso voltar para a Casa de Virgem. Estou devendo a mim mesmo uma longa meditação. Tenham um bom dia, vocês merecem. –Virou-se e foi saindo.
- Shaka, espere. – Disse Aioria indo em direção ao amigo. Shaka parou e voltou-se para Aioria. Os dois apertaram as mãos, depois se abraçaram e ele partiu em direção a casa de Virgem.
- O que foi isso? – Perguntei-lhe.
- Também não sei – Sorriu e começou a me beijar.
É claro que Aioria estava me escondendo algo, talvez ele também tivesse dúvidas, mas sabia de algo. Era evidente que ele e Shaka não estavam conversando sobre trivialidades do santuário. Pelas suas expressões era algo muito mais sério. E aquele abraço? O que significava? Seria algum tipo de despedida? Sim, algo muito sério estava para acontecer.
Aioria percebeu que eu não estava correspondendo ao beijo.
- O que é foi meu amor, está incomodada com algo?
- Aioria eu...- Eu queria perguntar, eu queria saber sobre o que estaria para acontecer, mas... "não, hoje não! Não agora, não vou estragar esse momento por nada nesse mundo" – Não é nada leãozinho, bobagem...
E beijamo-nos.
Aquele foi um dia de pura felicidade, não nos desgrudamos um só minuto. Conversamos, rimos, fizemos planos para o futuro, casamento, filhos. Queríamos aproveitar aquele dia ao máximo, para compensar todos os anos que perdemos longe um do outro.
Só lembrei-me que existia um mundo lá fora e que tinha coisas a fazer depois que o sol se pôs.
Levantei-me da cama e comecei a vestir minhas roupas e a armadura.
- O que esta fazendo Marin?
- Eu tenho que ir Aioria, tenho algo a resolver.
- Algo importante? – Perguntou, levantando-se da cama e vindo em minha direção.
- Sim. Tenho pistas de onde pode estar a irmã desaparecida de Seiya.
- E onde seria?
- Desconfio que ela esteja aqui por perto mesmo, na vila em volta do santuário.
- Mas você não precisa ir hoje – Disse enquanto me empurrava de volta para cama beijando-me o pescoço.
- Aioria, eu tenho que... – Calou-me com um beijo e me deitou na cama segurando meus braços, estava completamente paralisada, não só pela força com que me segurava contra a cama, mas também pelos seus olhos e aquele sorriso que me hipnotizavam.
Naquela noite eu não deixei a Casa de Leão.
No outro dia acordei cedo e me preparei para sair. Desta vez Aioria não insistiu para que eu ficasse. Nos despedimos na escadaria da sua casa.
- Não queria que fosses sozinha, mas sabes que não posso sair do santuário.
- Não fale bobagens Aioria, nunca precisei de você para resolver minhas coisas.
- Porque você não quis. Eu sempre estive disposto a...
- Aioria, não se preocupe comigo, sei que tem coisas importantes para se preocupar agora. Algo muito sério esta para acontecer não é?
- Sim está.
Ele sorria, mas seus olhos não me enganavam. Senti um calafrio novamente.
- Aioria, meu amor, prometa que eu vou te ver novamente. – Disse abraçando- o desesperadamente.
- Eu sou um cavaleiro Marin, minha vida é dedicada a Athena, não posso prometer algo que não sei se vou cumprir.
Ele tinha razão, nossas vidas são dedicadas à deusa Athena e para protege- la e ao mundo, temos que arriscar-nos sempre que necessário. Eu não poderia pedir isso a ele.
- Aioria... Ontem foi o melhor dia da minha vida!
- Sim, para mim também. Ontem foi perfeito!
Olhei em seus olhos azuis que estavam fixos nos meus. Como eram lindos seus olhos, como me encantavam, desde a primeira vez que os vi. E aquele sorriso! Como era lindo meu cavaleiro, como poucos. Como Fui estúpida. Como pude ter ficado tanto tempo sem beija-lo, abraça-lo, sem dizer que o amava, sem acordar com ele ao meu lado? Como pude deixar que ele fosse de outras de mulheres? Tudo que eu queria agora era gritar para o mundo todo que ele me pertencia para todo o sempre! E que eu era dele, somente dele, eternamente.
- Aioria...- Lágrimas corriam em meu rosto. Pela primeira vez desde que havia tornado-me amazona alguém me via chorar, mas eu não estava nem um pouco preocupada com isso.
- Marin eu amo você! Nunca se esqueça do quanto eu te amo!
Nos beijamos intensamente e desesperadamente, como se fosse a última vez! Então reuni todas as minhas forças e parti.
-----------------------------------------------"---------------------------- ------------------------
"Te amo"
Era a voz de Aioria. Ele havia se comunicado comigo através do seu cosmo que logo depois desapareceu. Estanquei.
Concentrei-me desesperadamente em busca do cosmo dele. Nada.
Eu já tinha sentido seu cosmo enfraquecer e depois ressurgir com toda a força, mas agora... Nada! Eu não sentia o cosmo de Aioria e eu poderia encontrar aquele cosmo entre milhões de outros com facilidade.
Senti uma dor muito forte no estômago e cai de joelhos ao chão abraçando o ventre.
- Aioria!
Ontem à noite, horas depois de ter deixado o santuário, ficara sabendo que havia se iniciado uma nova Guerra Santa entre Athena e Hades e temia pelo meu Cavaleiro de Leão. Sabia que não hesitaria em se arriscar. Daria sua vida para salvar à Humanidade e à Athena sem pestanejar. Mas eu ainda sentia seu cosmo e isso me fazia seguir.
Agora sentia-me amputada. Sim, haviam arrancado brutalmente um pedaço da minha alma.
- Aioria! Não!
Percebi que a menina ao meu lado falava algo, mas suas palavras não faziam sentido para mim.
- Aioria...Não! Não! Não!....
Achei que nunca mais me levantaria dali até que uma imagem veio-me a cabeça : Seiya. Ele ainda estava lutando, podia sentir seu cosmo. Não sei quanto tempo tinha permanecido naquele estado. Quando dei por mim haviam muitas pessoas ao me redor. Seika, a menina que me acompanhava, estava assustada. Uma senhora trouxe-me uma cadeira e um copo com água.
- Você está bem menina? O que aconteceu? Não parava de gritar! Esta sentindo dor?
Bebi o copo d'água oferecido pela senhora, e olhei em volta. As pessoas da vila continuavam ao meu redor e cochichavam sem descrição.
- É uma amazona. Essas mulheres de mascara são realmente esquisitas – Risadas.
Já podia sentir as pernas novamente. Levantei-me. Enxuguei as lágrimas do meu rosto.
- Seika... Vamos! Você vai ver seu irmão ainda hoje.
A batalha ainda não havia terminado. Os cavaleiros de ouro tinham se sacrificado, mas Seiya e os cavaleiros de bronze ainda lutavam contra Hades e seus espectros. Eu não podia me entregar, sabia que teria um papel a desempenhar naquela batalha, nem que fosse apenas o de dar ao Seiya o gosto de ver sua irmã antes de morrer. Eu também era uma defensora de Athena, como Aioria, e não podia me abalar agora. Não eu não podia! Pela Humanidade! Por Athena! Por Aioria...
Fim.
Aêeeeeeeeee!! Terminei minha primeira fic!! Quero agradecer muito as meninas que comentaram minha fic! Nandinha Shinomori, Marin The Sage of spirit, Lilithi 1, Belier, Amelia Ebherrardt, Larissa Yoshihara, JuleChan... Muito obrigada meninas! Bjs para todas!
E um agradecimento especial à Deusa Athena! ; ) Luciana Athena (Luthy Lothlrien) vc é gente finíssima! Muito obrigada pelo teu apoio!
Ah, e pra quem gosta desse casal e quer ver os dois juntinhos esse é o url de um fanart bem legal: www.stayka.keyspace.de/stseiya/fanart/img/natsumi/nts-dr26.jpg Não é lindo!?
Só mais uma coisa . Eu penso em fazer uma continuação para esse fanfic. Dando um final feliz para ele, quem sabe no futuro... O que vcs acham?
