Capitulo 5
Os homens da família Kinomoto, Fujitaka e Touya, entraram na sala do primeiro ministro, chamando a atenção de Takawi. O homem de olhos violetas, nada surpreso com a tensão do general, pediu para que eles se sentassem, mas Fujitaka nem lhe deu ouvidos. A raiva o consumia de uma maneira tão grande, que ele não conseguia imaginar como seu coração não explodira. Sua filha caçula, alvo do povo inimigo?
"Acalme-se, pai...", ele ouviu Touya dizer. "Perambulando por este salão, não acharas a solução".
"Ah, cala-te! Não me venhas com tuas rimas e muito menos com esta tua paciência nojenta. Estou irritado! E deixe-me assim ficar" , Fujitaka ordenou, nem sequer parando para encarar o filho.
"Meu caro, tua filha é uma bela guria. Deverias pensar em casá-la, para protege-la. Um bom partido seria Yukito Tsukishiro. Tu mesmo me disseste que existe uma camaradagem entre eles", Takawi sugeriu. Os olhos castanhos fuzilaram o japonês.
"Guria não! É uma mulher! Uma teimosa e irredutível mulher que corre perigo e brinca com a idéia", o general se exaltou ainda mais. Ciente de que agora, Fujitaka não prestaria atenção em seus atos, Takawi sentiu as idéias surgirem em sua mente, uma a uma. Por fim, a última lhe pareceu adequada. Comunicaria a 'ela', na hora certa.
"O que pretendes fazer, meu pai? Se descobrirem que Sakura não foi morta, voltaram a atacar nossa mansão. E ela não resistiria por muito tempo", Touya avisou. Fujitaka passou a mão pelos cabelos, num gesto puramente nervoso.
"Tens razão. Todavia, já tenho a decisão em mãos. E precisarei de tua ajuda, meu filho".
"Sim, senhor", Touya respondeu, não escondendo a satisfação de realizar um trabalho tão importante para o pai.
"E qual seria essa sua decisão, meu amigo Fujitaka? Se é que posso saber", Takawi logo tratou de perguntar. Se surgissem novidades, o mais correto seria se informar para depois não ser traído pelo seu próprio plano, como ocorrera a última vez.
"Chega de bancarmos os bonzinhos. Está no tempo de agir. Depois desta noite, mandarei nossos exércitos atacarem o lugar onde o maldito capitão destas tropas estiver. E farei questão de trazê-lo aqui, para Sakura ver o causador de seus problemas, decapitado!".
"Porque só depois desta noite? Podemos fazer isto imediatamente, não é? Se sabes o paradeiro, não deveríamos nos adiantar? ", Touya indagou. Viu o pai fitar o nada, antes de responder grossamente.
"Amanhã! Minha palavra será mantida até que eu dite o contrario! E basta de perguntas! Arrume as tropas, as armas e os veículos!"...
**
Tomoyo correu até o quarto da cunhada, em suas mãos os mais novos objetos que ela havia comprado, para que o trabalho desta noite saísse perfeito. Mas não concordava com a urgência que Sakura tinha em descobrir os planos dos inimigos. A bela japonesa ainda estava ferida, com o pé machucado e seu desempenho com certeza seria prejudicado se ela não trabalhasse com a maior rapidez possível.
Batendo de leve na porta, Tomoyo escutou a doce voz de Sakura a chamar. Entrando, ela fechou a porta lentamente, para que ninguém suspeitasse de qualquer coisa.
"Demoraste, minha cunhada. Espero que as coisas que você comprou recompensem este teu atraso", Sakura brincou, enquanto via as enormes sacolas que a cunhada carregava. Franziu o cenho. Realmente, aquilo era sério para Tomoyo.
"Não se arrependerás! Confeccionei tuas vestimentas com esmero. E espero que não se importe, pois desta vez, não usara o Shinobi Shozoku tradicional. Ficarás linda e diferente de qualquer outra ninja. Mas... Como estão seus ferimentos?", ela perguntou. Sakura revirou os olhos, tocando levemente o corte em sua bochecha.
"Estou bem, minha cunhada. O que espero é que tuas espalhafatosas roupas não me revelem diante do inimigo. Com estes malditos ferimentos, não posso nem pensar em correr riscos!", ela comentou, resmungando. Pela primeira vez, em anos de tarefas noturnas, sentia-se desanimada ao lembrar da árdua sina a que fora encarregada.
"Veja seu novo uniforme", Tomoyo exclamou exultante, como se não ouvisse o comentário da cunhada, entregando a vestimenta leve às mãos de Sakura.
Observando o uniforme, Sakura acariciou o tecido leve com as mãos, deslizando o dedo por cada detalhe. Sabia do capricho de sua cunhada, porém surpreendera-se desta vez com a beleza sombria do Shinobi Shozoku. A vestimenta era negra, como apropriado, porém havia flores, costuradas em seda azul-anil, sobre o uniforme. Olhando a parte de baixo da roupa, notou não se tratar de uma calça. A blusa era em decote V, enquanto a saia apertava-lhe o quadril, descendo até a metade das coxas. Sapatilhas negras, com fitas que se prendiam ao tornozelo, deixavam a roupa mais feminina ainda.
"É linda, porém...", ela interrompeu, verificando a roupa novamente. "Não tem máscara. Ficarei com o rosto à mostra. E sabes muito bem que não é este meu desejo".
"Nossa, como és exigente...! Bem, lhe avisei que a roupa seria diferente. Mais feminina e delicada, classicamente feita para uma dama. Quanto ao teu rosto, tomei a liberdade de lhe comprar esta máscara, feita pelo melhor artesão que nosso dinheiro pode pagar. O teu cabelo será preso em um rabo-de-cavalo, alto, com esta fita negra aqui. Comprei até alguns adornos, como floores negras e borboletas azuis", Tomoyo prontamente avisou, entregando a máscara na mão da prima, e já se apressando em pegar a escova e os enfeites.
A máscara era negra, começando pelo nariz, descendo até o queixo. Feita de metal, tinha entalhes de flores e borboletas. Sakura sorriu, desconcertada. Nunca notara como um pouco de estilo fazia falta a sua rotina de trabalho. Só deixou de admirar a riqueza de detalhes de sua máscara quando ouviu a voz da prima soar.
"Que armas pretendes usar?".
"Minha Kawanaga, caso eu precise ultrapassar algum obstáculo. Minhas fiéis Shakens, a quais eu poli e devo admitir que estão como novas, apesar de anos de trabalho. Além de Shuko novos, pois o que usava estavam gastas. Não posso me arriscar", ela disse, enquanto esperava o penteado ficar pronto, analisando-se em frente ao espelho..
"Ah!", Tomoyo exclamou, deixando de escovar os cabelos da prima. Voltando-se para ela, trouxe em mãos uma pequena bolsa, a qual Sakura rapidamente abriu. Quando viu, soltou uma exclamação extremamente contente.
"Não posso crer!".
"São as Sais, minha cunhada. Uma camponesa de confiança me vendeu por um bom preço. Soube que gostaria de ter uma. Nada mais justo de que presenteá-la, pela sua força e coragem de entregar-se de corpo e alma ao trabalho", Tomoyo afirmou, sorrindo. Sakura segurou o cabo da arma, girando o pulso para reconhecer o objeto. Logo, suas mãos já movimentavam a Sai com precisão, tanto como o samurai usava sua espada.
"Muito obrigado. Espero voltar viva para lhe contar sobre minha aventura", Sakura agradeceu. Por um instante, Tomoyo parou o serviço, sorrindo piedosamente para prima. Depois, sem fitá-la, respondeu.
"Não digas isto, sua jovem tola! Se não morrestes em serviços mais vis, porque neste haveria de ser diferente?".
Sakura sentiu os olhos arderem, as lágrimas caírem livres pelas bochechas. Não podia contar a cunhada que temia esta empreitada. Que o fato de ter beijado um inimigo só tornariam as coisas mais complicadas se fosse presa. Mas, todavia, seu destino era este. Nasceu para espiar, sabotar e matar. Escondia-se na vergonha, ao lembrar-se que todos a consideravam a perfeita dama, quando pelas suas mãos já morreram muitas pessoas. Pessoas desonestas e corruptas, mas mesmo assim, seres vivos. Por apenas alguns instantes, sentiu nojo das próprias mãos, enxergando nela o sangue das mortes que causara. Balançou a cabeça, tentando esquecer o que vira. Ao fitar suas mãos novamente, viu que tudo não passava de uma ilusão.
"Desta vez, será tudo muito diferente...", ela murmurou. Tomoyo pausou novamente o trabalho, mas desta vez, não voltou a pegar a escova. Com os olhos repletos de preocupação, ela ajoelhou-se ao lado de Sakura.
"Por que, Sakura? Em teus olhos, vejo mais do que determinação... Vejo um receio que não combina com seu caráter. Me digas, cunhada, o que tanto te aflige?", ela perguntou. Sakura desviou o olhar, antes de responder.
"No dia em que Eriol voltou... Eu fui pega por um chinês", ela falou rapidamente. A morena levou a mão à boca, a fim de abafar um gemido de surpresa. Mas, sentindo que sua angústia não iria ajudar a cunhada, ela assentiu com a cabeça, permitindo a outra continuar o que tinha para falar.
"Bem... Ele falou sobre a guerra, sobre os planos que tem... Disse que, na verdade, não iria me matar porque não valeria a pena perder o tempo dele agora. Ele queria a família inteira", Sakura suspirou, e uma lágrima escapou de seus olhos. "Jurei que não permitiria isto... Porém, não esperava que ele tomasse tal atitude".
"Que atitude?".
"Ele... aquele chinês maldito... ele... me beijou...", a última palavra soou fraca. Tomoyo arregalou os olhos, antes de poder recobrar a voz.
"Oh, Sakura!", ela parece feliz, Sakura constatou com pesar. "Correspondestes aos beijos? Pelo amor dos nossos antepassados, que surpresa! Ele era bonito? Digas, garota, não vês que minha curiosidade não tem limites?".
"Não fales como se fosse algo bom ou satisfatório!", Sakura exclamou, sentindo as bochechas arderem. Lembrar daquele beijo era demais para ela.
"Conte-me! Agora! O que sentistes?".
"Ele tinha olhos dourados, profundos... Duas piscinas de ouro a me fitarem com tanta volúpia, que me senti acariciada por aquele olhar. Mãos fortes, firmes, que proporcionavam uma sensação tão confortável... E quando ele me beijou... Não sabia o que fazer... Os lábios eram quentes, adocicados, tão carinhosos... E, sim... Correspondi aos beijos com vontade... Não sei... Estou tão confusa... O que ele queria com esta carícia?... Me provar que eu, como qualquer outra mulher, pode sae entregar aos encantos dele?", Sakura disse, fechando os olhos, lembrando das sensações. Tudo tão recente... Cada toque marcado em sua pele...
"E, temes que ele te faça algum mal se te encontrar lá?", Tomoyo perguntou, controlando a vontade de não sorrir. Certamente, este chinês não iria machucar Sakura, pelo modo como ele havia tratado ela naquela noite.
"Não sei ao certo, minha prima... Só que, desta vez, me vingarei deste farçante muito bem! Quero que ele sofre por ter me feito passar aquela humilhação!".
"Está bem...", Tomoyo abafou um sorriso. Sakura mostrava o orgulho ferido, e a vontade imensa de vê-lo novamente. Não lhe parecia com a determinação de matá-lo. Analisando o penteado da amiga, pronto e perfeito, ela sorriu e exclamou. "Está pronta. Podes partir..."
"Deixe-me ver... Oh Tomoyo, está ótimo!", ela sorriu, pegando sua bolsa com as armas e se dirigindo a janela. Antes, porém, virou-se e viu que a cunhada estava com a expressaõ aflita. Resolveu acalmá-la um pouco. "Não te preocupes, eu ficarei bem!"
Tomoyo queria acreditar naquelas palavras, quando Sakura pulou pela janela. Mas não pôde. Sakura era orgulhosa e forte, mas estava vulnerável. Queria tanto estar presente para dar uma força a amiga...
**
Pela escuridão, ela moveu-se, silenciosa. Sorriu ao observar que o Dojo não tinha proteção nenhuma. Apenas um guarda, na entrada, assobiando uma cantiga e olhando para o céu, enquanto sorvia uma bebida. Porém, isto não a incomodou. Era uma pessoa furtiva, não usaria a porta da frente para anunciar sua entrada. Movendo-se por trás de alguns arbustos, Sakura esquivou-se dos olhares do homem, partindo diretamente para uma janela, nos fundos do Dojo. Observou-a com atenção. Usar sua Kawanaga seria inútil, pois não parecia ser muito alta. Olhou os Shuko em sua obi, optando por estes. Olhando por todos os lados, notou não ter ninguém. Perfeito.
Aproximando-se da parede, Sakura começou a escalar o lugar devagar. Olhando para baixo, percebeu que cometera um erro. A parede era muito mais alta do que sua vista noturna previra. Um passo em falso e ela não poderia nem ao menos experimentar os Sai. Então, para manter sua segurança, começou a escalar mais devagar, atenta às falhas do cimento da parede. Ao chegar na janela, deu uma rápida espiada, espreitando como um predador atrás de seu alimento. Um guarda guardava o quarto, certamente o do capitão. Viu o cômodo, com uma mesa, e inúmeros papéis espalhados por ela. Seus olhos translúcidos brilharam intensamente. Achara seu objetivo mais rápido do que imaginara. Retirando sua Shaken, a atirou em direção ao alvo, que dormia folgadamente reencostado na soleira da porta. Com rapidez incrível, a arma atravessou o pescoço gorducho do soldado. Notando o caminho livre, entrou.
Foi até o morto no chão, em passos sorrateiros. Retirou a Shaken do morto, limpando o sangue com a barra da roupa. Revirando o corpo, notou algumas queimaduras pelos braços desnudos e pelas pernas peludas. Sentiu uma vertigem a apossar, a impossibilitando de olhar por mais um segundo para o homem, que já começava a feder.
'Desgraçado, então foi tu que explodiste aquela bomba em meu quarto? Bem, já pagaste com a vida pelo teu ato tão vil', ela pensou satisfeita, chutando para longe o corpo morto. Olhou para a mesa, curiosa. Talvez, aquelas simples folhas fossem sua salvação e o motivo para findar com aquela busca tão desagradável. .
Aproximando-se, começou a ler atentamente todos as folhas. Como espiã, havia aprendido a ler e a escrever várias línguas, inclusive chinês, uma língua que nunca viria a usar se fosse uma dama normal. Mas a questão é que não era uma dama clássica, muito menos normal. A maioria dos documentos se tratava de pagamentos de armas, autorizações de retirada e fichas dos soldados, porém, uma folha, escrita em mandarim, lhe chamou a atenção. Aproximando o papel do olhos, leu rapidamente.
'Meu filho Syaoran, tu fostes irresponsável ao atacar o quarto da filha do general. Não sei os motivos que o levaram a isto, porém, estou desapontado. Tome cuidado com tuas atitudes, ao invés de arriscar seus homens como fez. De Shang Li'
"Nojento!", ela gritou, sem notar que falara em voz alta. Pegando o papel e o guardando, ela notou as sombras subindo pelas escadarias. Não haveria outra maneira de se livrar disto senão lutar contra os inimigos.
O primeiro homem que lhe apareceu era baixo, porém corpulento. A olhou com luxúria, contornando cada curva de seu corpo com os orbes negros. Sakura sentiu um nojo do oponente, o olhando ainda mais vontade de matá-lo. Mas seria inútil tentar um ataque corporal, visto que ele deveria pesar o triplo de seu peso. Antes que ele avançasse, jogou mais uma de suas Shaken, que parou no meio da testa do homem, o deixando morto no chão. Viu o próximo se aproximar, com a expressão nada satisfeita. Provavelmente por ela ter matado um dos seus companheiros. Não tardou em pegar sua Sai, e partir para o confronto. Bloqueando boa parte dos ataques, feito como uma espada que pesava sobre suas adagas, estudou que a fraqueza do homem seria o braço esquerdo, que se movimentava com lentidão, certamente por um ferimento. Bloqueando uma investida do braço direito, Sakura rapidamente chutou o braço esquerdo, percebendo com gosto como ele se contorceu de dor, caindo no chão sem nenhuma defesa. Aproveitando este momento de fraqueza, jogou a Sai, que acertou o coração do soldado.
Vendo não estar mais em perigo, retirou as armas sobre os corpos sem vida. Os limpando se dirigiu à saída, com a mente fervilhando. Então, fora este tal de Syaoran Li que planejara sua morte... Assim que comunicasse ao pai as novidades, voltaria a aquela dojo para ter o prazer mórbido de matar aquele que ousava atacar sua residência. Sorriu. Seu trabalho fora bem sucedido. Além de saber dos prováveis planos dos inimigos, ela descobrira quem na verdade queria sua morte. A única coisa que a decepcionou foi não poder ter visto o facínora que a tocara outra noite. Isto, ela esqueceria completaemnte. Voltaria a sua vida normal assim que saísse daquela moradia. Porém, algo lhe interrompeu os pensamentos.
Assustada, Sakura olhou para a perna, vendo que dela escorria uma pequena corrente de sangue. Abaixou-se, sentindo uma dor, nada comparada ao que sentiria se algo lhe cortasse, impossibilitando-a de permanecer de pé. Notou, agora com atenção, que uma pequena agulha estava presa à perna. Retirando-a com cuidado, cheirou o objeto. Desesperou-se. Era veneno de cobra. Provavelmente, o veneno de uma naja, a cobra egípcia mais venenosa do mundo. Estudara a fórmula do veneno. Dificilmente, sairia com vida desta situação...
Rapidamente, sua visão começou escurecer, enquanto a dor se intensificava, fazendo soltar um grito de dor, que só não ecoou por ela não ter voz suficiente para emitir qualquer som. Só notou, enquanto sentia a expiração falhar, estar sendo amarrada nos pulsos e na perna, e carregada por um forte homem, que a levava descendo as escadas. Oh, que destino cruel... Morreria pelas mão do inimigo, sem se vingar do homem que a beijara tão intensamente...
*Fim*
Glossário:
Shinobi Shozoku - Antiga vestimenta ninja. Feita geralmente em tons escuros e com tecidos mais flexisíveis, era a roupa tipíca para qualquer guerreiro noturno.
Kawanaga - Uma espécie de gancho, que servia para os ninjas. Vamos exemplificar, Ok? Todo mundo já assistiu Batman, não é? Então, sabe aquele ganchinho que ele usa para se prender a parede? Então, é parecido, só que é maior e não tem nenhum dispositivo automático...
Shaken - Esta é famosa... Não pelo nome, mas por que a maioria das pessoas conhece... é aquela estrelinha afiada que é lançada no ar!
Shuko - Está peculiar arma se parece com uma pata de gato. É usada para escalar as parades, por ter a palama cheia de dentinhos que se prendem muito bem as superfícies.
Sais - Alguém aí já assitiu O Retorno Da Mumía? Bem, vcs lembram da luta entre a Evy e a Anaksunamun. Bom, aqurlas adagas douradas eram as Sais... Para quem não assistiu, (E devia!), elas são adagas ( Eu acho que já falei isto), afiadas, com as lâminas bem finas e com ganchos para se segurar...
Bom, gente, é isto! Espero que tenham gostado de meu glossário, e se não entenderam nada, é só me mandar um E-mail e perguntar o que eu estou querendo dizer com tanta besteira! Queria tambem agradecer aos comentarios, pois eles foram maravilhosos... Obrigado mesmo!
Bem, voltando a conversar, eu gostaria de dizer que tenho um mini-fic prontinho para ser postado! Ele vai deixar as fãs de Syaoran um poquinho decepcionadas! Mas, se vcs quiserem ele na tela maravilhosa da Fanfiction.Net, e só me mandar um comentário ou uma mensagem via E-mail... Vou até dizer o nome do meus textinho: Quando Eu o perdi...
Sentiu o impacto! Ótimo! Bem, outra coisa. Eu estou pensando em fazer propaganda. Isto mesmo! Propaganda de fics maravilhosos que eu já li e que recomendo... Lembro que uma autora de um lindo fanfiction de Inuyasha fez isto tambem! Então, se quiserem que eu faça isto, me mandem tambem pelos comentarios...
Parece mais uma propaganda para me mandarem comentarios, não é mesmo? Se acharem isto, ou não, me mandem um comentario tambwm ! (Brincadeirinha, brincadeirinha...)
Grandes beijos e muitos abraços, de Jenny-Ci
Os homens da família Kinomoto, Fujitaka e Touya, entraram na sala do primeiro ministro, chamando a atenção de Takawi. O homem de olhos violetas, nada surpreso com a tensão do general, pediu para que eles se sentassem, mas Fujitaka nem lhe deu ouvidos. A raiva o consumia de uma maneira tão grande, que ele não conseguia imaginar como seu coração não explodira. Sua filha caçula, alvo do povo inimigo?
"Acalme-se, pai...", ele ouviu Touya dizer. "Perambulando por este salão, não acharas a solução".
"Ah, cala-te! Não me venhas com tuas rimas e muito menos com esta tua paciência nojenta. Estou irritado! E deixe-me assim ficar" , Fujitaka ordenou, nem sequer parando para encarar o filho.
"Meu caro, tua filha é uma bela guria. Deverias pensar em casá-la, para protege-la. Um bom partido seria Yukito Tsukishiro. Tu mesmo me disseste que existe uma camaradagem entre eles", Takawi sugeriu. Os olhos castanhos fuzilaram o japonês.
"Guria não! É uma mulher! Uma teimosa e irredutível mulher que corre perigo e brinca com a idéia", o general se exaltou ainda mais. Ciente de que agora, Fujitaka não prestaria atenção em seus atos, Takawi sentiu as idéias surgirem em sua mente, uma a uma. Por fim, a última lhe pareceu adequada. Comunicaria a 'ela', na hora certa.
"O que pretendes fazer, meu pai? Se descobrirem que Sakura não foi morta, voltaram a atacar nossa mansão. E ela não resistiria por muito tempo", Touya avisou. Fujitaka passou a mão pelos cabelos, num gesto puramente nervoso.
"Tens razão. Todavia, já tenho a decisão em mãos. E precisarei de tua ajuda, meu filho".
"Sim, senhor", Touya respondeu, não escondendo a satisfação de realizar um trabalho tão importante para o pai.
"E qual seria essa sua decisão, meu amigo Fujitaka? Se é que posso saber", Takawi logo tratou de perguntar. Se surgissem novidades, o mais correto seria se informar para depois não ser traído pelo seu próprio plano, como ocorrera a última vez.
"Chega de bancarmos os bonzinhos. Está no tempo de agir. Depois desta noite, mandarei nossos exércitos atacarem o lugar onde o maldito capitão destas tropas estiver. E farei questão de trazê-lo aqui, para Sakura ver o causador de seus problemas, decapitado!".
"Porque só depois desta noite? Podemos fazer isto imediatamente, não é? Se sabes o paradeiro, não deveríamos nos adiantar? ", Touya indagou. Viu o pai fitar o nada, antes de responder grossamente.
"Amanhã! Minha palavra será mantida até que eu dite o contrario! E basta de perguntas! Arrume as tropas, as armas e os veículos!"...
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Tomoyo correu até o quarto da cunhada, em suas mãos os mais novos objetos que ela havia comprado, para que o trabalho desta noite saísse perfeito. Mas não concordava com a urgência que Sakura tinha em descobrir os planos dos inimigos. A bela japonesa ainda estava ferida, com o pé machucado e seu desempenho com certeza seria prejudicado se ela não trabalhasse com a maior rapidez possível.
Batendo de leve na porta, Tomoyo escutou a doce voz de Sakura a chamar. Entrando, ela fechou a porta lentamente, para que ninguém suspeitasse de qualquer coisa.
"Demoraste, minha cunhada. Espero que as coisas que você comprou recompensem este teu atraso", Sakura brincou, enquanto via as enormes sacolas que a cunhada carregava. Franziu o cenho. Realmente, aquilo era sério para Tomoyo.
"Não se arrependerás! Confeccionei tuas vestimentas com esmero. E espero que não se importe, pois desta vez, não usara o Shinobi Shozoku tradicional. Ficarás linda e diferente de qualquer outra ninja. Mas... Como estão seus ferimentos?", ela perguntou. Sakura revirou os olhos, tocando levemente o corte em sua bochecha.
"Estou bem, minha cunhada. O que espero é que tuas espalhafatosas roupas não me revelem diante do inimigo. Com estes malditos ferimentos, não posso nem pensar em correr riscos!", ela comentou, resmungando. Pela primeira vez, em anos de tarefas noturnas, sentia-se desanimada ao lembrar da árdua sina a que fora encarregada.
"Veja seu novo uniforme", Tomoyo exclamou exultante, como se não ouvisse o comentário da cunhada, entregando a vestimenta leve às mãos de Sakura.
Observando o uniforme, Sakura acariciou o tecido leve com as mãos, deslizando o dedo por cada detalhe. Sabia do capricho de sua cunhada, porém surpreendera-se desta vez com a beleza sombria do Shinobi Shozoku. A vestimenta era negra, como apropriado, porém havia flores, costuradas em seda azul-anil, sobre o uniforme. Olhando a parte de baixo da roupa, notou não se tratar de uma calça. A blusa era em decote V, enquanto a saia apertava-lhe o quadril, descendo até a metade das coxas. Sapatilhas negras, com fitas que se prendiam ao tornozelo, deixavam a roupa mais feminina ainda.
"É linda, porém...", ela interrompeu, verificando a roupa novamente. "Não tem máscara. Ficarei com o rosto à mostra. E sabes muito bem que não é este meu desejo".
"Nossa, como és exigente...! Bem, lhe avisei que a roupa seria diferente. Mais feminina e delicada, classicamente feita para uma dama. Quanto ao teu rosto, tomei a liberdade de lhe comprar esta máscara, feita pelo melhor artesão que nosso dinheiro pode pagar. O teu cabelo será preso em um rabo-de-cavalo, alto, com esta fita negra aqui. Comprei até alguns adornos, como floores negras e borboletas azuis", Tomoyo prontamente avisou, entregando a máscara na mão da prima, e já se apressando em pegar a escova e os enfeites.
A máscara era negra, começando pelo nariz, descendo até o queixo. Feita de metal, tinha entalhes de flores e borboletas. Sakura sorriu, desconcertada. Nunca notara como um pouco de estilo fazia falta a sua rotina de trabalho. Só deixou de admirar a riqueza de detalhes de sua máscara quando ouviu a voz da prima soar.
"Que armas pretendes usar?".
"Minha Kawanaga, caso eu precise ultrapassar algum obstáculo. Minhas fiéis Shakens, a quais eu poli e devo admitir que estão como novas, apesar de anos de trabalho. Além de Shuko novos, pois o que usava estavam gastas. Não posso me arriscar", ela disse, enquanto esperava o penteado ficar pronto, analisando-se em frente ao espelho..
"Ah!", Tomoyo exclamou, deixando de escovar os cabelos da prima. Voltando-se para ela, trouxe em mãos uma pequena bolsa, a qual Sakura rapidamente abriu. Quando viu, soltou uma exclamação extremamente contente.
"Não posso crer!".
"São as Sais, minha cunhada. Uma camponesa de confiança me vendeu por um bom preço. Soube que gostaria de ter uma. Nada mais justo de que presenteá-la, pela sua força e coragem de entregar-se de corpo e alma ao trabalho", Tomoyo afirmou, sorrindo. Sakura segurou o cabo da arma, girando o pulso para reconhecer o objeto. Logo, suas mãos já movimentavam a Sai com precisão, tanto como o samurai usava sua espada.
"Muito obrigado. Espero voltar viva para lhe contar sobre minha aventura", Sakura agradeceu. Por um instante, Tomoyo parou o serviço, sorrindo piedosamente para prima. Depois, sem fitá-la, respondeu.
"Não digas isto, sua jovem tola! Se não morrestes em serviços mais vis, porque neste haveria de ser diferente?".
Sakura sentiu os olhos arderem, as lágrimas caírem livres pelas bochechas. Não podia contar a cunhada que temia esta empreitada. Que o fato de ter beijado um inimigo só tornariam as coisas mais complicadas se fosse presa. Mas, todavia, seu destino era este. Nasceu para espiar, sabotar e matar. Escondia-se na vergonha, ao lembrar-se que todos a consideravam a perfeita dama, quando pelas suas mãos já morreram muitas pessoas. Pessoas desonestas e corruptas, mas mesmo assim, seres vivos. Por apenas alguns instantes, sentiu nojo das próprias mãos, enxergando nela o sangue das mortes que causara. Balançou a cabeça, tentando esquecer o que vira. Ao fitar suas mãos novamente, viu que tudo não passava de uma ilusão.
"Desta vez, será tudo muito diferente...", ela murmurou. Tomoyo pausou novamente o trabalho, mas desta vez, não voltou a pegar a escova. Com os olhos repletos de preocupação, ela ajoelhou-se ao lado de Sakura.
"Por que, Sakura? Em teus olhos, vejo mais do que determinação... Vejo um receio que não combina com seu caráter. Me digas, cunhada, o que tanto te aflige?", ela perguntou. Sakura desviou o olhar, antes de responder.
"No dia em que Eriol voltou... Eu fui pega por um chinês", ela falou rapidamente. A morena levou a mão à boca, a fim de abafar um gemido de surpresa. Mas, sentindo que sua angústia não iria ajudar a cunhada, ela assentiu com a cabeça, permitindo a outra continuar o que tinha para falar.
"Bem... Ele falou sobre a guerra, sobre os planos que tem... Disse que, na verdade, não iria me matar porque não valeria a pena perder o tempo dele agora. Ele queria a família inteira", Sakura suspirou, e uma lágrima escapou de seus olhos. "Jurei que não permitiria isto... Porém, não esperava que ele tomasse tal atitude".
"Que atitude?".
"Ele... aquele chinês maldito... ele... me beijou...", a última palavra soou fraca. Tomoyo arregalou os olhos, antes de poder recobrar a voz.
"Oh, Sakura!", ela parece feliz, Sakura constatou com pesar. "Correspondestes aos beijos? Pelo amor dos nossos antepassados, que surpresa! Ele era bonito? Digas, garota, não vês que minha curiosidade não tem limites?".
"Não fales como se fosse algo bom ou satisfatório!", Sakura exclamou, sentindo as bochechas arderem. Lembrar daquele beijo era demais para ela.
"Conte-me! Agora! O que sentistes?".
"Ele tinha olhos dourados, profundos... Duas piscinas de ouro a me fitarem com tanta volúpia, que me senti acariciada por aquele olhar. Mãos fortes, firmes, que proporcionavam uma sensação tão confortável... E quando ele me beijou... Não sabia o que fazer... Os lábios eram quentes, adocicados, tão carinhosos... E, sim... Correspondi aos beijos com vontade... Não sei... Estou tão confusa... O que ele queria com esta carícia?... Me provar que eu, como qualquer outra mulher, pode sae entregar aos encantos dele?", Sakura disse, fechando os olhos, lembrando das sensações. Tudo tão recente... Cada toque marcado em sua pele...
"E, temes que ele te faça algum mal se te encontrar lá?", Tomoyo perguntou, controlando a vontade de não sorrir. Certamente, este chinês não iria machucar Sakura, pelo modo como ele havia tratado ela naquela noite.
"Não sei ao certo, minha prima... Só que, desta vez, me vingarei deste farçante muito bem! Quero que ele sofre por ter me feito passar aquela humilhação!".
"Está bem...", Tomoyo abafou um sorriso. Sakura mostrava o orgulho ferido, e a vontade imensa de vê-lo novamente. Não lhe parecia com a determinação de matá-lo. Analisando o penteado da amiga, pronto e perfeito, ela sorriu e exclamou. "Está pronta. Podes partir..."
"Deixe-me ver... Oh Tomoyo, está ótimo!", ela sorriu, pegando sua bolsa com as armas e se dirigindo a janela. Antes, porém, virou-se e viu que a cunhada estava com a expressaõ aflita. Resolveu acalmá-la um pouco. "Não te preocupes, eu ficarei bem!"
Tomoyo queria acreditar naquelas palavras, quando Sakura pulou pela janela. Mas não pôde. Sakura era orgulhosa e forte, mas estava vulnerável. Queria tanto estar presente para dar uma força a amiga...
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Pela escuridão, ela moveu-se, silenciosa. Sorriu ao observar que o Dojo não tinha proteção nenhuma. Apenas um guarda, na entrada, assobiando uma cantiga e olhando para o céu, enquanto sorvia uma bebida. Porém, isto não a incomodou. Era uma pessoa furtiva, não usaria a porta da frente para anunciar sua entrada. Movendo-se por trás de alguns arbustos, Sakura esquivou-se dos olhares do homem, partindo diretamente para uma janela, nos fundos do Dojo. Observou-a com atenção. Usar sua Kawanaga seria inútil, pois não parecia ser muito alta. Olhou os Shuko em sua obi, optando por estes. Olhando por todos os lados, notou não ter ninguém. Perfeito.
Aproximando-se da parede, Sakura começou a escalar o lugar devagar. Olhando para baixo, percebeu que cometera um erro. A parede era muito mais alta do que sua vista noturna previra. Um passo em falso e ela não poderia nem ao menos experimentar os Sai. Então, para manter sua segurança, começou a escalar mais devagar, atenta às falhas do cimento da parede. Ao chegar na janela, deu uma rápida espiada, espreitando como um predador atrás de seu alimento. Um guarda guardava o quarto, certamente o do capitão. Viu o cômodo, com uma mesa, e inúmeros papéis espalhados por ela. Seus olhos translúcidos brilharam intensamente. Achara seu objetivo mais rápido do que imaginara. Retirando sua Shaken, a atirou em direção ao alvo, que dormia folgadamente reencostado na soleira da porta. Com rapidez incrível, a arma atravessou o pescoço gorducho do soldado. Notando o caminho livre, entrou.
Foi até o morto no chão, em passos sorrateiros. Retirou a Shaken do morto, limpando o sangue com a barra da roupa. Revirando o corpo, notou algumas queimaduras pelos braços desnudos e pelas pernas peludas. Sentiu uma vertigem a apossar, a impossibilitando de olhar por mais um segundo para o homem, que já começava a feder.
'Desgraçado, então foi tu que explodiste aquela bomba em meu quarto? Bem, já pagaste com a vida pelo teu ato tão vil', ela pensou satisfeita, chutando para longe o corpo morto. Olhou para a mesa, curiosa. Talvez, aquelas simples folhas fossem sua salvação e o motivo para findar com aquela busca tão desagradável. .
Aproximando-se, começou a ler atentamente todos as folhas. Como espiã, havia aprendido a ler e a escrever várias línguas, inclusive chinês, uma língua que nunca viria a usar se fosse uma dama normal. Mas a questão é que não era uma dama clássica, muito menos normal. A maioria dos documentos se tratava de pagamentos de armas, autorizações de retirada e fichas dos soldados, porém, uma folha, escrita em mandarim, lhe chamou a atenção. Aproximando o papel do olhos, leu rapidamente.
'Meu filho Syaoran, tu fostes irresponsável ao atacar o quarto da filha do general. Não sei os motivos que o levaram a isto, porém, estou desapontado. Tome cuidado com tuas atitudes, ao invés de arriscar seus homens como fez. De Shang Li'
"Nojento!", ela gritou, sem notar que falara em voz alta. Pegando o papel e o guardando, ela notou as sombras subindo pelas escadarias. Não haveria outra maneira de se livrar disto senão lutar contra os inimigos.
O primeiro homem que lhe apareceu era baixo, porém corpulento. A olhou com luxúria, contornando cada curva de seu corpo com os orbes negros. Sakura sentiu um nojo do oponente, o olhando ainda mais vontade de matá-lo. Mas seria inútil tentar um ataque corporal, visto que ele deveria pesar o triplo de seu peso. Antes que ele avançasse, jogou mais uma de suas Shaken, que parou no meio da testa do homem, o deixando morto no chão. Viu o próximo se aproximar, com a expressão nada satisfeita. Provavelmente por ela ter matado um dos seus companheiros. Não tardou em pegar sua Sai, e partir para o confronto. Bloqueando boa parte dos ataques, feito como uma espada que pesava sobre suas adagas, estudou que a fraqueza do homem seria o braço esquerdo, que se movimentava com lentidão, certamente por um ferimento. Bloqueando uma investida do braço direito, Sakura rapidamente chutou o braço esquerdo, percebendo com gosto como ele se contorceu de dor, caindo no chão sem nenhuma defesa. Aproveitando este momento de fraqueza, jogou a Sai, que acertou o coração do soldado.
Vendo não estar mais em perigo, retirou as armas sobre os corpos sem vida. Os limpando se dirigiu à saída, com a mente fervilhando. Então, fora este tal de Syaoran Li que planejara sua morte... Assim que comunicasse ao pai as novidades, voltaria a aquela dojo para ter o prazer mórbido de matar aquele que ousava atacar sua residência. Sorriu. Seu trabalho fora bem sucedido. Além de saber dos prováveis planos dos inimigos, ela descobrira quem na verdade queria sua morte. A única coisa que a decepcionou foi não poder ter visto o facínora que a tocara outra noite. Isto, ela esqueceria completaemnte. Voltaria a sua vida normal assim que saísse daquela moradia. Porém, algo lhe interrompeu os pensamentos.
Assustada, Sakura olhou para a perna, vendo que dela escorria uma pequena corrente de sangue. Abaixou-se, sentindo uma dor, nada comparada ao que sentiria se algo lhe cortasse, impossibilitando-a de permanecer de pé. Notou, agora com atenção, que uma pequena agulha estava presa à perna. Retirando-a com cuidado, cheirou o objeto. Desesperou-se. Era veneno de cobra. Provavelmente, o veneno de uma naja, a cobra egípcia mais venenosa do mundo. Estudara a fórmula do veneno. Dificilmente, sairia com vida desta situação...
Rapidamente, sua visão começou escurecer, enquanto a dor se intensificava, fazendo soltar um grito de dor, que só não ecoou por ela não ter voz suficiente para emitir qualquer som. Só notou, enquanto sentia a expiração falhar, estar sendo amarrada nos pulsos e na perna, e carregada por um forte homem, que a levava descendo as escadas. Oh, que destino cruel... Morreria pelas mão do inimigo, sem se vingar do homem que a beijara tão intensamente...
*Fim*
Glossário:
Shinobi Shozoku - Antiga vestimenta ninja. Feita geralmente em tons escuros e com tecidos mais flexisíveis, era a roupa tipíca para qualquer guerreiro noturno.
Kawanaga - Uma espécie de gancho, que servia para os ninjas. Vamos exemplificar, Ok? Todo mundo já assistiu Batman, não é? Então, sabe aquele ganchinho que ele usa para se prender a parede? Então, é parecido, só que é maior e não tem nenhum dispositivo automático...
Shaken - Esta é famosa... Não pelo nome, mas por que a maioria das pessoas conhece... é aquela estrelinha afiada que é lançada no ar!
Shuko - Está peculiar arma se parece com uma pata de gato. É usada para escalar as parades, por ter a palama cheia de dentinhos que se prendem muito bem as superfícies.
Sais - Alguém aí já assitiu O Retorno Da Mumía? Bem, vcs lembram da luta entre a Evy e a Anaksunamun. Bom, aqurlas adagas douradas eram as Sais... Para quem não assistiu, (E devia!), elas são adagas ( Eu acho que já falei isto), afiadas, com as lâminas bem finas e com ganchos para se segurar...
Bom, gente, é isto! Espero que tenham gostado de meu glossário, e se não entenderam nada, é só me mandar um E-mail e perguntar o que eu estou querendo dizer com tanta besteira! Queria tambem agradecer aos comentarios, pois eles foram maravilhosos... Obrigado mesmo!
Bem, voltando a conversar, eu gostaria de dizer que tenho um mini-fic prontinho para ser postado! Ele vai deixar as fãs de Syaoran um poquinho decepcionadas! Mas, se vcs quiserem ele na tela maravilhosa da Fanfiction.Net, e só me mandar um comentário ou uma mensagem via E-mail... Vou até dizer o nome do meus textinho: Quando Eu o perdi...
Sentiu o impacto! Ótimo! Bem, outra coisa. Eu estou pensando em fazer propaganda. Isto mesmo! Propaganda de fics maravilhosos que eu já li e que recomendo... Lembro que uma autora de um lindo fanfiction de Inuyasha fez isto tambem! Então, se quiserem que eu faça isto, me mandem tambem pelos comentarios...
Parece mais uma propaganda para me mandarem comentarios, não é mesmo? Se acharem isto, ou não, me mandem um comentario tambwm ! (Brincadeirinha, brincadeirinha...)
Grandes beijos e muitos abraços, de Jenny-Ci
