Capítulo 18
Meiling acordou de seu delicioso cochilo lentamente. Apesar de sua imensa preocupação com o irmão, ela rezara vários mantras e adormecera, para relaxar. Mas antes de cair no sono, a chinesa pensara em muitos assuntos.
Primeiramente, refletira em seu irmão. Nesses muitos dias de convivência, aprendera que Syaoran não era aquele conquistador nato, nem aquele homem arrogante e pretensioso. Todos, naqueles dias, estiveram expostos as mais diversas emoções e Meiling sabia que Syaoran não agira como era esperado. No fim de tudo, ele estava apaixonado. E ela também.
Lembrar-se de Nui lhe trouxe um sorriso tímido aos lábios. Conversara com ele, ontem, um pouco depois dos soldados irem para a guerra, e fizeram mil planos. Em seu íntimo, sabia que metade de seus sonhos não poderiam se concretizar. Era quase impossível que seu pai, general supremo das forças armadas da China, permitisse sua união com um soldado raso. E se Syaoran voltasse daquela rebelião, ele mesmo iria fazer com que aquele casamento se tornasse uma possibilidade muito distante. Mas ela sabia que não deveria desistir.
O que mais temia, na verdade, era que seu irmão não sobrevivesse e que fossem obrigados a partir do Japão com a vergonha da derrota. Já havia muitas horas que a guerra havia começado, e nenhum soldado retornara com notícias. Angustiada, ela tratou de dispersar maus pensamentos e levantou-se da cama.
Caminhou em direção ao salão principal. Os soldados que lá se encontravam prestaram reverência, e ela respondeu com um leve aceno da cabeça. Discretamente, esgueirou-se até as escadas que davam acesso as masmorras, notando, para seu completo alívio, que o soldado que sempre tomara conta da prisão não estava mais lá. Certamente, se encontrava batalhando na guerra. Desceu as escadas silenciosamente e entrou no cômodo mal iluminado.
Nui estava olhando para a janela, os pensamentos pareciam muitos distantes. Estava com a barba para fazer e muito magro. Mas na verdade, ela também havia se alimentado muito mal na última semana. Ordem especial para que somente os soldados que fossem para a guerra comessem e se fortalecessem. Depois de alguns instantes a observá-lo, ele virou a cabeça em sua direção e sorriu.
"Meiling?", ele a chamou, e ela se aproximou, sentando-se na beirada da cama.
"Como tem passado, Nui?", ela perguntou, docemente, e ele fez um gesto vago para uma pequena vasilha jogada no chão.
"A água e a pão... Nunca me senti tão desnutrido", ele a encarou, tocou as olheiras que jaziam em sua face, e ela enrubesceu levemente. "Parece não ter se alimentado muito bem também".
"Ordens de meu irmão", ela suspirou ao lembrar-se de Syaoran. "Mas não importa. De qualquer maneira, não estou com fome".
"Mas deveria se alimentar", ele disse, em tom paternal. Ela levantou-se e colocou as duas mãos na cintura, irritada.
"Você não é meu pai, Nui!", ela bateu o pé no chão, ao notar que os lábios dele estavam curvados em um sorriso. "E não zombe de mim! Estou de péssimo humor para agüentar esse ar de deboche".
Observou ele se levantar também e aproximar-se. Toda a sua postura desapareceu diante do estranho fascínio que o soldado despertava nela. "Não estou zombando de você, minha senhorita. Apenas aprecio o rubor de suas faces irritadas".
"Ora!", ela esmurrou de leve o peito dele, mesmo sabendo que não teria efeito algum nele. "Pare com isso, Nui!".
"Parar com o que?", ele tocou a face ruborizada e lentamente moveu a mão até alcançar uma madeixa dos cabelos negros. "Com isso?", a abraçou pela cintura, aproximando os rostos.
Meiling perdeu-se na cor tão incomum dos olhos do soldado Nui. Eram acinzentados, mas havia um brilho prateado por trás daqueles orbes misteriosos. Inconscientemente, levou a mão pequena até o rosto másculo, o observando ficar tenso e sem entender o porque.
"Não brinque comigo, Meiling", ele ameaçou, com a voz rouca.
A chinesa não se importou com a ameaça contida naquele som tão profundo. Ergueu-se na ponta dos pés delicados e tocou seus lábios com os deles, percebendo que as mãos que a seguravam a apertaram mais, cingindo sua cintura com força. Em um movimento rápido, ele a abraçou fortemente e tomou o controle da carícia, forçando seus lábios a se abrirem.
O doce toque tornou desesperado. A proximidade não era suficiente, e cada vez que Meiling se movia para procurar mais alívio para o repentino calor no ventre, os lábios sobre sua boca moviam-se com mais força e a língua dançava com a sua em um ritmo cada vez mais escaldante. Com as mãos, enlaçou a nuca dele e o ouviu gemer baixinho, um som puramente torturado. Interrompeu a carícia e deparou-se com os olhos gélidos a encararem, curiosos.
"Não vou lhe fazer mal", ele sorriu, passando o dedo áspero pela bochecha alva. "Eu a amo".
Meiling viu-se numa única alternativa. Talvez, depois daquilo, não houvesse mais nada. Mesmo sendo vencedores ou não daquela maldita batalha, um futuro ao lado de Nui era impossível e improvável. Ela mesma já aceitava a realidade, embora a lamentasse a cada vez que lembrava da situação. Encarou Nui e sorriu, um sorriso que convidava.
"Me faça sua, Nui".
Os olhos de Nui escureceram de desejo, mas a ação foi contrária. Ele negou firmemente com vários movimentos da cabeça e a afastou, como se tivesse sido esbofeteado.
"Volte para a sua cama e durma, Meiling", ele suspirou pesadamente. "Não sabe o que está me pedindo, por isso não devo nem responder a sua pergunta infantil".
"Me acha ignorante, não é?", ela também se afastou, nervosa e irritada novamente com o tom contido na voz do soldado. "Acha que não sei o que quero? Você é o estúpido dessa vez, Nui! Só quero o que os seus beijos me prometem! É pedir demais?".
"Sim, é. Não haverá volta e não estou disposto a ser o responsável por sua vergonha", ele disse, tranqüilo.
"Ah, é assim? Pois bem, será como você deseja! Só fico a pensar, Nui, se você me deseja tanto assim... Seus atos são contraditórios a suas palavras", virou-se para sair do aposento, nervosa com a humilhação que passara. Ela oferecera seu bem mais precioso, mas ele recusara como se fosse algo vergonhoso. Quando já estava próxima as escadas, murmurou. "Não me ama como eu pensei".
Não soube como aconteceu, só se deu conta quando já estava entre dois braços fortes, os lábios sobre os seus novamente, pedindo perdão, implorando desculpas... Ela novamente se entregou ao momento, e voltaram a carícia maravilhosa...
"Tem certeza, Meiling?", ele baixou os lábios e beijou o pescoço esguio, espalhando fagulhas de desejo por todo o corpo feminino. "Não haverá volta para o que estamos prestes a fazer".
"Eu tenho certeza do que estou preste a fazer e se me arrepender um dia, será porque passaremos o resto de nossas vidas lembrando do que houve... Sem jamais podermos repetir".
A chinesa não se importou com a gravidade de suas futuras ações. O amava e sabia que era isso o que queria desde de a primeira vez que o vira. Sentiu as mãos carinhosas passarem até sua cintura, procurando seu obi. Fechou seus olhos e...
"SOLDADOS!".
O casal se separou abruptamente. Nui soltou a chinesa e foi até a janela. Meiling escutou um suspiro triste e resignado. Os olhos prateados se voltaram para ela, e o coração sofreu uma terrível pressão. As lágrimas, sem permissão, inundaram sua face. Por algum motivo, ela imaginou do que se tratava.
"Temos que partir", a voz ruidosa de Nui se fez sobre seus pensamentos, e ela o encarou, a expressão confusa.
"Por que?", bem no fundo, ela já sabia a resposta.
"O Japão venceu".
Por alguns minutos pensou no que teria acontecido com seu irmão, mas o braço de Nui circundou sua cintura e ela foi levantada do chão. Só teve tempo de realmente pensar ao ver que estava no salão principal, junto a homens feridos e muitos soldados conhecidos seus mortos. Tapou a boca com a mão, pasma diante daquela situação. O que fazer? Era uma garota em meio há uma guerra...
"Nui... Se ficarmos, eles iram nos procurar", ela olhou para o amado, e ele a encarou por alguns segundos, espantado.
"Como sugere que façamos isso?".
Meiling jamais entendera nada sobre guerras. Apesar de sua família ser composta basicamente de militares, ela não se interessava por esses assuntos e acreditava fielmente que a solução de todos os problemas era com o diálogo civilizado. Pela primeira vez na vida, se encontrava em uma situação que não podia contar com a ajuda de nenhum parente. Nui estava ali, mas ele não era seu irmão. Raciocinou por alguns segundos e depois respirou fundo, ciente dos olhares preocupados que caiam sobre ela.
"Não temos cavalos suficientes, portanto, em cada cavalo, levaremos três soldados. Os mais feridos, não podemos salvar. Deixem que eles morram em paz aqui, nesse Dojo. Vamos até o porto e roubaremos um navio. Partiremos para a China, para avisar meu pai da situação".
Todos ficaram em silêncio. Nui aproximou-se e sorriu, não com alegria, mas sim com orgulho de seu raciocínio rápido. Meiling sentiu-se grandiosa. Até que um soldado tímido foi até ela e perguntou.
"E o nosso capitão? Ele foi preso e será executado".
A chinesa refletiu por muito tempo. Todos os soldados prenderam a respiração, inclusive Nui, aguardando as palavras de Meiling. Num suspiro cansado e frustrado, ela voltou os olhos rubi em direção a janela, como se lá pudesse encontrar as respostas que tanto procurava. Caminhou lentamente até lá, e fitou o céu. Até que sentiu uma mão em seu ombro. Nui sorria.
"Eu sei o quanto é difícil para você, Meiling, tomar essa decisão. Mas deve pensar que os soldados esperam voltar para a casa e para suas famílias. Eu admiro muito o capitão Li e sei que ele se sacrificaria se isto fosse ajudar os outros combatentes".
Meiling digeriu todas as palavras, e no fim de sua reflexão, ela virou-se para todos os homens, que ansiosos, começaram a se amontoar.
"Mantenho minhas palavras. Dividam os cavalos. E vamos partir daqui".
Não demorou muito a todos entenderem sua mensagem. Logo, todos os soldados corriam, salvavam os mais pequenos pertences e tentavam cuidar de seus muitos ferimentos. Meiling subiu as escadarias e foi até seu quarto.
Assim que entrou, não pode evitar as lágrimas. Era como se visse seu irmão, sentado no canto mais escuro, como sempre, a divagar sobre a vida, com os lábios contraídos, a testa franzida. Mas sempre que ele a via, esboçava um sorriso. Como se visse Sakura contar sobre suas vida, tão fascinante, enquanto limpava suas armas. E ela, entre todos eles, sorria. Apesar da guerra, jamais esqueceria o que passara no Japão. Andou até a janela e vislumbrou o pequeno jardim, onde ela e Nui haviam se beijado pela primeira vez. Limpou, com a ponta dos dedos, o choro insistente, tentando abrir um sorriso. Lembranças eram maravilhosas, mas ela não poderia viver delas para todo o sempre.
Foi até o pequeno armário de madeira bruta, tirando de lá os 3 quimonos que trouxera em uma bolsa, junto a seus brincos. Percebeu um brilho dourado no fundo da peça, e curiosa, foi ver o que era. Sorriu com gosto ao ver o objeto. Era uma Shaken de Sakura, aquelas belas estrelinhas que a japonesa tinha orgulho de deixar brilhantes. Pôs o objeto na bolsa e sorriu novamente. Seria uma recordação dos bons tempos em que haviam estado juntas.
"Vamos, Meiling, montará comigo".
A voz grossa de Nui lhe despertou dos pensamentos. Sorriu para ele, caminhando sem vacilar e se dando conta de que não perderia nada. Conhecera um novo mundo. E nesse mundo ela iria sempre buscar suas forças.
Do lado de fora, os cavalos já estavam selados. O corcel malhado de Nui a esperava. Deu uma última olhada nas paredes velhas do Dojo que lhe servira de morada, antes de aceitar a mão que Nui oferecia. Piscou os olhos, como se fosse para guardar aquela lembrança, e depois de acomodou na frente do soldado. Todos os soldados começaram a cavalgar, mas para a chinesa, cada passo do cavalo se tornava mais lento, mas cansativo, apesar da alta velocidade em que corriam. As sensações eram muitas: Raiva, Saudade, Conforto. Tudo em seu pequeno coração, que se sentia pesado. Imaginou o amanhã, mas bem sabia que não havia o que fantasiar. Sempre fora muito difícil para ela não saber o que aconteceria. E agora que tinha o beneficio da dúvida, o melhor era esquecer o mundo.
Quanto a Syaoran, ela não tinha um mau pressentimento. No fundo, uma voz lhe dizia que ele ainda iria ser feliz. E que com ele, ela não deveria se preocupar.
**
Takawi sorriu, enquanto caminhava até a mansão Kinomoto. Não sabia o que esperar de lá e nem o que não esperar. A guerra lhe parecera muito distante, enquanto aguardava em segurança em um alojamento.
Quando vira a primeira flecha atravessar o céu, estava no escritório, com Touya. O jovem rapaz correu em direção ao arsenal de espadas, e ele alegara que iria buscar reforços. Mas na verdade, não fizera nada disso. Fugira para o alojamento o mais rápido possível. Não acreditava que alguém houvesse sentido sua falta. Com toda aquela confusão, era impossível notarem sua ausência.
Não que não confiasse em suas habilidades, confiava sim. Mas não podia correr riscos. Lutara muito para estar no lugar de Fujitaka Kinomoto para deixar que uma guerra qualquer acabasse com todos os seus sonhos. Morrer era um verbo que não existia em seu vocabulário naquele momento. Precisava persistir, por sua família.
Visualizou os escombros que um dia foram a fortaleza da afortunada família Kinomoto. Takawi temia que Tomoyo estivesse ferida, mas sabia que Touya iria proteger ela, nem que sacrificasse a própria vida para isso. Confiava no amor que ele sentia por ela. Mas estava contente em ver que poderia reerguer tudo novamente. Por conta própria. Sem a ajuda de ninguém.
Abriu o portão parcialmente destruído e rapidamente viu um grupo de pessoas vestidas de branco. 'Alguém da família morreu', foi o seu primeiro pensamento. Aproximou-se ainda mais e aguardou que os primeiros sacerdotes passassem.
Notou Touya como o primeiro familiar. Ele estava com o olhar vazio, fitando algum ponto do horizonte, menos o corpo. Procurou Tomoyo ao lado dele, mas nada viu. Um aperto tomou conta de seu coração. Onde estaria sua pequena magnólia? Não era um pai presente, raramente podia passar alguns momentos com ela, mas realmente a amava e fizera tudo isso para ver ela subir na vida. Ela sempre fora e seria o motivo de todo os seus planos. Depois, Eriol e Kaho estavam lado a lado, cada um com reações diferentes e bem próprias de suas personalidades. A bela viúva não parecia muito incomodada, trajando a mais fina seda e altiva, rezando o mantra com tanta classe que parecia estar suspirando. Já o inglês fitava o corpo envolto em palha sem piscar, as mãos contorcendo o mantra que ele rezava. Foi naquele momento que enxergou o que acontecera ali.
"Sr. Daidouji?", a voz fina e triste de Sakura o chamou, e ele deparou-se com um par de olhos verdes o fitarem, entre surpresos e frustrados.
"O que aconteceu?".
"Não soube, meu senhor?", Yukito estava do lado da jovem, segurando sua mão pequena. "Eu sinto lhe informar que sua filha faleceu".
Não se deu ao luxo de perguntar como ou porque. Foi esbarrando em todos e chegou junto ao corpo coberto por palha. Apenas uma parte da mão estava exposta, e ele reconheceu na claridade da pele que era sua filha. Fechou os olhos por um momento, mas permitiu-se seguir a passeata, em silencio, recordando de muitos anos atrás:
"Eu acredito que ela será uma menina", Sonomi havia dito, um dia antes do parto.
"Por que diz isso, meu amor? Não te agrada a idéia de ter um garoto?", Takawi perguntou, acariciando o ventre avantajado da esposa, que mesmo grávida, não perdera aquele brilho e a beleza incomum.
"Ora, não diga isso, querido! Eu jamais me importei com o sexo de meu bebê. O que me importa é que ele nasça saudável. E que eu viva o suficiente para ver ele crescer e formar sua própria família. Mas digo que será uma menina porque o bebê não se mexe muito".
"Como gostaria que ela se chamasse?".
"Eu não sei lhe dizer. Eu pensei em muitos nomes, mas decidi que o melhor será esperar para ver os olhos do bebê. Eles vão nos ajudar a escolher o nome de nossa menininha".
"Espero que ela tenha seus olhos, minha querida", Takawi acariciou o rosto perfeito, e Sonomi sorriu.
"E os seus cabelos, meu marido. Negros como as asas de um corvo".
"Jamais faltara nada para ela, eu juro", Takawi fitou o ventre da esposa com admiração e com determinação.
"Quero que a ame muito, meu amor. Que se eu partir mais cedo, ela será bem cuidada e bem amada por todos".
"Ela será, Sonomi...".
Sem poder se conter, as lágrimas surgiram. Naquela época, imaginava apenas o futuro, que lhe sorria, gentil, a sua frente. Mas perdera as duas mulheres que mais amara em sua vida. Sonomi morrera sem ter a satisfação de ver Tomoyo crescer, virar mocinha e depois uma bela mulher. E sua filha também não pudera ter a sensação de carregar os filhos no colo. Era frustrante. Lutara muito para que a família Daidouji pudesse ser feliz. Mas no fim, falhara miseravelmente.
Sem nenhuma palavra, assistiu as chamas que envolviam o corpo da filha. O fogo chegava aos céus, e ele imaginou a alma de Tomoyo, sempre pura e sem maldade, voando junto a aquela fumaça. Aquele pensamento o fez sorrir. Onde quer que a filha estivesse, estaria melhor. Lembrou-se novamente de quando a pequena falou sua primeira palavra.
"Sr. Daidouji", a ama, uma mulher muito gentil e paciente, o chamou, assim que ele chegou do trabalho. "Venha ver".
Takawi andou pelos corredores até ver sua pequena Tomoyo. Com duas tranças negras que iam até os ombros e com os olhos violetas brilhando, ela parecia uma boneca. Corria para lá e para cá, atrás de uma pequena borboleta. Mas quando viu que o pai havia chegado, soltou um riso de pura satisfação, e correu com os pequenos braços abertos, na direção dele.
"Como vai minha magnólia?".
"P...pa...pai..?", ela disse, numa voz doce e inocente.
Naquele momento, Takawi sentiu a presença de Sonomi ao seu lado. Ao ver a pequena repetir a palavra sem cessar, ele sorriu, emocionado. Sempre imaginara que nesse momento, sua bela esposa estaria do seu lado, segurando a pequena no colo, deixando que ela brincasse com os longos cabelos castanhos. Mas não. Mesmo assim, não desmanchou o sorriso. Pelo resto da noite, ajudou a pequena Tomoyo a treinar a palavra "Papai".
Viu as cinzas serem guardadas em um pequeno pote, e se aproximou de Touya, que mesmo sem chorar, não escondia a tristeza de sua face.
"O que realmente aconteceu?".
O rapaz não respondeu de imediato. Disse apenas, devagar, como se tentasse gravar as próprias palavras. "Ela sempre foi um anjo para mim, Sr. Daidouji. Nunca imaginei que ela fosse se juntar a eles mais cedo do que eu. Gostava de fantasiar que quando envelhecêssemos, iríamos andar juntos pelas pontes, observar o pôr-do-sol abraçados. Mas não. Esta maldita guerra a tirou de mim".
"O que aconteceu, Touya", ele repetiu, emocionado com a devoção que as palavras do genro.
"Ela quis escapar... Mas o maldito chinês era mais forte... Ele a matou com um golpe da espada".
"Não havia ninguém para protegê-la?".
"Eriol estava lá, mas...".
"Eu irei falar com ele".
"Antes, meu sogro, olhe nos olhos do inglês e depois veja se vale a pena culpá-lo".
Os olhos de Eriol tinham a cor do céu da meia noite. Profundos e muito límpidos, parecendo um espelho. Quando se aproximou, Takawi notou que Eriol segurava um ramo de magnólia com a mão. Ele beijava cada pequena pétala, e as atirava ao vento, as lágrimas mornas rolando sem medo pela face masculina. Ele parecia derrotado. Takawi aproximou-se dele e tocou seu ombro.
"Eriol?".
"Sim?", a voz foi um murmúrio rouco.
"Você amava minha filha?".
O inglês fitou o céu, mas por fim, encarou os olhos de Takawi, com toda a sinceridade que tinha em seu coração. "Mais o que a minha própria vida, meu senhor. Quando éramos jovens, nos apaixonamos... Mas eu bem sabia que o senhor jamais permitiria tal casamento".
O japonês lembrou-se de quantas vezes vira a filha fitar o inglês, os olhos sonhadores e marejados. Se pudesse voltar ao tempo, faria tudo diferente. Sua pequena iria se casar com aquele inglês, viver uma verdadeira vida de casada com um homem que a amasse e que ela amasse também.
Agora, não tinha mais porque lutar... A não ser por si mesmo. Tinha que honrar seu nome, mesmo que não pudesse dar linhagem a sua família. Jamais poderia se casar, com os fantasmas das duas mulheres queridas a perseguirem seus sonhos. Mas sozinho, poderia pensar em tudo o que faria para que a família Kinomoto vivesse seus mesmos dramas e sofresse tanto quanto ele estava a sofrer.
**
Era um local escuro e acabado. Estava preso há três dias e já começava a sentir falta do oxigênio. Para passar o tempo, já contara cada tijolo das paredes velhas e empoeiradas. Cada nuvem que passara pelas grades de sua minúscula janela. Syaoran virou a cabeça e fitou o velho que contava os ladrilhos do chão, animado com a brincadeira que inventara. Muing Niou era um oficial coreano que por ter sido oficial da guerra, estava fadado a morrer ali. Exatamente como ele. Só que a sua morte seria mais rápida.
"Muing", ele o chamou, vendo o velho abrir um sorriso desdentado a menção do seu nome. "O senhor tinha família?".
"Um filho", ele sorriu. "Ele já é um homem hoje, mas na época que eu o deixei, ele era de colo. Como minha mulher faleceu dias depois do parto, ele vivia com amas".
"Sente falta?".
"Que pergunta! É lógico que sinto falta. Mas já me conformei com minha prisão, há muitos anos".
"Ah...", Syaoran suspirou, olhando para as grades. Insconcientimente, seus pensamentos se voltaram para a mulher que povoara seus sonhos nas últimas noites. Sakura estava se tornando uma visão tão constante que ele temia enlouquecer.
"Pensando em alguma mulher, filho? Conheço esse olhar".
"Sim".
"Quem é?", o velho curioso se aproximou.
"Sakura Kinomoto".
"Kinomoto? Ela por acaso é filha de Fujitaka Kinomoto?", o outro se espantou.
"Ela mesma".
"Você é um homem louco?!".
"Devo ser".
É Só Me Recompor
Mas Eu Não Sei Quem Sou
Me Falta Um Pedaço Teu
Os olhos dourados de Syaoran voltaram-se para o céu, novamente. Depois de tudo, estavam separados novamente. Devia confessar que ao vê-la, criara um pouco de esperança que ainda tudo desse certo. Mas fora muito tolo em acreditar nos próprios sonhos, em que vivia pleno de felicidade com a japonesa. Sakura não deveria nem se lembrar de que ele estava preso. Que ele estava sofrendo por causa dela. Em seus mais desesperadores momentos, ele chegava a esquecer quem era, apenas para se lembrar dela em seus braços. Até as discussões se tornavam boas lembranças para passar o tempo. Mas nada era igual à sensação de poder finalmente, depois de tanto tempo ter abraçado aquele corpo. Ter sentido ela implorar por mais dele.
Dias naquela bendita cela não eram comparados as semanas de liberdade em que gastara lembrando dela.
Preciso Me Achar
Mas Em Qualquer Lugar Estou
Voando Sem Direção Eu Vou
"Você a ama muito?", foi à pergunta distante do velho.
"A amo e me acho fraco por admitir tal sentimento...".
"É, meu caro amigo... As mulheres são nosso motivo de viver".
Syaoran concordou com um breve aceno na cabeça. O que mais queria era frear as recordações. Mas estava sem rumo. Sempre fora controlado, sempre tivera tudo em suas mãos, na hora em que precisava. O que mais queria, no entanto, fugia dele com a mesma rapidez com que viera. Sakura aparecia em seus sonhos, e ele apreciava tais momentos. Era isso que odiava. Sua fraqueza. À vontade de quebrar aqueles tijolos com as mãos para poder seqüestrar Sakura, levá-la embora do Japão e a amar como um homem ama uma mulher. Mas ainda existia o rancor. Ao lembrar que ela podia estar casada, o sangue lhe subia as veias. Ele não suportaria mais mentiras.
Morcego Sem Radar
Voando A Procurar
Quem Sabe Um Indício Teu
"Ela o ama?".
Gostaria de ter a resposta na ponta da língua. De poder exclamar para os 7 ventos que ela sentia as mesmas miríades de sentimentos que assolavam se coração. Mas não podia, pois não tinha certeza de nada. Estava completamente alheio as emoções daquela bela garota. Perdido, desnorteado... Palavras que vaziam jus ao que sentia dentro dele.
"Não sei, meu senhor...".
Fez-se um silencio perturbador... Era possível escutar os próprios pensamentos. E os seus imploravam por respostas... Mas aonde encontrar as questões de suas dúvidas?
Queimando Toda Fé
Seja O Que Deus Quiser Eu Sei
Que Amargo É O Mundo Sem Você
Sua vida parecia realmente só começar a fazer sentido quando ela entrara. Seu sorriso. A luz dos olhos verdes. A maneira como ela resolvia a vida e os problemas. Sua coragem, sua força. Idolatrava tudo nela. Até os defeitos. Pois eram eles que a faziam humana, alcançável. Se bem que próxima, ela jamais foi. Ele tinha fé que um dia, se sobrevivesse, poderia contar para ela como fora seu martírio.
"Jamais pense o pior, meu filho. Talvez essa mulher esteja sofrendo também".
"Você não a conhece. Na verdade, acho que nem eu a conheço".
"Escute, não vou pedir para que me conte tudo. Dói lembrar que o que amamos se perdeu. Mas lembre-se que o homem deve ser como um ramo bambu. Por mais que se entorte, jamais cai".
Estava a ponto de quebrar, então. Ninguém jamais poderia imaginar o quanto definhara nesses dias. Nem mesmo ele acreditava em seus tolos devaneios.
Você Me Entorpeceu
E Desapareceu
Vou Ficando Sem Ar
O Mundo Me Esqueceu
Meu Sol Escureceu
Vou Ficando Sem Ar
Esperando Você Voltar
O último sonho fora perturbador e nem ele mesmo entendera o significado. A vira muitas vezes e sempre que ela se aproximava, alguém dava a mão para ela e Sakura novamente sumia em uma névoa. Acordara transpirando, em parte pelo sonho, e em parte pela febre de seu ferimento mal cuidado. Estava delirando, mas preferia isso a ter que encarar sua triste realidade.
"Foi condenado à morte, não foi?".
"Fui".
"Você se importa?".
Importava-se? O que iria fazer se não tivesse mais que ter que ser enforcado? Nada... Pois provavelmente seria deportado, voltando com a vergonha da derrota estampada no rosto.
"Por que deveria?".
"O amanhã não seria um recomeço?", Muing estava intrigado pela falta de interesse pela vida do chinês.
"Não existem amanhãs para uma pessoa como eu".
Talvez existisse. Só que ele estava cansado demais para descobrir o que o destino havia reservado para ele. A luta já fora exaustiva demais...
É Só Me Recompor
Mas Eu Não Sei Quem Sou
Falta Um Pedaço Seu
Pensou, pela primeira vez em muitas noites, como sua vida seria se jamais houvesse conhecido e se apaixonado por Sakura Kinomoto. Se a guerra não existisse e ele ainda fosse o jovem conquistador e irresponsável que não ligava a mínima para vida que levava. Tudo seria mais fácil sim. Mas imaginar uma vida sem ao menos ver ou tocar nela era demais. Era um pesadelo. Era melhor ter sentido e morrer do que não ter sentido e viver. Disso ele tinha a mais absoluta certeza.
"Eu acredito que no fim, ela jamais pode dizer para mim o que sentia".
"Ela se entregou para você, meu filho?".
Syaoran jamais se acanhara em relação a esses assuntos, mas sentiu as bochechas corarem por ter que expor Sakura daquela maneira.
"Ora, não seja tímido... Entregou-se ou não?".
"Sim, mas...".
"Ela o ama".
"Como pode ter tanta certeza disso? Você nem ao menos a conhece!", Syaoran exclamou, nervoso.
"Meu filho, eu tenho anos de experiência com mulheres. Ela o ama. Se não, jamais se entregar sem propósito".
"Ela... ela tinha um propósito", Syaoran fitou o chão, comungando com as lembranças. Jamais saberia se ela o usara ou não para conseguir as informações.
"Ah é?", o idoso parecia um tanto incrédulo. "Posso saber qual?".
"Ela queria informações... Só isso".
"Se era isso, não seria mais fácil para ela te seduzir e não entregar sua virgindade?".
Aquelas palavras não fizeram muito sentido, já que cogitara muitas possibilidades no tempo que ficara sem ela. Imaginara se tudo não passara de um sonho, ou se ele era o culpado, ou se ela era a causa de tudo. Em fim, tinha muitas perguntas e queria fazê-las... Mas ela jamais esteve ao seu lado para responder nada. E não era agora, naquele momento, que ele acreditava que ela fosse estar.
Queimando Toda Fé
Seja O Que Deus Quiser Eu Sei
Que Amargo O Mundo Sem Você
"O que tem vontade de fazer, nesse exato momento?".
O capitão refletiu por muitos minutos, encarando o nada. Depois, com um breve sorriso, ele virou-se para o velho Muing e apontou as portas da cela.
"Gostaria de quebrar todas as portas, de vencer meus obstáculos. De entrar na mansão Kinomoto e descobrir o que o meu coração anseia tanto por saber. Quero pegar Sakura nos braços e oferecer a ela meu coração", novamente sorriu, mas dessa vez, com mágoa. "Deve me achar um tolo. Lhe garanto que não dizia essas besteiras quando não a conhecia".
"Eu não o acho tolo por a amar tanto assim. Acredito que no fim, poderá encontrá-la e dizer o que realmente sente, meu rapaz".
"Estou condenado à forca. Eu não sou mais uma criança. Apesar de estupidamente apaixonado, não acredito que milagres possam salvar minha vida. E nem espero que eu veja muitos sóis nascerem. Acho que o que eu vivi foi suficiente".
Entregara, nas mãos do destino, há muito tempo, toda a sua sina. Não era mais aquele Syaoran Li que tinha o controle de sua vida. Agora, estava à mercê das circunstâncias, e a bem dizer, isso o agradava. Detestava ter que planejar tudo. Que a vida seguisse seu curso. A morte era o que o esperava depois da prisão.
Você Me Entorpeceu
E Desapareceu
Vou Ficando Sem Ar
O Mundo Me Esqueceu
O Sol Escureceu
Vou Ficando Sem Ar
Esperando Você Voltar
"Existe uma lenda em meu país, muito antiga... Quer ouvir?".
Não, não queria. Gostaria apenas de fechar os olhos e adormecer. Mas mesmo assim, assentiu muito de leve.
"Três homens conversavam sobre a sombra de um bambu. O mais velho, portanto o mais sábio, encarou os dois jovens amigos e disse: a idade vem me matando lentamente. Daqui a alguns dias, eu morrerei. Para poder encontrar meu sucessor, quero que me provem que realmente merecem esse posto. Coloquei dentro de uma caverna, uma bela mulher e um pote com 100 moedas de ouro e 50 de prata. Dentro de 3 horas, uma onda gigante entrará dentro de lá. O primeiro que chegar aqui, com a mulher ou com o pote será o vencedor. O mais velho dos rapazes, em seus 24 anos, sorriu e foi-se, imaginando o pote de ouro. O mais novo, em seus 19 anos, foi calmamente, analisando a situação. O sábio esperou, paciente. Dentro de cinco horas, o mais velho, voltava com o pote de ouro. O sábio perguntou: Onde está o outro?. O rapaz sorriu, dizendo simplesmente: Morreu. O velho fitou os olhos negros do coreano, e disse: Porque buscou o pote. Muito confiante, ele sorriu novamente e abraçou o pote como se ele fosse um ser Vivo: Quando chegamos lá, o tolo viu a mulher, que apesar de ser bonita, estava com uma aparência tão deplorável que era impossível olhá-la sem sentir náuseas. Ele disse que se apaixonou. Eu nem dei ouvidos, pois eu sabia que a inteligência e a ambição me levariam aonde eu queria, e não ela. Corri o mais rápido que pude, para pegar o pote. O estúpido pegou a mulher no colo e sorriu, dizendo que esse era o melhor prêmio que um homem poderia receber. Como eu não carregava peso, saí a tempo. Ele não. O sábio fitou o rapaz, coçou a barba e disse, num breve sorriso: Volte para casa, jovem. Não há lugar para você aqui. O rapaz se indignou: Como pode dizer isso, sábio? Eu fui esperto e saí de lá a tempo. O sábio sorriu e disse: O jovem que morreu era um bom rapaz. Ele arriscou a vida por uma desconhecida. Viu com o coração e não com os olhos. Ele merece ser um discípulo. Você, pelo contrario, viu com ambição e ganância. Aguardarei até que outro possa passar pelo desafio, com o coração puro o suficiente".
"O que isso significa?".
"Que o amor é a dádiva dos sábios. Podemos ter vivido uma vida de plena fortuna e fartura. Mas se pensarmos realmente, só vive quem ama".
Escrevendo Minhas Própria Lei
Desesperadamente Eu Sei
Tentando Aliviar
Tentando Não Chorar
Por Mais Que Eu Tente Esquecer
Memórias Vem Me Enlouquecer
Minha Sentença é Você
O capitão prestara atenção na história e por um momento se viu num dilema. O que ele faria? A resposta era fácil. Se fosse o Syaoran de antes, forte e decidido, provavelmente teria pegado o pote e partido, rico e orgulhoso de seu egoísta feito. Mas o Syaoran de agora, mais humano e compreensivo, teria arriscado a vida pela jovem e não permitiria que ela morresse. Sorriu. A verdade era que enquanto permanecia em seus pensamentos, as horas passavam. Ele não tinha tempo, e mesmo assim, desperdiçava o pouco de vida que lhe restava.
Sabia que estava enlouquecendo. Que cada barulho o despertava e ele imaginava que fosse Sakura. Mas eram sempre sombras. E quando finalmente despertava de seus sonhos e devaneios, vinham as memórias, tristes e penosas, o assombrando. A sentença dele era ela. Sakura Kinomoto era a dona eterna de sua vida e se desejasse, poderia matá-lo, que ele não iria se importar.
"Se sente derrotado, não é?".
"Me sinto cansado e usado".
"Tente compreender. Talvez ela esteja sofrendo como você".
Duvidava muito. Era bem possível que estivesse comemorando sua condenação e fazendo planos para seu casamento. Era isso que as mulheres queriam. E era isso que Syaoran não podia oferecer.
Você Me Entorpeceu
E Desapareceu
Vou Ficando Sem Ar
O Mundo Me Esqueceu
Meu Sol Escureceu
Vou Ficando Sem Ar
Esperando Você Voltar
Seguiu-se um melancólico silêncio. O chinês deitou no banco de madeira e fitou o teto, fechando os olhos. Mas por detrás de suas pálpebras, havia inúmeras lágrimas. Seu maior desejo era deixá-las consumirem sua alma. Perder-se em suas tristezas. Pois estava sozinho. No fim de tudo, permanecera solitário, morreria sem nada. Sem a vitória, sem a mulher amada... Pensou se tudo o que viveu não foi um sonho. E que a qualquer momento, poderia acordar e ver se livre daquele maldito amor.
Estava morrendo. Não só por fora. Mas também por dentro...
Continua....
Olá, pessoal?
Desculpem pela demora, eu realmente. Eu estava com uma terrível falta de criatividade e por que não, dizer, um pouco de preguiça... **^ __ ^**
Bom, mas agora eu estou cheia de idéia... Gostaria de agradecer principalmente as três pessoas que vem me ajudado muito: A Mel, minha irmãzinha do coração, que me deu muitas idéias... Eu t. adorú! A Miaka, esse anjinho em forma de gente que também me ajudou muuuuito! Bjs, amiga! E a minha amiga Inara, minha querida amiga que está comigo, escutando meus problemas e minhas idéias malucas...
Também gostaria de agradecer há um amigo muito especial, o Frajola, que vem estando comigo... Eu t. amooooo... Vc é meu melhor amigo!
Chega de baboseira! Estão ansiosos... O fic está chegando ao fim... o que será que irá acontecer? Isso só eu sei! ^___________________^
Agradecimentos:
Yoruki Mizunotsuki: Guarde um toco de suas unhas, amiga! Ainda tem algumas surpresas para o final. E quanto a sua lista... Eu ainda acho que você vai me por no topo novamente... O porque? Você vai descobrir daqui a pouco. Bem, obrigado pelos elogios, e eu gostaria de te fazer uma pergunta... Posso? Você tem mensseger... me passa o e-mail?
Leticia: Um pouco difícil sim, mas não posso afirmar que vai ser a Sakura que irá salvar o Syaoran... Quando o texto, nada posso dizer... É segredo... Você tem mensseger? Se tiver me passa?
DarkAngel: Oi, miga! É, eu fiquei muito feliz em te conhecer lá no mensseger... E fico feliz que você esteja gostando do meu trabalho. Obrigada pelos elogios e espero conversar com você mais vezes! Bjs
Laragallas: Obrigada pelos elogios... Eu também tenho muita dó dos meus personagens... Como eu sou má... rsrsrs... bjs!
B166ER: Você pensa que eu também fiquei imaginando os dois lutando... e de repente, o quarto me pareceu meio abafado... porque será? Bom, obrigada pelos elogios e gostaria de saber se você tem messenger, tah? Me passar, se tiver?
Anna Li Kinomoto: Você sabe que eu ainda estou surpresa com você... A sua história deu uma reviravolta... nossa... Mas eu estou amando... De verdade! Quanto aos romances, eu queria te indicar um muito bom, que eu gosto muito. Chama-se Amor Inocente, de Elizabeth Bailey. Como é mais antigo, acho difícil você achar... Mas se tiver tempo para procurar, é muito lindo! Obrigada pelo elogio e uma pergunta... Você entra no ICQ? Eu pedi uma autorização para nós podermos conversar e ainda não recebi resposta.
Hime: Oi! Bom, o Touya e a Sakura, como você mesma percebeu, tem um relacionamento um tanto conturbado. O fato é que Touya jamais aceitou que Fujitaka tenha traído sua mãe. Mas eles se amam. E quanto ao Li... Bem... Ainda não posso contar!
Suu-Chan: Eu achei que essa música seria perfeita, por isso a escolhi. Ainda mais porque sou fã de carteirinha da Marisa Monte! Eu sei... eu sei... sou muito má... mas acho que todos os escritores tem esse tiquinho de maldade, né? Bjs!
Polly-Chan: Desculpe pela demora, e por fazer você chorar também... Mas não se preocupe... Vai ter muitas surpresas ainda!
Serenite: Obrigada por ler meu fic! Não chore, pois eu ainda não decidi se vou matar ele... Se bem que... bom, se contar estraga a surpresa! Bjs!
Bella-Chan: Oi! Obrigada pelo elogios, mas eu gostaria de te fazer uma pergunta. É você que está traduzindo aquele texto, Sangue Compartilhado? Eu estou amando, de verdade! É maravilhoso! Espero continuação, se for você quem estiver escrevendo, né?
Nina Kinomoto Li: Eu sou realmente perversa, não é mesmo? (com cara de malvada e sorriso de Meiling). E olha que você não viu nada... hahahahaha... Brincadeiras a parte, obrigada pelo elogio!
Agatha: Obrigada, mas não está perfeito... Estou quebrando minha cuca para ver o que vai acontecer... hum... e quanto a crueldade, você ainda não viu nada! Hahahahahaha!
Bem, é só isso... Vamos ver quem será o autor do meu 100º review... Que emoção! Quero avisar que para a pessoa que escrever o meu centésimo review, eu mandarei 5 fotos muito raras de Sakura Card Captors! Promessa é dívida!
Bjs! De Jenny-Ci
