A fada do amor
cap. 2

Por Josiane Veiga

Tea mordeu o bombom delicadamente, e depois lambeu os dedos encharcados de chocolates.

- Você não devia comer tantas guloseimas, vai acabar ficando gordinha.

Ela sorriu ao escutar a voz, e nem precisou virar o rosto para Ter certeza que era Yugi.

- Eu não me importo com meu peso.

- Mas seu namorado com certeza vai se importar.

Tea riu da observação e deu um pouco de espaço no casaco que estava no chão para que Yugi sentasse do seu lado.

- O Joey estava te procurando.

- Pra que? – falou a garota oferecendo um dos bombons da sua caixa para o amigo.

- Eu sei lá! – falou pegando um bombom – eu falei que você devia estar no parque mas eles nunca me escutam.

Tea observou o lugar. O parque se localizava na região sul da cidade. Era um lugar belíssimo, muitas arvores, ar puro, e um belo lago de águas cristalinas no seu centro. Ela sempre que podia vinha ao lugar para relaxar e devorar seus doces longe dos olhos acusadores dos amigos. O único que sabia daquele lugar era Yugi. Ah sim, Yugi podia saber de tudo que ela não se importava, adorava sua companhia e principalmente seu jeito pratico de resolver as coisas.

- Kaiba também perguntou por ti.

- O que ele queria?

- Não sei. Mas parecia nervoso.

- Ele é um idiota. Sempre fez questão de pisar em todos do colégio e ser o maioral. Eu ainda não o desculpei por aquilo que ele fez na loja de seu avô.

- Nossa! Eu nem lembrava mais disso. Faz tanto tempo.

- Faz tempo mas eu não esqueci da maneira que ele chegou perguntando pelo dragão branco.

- Você não devia guardar magoa.

- Não é magoa!

- É claro que é!!!

Tea suspirou e fechou os olhos a fim de se acalmar. Não podia brigar com Yugi. Ele era importante demais para ela.

- Quando é nosso duelo? – perguntou para mudar de assunto

- Não sei. Você disse que queria um tempo pra se preparar.

- E quero mesmo!

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Seto Kaiba sempre foi uma pessoa fria, que não se importava com nada, mas sentiu o sangue subir nas veias ao observar a cena que decorria sobre seus olhos. Ele usava o parque natural para correr nos fins de tarde, mas nunca esperou ver neste local cena tão romântica. Yugi e Tea dividiam o casaco onde sentavam, dividiam os doces que comiam e acima de tudo dividiam sua alegria. Ela mantinha um sorriso nos lábios e ele ria como um idiota (que era) sobre seja lá o que estivessem falando. Seto não entendia o porque de estar tão ofendido com a cena, mas compreendia e muito que não queria ver aquilo. Parecia...traição.

Traição? Com quem. Com ele, com certeza, não era. Tea mal lhe dirige a palavra e Yugi não era nem seu amigo. Ou era? Ele pensava nisso quando se aproximou do casal.

- Olá?- falou ao se aproximar.

Tea observou Kaiba, nervosa. Ele era magnifico, belo até de mais. E isso estranhamente a irritava profundamente. Kaiba mantinha o ar autoritário mesmo com um moletom azul escuro e os cabelos molhados. Ela perdeu o ar.

- Oi Seto. Não esperava te ver por aqui! – falou Yugi

- Eu sei – murmurou, após se dirigiu a Tea – eu queria lhe falar.

- Sobre o que?

- É particular.

- Não tenho segredos para Yugi. Portanto pode falar na frente dele.

- Pois eu preferia que fosse particular.

- Tudo bem – disse Yugi – eu não quero atrapalhar... Tea te vejo amanhã!

- Mas...

- Tchau – disse lhe dando um beijo no rosto.

Kaiba viu aquele beijo e viu também o garoto loiro saindo caminhando rapidamente pelo parque. Quando não o avistou mais no horizonte, voltou o rosto para Tea e ficou surpreso ao perceber que ela estava vermelha.

- Como você se atreveu?

- Não me atrevi a nada!

- Como não? Praticamente expulsou Yugi daqui. O que quer?

Kaiba ficou sem ação. Não sabia de verdade o que queria. Só sabia que não queria ver Yugi e Tea juntos.

- Esta apaixonada por Yugi?

- Há, há, há.

- É serio!

- Amo Yugi... ele e Yan, seu espirito do milênio, mas não da maneira que esta pensando.

- Ah..

- Por que perguntou?

- Por isso...

Seto não sabia de onde tinha tirado coragem. Quando percebeu já havia puxado Tea para seus braços, a prendido firme, e tapado sua boca com a sua. Ela era tudo que ele havia sonhado. Doce e quente. Maravilhosa. O sonho de qualquer homem. Ouviu um suspiro de resignação e adoração. Nem conseguiu acreditar quando ela abriu sua boca e sem pensar em mais nada do que naquele momento, invadiu com sua língua a boca úmida. Deus, como era bom! O resto do ato ficou gravado na sua mente como um empurrão e um tapa no rosto. Quando por fim se deu conta do que aconteceu, Tea já corria para longe dele.

Continua... A fada do amor Março/2003-03-05

Jo_jessie.rocket@bol.com.br

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