Cap 5 - Paixão e desilusão

Seiya aproximou-se dela, e segurou suas mãos entre as dele.
- Saori, essa é a melhor notícia que já recebi! Eu também a amo... Como nunca pensei que poderia amar alguém!
Os dois beijaram-se com paixão.

Perto dali, Shiryu e Shunrey também estavam se entendendo... Ele teve que vencer a timidez e o medo de ser repelido antes de dar o primeiro beijo em Shunrey. Que aliás, nunca tinha sido beijada.
Seiya estava louco para levar Saori ao seu quarto e fazer amor com ela. E pelo jeito, ela também, pois se deixou levar facilmente. Ele trancou a porta, para que ninguém os incomodasse.

"They said, "I'll bet they'll never make it"
Eles diziam, "Eu aposto que eles nunca conseguirão"
But just look at us holding on
Mas somente olhe para nós aqui
We're still together, still going strong
Nós ainda estamos juntos e fortes"

Foi uma linda noite de amor. Os dois estavam tão apaixonados que nem perceberam o tempo passar.
Igualmente Shunrey e Shiryu se encontravam tão entretidos um com o outro que nem se tocaram de que estava tão tarde.
O relógio marcou 22:00 Horas. Julian, furioso, procurava Saori por todos os lugares.
Ele tinha um espião. Este vira quando Saori e Shunrey desceram até a terceira classe. Acompanhou cada passo de Saori, inclusive sua ida ao quarto de Seiya. Mas resolveu esperar um pouco antes de contar tudo a Julian.
Quando o milionário descobriu a traição, berrou:
- Desgraçados! Vou matar os dois!
- Calma, Sr. Sollo, não faça nada de cabeça quente.
Ele se contorcia de ódio.
- Nunca quis se entregar à mim... vivia dizendo que preferia se casar virgem! Maldita!

Ficou alguns minutos em silêncio. De repente, anunciou:
- Vou destruí-los!
Ele desceu à terceira classe. Bem naquela hora, Saori estava saindo do quarto de Seiya.
Sabia que fizera uma loucura ao se entregar a ele. Poderia até ter ficado grávida! Mas não se arrependia. Ele era o amor da sua vida, e aquela fora a noite mais feliz de toda a sua existência.
O rapaz não escondia sua felicidade. Depois de beija-la, perguntou:
- Quer se casar comigo?
Saori não sabia o que responder. Mas disse:
- Eu preciso te contar algumas coisas sobre mim...
- Se quiser, eu mesmo posso contar.
Ela se virou, e deu de cara com Julian.

Saori ficou tão nervosa que quase desmaiou.
- Quem é esse homem, Saori? - indagou Seiya.
- Sou Julian, o noivo dela!
- Noivo?!
- Sim, ela não contou?
- Cale-se Julian! - gritou Saori.
- Calma, querida. Seu amante já sabe que você é herdeira de M. Kido, um dos maiores milionários de toda a Europa?
Saori não sabia onde enfiar a cara de tanta vergonha. Seiya estava de queixo caído com aquelas revelações.
Ele segurou Saori pelos ombros e questionou:
- Isso é verdade? Responda!
Ela olhou para o chão. Com um fio de voz, respondeu:
- Sim...

Seiya a soltou. Estava chocado.
- Por quê você me escondeu que era noiva? Por quê inventou que era dama de companhia?!
Ela começou a chorar.
- Perdão, Seiya... eu queria que você me amasse pelo que eu sou, não pelo que eu tenho!
- Você me julgou um caça-dotes! Eu não preciso da droga do seu dinheiro!
Dizendo isso, ele lhe deu as costas e se trancou em seu quarto.
- Espere Seiya, me deixa explicar!
Não houve resposta.

Julian a arrastou para sua cabine. Shunrey, que acompanhara a cena, foi atrás. Temia uma tragédia.
Antes, porém, Shiryu cobrou explicações:
- E você? Também mentiu a seu respeito?
- Não, Shiryu! Eu sou dama de companhia... da Saori!
- Ela fez o Seiya de palhaço.
- Não, ela o ama! Nunca teve essa intenção... preciso ir agora, depois conversamos. Adeus!
Shiryu foi consolar o amigo.
Seiya chorava convulsivamente, deitado na cama que fora seu ninho de amor há questão de alguns minutos.
- Sei que está sofrendo, mas estou aqui para o que der e vier!
Orgulhoso, Seiya gritou:
- Quem está sofrendo?! - perguntou, enquanto enxugava uma lágrima.
- Ao menos uma vez, aceite que está machucado, que tem sentimentos!
Seiya olhou para o amigo e afirmou:
- Vou arranca-la do meu coração, custe o que custar.

Enquanto isso, Julian e Saori discutiam com violência.
- Ordinária! Como foi capaz de me trair com aquele pobretão?
- Ele é muito mais homem que você!
Como resposta, levou uma bofetada. Julian berrou:
- Eu deveria romper agora mesmo esse noivado!
- E por quê não rompe? Eu odeio você!
- Acontece, minha cara, que eu comprei você!
- O quê?!
- Isso mesmo. Seu querido avô estava falido, cheio de dívidas. Eu era seu maior credor. Prometi perdoar suas dívidas em troca de me casar com você!