Cap 9
- Vamos para o convés! - exclamou Seiya.
Ele
pegou Saori nos braços e a carregou até lá.
Os
quatro, apavorados, perceberam que os passageiros se encontravam em
pânico com o iminente naufrágio.
Os primeiros botes
já haviam sido ocupados por mulheres e crianças. Shiryu
e Seiya se preocuparam em salvar as duas garotas. Fizeram Saori e
Shunrey entrarem num bote. Elas não contiveram as lágrimas
pela provável separação. Sabiam que Seiya e
Shiryu poderiam morrer ali.
No último instante, Saori
resolveu:
- Eu não vou!
Antes que Shunrey a impedisse,
saltou do bote e correu em direção a Seiya.
O bote
desceu, levando uma Shunrey inconformada com a loucura da
amiga.
Seiya também não acreditava no gesto
insano de Saori.
- Por quê fez isso?!
- Quero ficar ao
seu lado até o fim.
Ele a abraçou, emocionado com
aquela prova de amor. Shiryu não pôde evitar uma
pontinha de inveja. Shunrey não tinha feito o mesmo por ele.
Provavelmente, não o amava o suficiente.
Mal sabia o
rapaz que ela se arrependera de não ter tido a coragem de
Saori. Shunrey desejava voltar no tempo e permanecer ao lado de
Shiryu, mesmo que isso representasse o seu próprio
fim...
Nesse meio tempo, Julian flagrou Saori e Seiya abraçados.
Fora de si, gritou:
- Morram vocês dois!
Encaminhou-se
para um bote. Seiya queria acertar contas com o rival, mas Saori e
Shiryu o impediram.
- Precisamos nos salvar - ponderou Shiryu.
Os
três tentaram de todas as formas escapar com vida do naufrágio.
A confusão era tão grande que Shiryu acabou sumindo sem
que seus amigos percebessem.
Mas Seiya nem teve tempo de se
preocupar com o amigo. O navio começou a submergir, e ele
agarrou-se nas barras de ferro do convés. Por pouco, não
deixou a mão de Saori escapar.
Os dois se refizeram do
susto e seguraram firme nas barras.
A inclinação
formava um ângulo de 40 graus, e se continuassem ali acabariam
afundando com o Titanic.
Resolveram pular na água. O
mar estava gelado, e Seiya temeu que sua amada não
sobrevivesse. Ele avistou uma tábua flutuando nas águas.
Ajudou a garota a subir nela.
- Venha, Seiya!
- Não...
Essa tábua é estreita, não cabem duas
pessoas.
Ela começou a chorar.
- Não chore -
pediu ele - se eu tiver que morrer, morrerei feliz por ter dado minha
vida para salva-la.
- De que adianta me salvar, se não
tiver você comigo? - contestou ela.
Vários corpos
congelados boiavam sobre as águas. Seiya pensou que não
agüentaria muito tempo ali...
Então, ele disse:
-
Adeus, meu amor...
- Não!! - gritou Saori.
"You're
still the one I run to
Você ainda é aquele para quem
eu corro
The one that I belong to
Aquele a quem eu
pertenço
You're still the one I want for live
Você
é aquele que eu quero na vida"
Bem nessa hora, um
barco de resgate se aproximou.
- Socorro! - implorou ela - salvem
o meu noivo!
Felizmente, a tripulação conseguiu
resgatar o rapaz antes que o pior acontecesse. Saori também
foi salva, e tentou aquecer seu amado com seu próprio corpo.
-
Coragem, Seiya. Vamos sobreviver...
Quando o barco alcançou
um outro navio que desviara sua rota do iceberg a tempo, os náufragos
foram devidamente socorridos.
Seiya pegou uma pneumonia, mas
graças aos cuidados de Saori, acabou se recuperando.
Quando
sarou, os dois subiram até o convés.
- Saori!
Seiya!
Eles se viraram e avistaram Shunrey. O reencontro foi
emocionante. As amigas se abraçaram com alegria.
Entretanto,
Shunrey perguntou:
- E o Shiryu?
Saori olhou para Seiya.
Abatido, ele não teve coragem de contar o que acontecera.
-
Shunrey - começou Saori - você terá de ser
forte...
Pressentindo o pior, Shunrey derramou lágrimas de
desespero.
- Shiryu... Não!
Saori a abraçou.
-
Eu nunca vou me perdoar... Eu deveria ter ficado ao lado dele!
Foi
quando os três ouviram alguém dizer:
- Vocês
não vão se livrar de mim tão
facilmente!
Shunrey gritou de alegria.
Shiryu estava vivo!
Eles se abraçaram e beijaram, enquanto seus amigos assistiam à
cena comovidos.
Depois, foi a vez de Seiya abraçar o
amigo:
- Que susto você deu na gente!
Shiryu narrou seu
salvamento para eles. Por fim, acrescentou:
- Saori, o Julian... o
bote no qual ele estava afundou.
Ela suspirou, aliviada.
- Que
Deus me perdoe, mas... É um canalha a menos no mundo!
Os
quatro prosseguiram viagem até a América.
Ao
descobrir que havia um padre a bordo, Seiya pediu que ele realizasse
seu casamento com Saori. Shiryu e Shunrey foram os padrinhos.
"Looks
like we made it
Parece que nós conseguimos
Look how far
we've come my baby
Olhe o quanto nós chegamos longe meu
querido
We might took the long way
Nós devemos ter
seguido o caminho longo
We knew we'd get there someday
Nós
sabíamos que chegaríamos lá algum dia"
Depois
da cerimônia, Seiya contemplou sua esposa e disse:
- Não
posso te dar o luxo e a riqueza aos quais você está
acostumada, mas você terá o meu amor e fidelidade
eternos.
- São os maiores tesouros que eu poderia
possuir.
Beijaram-se.
- Quero ter muitos filhos... - afirmou
Seiya.
Shunrey brincou:
- Quem sabe o primeiro já não
está a caminho?
E não é que ela acertou?
Algum tempo depois do casamento, Saori começou a sentir
enjôos. O médico do navio a examinou, e concluiu que ela
esperava um filho.
Os quatro desembarcaram nos Eua.
Meses
depois, Shiryu e Shunrey subiram ao altar e trataram logo de
encomendar um herdeiro.
Saori e Seiya ganharam um casal de gêmeos.
Nem é preciso dizer o quanto os dois eram corujas com os
bebês...
A menina, parecida com o pai, foi batizada como
Athena, em homenagem à deusa da Sabedoria. O menino, parecido
com a mãe, recebeu o nome do pai.
Quanto à herança
de seu avô, Saori entrou num acordo com a família de
Julian. Recuperou parte do dinheiro, e fez questão de investir
na construção de uma academia de artes
marciais.
Orgulhoso, Seiya não queria aceitar sua ajuda. O
dinheiro era dela, e ele queria progredir por si mesmo.
Mas
Saori teve paciência, e com jeitinho convenceu o marido a
aceitar sua colaboração.
- Eu o amo, Seiya. Tudo que
é meu, é seu também.
- Mas eu quero provar
que sou capaz de sustentar nossa família sozinho!
Ela
refletiu um pouco, e sugeriu uma solução:
- Então,
vamos encarar como um empréstimo. Quando a academia prosperar,
você devolve o dinheiro.
A proposta era razoável.
Seiya aceitou.
A academia foi um sucesso. Logo Seiya recuperou o
investimento, e fez questão de devolver a quantia emprestada
por Saori.
Shiryu, seu sócio, estava feliz com os negócios
e com o bebê que acabara de nascer. Ele e Shunrey deram ao
pequeno o nome de Thor. Seiya e Saori batizaram o menino.
"Ain't
nothing better
Não existe nada melhor
We bet the odds
together
Nós derrotamos o improvável juntos
I'm
glad we didn't listen
Eu estou feliz por não termos
escutado
Look at what we would be missin'
Olhe para o que nós
poderíamos estar perdendo
I'm so glad we made it
Eu
estou feliz por nós termos conseguido
Look how far we come
my baby...
Olhe o quanto longe nós chegamos meu
querido"
Os dois se amavam, e sabiam que o amor que os unia era maior do que todos os obstáculos que haviam enfrentado...
The End
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer à Bianca Potter, que eu conheci aqui no Fanfiction, e é uma das melhores autoras de fics que conheço. Ela me deu a maior força enquanto escrevia esta fic, e até sugeriu o título. Por isso, a considero "madrinha" da minha fic.
Também agradeço à Luthy, outra grande autora que também me incentivou muito, assim como Arthemisys.
Amigas, receber elogios de vocês vale por
mil reviews!!
Bjs!
E quero dizer aos que acompanharam minha
fic: muito obrigada!
Se quiserem me dar alguma sugestão,
fazer comentários ou críticas, meu e-mail é:
a próxima!
