MENSAGEM PARA VOCÊ – Capítulo 8

AUTOR: Lady K. Roxton

COMMENTS & THANKS: Spirita, estava morrendo de saudade de vc, num me escreveu mais snif snif snif Espero q goste do final e apareça de novo, tah? Rox bjus!

Mila, olha a pornografia, q q isso minina? Rs...

Ca, eu acho q os olhos do William saum azuis.. sem dúvida!! Lembra de Cave of fear? Saum azuis...

Jessy, é mto cedo p/ ficar triste, eles vaum ter o momento deles, tah? Rs...

E aí Marina, vc acha q enrolei mto? Rs....

Tata, às vezes vc me assusta rs... Q q isso minina? Espero q esteja mais calminha agora pq imagino q vc jah recebeu seu prêmio, né? Continua escrevendo, gosto mto das suas review e sugestões, tah? Rox bjus!!!

Rosa, hj tem borboletinhas p/ dar e vender rs.... E apesar de vc naum kerer q eu publicasse o final desta fic só p/ vc ter um motivo p/ falar mal de mim, naum adianta, tah? Ninguém pode impedir a ciência e mto menos a ABFF!!!!! Rs....

Lê, super valeu!!!!! Vc é demais!!!!

Valeu por terem acompanhado essa fic e contem o q acharam do final!!!!!

Naum sou o coelhinho branco, mas feliz páscoa p/ vc's!!!!

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Capítulo 8

"Lembrou-se das heroínas dos livros que havia lido e a legião lírica dessas mulheres adúlteras punha-se a cantar em sua lembrança, com vozes de irmãs que a encantavam. Ela mesma se tornara como uma parte verdadeira de tais fantasias e concretizava o longo devaneio de sua mocidade, imaginando-se um daqueles tipos amorosos que ela tanto invejara antes."

(Flaubert, In: Madame Bovary)

"Will, espero que dê tudo certo mesmo. Talvez Madge não acredite na história" Alex dizia antes de descer do carro. William sorriu, desceu do carro e abriu a porta para ela, estendendo-lhe a mão.

"Não se preocupe, duas pessoas que se amam como eles não podem passar muito tempo separadas" ele respondeu chegando mais perto e envolvendo com seus braços a cintura da jovem. Ela sorriu timidamente, baixando os olhos, mas ele segurou suavemente o queixo dela, contemplando seus olhos por alguns minutos, que foram se fechando até que seus lábios finalmente se uniram.

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No dia seguinte, um sábado fresco e ensolarado (desafiando todas as probabilidades climáticas do ano)...

"Bom dia, Madge!" Alex disse animada, entrando sem bater no quarto de sua amiga. Ela havia trazido a badeja com o café da manhã e foi abrindo as cortinas.

Marguerite virou-se, colocando um travesseiro sobre a cabeça e cobrindo-se com o lençol. Mas nada deteria Alexandra: foi puxando o lençol sem fazer cerimônia, enquanto dizia que estava um dia lindo demais para alguém ficar dormindo e que, ademais, tinham um compromisso.

"Que compromisso alguém pode ter num sábado de manhã?"

Alex explicou que haveria um almoço de negócios com seu pai e que ambas deveriam ir.

"Almoço? Por favor, são nove horas da manhã! E eu tenho mesmo que ir?"

"Claro! Eu até já comprei uma roupa para você, assim, não tem desculpas."

Para Marguerite, havia algo mais. Alex comprando roupas sem Marguerite? Um almoço sem aviso prévio? Tudo bem que se tivesse avisado, teria tentado fugir, mas mesmo assim.

Ainda na cama, Marguerite tomou seu chá, mordiscou uma torrada, enquanto Alex detalhava como seria o dia. Assim que a herdeira colocou de lado a bandeja, sua amiga colocou uma grande caixa sobre a cama, abriu-a, tirando os papéis de seda até via à tona um lindo vestido de seda azul, longo e leve. Estava acompanhado de uma echarpe da mesma cor, transparente e sandálias brancas.

Ela observava a tudo de braços cruzados, séria. Alex ainda procurava algo por entre o papel de seda, até que tirou uma caixinha de veludo negra, de onde tirou um colar e brincos de prata, com florzinhas feitas de diamantes. Os olhos de Marguerite brilharam ao ver as jóias e ela as puxou bruscamente das mãos da amiga.

"É lindo!" ela repetia enquanto acariciava as jóias, ainda na caixa. "É para mim? Por quê comprou isso para mim?" perguntou desconfiada. Mas Alex a apressou, dizendo que deveriam sair logo e Marguerite ainda estava na cama e, como não queria que a amiga se arrependesse do caro presente, preferiu ficar calada. Mal sabia ela que John Roxton havia escolhido e comprado tudo que havia na caixa.

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Alex já esperava Marguerite na sala, como sempre, a herdeira havia demorado uma eternidade, porém, a espera foi justificada: o vestido azul havia caído maravilhosamente bem, deixava à mostra a pele alva da jovem, tão clara e perfeita como de uma escultura em mármore. A echarpe, colocada de modo a cobrir-lhe o decote do peito, dava-lhe um ar muito elegante. E os cabelos, escovados, estavam lisos, presos num rabo de cavalo que derramava-se graciosamente como uma cascata por suas costas. Usava maquiagem discreta.

Ao vê-la, sua amiga não pôde deixar de suspirar e pensar no romantismo todo que havia em tudo isso.

Tomaram o carro, levadas pelo motorista, até o local do almoço (a propriedade dos Ryan, pais de Carol). Depararam-se com uma mansão muito antiga, porém sem perder o charme e a beleza, era tão bem cuidada que por um instante, Marguerite sentiu-se num passado muito distante. Em lugar de pararem na casa, continuaram o caminho por uma pequena estrada, ainda dentro da propriedade.

"Aonde vamos? A casa é para lá e eu não vejo mais ninguém vindo para este lado, nenhum carro, nada" Marguerite reclamava.

"É bem ali. Mas por quê está preocupada? Ai Madge, até parece vou seqüestrar você. Relaxe, já estamos chegando."

Muito longe da mansão que haviam visto, finalmente o carro parou. À esquerda havia um grande pé de carvalho, muito antigo. A seu redor, um lindo jardim florido e de um de seus grossos galhos, o vento brincava com um balanço.

"É aqui" Alex apontou o lugar para Marguerite, que deveria descer primeiro.

"É aqui o quê? Não tem nada aqui!"

"Como não? Desça que eu te mostro!" Alex respondeu como se tivesse sido insultada.

Ambas se aproximaram do balanço, sentindo o frescor daquela manhã que era simplesmente perfeita. Quem poderia ficar mal humorado num dia como este? Marguerite lembrou-se de sua idéia de paraíso e teve a impressão de que alguém havia fotografado seus pensamentos e criado este lugar, como uma cópia viva de sua memória, pintada com todos os detalhes que ela havia sonhado.

"Ainda não vejo nada. Por quê estamos aqui?" a herdeira insistiu.

"Madge, não queria ir agora para este almoço. Você sabe como meu pai é sempre tão autoritário e preocupado apenas com o dinheiro" as voz foi ficando entrecortada, os olhos cheios de lágrimas. "Queria ficar aqui com você, minha melhor amiga, por alguns instantes, esquecer quem eu sou e quem meu pai é."

Marguerite sentiu-se comovida. "Por quê não se senta no balanço? Eu te empurro e depois você me empurra, está bem?" Alex sugeriu.

"Ótimo, acho que isso vai ser divertido. Mas não muito alto, está bem?"

Alex concordou num leve movimento de cabeça e Marguerite sentou-se no balanço.

O vestido azul, a echarpe e os cabelos de Marguerite se tornaram leves como um suspiro, movimentando-se de acordo com a vontade da brisa suave. O suave perfume de flores do campo lhe estimulavam o olfato, como se esse perfume corresse por suas veias e a fizessem sentir tão suave e tão vaporosa como uma nuvem branquinha. Já não ouvia mais nenhum som, nenhum pássaro, nenhum animal, nada, ouvia apenas as batidas de seu coração.

Havia fechado seus olhos para desfrutar ainda mais desses momentos infinitamente superiores a qualquer outro que já havia provado, até ter a impressão de ouvir algo tão leve quanto a leveza de um pensamento. Levantou suas pálpebras lentamente e viu passarem por elas muitas borboletas azuis, brilhantes, assim como ela havia apenas sonhado em ver. Sorriu, esticou uma das mãos e uma borboleta pousou, voando em seguida.

"Que dia lindo!" ela pensou. Sorrindo, virou-se para perguntar a Alex se havia visto aquilo e deparou-se com John Roxton sorrindo, continuando a empurrar o balanço.

"Não é mesmo um dia perfeito?" ele perguntou.

"O que está fazendo aqui? Onde está Alex?" sua voz era séria e carregada de mágoa.

Ele parou de balançá-la e parou em sua frente, segurando o balanço pelas cordas. Ajoelhou-se, pousando suas mãos no colo dela. "Marguerite, o que aconteceu naquela festa foi um mal entendido. Você não viu o que pensou que viu. Você não faz idéia do quanto sofri naqueles dias..."

Ela virou o rosto, os olhos azuis manchados pelas lágrimas. Recordou-se de como aqueles dias haviam sido duros para ela, mas e se ele estivesse dizendo a verdade?

"Meu lírio do vale, se realmente não acredita que nosso destino é ficarmos juntos para sempre, como explicaria isso?" ele tirou do bolso do casaco o maço de cartas que haviam trocado e o livro que havia sido presente de Carol.

"Como você conseguiu tudo isso?" perguntou assustada.

"Vou explicar tudo a seu tempo, mas agora quero faze-la entender que se isso não é um sinal, o que mais pode ser? Esse é o nosso momento, agora, e se o deixarmos passar, talvez podemos nos arrepender para sempre."

Soltando as cordas do balanço, ela segurou as mãos de John. "Eu queria tanto que fosse você, o tempo todo, mas..."

"Sem 'mas', vai continuar negando que existe um elo muito forte entre nós?" John levantou-se, puxando-a pelas mãos e em seguida seus braços já estavam ao redor do corpo de Marguerite.

"O que eu sinto é muito mais forte do que posso suportar, não consigo mais fugir. Meu Deus..."

"Shhhhh" ele a interrompeu. "Não precisa dizer nada agora, minha Marguerite" seus lábios já estavam quase tocando os dela. "Eu te amo, Marguerite" e finalmente tiveram seu tão esperado beijo.

Suas almas estiveram buscando-se por tanto tempo e agora obtiveram seu anseado encontro. Seus corações avivaram-se com o toque, provando esse tão desejado amor. Poderia ser possível descrever esse amor? Era uma sensação deliciosa, êxtase exótico, inquietudes íntimas, voluptuosidade inefável, deleite supremo. Se houvesse no mundo dois seres que realmente soubesse o que era "amor", estes teriam que ser Roxton e Marguerite.

"Quando foi que me apaixonei por ele? E como não poderia se ele é assim, divino? Mas e se ele for como os outros? Oh Deus, estou diante de um abismo que não entendo e talvez seja tarde demais para retroceder... Não, ninguém vai me magoar mais" ela pensava enquanto sentia a língua de Roxton tocar a sua. "John, me desculpe" ela disse afastando-o. "Não posso, me desculpe" John sentiu um tom choroso em sua voz e assustou-se. O que estaria havendo.

Ela afastou-se definitivamente e saiu correndo.

"Marguerite, volte aqui!" ele saiu atrás dela.

"Pare John, é impossível! Nós não temos nada a ver, me deixe em paz, não quero mais te ver. Nunca mais!"

Roxton ficou ali parado. Aquilo havia sido uma apunhalada em seu peito. Todos os seus sonhos e ilusões que haviam sido carinhosamente pintados em sua mente, começavam a desbotar. Havia perdido a única mulher que amou em toda sua vida. Nada mais importava.

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Já havia se passado 3 dias desde o encontro de Roxton e Marguerite.

Ela sentia-se deprimida e triste, porém, nem pensava em procurar John e também estava proibido esse assunto para Alex, sob pena de Marguerite sair, deixando sua amiga falar sozinha.

Roxton estava com o coração partido. Resolveu que o melhor seria fazer o safári na África, acompanhado de seu irmão. William preferia ficar agora que havia ganhado permissão para cortejar Alex, mas também sentia-se responsável pelo irmão e por toda a confusão que, ainda que sem querer, ele havia ajudado a criar.

Partiriam de navio naquele mesmo dia.

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"Madge, já vou..."

"Vai aonde?" ela respondeu com o olhar perdido, estava sentada à beira da janela.

"William vai para um safári na África. Com John. Voltam em um mês."

"John? Ele vai?" a herdeira perguntou como se despertasse de um sono profundo.

"Vai. E se você não quiser se atrasar para a despedida é melhor se trocar agora mesmo!" Alex respondeu encorajando a amiga.

"Acha mesmo que deveria..."

"Você só pode estar brincando, né? Anda logo!"

"Eu vou! É, eu vou! Me espera, não saia sem mim!" a alegria iluminava de novo o rosto de Marguerite.

Chegando ao porto, havia muita gente, muito barulho, parecia um mercado persa. Os navios de partida já apitavam e era difícil caminhar sem trombar em alguém ou nas bagagens que os carregadores levavam para os navios.

"É aquele, 'Rainha do Sul', é o navio deles! Mas já está quase saindo, vamos correr!" Alex puxava Madge pelo braço.

O funcionário havia acabado de recolher a ponte para o embarque. William estava sozinho e viu as duas jovens correndo na direção do barco e começou a acenar.

"Marguerite? O que ela está fazendo aqui?" Will se perguntou. "John! Olha quem veio se despedir" ele gritou para seu irmão que estava mais à frente, entrando no quarto. Instantaneamente ele localizou sua querida Marguerite e foi correndo até a parte traseira do barco a fim de despedir-se dela. "Ela veio! Ela veio!" não cansava de repetir a si mesmo.

Enquanto isso, no porto, Marguerite corria o máximo que podia, empurrando todo mundo, só para chegar mais perto de John.

"John! Me desculpe! Eu fui uma boba!" ela gritou, já chegando o máximo que podia do navio.

"Esqueça, Marguerite! Você me ama?"

"Sim, eu te amo!"

"Eu te amo, lírio do vale! Quando eu voltar vamos nos casar, não se esqueça disso: você é minha noiva. Eu te amo!" foram as últimas palavras que ela conseguiu ouvir antes do barco perder-se no alaranjado pôr-do-sol que se desenhava no horizonte.

Um vento gélido provocou um arrepio em Marguerite e ela começou a se perguntar o que estaria fazendo no porto. "Alex, o que nós viemos fazer aqui mesmo?"

"Madge! Acabamos de nos despedir de papai. Você está bem?"

"Estou" ela respondeu sem ter muita certeza disso. Uma estranha sensação a inquietava, como se tivesse perdido algo de muito valor, mas não conseguia se lembrar do quê.

Um homem de capuz e barba caminhava despercebido no meio da multidão, observando as jovens tomarem seu luxuoso carro.

"Não se preocupe, Morrighan. Ninguém pode evitar o destino e o seu, e do seu protetor, está traçado há muito tempo" o druida disse cobrindo-se e desaparecendo novamente.

FIM!!!!!!!!

E aí, o que vocês acharam? Gostaram do final? Deixem review, quero saber a opinião de vocês!!!!!!