DISCLAIMER- Card Captor Sakura e seus personagens não nos pertencem...
Capítulo Um
O reino de Tomoeda não era muito grande, mas era próspero. Possuía grandes campos e uma sortida plantação. Por ser cercada de bosques, tinha parte da segurança do povoado garantida. No centro, erguia-se, majestoso, o castelo com suas paredes de pedra, as janelas pequenas e torres de vigília. A maioria das casas do vilarejo não ficava afastada do palácio, de forma a serem acolhidas por sua sombra fresca durante a maior parte do dia.
No horizonte, o sol mais uma vez se retirava avisando a todos que mais um dia de trabalho chegava ao fim e permitindo-lhes que se retirassem a caminho de suas casas.
Andando entre os muitos servos, um rapaz caminhava sem chamar atenção alguma sobre si. Com seus 20 anos, os olhos chocolate e os cabelos castanhos em desalinho, o corpo moldado por anos de árduo trabalho no arado e a pele dourada, como era comum apenas na classe servil.
Enquanto voltava para sua casa ele observava algumas das janelas e as torres do castelo se acendendo, como aconteciam todos os dias, com a aproximação da noite.
Finalmente chegou a sua casa e a encontrou vazia, como acontecia há muito tempo. Acendeu uma vela e a deixou sobre a mesa de madeira bruta da cozinha. Preparou para si um banho e se deixou relaxar na água fresca, enquanto observava, através da janela, o palácio e sonhava com uma vida melhor do que aquela que vivia.
De uma janela, uma jovem observava a movimentação dos aldeões enquanto voltavam para casa sob o crepúsculo. Podia ouvir risadas e o cantarolar de belas canções. Sorria sonhadora, imaginando a vida fora daquela gaiola dourada onde era prisioneira. Estava cansada de sua vida, queria poder sair dali e ser livre.
Era uma bela garota entrando na fase adulta, mas sem perder o jeito de criança, tinha um rosto de anjo que se ajustava perfeitamente com seus olhos verdes que brilhavam como pedras preciosas, os cabelos eram longos e de uma cor mel fora do comum. Achava tudo aquilo tão maravilhoso e diferente do que vivia, olhava para a alegria das humildes pessoas e sonhava em ter uma vida melhor.
"Senhorita Sakura." - a criada chamou respeitosamente tirando a bela jovem de seus pensamentos.
"Sim?" - virou-se sorrindo para a mulher que a observava.
"O jantar já está servido. Seus pais a aguardam!".
"Muito obrigada! Diga-lhes que já estou indo, por favor." - ela respondeu sorrindo meigamente.
"Sim, senhorita!" - a criada falou fazendo uma reverência e logo se retirou.
Após lavar o rosto e arrumar os cabelos ela foi até a sala de jantar e pôde ver que seu pai e sua querida mãe se encontravam muito felizes, mais felizes que o normal… Logo se sentou e sorriu curiosamente para eles.
"Posso saber o motivo para esses sorrisos que tens em vossos rostos?" - perguntou sorrindo.
"Já estás uma moça, minha querida… Tão bonita e cheia de vida, deves ter tantos sonhos…" - o Rei Fujitaka disse calmamente, deixando a jovem pensativa.
"Sim, papai, muitos sonhos!" - falou e logo em seguida pensou. - 'Inclusive o de mudar o rumo de minha vida.'
"Lembra-te do teu primo Eriol? Aquele que estava sempre fazendo brincadeiras?" - Nadeshiko perguntou sorrindo.
"Vagamente!" - respondeu. - "Por que perguntas?".
"Ele e teus tios virão passar uma temporada conosco e eu e tua mãe estávamos pensando em como seria bom se uníssemos ainda mais as famílias…" - ele disse sorridente.
"Não entendo." - disse, mas na verdade ela compreendeu muito bem onde seus pais estavam querendo chegar, nessas horas, no entanto, a melhor coisa era se fazer de boba.
"Estás quase adulta e acredito que queiras ter tua própria família, é melhor que se tenha alguém de confiança para tal, não achas?" - agora Nadeshiko falava de forma delicada.
"Minha mãe, estás querendo me dizer que Eriol vem para cá para... para tornar-se meu noivo?" - ela perguntou indignada. O rei balançou positivamente a cabeça.
"Não seria maravilhoso?" - perguntou Nadeshiko, juntando as mãos de forma exultante.
"Desculpe-me, mamãe, mas não. Não seria!" - disse levantando-se. - "Eu nem me lembro de como ele é, além do que ele é meu primo…" - respondeu mostrando o tamanho de sua indignação à mãe.
"Casamentos entre primos sempre dão certo…" - Fujitaka respondeu calmamente.
"Mas não fazem parte de meus sonhos… Se me dão licença eu vou para o meu quarto!" - falou saindo e batendo o pé.
Nunca imaginara que seus pais seriam capazes de fazer uma coisa dessas, estavam lhe escolhendo um noivo simplesmente porque seria bom para a família, sem considerar seus sentimentos, é lógico que sonhava em se casar desde menina, mas era ela quem sempre escolhia seu marido nesses sonhos. Estaria disposta a fazer qualquer coisa para ir contra os pais, pois se sentia como uma mercadoria. Logo chegou ao quarto e sentou-se de frente para a janela, mais uma vez, pôs-se a olhar as pequenas casas escutando uma canção, pareciam que estavam fazendo uma festa. Aquelas pessoas é que eram felizes, não se importavam com dinheiro ou com o que os outros pensariam de si… Podiam ter uma vida dura, mas ela tinha plena convicção de que era melhor do que a qual levava.
Voltou seu olhar para a lua que brilhava imponente no céu sentindo uma leve brisa balançar seus cabelos. O que não daria para se deixar carregar pelo vento para bem longe dali?… Fechou os olhos e sentiu-se invadida por uma grande tranqüilidade. Os sons alegres que tomavam conta do ambiente foram substituídos por uma bela, porém melancólica melodia. O som suave daquela flauta encheu o coração da princesa de um calor, um sentimento morno. Era sempre assim que ela se sentia quando ouvia aquela música. Vozes se elevaram naquele cântico, mas, para os ouvidos da jovem que se encontrava na janela, nada parecia existir além do suave sopro da flauta. Sentiu seu corpo ficar leve e flutuar, parecia que conseguiria tocar as nuvens, alcançar as estrelas. Sua mente vagava livre, voava por sobre os bosques, atravessava campos e montanhas, alcançava os mares… as coisas pareciam ser tão melhores.
Abriu os olhos lentamente, havia adormecido apoiada na janela, novamente. O silêncio agora era absoluto em todo o reino e a lua encontrava-se baixa, o que indicava que a noite estava prestes a terminar. A princesa suspirou sonhadora, imaginando quem seria o ser misterioso que tocava aquele instrumento e a embalava em um sono profundo todas as noites. Deveria ser alguém muito especial para conseguir tirar da flauta aquele som quase celestial.
'Talvez um príncipe escondido entre o povo apenas esperando que alguma princesa o encontre…' - pensou abrindo um sorriso pelo pensamento que lhe ocorreu. Olhou para a cidade por meio da janela, depois encarou o interior do próprio quarto de forma pensativa. - "Está esperando que o encontre?" - repetiu baixinho mordendo o lábio inferior com um sorriso em seu rosto.
Tomou uma resolução, foi até a porta de seu quarto e a trancou, teria pouco tempo para agir. Abriu seu guarda-roupa e pegou o vestido mais simples que possuía. Com algum esforço, arrancou o babado que havia no decote, rasgando depois as mangas compridas. Vestiu-o e fitou-se no espelho. Quem sabe se tivesse mais tempo poderia fazer algo melhor, mas estava bom daquele jeito. Selecionou uma capa escura com capuz e a colocou por sobre o vestido. Estava pronta, agora só o que faltava era arrumar um jeito de sair sem ser percebida.
Olhou novamente pela janela. O sol já pintava, no leste, as primeiras cores da alvorada, mas ainda estava bastante escuro. Olhou para a parede abaixo de sua janela e para a planta que a ela se prendia. Inclinou o corpo, um pouco receosa, e sentou-se com as pernas para fora, virou-se e começou a descer devagar, tentando não fazer barulho. Tinha impressão de que, a qualquer momento, aquele vegetal se soltaria derrubando-a, mas por sorte isso não ocorreu. Alcançou o chão e se esgueirou pelo quintal até uma árvore que ficava próxima ao muro. Seu pai estava reclamando há alguns dias a respeito dela pelo fato dos galhos estarem encostando-se ao muro, por sorte não a podaram, ainda. Subiu nela com um pouco de dificuldade. Os sapatos que usava estavam escorregando.
"Droga!" - resmungou, tirando-os e os guardando numa bolsa improvisada que fez com a capa, amarrando-a. Chegando na altura dos muros, arrastou-se sobre o galho até a ponta, espiando para ver se alguém passava pelo caminho, tudo estava deserto. Em um rápido salto, caiu do lado de fora, balançando o galho sobre o qual estava. Olhou para cima pestanejando, mas agora já não importava. Estava do lado de fora. Iria em busca da sua felicidade, começando por encontrar seu flautista misterioso.
Continua…
**********************
N/A-
Yoruki: Oi, pessoal!... Olha eu aqui com uma nova parceria e uma nova fic... Hehehe... é o que acontece por ficar se metendo nas histórias dos outros... *sem graça*...
Nina: Oi pessoinhas! Não, não... Vou deixar claro que a Yoru não se meteu, ela foi me dando idéias e eu a chamei para fazer essa fic comigo e eu tenho que falar que a maioria das ideias foram dela *sorrindo sem graça*
Yoruki: Ora, eu só me empolguei com o que você disse que queria fazer... hehehe... minha cabeça é uma caixa de idéias... algumas sem pé nem cabeça, mas não deixam de ser idéias...
Nina: Isso é normal. Mas acho que essa ideias tiveram fundamentos *fazendo cara de Kero* E ainda bem que deu essa fic que eu espero muito que as pessoas gostem, porque minha cabecinha queimou para ter idéias e tentar escrever um pouco melhor *sem graça*
Yoruki: Bem, apesar do personagens estarem um pouco 'fora do quadro' (o Li, por exemplo, não vai ter nada daquele todo poderoso guerreiro chinês, mas isso não significa que ele não esteja tudo de bom...) e da complicação que é escrever tomando cuidado para manter os diálogos em segunda pessoa... acho que estamos indo bem...
Nina: E também a Sakura não estar mais aquela menininha ingênua e que abaixa a cabeça para quase tudo... Ela está mais forte e decidida, não se importa para a opinião dos outros e quer correr atrás de seu sonhos... Também deu um pouquinho de trabalho esse negócio de descrever tudo direitinho...
Yoruki: Hehe... Para evitar qualquer pergunta futura com relação ao título, acho melhor esclarescermos desde já o porque dele estar em Inglês e não em português. Bem,... é que a música que escutamos para criar a cena do flautista tinha esse título e achamos bom manter assim...
Nina: Agora eu vou agradecer as pessoinhas que me ajudaram, hihihih! A minha prima Andressa que com certeza nao vai ler, mas me deu muita força quando eu tive essa ideia, a Yoruki por ter me apoiado e ter se juntado a mim, a Rô por ter sempre a paciencia de nos ajudar e a todas as pessoas que vão ler essa fic...Beijos.
Yoruki: Eu agradeço a Nina, por aceitar minha ajuda e idéias que acabaram resultando nessa fic, a minha mamãe Miaka, que está sempre me apoiando e a Rô que, revisou esse capítulo... Valeu amiga, pela sua paciência e por suportar o incômodo...
Nina: Agora nós vamos indo, né Yoru? Ah não se esqueçam de deixar reviews, isso é muito importante... Queremos saber a opinião de vocês, viu?
Yoruki: É isso mesmo pessoal... Façam duas escritoras felizes, deixem seus reviews... e acompanhem o próximo capítulo... Beijos.
Yasashiko-chan.
