N/A: Depois de muitos capítulos, uma nota no começo!!! Bom, gente, só queria dar umas explicações. Nesse capitulo o Draco tah lendo os diários da Gina, por isso tudo que vocês vão ler aki é flash back (e algumas impressões do loiro, claro). No segundo livro, o Harry, o Rony e a Mione saum convidados pra festa de 500 anos de morte do Nick Quase Sem Cabeça. Em cima do bolo tah escrito que ele faleceu em "31 de outubro de 1492". Levando isso em consideração, o Harry entrou em Hogwarts em setembro 1991. Fazendo as contas, o Draco saiu da escola em junho de 1998 e a nossa história tá se passando no Natal de 2008. Agora acho q já posso começar. Boa leitura!
Outro Passado
Hogwarts, 29 de junho de 1998
O tempo é algo engraçado. Gosta de contrariar. Para a criança que espera ansiosa pelo aniversário ele praticamente pára, deixando-a inquieta, angustiada. Diverte-se tanto com o desespero do pequeno que chega a fingir que retrocede ao invés de avançar. Mas como será que se sente a mãe dessa criança? Inquieta, da mesma forma que o filho. Sua angustia, no entanto, nasce porque, para ela, o tempo corre sem piedade. Seu bebê já está andando, seu filhinho já está na escola, seu adolescente complicado já tem uma família. Ela olha ao redor e se dá conta de que sua casa está outra vez vazia, mas a impressão que ficou é que ontem ela estava embalando uma criatura pequena e indefesa.
O tempo é algo engraçado. Gosta de contrariar. Mas mais engraçados e contraditórios que o tempo somos nós, que tentamos controlá-lo, que nos recusamos a aceitar que as coisas mudam e não há nada que possamos fazer para acelerar, retardar e muito menos impedir. A consciência está aqui, mas e o assentimento?
Creio que posso responder a essa pergunta. Sei que é quase masoquismo imaginar que no próximo ano tantas coisas vão desaparecer. As risadas não serão mais tão constantes, o Salão Comunal não estará mais tão cheio, as confusões não serão mais tão divertidas. Amanhã Hogwarts vai ficar um pouco mais triste. Amanhã meus maiores amigos vão crescer. Eu sei perfeitamente de tudo isso, mas mesmo assim não aceito.
Essa noite vou dormir pedindo que um vira-tempo me leve para alguns anos atrás, alguns meses, alguns dias. Vou dormir pedindo para acordar como a menina apaixonada pelo amigo do irmão, como a caçulinha de uma família enorme, como a primeiranista tímida e assustada que chegou aqui. Vou dormir pedindo tudo isso, mas certa de que não vou ser atendida.
Hogwarts, 30 de junho de 1998
Vestidos, maquiagens, fitas, anéis, correria, sorrisos, discursos, lágrimas. Meu desejo não se realizou e eu vi mais uma turma deixar a escola, mas desta vez uma turma especial, uma formatura especial. Estava acabado, eles já eram adultos. Um pensamento, então, me ocorreu: logo seria a minha vez. Eu tinha muito pouco tempo antes de passar por esse mesmo ritual. Senti meu coração pequeno.
Passagens secretas, salas de aula, dormitório, quadros, escadarias, jardins, lago, campo de quadribol. Uma despedida antecipada de recordações que sempre estarão mais que vivas. Não importa os lugares que eu vou visitar, as pessoas que eu vou conhecer, as peças que o tempo, brincalhão como é, vai me pregar. Hogwarts sempre será única.
Lua, brisa quente, cheiro de grama, um grito de felicidade. Do outro lado do campo, um garoto de braços abertos fitava o céu. Diverti-me mais com a cena ao me aproximar e ter certeza de que não estava enganada: Malfoy estava ali, na minha frente, totalmente desarmado.
Olhos assustados, provocações sem resposta, uma mão segurando meu braço. Será que o Malfoy realmente estava louco? Ele me soltou, mas não deixou de me encarar como se estivesse diante de uma assombração. Reparei que os olhos dele eram bonitos, de um azul-acinzentado diferente de tudo que eu já tinha visto. Mas acho que o mais encantador é que, naquele momento, eles não eram mesquinhos ou maldosos. Nem pareciam os olhos de um Malfoy.
Luzes, música, dança, cores. O baile acabou e amanhã estarei em casa. Amanhã eu serei a única Weasley que ainda é aluna de Hogwarts.
Fechou o caderno tomando cuidado para não perder a página em que estava. Passou as mãos sobre os olhos e os fechou. Até ali não havia nada que ele não soubesse. Ele também tinha vivido aquela noite e, mesmo que tentasse negar, sabia que não precisava do diário para lembrar-se dela. Nunca iria esquecer o que sentiu naquele campo de quadribol. Era estranho ver como Gina lidou com aquilo.
A Toca, 1º de julho de 1998
Não tinha percebido, mas sentia falta do zunido das vassouras passando por minha janela. Há quanto tempo não estávamos todos juntos em casa? Tempo. Você de novo? Nunca vai se cansar de mim?
Avançou para a próxima página. Definitivamente, não estava com vontade de entrar nas memórias familiares e nas divagações de uma adolescente. Passou os olhos por todo o diário a procura de seu nome ou algo que se referisse aos Malfoy. Nada. Ele não tinha se aproximado dela naquele ano. Pegou o próximo caderno e fez o mesmo. Já começava a desanimar quando finalmente encontrou o que tanto procurava.
Hogwarts, 30 de junho de 1999
Tempo, Tempo, Tempo. Tempo brincalhão, Tempo que não pára, Tempo que não volta. Minha única alternativa é escrever para impedir que você, Tempo implacável, carregue toda e qualquer lembrança.
Passagens secretas, salas de aula, dormitório, quadros, escadarias, jardins, lago, campo de quadribol. Olhei tudo mais uma vez, a última vez. Não era outra despedida antecipada, era a despedida definitiva.
"Eu não estava louco, Weasley. Eu estava feliz."
Será que você também pregou uma peça no Malfoy, Tempo? Ele me respondeu com um ano de atraso. Mas, afinal de contas, o que ele estava fazendo ali? Encarei mais uma vez olhos bonitos que eu não estava acostumada a associar aos puro-sangue de cabelos platinados que apoiavam um bruxo insano. O bruxo que transformara meu mundo num campo de guerra. Mesmo que seus olhos estivessem diferentes, tive medo quando ele começou a se aproximar.
"Eu não vou te machucar."
Foi a última coisa que eu ouvi antes de sentir um arrepio percorrer todo o meu corpo, antes das minhas pernas perderem a estabilidade, antes de experimentar a sensação insólita de ter lábios tão frios, e ao mesmo tempo tão envolventes, tocando os meus.
Continuei com os olhos fechados quando ele se afastou. Não sei por quanto tempo fiquei assim. Tinha medo do que encontraria ao encarar o mundo novamente. Não, tinha medo do que não encontraria. Quando finalmente abri as pálpebras, meu temor se concretizou. Olhei à minha volta, olhei para cima, olhei por todos os lados. Nada. Estava sozinha naquele gramado.
Tempo, Tempo, Tempo. Tempo brincalhão, Tempo que não pára, Tempo que não volta. Volta, Tempo, por favor. Nem que seja pra me contar que tudo não passou de um sonho, de um devaneio de uma garota boba.
30 de junho de 1999, 30 de junho de 1999... Exatamente um mês antes da última batalha. Exatamente um mês antes da morte de Voldemort e de seu pai. O que ele estava fazendo nesse dia? Não se lembrava. "Pensa, Draco, pensa!" 30 de junho de 1999... Dez dias antes de ele revelar os planos do Lord das Trevas para Dumbledore. Voltou-se apressado para o diário a procura dessa data.
A Toca, 10 de julho de 1999
Sozinha, mais uma vez. "Falta pouco, filha, falta pouco". Cansei desse pouco, cansei do quase. Você está se divertindo, Tempo? Espero que sim, porque eu não estou! Correu tanto para simplesmente parar agora? Quando você vai trazer o dia em que eu serei, finalmente, um membro da Ordem da Fênix?
Espero que esteja sendo tão mal com os outros que também estão esperando para começar a realmente ajudar quanto está sendo comigo. Colin, Luna, Malfoy. Não, não estou louca. Mione me contou que ele se apresentou para lutar ao nosso lado no dia da minha formatura.
Ainda sinto meu estômago gelar quando penso nisso. Já estava certa de que aquele beijo tinha sido apenas fruto da minha imaginação, uma ilusão. Agora que descobri que ele estava em Hogwarts exatamente naquele dia não sei mais em que pensar. Pra falar a verdade, não quero mais pensar.
Que droga, Tempo! Dá pra parar de brincar e fazer a próxima semana chegar logo?
Sentiu a garganta apertada. Se ele tinha passado para o lado de Dumbledore no fim de junho, não tinha descoberto os planos de Voldemort. Potter fora para a última batalha às escuras, sem saber o que o esperava. Quer dizer, ele fora para mais uma batalha, não para a última.
"Burro, burro!". Uma das maiores idiotices que já fizera, sem sombra de dúvidas! Aliar-se a Ordem da Fênix quando podia ter descoberto todos os planos do Lord das Trevas. Mas, afinal, por que raios tinha feito isso?
Hogwarts, 31 de julho de 1999
Precisamos de tempo, de mais tempo. Onde você está quando é necessário? A enfermaria está tão cheia e não param de chegar feridos. Pensei que esse pesadelo finalmente acabaria esta noite, mas parece que ele está cada vez pior.
Carlinhos acabou de chegar. Trouxe Percy carregado. Marieta o está examinando, mas parece que está tudo bem com ele. Rony já acordou. Mione está tendo dificuldade em mantê-lo quieto na cama. Ele insiste em voltar para batalha. Sinceramente, eu acho que não adiantaria muito. Já está amanhecendo. Provavelmente os comensais que não foram capturados ou mortos já escaparam. Logo o professor Dumbledore e Harry estarão de volta.
Malfoy está mal, muito mal. Fiquei muito assustada quando vi Snape entrar com ele. Meu antigo professor de poções quase não se agüentava sob o peso do homem que arrastava. Malfoy parecia que estava morto. Madame Pomfrey me afastou enquanto se aproximava dos dois acompanhada por um dos médi-bruxos (N/A: tipo, "curandeiros" ficou muito feio, então vou continuar usando esse termo) do St. Mungus. Voltei para os ferimentos mais leves, mas não tirei a imagem daquele loiro da minha cabeça.
Tempo, aparece. Desculpa por brigar tanto com você. Queria que você passasse muito devagar, queria muito que nós tivemos tempo de salvar o Malfoy. Me escuta, Tempo, por favor.
Era por isso que Snape e Lucio estavam vivos. Os dois teriam se matado na batalha, mas o professor deve ter saído correndo pra acudir Draco antes que ela terminasse. "timo, entrara naquela guerra para atrapalhar! Bom, mas isso tudo não era realmente relevante. Precisava descobrir quando tinha se declarado para a Weasley.
Folheando o diário, encontrou seu nome em quase todas as páginas. Percebeu que depois da batalha sua participação na vida dela foi se tornando cada vez mais constante. Não lia tudo, apenas o suficiente para ter certeza que aquele não era o "dia fatídico" e passava a diante. Não precisava saber como ele a fizera se apaixonar.
A Toca, 22 de dezembro de 1999
Ai, ai, Tempo, volta só um pouquinho, só uns minutinhos, só o suficiente para que eu veja aqueles olhos de novo. Eu fiquei louca, só pode ter sido isso! Será que amar é isso? Não, é muito cedo para falar em amor. Isso é paixão, pronto, só outra paixonite!
Amor não vê, amor não ouve, amor não acaba. Amor é aquela vontade de ficar junto, de fazer o outro feliz acima da sua própria felicidade, de sentar na varanda num dia quente só para ver as estrelas enquanto as mãos estão entrelaçadas. Amor não precisa de pose, não precisa de consentimento, não precisa de palavras. Amor é simplesmente amar.
Não, eu não o amo. Não ainda. Mas não sei até quando vou conseguir dizer isso com tanta certeza. Não sei por quanto tempo isso será apenas uma paixonite, não agora que o gosto da boca do Malfoy, ou melhor, do Draco, está tão forte na minha memória.
Pronto, encontrara. 22 de dezembro de 1999. Mas não, não voltaria àquela data. Era melhor não permitir que ele se aliasse a Dumbledore, assim não só sua vida pessoal voltaria a ser o que era, mas também tudo a sua volta. Certo, conseguiria um vira-tempo e iria até o dia 30 de junho de 1999.
Segurou o terceiro diário nas mãos. Sentiu uma curiosidade imensa de abrí-lo, de saber como a tinha pedido em namoro, como encarara a família dela, como tinha sido seu primeiro ano juntos, como eles tinham se casado. Afastando esses pensamentos, ele juntou os três cadernos e colocou debaixo da cama. Sabia que não ia conseguir pegar no sono, mas precisava tentar. Teria um dia cheio pela frente.
N/A: Oi, gente. Esse capitulo ficou bem menor que os anteriores. Bom, vocês naum queriam q eu transcrevesse todos os diários da Gina por completo, naum eh? Pra falar a verdade esse capitulo ficou pronto em dois dias, só que eu naum postei logo q terminei. Mas ateh q eu fui boazinha, naum deixei vcs esperarem muito. Agora, vcs eh q foram malvados, hein! Cadê as minhas reviews? Poxa, gente, será q o capitulo 6 ficou tão chato q eu não merecia nem um comentariozinho? Podia ser ateh critica, mas falassem alguma coisa! Vou ficara esperando os recadinhos pra postar o capitulo 8, blz? Muitos beijos e ateh!!!!
