Acendeu a primeira tocha e a retirou do suporte da parede. Seguiu pelo corredor sem iluminação. As paredes de pedra escura eram frias e úmidas. O ar gélido do local tinha cheiro de mofo e ferrugem. Draco odiava aquele lugar, sempre odiou. Não descia aquelas escadas há anos. No seu mundo, aquela passagem estava trancada desde a morte de seu pai. Naquela realidade, entretanto, as masmorras da mansão Malfoy continuavam abertas, continuavam servindo de refúgio para as idéias insanas de Lucio.
Andava lentamente. Seu pai provavelmente já sabia que ele estava ali, mas ainda assim não queria denunciar sua posição. As masmorras eram um grande labirinto, não seria difícil se esconder se fosse necessário, ele só deveria ser cuidadoso para não se perder. Lembrava-se das salas e dos corredores escuros, porém tinha consciência de que Lucio os conhecia muito melhor. Seria uma presa fácil caso se distraísse.
Chegou à maior sala daquele lugar. A porta, aberta, deixou Draco entrar. Não havia ninguém ali, mas mesmo assim ele se espantou com o que viu. Não era mais a sala vazia e escura de que ele se lembrava. As paredes estavam forradas de estantes repletas de livros, inúmeras velas iluminavam o local, uma mesa ampla estava no centro do cômodo. Sentiu o ar pesado. Certamente estava onde seu pai tramara suas loucuras nos últimos dez anos. Se ele procurava por informações sobre os planos de Voldemort, aquele era o lugar.
Draco olhou ao seu redor. Estava tudo muito fácil, muito tranqüilo. Tinha alguma coisa errada. O elfo o tinha visto, ele estava certo de que o monstrinho já o tinha delatado. Por que, então, Lucio não estava ali, não estava tentando impedi-lo de descobrir seus planos?
Aproximou-se devagar da mesa. Livros de magia negra espalhados, mapas e plantas de prédios, listas de nomes. Estava tudo ali, na sua frente. Passou os olhos depressa por alguns pergaminhos. "Deus, ele tá completamente louco!" Começou a juntar os papéis, fechou os cadernos, pegou os livros. Já tinha achado tudo o que procurava, ou quase tudo. Ainda faltava encontrar seu pai.
Conjurou uma mochila e colocou tudo lá dentro. Com a varinha empunhada, a tocha acesa na outra mão e a mochila nas costas, Draco saiu para o corredor. Entrou em outras salas, virou diversas vezes, checou os locais secretos de que se lembrava. Nada. Não havia mais ninguém ali.
-Você não vai aparecer? - ele gritou para o nada enquanto girava o corpo - Onde você se escondeu? Covarde! Não tem coragem de sair do seu esconderijo e me enfrentar de verdade?
Mas a única resposta que teve foi a sua própria voz ecoando pelos corredores vazios. Se Lucio estava ali, estava claro que ele não queria aparecer, que ele não queria ser encontrado. Tomado por uma imensa fúria, Draco jogou a tocha no chão e esmurrou a parede enquanto soltava um grito de ódio.
Tanta ansiedade para nada! Tinha vontade de quebrar todas aquelas pedras, de socar a si mesmo. Não sabia o que fazer. Suas esperanças de acabar com a ameaça que seu pai representava estavam se esvaindo. Como ele conseguiria achar Lucio? Praticamente todo o mundo mágico estava a sua procura há anos, aquela casa era o único lugar que não tinham vasculhado. Teria que esperar até que ele resolvesse aparecer, até que ele atacasse de novo. Mas Draco não queria esperar, não conseguia admitir a idéia de que estava de mãos atadas, de que não podia fazer mais nada.
Já com a respiração normalizada, ele pegou a tocha e a acendeu novamente. Não tinha mais nada para fazer naquele lugar. Sairia daquela mansão o mais rápido possível.
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Gina continuava sentada no sofá, os olhos vidrados na parede. Não chorava, não gritava, não falava. Apenas olhava, apenas pensava que aquilo tudo só podia ser um pesadelo, um sonho horrível que acabaria logo. Ela sabia onde estava, tinha consciência de que alguém estava sentado ao seu lado e segurava sua mão, percebia que as pessoas ao seu redor a observavam, mas ela simplesmente não estava ali. Aquilo não estava acontecendo, aquele bilhete era só uma brincadeira de mau gosto, aquela situação era irreal. Aquele mundo não existia, o mundo sem Draco não existia.
-Gina, querida, fala comigo - a senhora Weasley se abaixara na frente da filha - Arthur, ela já está assim a mais de quarenta minutos!
-Gina, olha pra mim... - Hermione acariciava as mãos da amiga enquanto lançava um olhar desolado para os gêmeos.
-Fiquem aqui com ela - a senhora Weasley soltou um suspiro cansado e se levantou - Vou preparar um chá.
Ela saiu da sala em direção a cozinha. O silêncio voltou a tomar o cômodo. Gina continuava sem demonstrar reação alguma. Hermione estava ao seu lado e a fitava com um olhar desesperado. O senhor Weasley, sentado em uma das poltronas, tinha a cabeça apoiada nas mãos. Fred estava encostado na lareira enquanto seu irmão andava de um lado para o outro. Não suportando mais a angustia que o dominava, Jorge parou subitamente diante da porta que dava para o hall.
-Vou ver se a mamãe precisa de ajuda.
-Eu vou com você - Fred disse e acompanhou o outro ruivo.
A senhora Weasley estava parada em frente à mesa. No fogão, a chaleira de água quente já apitava, mas a mulher não parecia perceber. Tinha a cabeça baixa, estava muito interessada em arrumar as xícaras em uma bandeja.
-Mãe? - Fred se aproximava devagar. -Tá tudo bem, mãe? - Jorge vinha a seu lado
-Claro que sim, meninos - a voz dela saiu embargada - Eu já vou levar o chá e...
Sem conseguir terminar a frase, a senhora Weasley começou a chorar. Os gêmeos apressaram o passo e a abraçaram juntos.
-Ah, Deus, que coisa horrível! - ela soluçava, mas tentava conter o pranto - Como isso foi acontecer? Pobre Draco! O que vamos fazer?
-Calma, mãe, calma. - um dos gêmeos afagava os cabelos dela - Ainda não sabemos o que realmente aconteceu!
-É, mãe - o outro tentava limpar suas lágrimas - Lupin ainda não respondeu nosso recado. Assim que ele souber do bilhete que a Gina recebeu, vai fazer algo. E vai nos manter informado também.
-O que vai ser da Gina? O que vai ser das crianças? - a senhora Weasley desistira de parar de chorar - Eles são tão pequenos ainda! A Rachel mal conheceu o pai! Como vamos contar a eles?
-Primeiro temos que ter certeza do que aconteceu, depois pensamos nisso - Jorge ainda estava abraçado à mãe.
-É, agora vamos nos preocupar com o nosso chá - Fred forçava um sorriso enquanto trazia a chaleira fumegante.
-Vocês estão certos, meus queridos - ela tentava se recompor - Devemos esperar.
-Bom, enquanto vocês levam o chá, eu vou dar uma olhadinha nos pequenos - Jorge depositou um beijo na testa dela e saiu da cozinha.
Fred ajudou a mãe a terminar de preparar o chá e foram em direção à sala. Apesar dos protestos do filho, a senhora Weasley insistiu em levar a bandeja. Estavam saindo da sala de jantar para o hall quando escutaram vozes lá fora. Fred imediatamente puxou a varinha e apontou para a entrada da casa. Jorge, que ia entrar no quarto dos gêmeos, correu para a escada. O senhor Weasley também já estava ali, preparado para defender sua família de quem quer que fosse.
Quando a porta se abriu, entretanto, ninguém lançou feitiço algum. O senhor Weasley, atônito, abaixou a varinha. Hermione, que estava na porta da sala, levou as mãos ao rosto. Jorge parou no meio dos degraus com os olhos arregalados. Fred, boquiaberto, estava paralisado. A única que conseguiu se mover foi a senhora Weasley, que largou a bandeja se espatifar no chão enquanto corria pra abraçar o loiro descabelado que acabara de entrar.
-Draco! Draco! - a mulher chorava pendurada ao pescoço do loiro - Graças a Deus!
-Está tudo bem com ele, Molly - Lupin acabara de entrar, assim como Rony e Harry.
-Pra falar a verdade, quando a coruja da Gina chegou ele até já tinha saído... - Rony começou a falar com uma voz desdenhosa, mas parou quando todos se viraram para a porta da sala.
Gina estava parada ao lado de Hermione. Ela não se movia, apenas olhava fixamente para Draco. Ele se soltou da sogra e caminhou em direção a ela. Parou a alguns passos da ruiva e continuou a fitá-la. Deixando todo o desespero que a consumia sair, ela o abraçou e chorou. Simplesmente chorou.
Draco a envolveu pela cintura e a apertou contra si. Fechou os olhos e se deixou inebriar pelo cheiro que o cabelo dela exalava, pela sensação maravilhosa de tê-la em seus braços, pelas batidas descompassadas do coração daquela mulher. Esqueceu sua frustração, esqueceu seu ódio, esqueceu todos os seus problemas. Perto dela eles pareciam desaparecer.
Ficaram alguns minutos abraçados. Hermione, que se agarrara a Rony, tinha lágrimas descendo por seu rosto. O senhor e a senhora Weasley deram as mãos e olhavam a cena carinhosamente. Remo, Fred e Harry sorriam. Jorge voltou a subir a escada aliviado.
-Eu pedi pra você não ir! Eu pedi pra você ficar comigo! - Gina balbuciava ainda abraçada a ela.
-Eu tô de volta, é isso que importa - ele respondeu enterrando o rosto no pescoço dela.
-Vamos, querida, vamos - a senhora Weasley os separou e segurou a mão da filha - Tudo acabou bem. Deixe-me ver seu lindo sorriso de novo!
Gina riu e abraçou a mãe. O senhor Weasley caminhou até o genro e murmurou um "estávamos apreensivos" enquanto lhe dava um tapinha no ombro. Ele seguiu até a filha e acariciou seus cabelos. Draco sabia que essa tímida demonstração de preocupação do sogro tinha sido mais do qualquer outra forma de afeto que aquele homem já deixara transparecer por ele. Mais do que nunca, se sentiu em casa.
Os pensamentos de Draco, no entanto, foram interrompidos por um dos gêmeos. Jorge desciam as escadas apressado enquanto falava alto e rápido.
-Eu sabia, eu sabia!
-Jorge, o que aconteceu? - o senhor Weasley se virou assustado para o filho.
-Os garotos! Os garotos fugiram!
-O QUÊ!? - todos perguntaram em uníssono.
-Eu tinha certeza, certeza! - Jorge gesticulava sem parar - Eles não foram dormir, eles ficaram escutando nossa conversa!
-Não pode ser, eu os vi subindo! - Hermione olhava incrédula para o cunhado - Eles não poderiam ter descido sem que percebêssemos!
-Eh... - Fred olhou para o irmão enquanto coçava a cabeça.
-Fred e Jorge Weasley, o que vocês têm a ver com isso? - a senhora Weasley os fitava ameaçadoramente.
-A capa! - Draco olhava assombrado para os gêmeos - Droga, a capa!
Ignorando totalmente as outras pessoas, o loiro correu para a escada e a subiu de dois em dois degraus. Não, não! Os meninos não tinham feito isso, não podiam ter feito! Provavelmente era só mais uma brincadeira, uma peça que os pequenos queriam pregar em todos. TINHA que ser uma brincadeira!
Draco entrou correndo no quarto dos garotos. As camas ainda estavam feitas. Olhou desesperado por todos os lados. Abriu os armários, revistou os cantos, verificou debaixo das camas. Nada. Não estavam ali.
-Draco, o que tá acontecendo? - Gina o seguia pelo quarto enquanto os outros observavam da porta - Onde o Michael e o Gabriel tão?
Mas ele não respondeu. Passou as mãos nervosamente pelos cabelos. Andava de um lado para o outro angustiado. Eles não poderiam ter ido até a mansão, não sabiam de nada! Não era possível que soubessem, que tivessem descoberto com tanta facilidade! Neste momento, os olhos de Draco pararam em uma das camas. Havia um pergaminho sobre ela. Ele o pegou e começou a ler.
"Mamãe, Sabemos que o papai não tá em nenhuma reunião e sabemos que pegaram ele. Desculpa, mãe, mas escutamos você e o papai conversando hoje. Só a gente pode ajudar. Não se preocupa, vamos trazer ele de volta.
Te amamos
Michael e Gabriel"
-Não! - Draco gritou e deu um soco no vidro da janela, que se estilhaçou - Que merda, eles não podem ter feito isso!
-Draco, pelo amor de Deus, onde estão os meus filhos? - Gina falava com a voz esganiçada enquanto tirava o bilhete da mão do marido .
À medida que lia, Gina ficava cada vez mais branca. Quando terminou, olhou atônita para o loiro à sua frente. Draco a fitou por alguns momentos e saiu do quarto empurrando algumas pessoas. Já descia as escadas quando Fred o alcançou.
-Malfoy, espera!
-Eu não vou esperar nada, Weasley - ele respondeu sem se virar - Eu já esperei demais!
-Malfoy, não seja precipitado - assim que Draco e Fred chegaram ao hall, vários outros desciam os degraus.
-Cala a boca, Granger! Dessa vez ninguém vai me impedir!
-Não fale assim com ela, seu idiota - Rony teria voado em cima de Draco se Jorge não o tivesse segurado.
-Será que você nunca vai parar de dar trabalho, Malfoy? - Harry já estava diante dele.
Uma confusão de vozes se iniciou. Rony tentava pular em cima de Draco, mas Hermione e Jorge o seguravam. Harry e Fred gritavam com o loiro, que só não tinha conseguido esmurrar um deles ainda porque Lupin e o senhor Weasley tinham se colocado entre eles.
-Quietos! - a senhora Weasley gritou e todos se calaram.
Gina, que acabara de chegar, caminhou devagar até Draco. Lupin e Harry abriram espaço para que ela passasse, já que a senhora Weasley já tinha puxado o filho e o marido para longe. A ruiva parou diante dele e o encarou.
-Traz os meus filhos pra mim! - ela disse se abraçando a ele - Mas volta inteiro, por favor...
-Eu vou trazê-los. Eu juro.
Ele se afastou e segurou o rosto dela entre as mãos. Enxugou uma lágrima com o polegar enquanto admirava mais uma vez aqueles belos olhos castanhos. Aproximou-se e colou seus lábios aos dela. Não importava o que aconteceria, ele nunca iria esquecer a sensação maravilhosa de beijá-la. Sem conseguir encará-la novamente, ele se virou para a porta e saiu em direção à noite escura e fria.
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A coruja negra de olhos âmbar seguiu para uma das janelas. Os garotos desceram diante da porta alta e larga da entrada principal. Tremiam. Não nevava, mas um vento gelado avermelhava as faces pálidas dos dois. Michael olhou para a ave que entrava.
-Coruja idiota! Você viu quantas voltas ela nos fez dar?
-Ela deve ter se perdido... - Gabriel assoprava as mãos, que, apesar das luvas, estavam frias - Eu tô congelando!
-Ah, pára de reclamar!
Mas Gabriel não disse nada diante da resposta exasperada do irmão. Estava ocupado demais observando impressionado a mansão que se erguia à sua frente.
-Uau! Olha o tamanho desse lugar!
-Nossa! - Michael agora acompanhava o assombro do irmão - Acho que só esse jardim é maior que o nosso quarteirão!
-Por que será que o papai mentiu? - Gabriel se virou com a testa franzida - Ele me disse que todo mundo da família dele tinha morrido! Por que não disse que o nosso avô tá vivo?
-Será que é por que ele tá tentando matar o papai? - Michael respondeu sarcasticamente.
-Sabe, Michael, tem horas que eu tenho vontade de te socar!
-Nossa, a gente podia vir aqui mais vezes... - o menino ignorou o comentário do irmão.
-Com certeza! - o outro loirinho revirou os olhos - Nosso avô tenta matar nosso pai e a gente vem visitá-lo! A mamãe ia adorar!
-Ah, cala a boca! Vamos entrar logo e achar o papai!
Os dois subiram a escadaria que os separava da entrada. Um deles forçou o trinco. A porta se abriu sem problemas. Cuidadosos, caminharam até o centro do grande salão em que se encontravam. A porta bateu com uma corrente de vento, fazendo os meninos pularem de susto. Só não estavam totalmente na escuridão porque algumas velas se encontravam acesas no segundo andar. Seguiram até a grande escadaria e subiram.
-Que lugar horrível! - Gabriel sussurrou diante de uma enorme teia de aranhas.
-Escutou alguma coisa? - Michael parou e olhou rápido para os lados.
-Não. Por quê? O que foi?
-Nada. Achei que tinha escutado um barulho.
Continuaram andando pelo corredor fracamente iluminado. Não tinham dado sequer três passos quando uma pequena e feia criaturinha surgiu de trás de uma das enormes tapeçarias que cobriam as paredes. Os garotos deram gritos de susto e já tinha se virado para correr em direção à escada quando o elfo começou a falar.
-Não tenham medo, jovens senhores. O elfo Kreacher não vai machucá-los!
Gabriel ainda tentou descer as escadas, mas Michael o segurou. Já tinha ouvido falar de elfos domésticos, mas nunca tinha visto nenhum deles. Estava curioso para examinar a criaturinha. Além do mais, ele poderia ajudá-los. Aquele ser tão insignificante não faria mal a eles.
-Você sabe quem nós somos? - ele se aproximou devagar do pequeno.
-Claro que sim! - os olhos do elfo se iluminaram - São os netos de minha querida senhora! Ah, a senhora Malfoy sempre dizia a Kreacher como queria conhecer os gêmeos antes de morrer...
-Conheceu nossa avó? - Michael continuava a se aproximar do elfo apesar de Gabriel tentar impedi-lo.
-Sim, sim! - Kreacher abriu um largo sorriso - A senhora queria muito ter encontrado com os meninos, mas a Weasley malvada e o jovem senhor Malfoy ingrato não permitiram.
-Não fale assim dos meus pais! - Gabriel, que até então tinha um olhar desconfiado, levantou a voz ameaçadoramente.
-Cala a boca, Gabriel! - Michael gritou de volta e se virou para Kreacher, que se escondera atrás da tapeçaria de novo - Não precisa ter medo, ele não vai te machucar.
-Ah, o senhor é tão bom! - Kreacher olhava ressabiado para Gabriel enquanto chegava perto de Michael - Lembra tanto a senhora!
-Como ela era? - os olhos de Michael brilhavam enquanto ele abria um sorriso.
-Oh, ela era muito bonita! - o elfo balança a cabeça desproporcional desajeitadamente - Kreacher tinha orgulho de servir à senhora. Sofreu tanto depois que o jovem Malfoy a abandonou e nunca mais quis saber dela! Pobre senhora! Morreu de desgosto!
-E o meu avô? - Michael ignorou a expressão de ódio no rosto do irmão e continuou a falar - Você sabe onde ele tá?
-Sim, sim! - Kreacher sorria cada vez mais.
-Será que ele gostaria de nos ver? - os olhos do loirinho cintilavam.
-Sim, sim! - o elfo deu um guincho de felicidade - O senhor Malfoy também queria conhecer os netinhos! Venham com Kreacher! Kreacher vai levar os meninos ao senhor!
O pequeno deu um pulinho e começou a andar rápido em direção ao fim daquele corredor. Michael se pôs a segui-lo enquanto Gabriel tentava pará-lo.
-Michael, você tá louco? - a voz dele era baixa, porém ríspida - Esqueceu por que a gente veio aqui? Temos que achar o papai!
-Não, não esqueci - ele respondeu sem tirar os olhos do elfo - Só quero ver nosso avô, depois a gente encontra o papai.
-O QUÊ!? - Gabriel quase gritou, mas Kreacher pareceu não notar - O nosso avô quer matar o papai! O que você acha que ele vai fazer quando descobrir a gente?
-Você não ouviu o que ele disse? - Michael respondeu apontando para o monstrinho que andava à sua frente - Ele quer nos conhecer e os nossos pais nunca deixaram! Vai ver que é até por isso que ele tá bravo! Vai ver que essa história de matar nem é verdade!
-Eu não acredito! Eu não acredito! - o outro colocou as duas mãos na cabeça enquanto eram conduzidos por outro corredor - Você não pode ser tão burro!
-Não enche, Gabriel! - Michael parara, assim como o elfo, diante de um grande quadro de uma serpente - Se você tá com medinho, pode ir embora!
-É por aqui, senhor - Kreacher parecia não notar a discussão enquanto fazia o quadro se abrir mostrando uma passagem.
-Você vem ou vai voltar correndo pra mamãezinha?
Gabriel soltou um longo suspirou. Michael já descia os degraus de pedras. Era melhor ir e impedir que o irmão fizesse alguma besteira do que deixá-lo. Ainda contrariado, Gabriel o seguiu.
O elfo os guiava pelo corredor iluminado apenas pelas chamas bruxuleantes das tochas presas à parede. Andaram por alguns minutos, viraram várias vezes, entraram em diversos corredores. Michael olhava ansioso para dentro de cada sala em que passavam na frente. Gabriel se limitava a acompanhá-los e estar atento a todos os ruídos que ouvia. Não estava gostando nenhum pouco daquele lugar.
Depois do que pareceu uma eternidade, finalmente entraram em uma das salas. O local era escuro, apenas com uma janela protegida por grades. A única iluminação vinha da fraca claridade da lua crescente. Do lado oposto à entrada, de costas para a porta, estava uma figura vestida de preto e com longos e brilhantes cabelos espessos. Sem que a pessoa se virasse, uma voz feminina ecoou firmemente.
-Saia, Kreacher. Vá procurar o que fazer!
-Sim, senhora, sim. - o monstrinho fazia reverências exageradas enquanto voltava para o corredor.
-Ah... Oi... - Michael começou a se aproximar com a voz vacilante - Desculpa, mas é que a gente tá procurando o nosso avô e...
-Ele já vai chegar - a mulher disse rapidamente - Por que não se sentam enquanto esperam?
Imediatamente, inúmeras velas se acenderam e três poltronas surgiram. Michael deu um passo para trás e encarou o irmão aflito. Gabriel simplesmente lhe lançou um olhar como quem diz "Em que você nos meteu!" e se virou para a mulher.
-Obrigado, mas a gente tem que ir. Será que a senhora podia dizer como se sai desse lugar?
-Ora, ora, mas que grosseria! - ela tinha uma voz estranhamente divertida - Pensei que a Weasley tivesse lhes ensinado a tratar bem seus parentes...
Gabriel enrugou a testa e já ia responder, mas Michael o impediu. Fazendo um sinal para que o irmão esperasse, o loirinho voltou a dar um passo para frente.
-A senhora é da nossa família?
Virando-se para os garotos, a mulher mostrou um esboço de sorriso. Não demonstrava carinho ou felicidade. Não, era um sorriso maldosamente satisfeito, acompanhado por um olhar levemente desvairado. Gabriel sentiu um arrepio subir por suas costas.
-Oh, que horror! - ela se mostrava falsamente sentida - Os netos de minha querida Narcisa nem ao menos sabem da minha existência!
-Nossa avó se chamava Narcisa? - Michael perguntou mais para si mesmo do que para ela.
-Como dói ver minha família tão desunida! - ela o ignorou, caminhou até uma das poltronas e se sentou enquanto levava a mão ao peito teatralmente - Tudo por causa daquela menina tola e egoísta!
-Nós temos mais parentes vivos? - Michael já tinha se sentado também e olhava fascinado para ela. Gabriel corria atônito os olhos do irmão para a mulher.
-Poucos, meu caro, poucos - ela soltou um suspiro triste - Essa guerra tem sido implacável, mas nossa família tem lutado bravamente!
-Estranho, nunca soube de ninguém da Ordem que...
-Por que você não se senta, querido? - ela o cortou e se virou para Gabriel - Vou lhes contar a história da nossa família!
-Não, eu tô legal de pé - o menino respondeu mal-educado - A senhora não precisa se preocupar.
-Ah, não me chame de senhora! - ela ainda sorria para o loirinho - Pode me chamar de tia Bella.
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Descia correndo as escadas de pedra. Não se admirou ao ver que as tochas estavam acesas. Caminhava apressado, uma enorme angustia dentro de seu peito. Não sabia o que faria se chegasse tarde, se Lucio fizesse algum mal aos garotos. Sentia-se culpado. Por que não escutara Gina? Por que insistira em entrar naquela casa? Por que era tão cabeça-dura?
Percebeu que alguém acabara de surgir no fim daquele corredor. Rapidamente, entrou pela porta mais próxima e esperou. Kreacher vinha cantarolando distraído. Assim que a pequena criaturinha passou diante da porta, Draco agarrou a fronha esfarrapada que lhe servia de roupa e o puxou para dentro do cômodo.
O elfo soltou um guincho de susto e arregalou os olhos. Antes que ele pudesse fazer qualquer outro ruído, Draco tampou sua boca com uma das mãos enquanto o prensava contra a parede.
-Quieto! - apesar da escuridão, o monstrinho podia ver os olhos do loiro faiscarem - Cala a boca ou eu te mato! Onde estão os meus filhos?
Kreacher tinha os olhos arregalados e cheios de medo. Mesmo assim, balançou a cabeça freneticamente num sinal de negação.
-Não brinque comigo, seu bicho idiota! - Draco o apertou mais contra a parede - Não esqueça que eu sou um Malfoy! Me irrite de verdade e você vai desejar que eu te mate!
-Solte-o.
Ele não precisava levantar os olhos para saber quem estava parado na porta. A voz de Lucio Malfoy era algo que ele reconheceria até o fim de seus dias. Draco ainda continuava a apertar o elfo, seus olhos cada vez mais cheios de ódio.
-Eu mandei você soltá-lo - Lucio falou em um tom um pouco mais grave.
-E o que faz você pensar que eu vou obedecer? - Draco levantou a voz e lançou um olhar ameaçador para o pai.
-Continua o mesmo insolente, não é? - o homem deu um sorriso desdenhoso - Você veio atrás de mim, não desse inútil. Deixe-o.
Com os dentes cerrados, Draco atirou o monstrinho em uma das paredes. Tonto, Kreacher cambaleou até a saída e se escondeu atrás do batente.
-Onde estão os meus filhos? - ele tinha a voz controlada, mas estava prestes a explodir.
-Tsc, tsc, tsc - Lucio acendia as velas do cômodo com uma falsa expressão de desapontamento no rosto - Tantos anos sem nos encontrarmos e é assim que você me trata?
-Demonstrações sentimentalistas não combinam com você, pai - ele quase cuspiu a palavra - Nem mesmo quando você as finge.
-Draco, Draco... - ele parou diante do filho - Você acha que é você que eu quero? A sua única participação no meu fabuloso plano foi levar aquelas falsas informações para aquele velho estúpido! E devo dizer que você desempenhou seu papel muito bem.
-Eu sabia que tava tudo muito fácil! - ele deu um meio sorriso - Sinto muito, mas eu vou acabar com o seu fabuloso plano.
-Não me subestime, meu caro - Lucio o olhava fixamente - Desorientar aquele exercitozinho ridículo era, digamos, um bônus. Apenas isso.
-E qual seria o objetivo principal desse seu plano tão espetacular? - Draco imprimia toda a carga de sarcasmo que podia nessas palavras.
-Sabe, filho, - ele o fitara por um momento antes de prosseguir - eu sempre tive vontade de conhecer meus netos. Afinal, eles têm meu sangue e...
-HAHAHA! - uma risada seca e forçada ecoou pelas paredes de pedra - Não me faça rir! Você nunca esqueceria que eles também têm o sangue dos Weasley!
-Você deveria aprender a terminar de ouvir, meu caro - Lucio tinha um sorriso maldoso nos lábios - Como eu dizia, eles têm o meu sangue e o sangue dos Malfoy é muito mais forte do que o daqueles amantes de trouxas nojentos!
-O que você quer dizer? - Draco franziu o cenho.
-Você só me trouxe vergonha, garoto! Já me causou todas as decepções possíveis! Ao menos um neto que honre os bruxos puro-sangue você deve ter me dado. Sinceramente, alimento grandes esperanças de que os gêmeos não herdaram apenas a aparência dos Malfoy.
-Afaste-se deles! - ele trincou os dentes e cerrou os punhos - Eu não vou permitir que você os tire de mim!
-Ora, meu filho - Lucio tinha um falso tom de indignação - Não seja tão cruel!
-Pare de encenar! - Draco começava a se descontrolar - Você nunca vai tocar nem nos gêmeos nem na bebê!
-Não entendo porque você se nega tanto a permitir que eu me aproxime de vocês! - o homem fingia uma profunda tristeza - Será que a sua mulher nunca vai aceitar a nossa família?
-Que merd...
-Oh, Lucio, ele está te maltratando de novo? - a mulher olhava penalizada para dentro da sala tendo os dois loirinhos ao seu lado - Vocês vêem, meus queridos? Como temos sofrido!
-Pai! - um dos garotos se soltou dela e correu para Draco - Pai, que bom que você tá vivo!
-Filho! - Draco se abaixou e abraçou o menino - Você tá bem? Te machucaram?
-Deus! Como você pode pensar que poderíamos fazer algum mal para os meninos? - ela lançou um olhar de indignação a Draco e se virou para o outro loirinho - Por que você não vai abraçar o vovô, meu bem?
O garoto olhou ressabiado para a mulher e caminhou em direção a Lucio. Draco se ergueu e observou a cena atônito. Gabriel mordia o lábio inferior nervosamente enquanto Michael se aproximava do avô.
-Olá - ele disse timidamente.
-Você lembra tanto o seu pai quando criança! - Lucio fingia-se emocionado enquanto abraçava o menino.
-Larga o meu filho! - Draco, exasperado, puxou Michael pela mão, fazendo-o se soltar do avô.
-Pai, por que você tá fazendo isso? - o loirinho o encarou com os olhos marejados.
-Isso o quê? - ele olhou admirado para o filho.
-Isso! Por que você não deixa a gente chegar perto do vovô?
-Michael, pára com isso! - o outro garoto olhava desesperado para o irmão.
-Não, eu não vou parar! - ele olhou suplicante para o pai - Me explica por que a gente nunca soube que tinha um avô, que tinha outra família além da família da mamãe!
Draco encarava o garoto. Nunca imaginara que algum deles poderia lhe fazer uma pergunta como essa. Lucio e aquela mulher estavam conseguindo manipular o pequeno. Ele não podia permitir, não deixaria que seu filho tivesse o destino do qual ele fugira. Mas, ao mesmo tempo, como explicar a uma criança de sete anos que o avô, uma pessoa que teoricamente deveria amá-la e protegê-la, era um monstro que até tentara matá-la?
-Michael, existem certas coisas que você ainda não consegue entender, mas eu prometo que assim que você tiver idade suficiente...
-Não! - o garoto gritou e se afastou dele - Eu não acredito em você! Você mentiu pro Gabriel, disse que a sua família tinha morrido! Por que você e a mamãe fizeram isso com a gente?
Lucio se aproximou do menino e passou o braço sobre seu ombro. Michael começou a chorar abraçado à cintura do avô. Draco olhava desesperado para o filho. Tinha que fazer alguma coisa! Iria tirar os garotos dali, nem que tivesse que arrastá-los para fora da mansão.
-Já chega, Michael! - Draco resolveu que era hora de usar sua autoridade de pai - Vamos pra casa agora!
-Ninguém vai tirar o meu neto daqui se ele não quiser ir! - Lucio colocara o menino atrás de si e encarava o filho ameaçadoramente.
-Saia da minha frente ou eu acabo com você! - Draco gritou enquanto apertava a varinha na mão.
-Ora, acalme-se, meu sobrinho - a mulher, que até então só observava, disse calmamente - Não aceitaria tomar um chá?
Draco sentiu seu sangue gelar. Lentamente, virou-se e encarou os olhos brilhantes e o sorriso maldoso de sua tia, Bellatrix Lestrange. Não, não podia ser! Ele estava enganado, tinha que estar. Não podiam ser a mesma pessoa, ele teria reconhecido.
-O que você disse?
-Gostou da surpresa de Natal, meu caro? - ela perguntou enquanto tirava a varinha das veste.
Murmurando palavras ininteligíveis, Bellatrix acenou com a varinha sobre sua própria cabeça. Faíscas azuis começaram a surgir e rodear o corpo dela. Quando as centelhas se dissiparam, não foi a mulher de cabelos longos e vestes pretas que Draco viu, mas sim uma velha senhora vestida elegantemente.
-Era você! - ele olhava estupefato para ela - Era você a mulher no Beco Diagonal!
-Como vê, filho, - Lucio falava calmamente - é realmente um plano fabuloso!
-Michael, deixa de ser babaca, vamos embora daqui! - mesmo sem entender o que estava acontecendo, Gabriel se virou nervosamente para o irmão.
-Cale a boca, garoto! - Lucio disse exasperado - Bem se vê que é um fraco! Será um desgosto para os Malfoy, exatamente como o seu pai!
Perdendo totalmente sua pose controlada, Lucio puxou a varinha e apontou para Gabriel. Com uma risada insana, ele gritou "Crucio". O loirinho caiu no chão se contorcendo de dor. Draco saltou sobre o pai e o derrubou. Sem as varinhas, que tinham caído, eles começaram a lutar no braço.
Michael correu para o irmão. Gabriel continuava deitado e gemia. Apesar do pouco tempo em que fora submetido à Maldição Cruciatus, o loirinho tinha o rosto suando, a boca sem cor e as mãos geladas.
-Gabriel, fala comigo! - Michael olhava desesperado para ele - Diz que você tá legal, por favor!
-Ai, tá doendo! - ele disse com a voz baixa.
Bellatrix, ainda com sua aparência modificada, pegou as varinhas de Draco e Lucio e agora vinha na direção dos meninos. Sem saber o que fazer, Michael arrastou o irmão para perto da parede e o colocou encostado. Sentia-se culpado por tudo aquilo que estava acontecendo. Insistiu em ir até aquele lugar, brigou com o irmão para seguirem o elfo, acreditou nas palavras daquela mulher. Se alguém tinha que se dar mal, esse alguém era ele.
Percebendo que os garotos estavam encurralados, Draco, que já tinha um fio de sangue saindo de sua boca, tentava desesperadamente se livrar do pai. Mas Lucio, que também já tinha visto Bellatrix se aproximando ameaçadoramente dos gêmeos, fazia de tudo para não permitir. Draco tombou para o lado depois de receber um soco no queixo e conseguiu ver quando Michael se colocou na frente do irmão.
-Deixe a tia Bella passar, querido - ela disse docemente para o menino.
-Você não vai chegar perto dele! - Michael gritou para ela.
-Mas eu só quero ajudar, meu bem!
-Você é uma mentirosa! Você não quer ajudar, vai machucá-lo! - lágrimas escorriam pelo seu rosto, mas ele continuava decidido a proteger o irmão - Eu não vou deixar você me enganar de novo!
-Olha aqui, pirralho, ou você sai da minha frente ou eu acabo com você e com o seu adorado irmãozinho de uma vez só! - ela olhava cheia de raiva para o garoto.
-Michael, sai da frente! - Gabriel, que já estava se recuperando, disse quase que suplicando.
-Eu não vou sair!
-Já que é assim, que tal brincarmos um pouquinho?
Os olhos dela ganharam um brilho tresloucado enquanto ela erguia a varinha. Michael fechou os olhos esperando pelo que estava por vir, mas não sentiu nada. Apenas ouviu o baque de um corpo caindo e seu irmão gritando.
-Pai!
Draco estava no chão à sua frente, os olhos fechados e o rosto machucado pela briga. Michael se abaixou diante do pai e Gabriel se arrastou até os dois.
-Não! Pai!
-Papai, acorda, por favor!
-Que cena comovente! - Bellatrix ria descontroladamente - Só o idiota do meu sobrinho para fazer isso!
Mas o sorriso insano que ela tinha desapareceu de seu rosto. Lucio, com a testa ensangüentada e tentando se levantar com dificuldade, a olhou alarmado. Kreacher, que assistia a tudo da porta, voltou-se aterrorizado em direção ao começo daquele corredor. Ouviam passos apressados.
-Lucio, tem alguém vindo! - Bellatrix disse numa voz esgasniçada - Eu estou escutando! Vamos sair daqui!
Sem perder mais tempo, ela ajudou o homem a se levantar e saiu apressada da sala. Kreacher os seguiu enquanto desapareciam pelos corredores escuros das masmorras da mansão Malfoy. Quando Dumbledore e os outros chegaram só encontraram os gêmeos chorando sobre o corpo inerte de Draco.
N/A: HAH! Acho q por essa ninguém esperava! Eu sou muito má, naum eh? HEHEHEHE. Bom, gente, naum sei se consegui passar toda a tensão que eu queria, mas espero que vocês tenham gostado. Apesar da grande revelação desse capitulo, pode ser que vocês ainda naum tenham entendido tudo (ou ficaram mais confusos do que já tavam). Calma, galera, na próxima atualização eu vou esclarecer as coisas. Acho q vocês já perceberam que a fic já tah na reta final. Eu pretendo fazer mais dois capítulos e um epílogo. Eu tinha dito que precisava terminar ateh o carnaval, mas tô achando que naum vou conseguir. De qualquer forma, prometo q no máximo ateh o fim da primeira semana de março a fic vai tah completa.
N/A 2: E aí, galera, q acharam dos gêmeos? Eu disse q as diferenças entre eles iam ser muito importantes nesse capitulo. Mas, por favor, naum fiquem com raiva do Michael! Ele soh eh mais parecido com o Draco do que o Gabriel! Naum façam como a minha irmã, q disse q ele eh um monte de bosta de dragão. Tadinho! Falando no Draco, será q eu matei ele? HEHEHEHE!!!! Eu realmente sou muito má!
N/A 3: Eu tentei responder algumas reviews e mandar a capa da fic pra tudo mundo q me pediu. Sei q deixei algumas pessoas pra trás, mas, por favor, me perdoem! Eu realmente tô tentando usar todo o tempo que eu tenho no PC na conclusão da fic. Naum fiquem muito bravos, por favor! Assim que eu puder, vou agradecer a todo mundo. Naum deixem de me escrever, PLEASE!!!!!! Podem deixar recadinhos, mandar e-mails, colocar mensagens no meu icq. Pra mim, a opinião de vcs eh essencial! Bom, acho q eh soh! Muitos beijos e ateh a próxima! Ah, e soh pra naum esquecer, EU ODEIO O KREACHER E A BELLATRIX!!!!
