Capítulo 7: Críquete com a Rainha

Heero estava num lindo jardim com vários tipos de flores. Ele não estava sozinho, havia três jardineiros trabalhando muito duro, porém eles não era homens e sim os soldados da OZ vestidos como cartas de um baralho

Eles estavam pintando de vermelho, rosas brancas. Heero estava inquieto sobre este fato.

- Com licença, por que vocês estão pintando essas rosas de vermelho?

Os jardineiros olharam embaraçados – Bem – respondeu o soldado vestido de dois de espadas com uma voz devagar – Isso deveria ser uma árvore de rosas vermelhas, porém .....

- Bem, você vê, nós pusemos uma árvore de rosas brancas no lugar – completou o soldado cinco de espadas.

- Foi um engano – terminou o sete de espadas – e se a rainha descobre isso, ela cortará nossas cabeças.

- Cortar suas cabeças?- repetiu Heero surpreso.

- Olhe, a Rainha! A Rainha! – gritou o soldado cinco e os três se curvaram diante dela.

Heero olhou em volta e viu um grande grupo de pessoas. Eles estavam todos vestidos como cartas, andando pelo jardim. Havia soldados vestido de paus, cortesões como cartas de ouro e crianças reais como cartas de copas.

No meio das pessoas ele viu Duo Maxwell vestido de coelho e ao seu lado estava o Duque Dermail vestido como o valete de copas.

Atrás de ambos estavam o Rei e a Rainha de Copas.

De repente todos pararam, A Rainha olhou para Heero e perguntou – Qual o seu nome?

Heero observou bem a rainha e levou tamanho susto quando descobriu que ela era Lady Une – Heero, Heero Yuy – respondeu.

- E o que é isto? – perguntou Une apontando para os três soldados.

- Não me pergunte isto. Como eu vou saber – Disse Heero um pouco rude para com a Rainha.

Une olhou para ele. Ela estava muito zangada e ordenou – Corte a cabeça dele.

O Rei tentou acalma - la – Não fique tão zangada, minha querida. Ele é apenas uma criança. (Heero, uma criança?!)

- Eu quero olhar suas faces. Agora! ..... Levantem-se! ..... O que! Rosas Brancas! Eu quero rosas vermelhas, não brancas!! Cortem as cabeças deles – ordenou a rainha raivosa.

Os jardineiros estavam muito amedrontados e pediram ajuda a Heero – Heero! Heero! Nos ajude!

Venha aqui – disse Heero e ele colocou os três jardineiros atrás de uma cerca viva. – Se escondam.

- Cortaram as cabeças deles? – inquiriu Une.

- Certamente Sua Majestade – responderam os soldados.

- Ótimo! Vamos jogar críquete! – disse a rainha - Você pode jogar críquete, meu caro?

- É claro - respondeu Heero

- Vão para seus lugares – ordenou Une

Os jogadores saíram do campo de vista de Heero e ele pensou – Devem ter ido a quilômetros de distância – Mas quando se deu conta, todos eles estavam voltando, pilotando Mobile Suits Tauro e Leão. Como bola os jogadores usavam várias das minas explosivas que serviam como apoio, ao menos pelo que Heero sabia.

- Estranho – pensou Heero – de onde eu vim, Mobile Suits são usados para guerra e tacos e bolas são usados para se jogar críquete. Aqui realmente todo mundo é louco.

Heero subiu em um Mobile Suit, ou melhor em seu Gundam e começou a agir como os outros jogadores, que não prestavam atenção nos movimentos dos outros e jogavam de forma aleatória, sem qualquer regra aparente. Vários deles gritavam que marcaram ponto quando uma das muitas minas acertavam os outros e explodiam tinta.

- Ninguém seguia as regras e Lady Une estava muito zangada – pensou Heero corretamente ao ouvir - la gritando.

- Cortem a cabeça dele! Cortem a cabeça dele! – Ordenava ela, em referência à Heero.

- Pobre de mim – Heero continuava pensando – Tenho que aturar uma maluca que gosta de cortar as cabeças das pessoas. O que eu poderei fazer quanto a isso.... Talvez explodir tudo e sair fora, quem sabe – ponderava.

Heero olhou ao redor e viu Risonho.... primeiro seu sorriso, depois seus olhos, patas, rabo......

- Como você está, meu caro? – perguntou Wufei

- Bem, você pode ver. Eu não gosto deste jogo. Ninguém pode jogar. Ninguém nunca se entende e estão sempre discutindo em altos sons. – replicou Heero, após descer de seu Gundam, quando viu que muitos outros também faziam isso.

- Eu vejo – disse Wufei – e você gosta da Rainha?

- Não! – disse Heero abaixando a voz já que Une estava passando próximo a ele e sorrindo – Eu não acho que exista uma rainha como ela.

O rei viu Heero conversando com a cabeça do gato, já que o resto havia desaparecido e perguntou – Com quem você está falando?

- Com um "amigo" meu, Wufei, - disse Heero, logo após se dar conta que estava falando com Treize Kushrenada

- Não me olhe assim – disse Treize.

- Wufei não pode olha-lo, ele está lendo um livro – informou Heero ao constatar que ele estava com um livro no lugar onde deveriam estar as mãos invisíveis..

Treize olhou para ele furioso.- Minha querida - chamou ele.

- Sim, meu querido? – perguntou Une

- Este gato deve ir embora – disse o Rei com uma voz firme.

- Mais é claro meu querido, cortem a cabeça dele! – ordenou a Rainha

Todo mundo cercou Wufei, um soldado disse – Não se pode cortar a cabeça dele. Não existe corpo para cortar a cabeça fora.

Treize não gostou – Se existe uma cabeça, você pode cortá-la fora. – ele insistiu.

- Eu cortarei suas cabeças se você não cortarem a cabeça dele imediatamente – ameaçou Une.

- Você deve falar com Sally. É o gato dela – informou Heero

- A Duquesa está na prisão porque ela cortou meus brincos. Você não sabia? – disse Une e depois ordenou – Tragam ela aqui!

Os soldados obedeceram a ordem da Rainha e se foram. Junto com eles, a cabeça de Wufei também foi sumindo. Os olhos, os lábios, as orelhas, o nariz e por último, o sorriso...

Repentinamente alguém começou a gritar distante – O julgamento começou! O Julgamento começou!

- O julgamento de quem? – perguntou Heero.

Porém ninguém respondeu, porque todos estavam saindo.