Capitulo 5
O Novo Amor N/A: este é o maior capítulo de toda a fic e portanto demorou um pouco + para a actualizar. Obrigado pela compreensão. Acompanhem a fic e comentem.

Agora que estava devidamente instalada no seu novo apartamento, tinha de mudar outros aspectos da sua vida como o por exemplo o seu visual, que se mantinha o mesmo desde que saíra da escola. Era uma manhã de sábado e Gina acordou disposta a mudar o seu visual. Saiu de casa cedo e foi até a um centro de beleza perto da sua casa. Foi atendida por uma rapariga simpática que lhe indicou uma cadeira para se sentar enquanto esperava.

-Então Srta já decidiu o que fazer? – perguntou a mesma rapariga simpática cerca de meia hora depois. -Eu estava a pensar em cortar o cabelo, não muito. Quero-o escadeado e com menos 15, não 20 centímetros. -O seu desejo é uma ordem – disse a jovem sorridente.

Depois de três horas de tratamento de beleza, Virgínia saiu do salão em direcção às várias lojas de roupa existentes na cidade. Entrou numa loja de roupa, a fim de renovar o seu guarda-roupa. Estava farta de usar sempre o mesmo género de roupas, e de nunca repararem nela. Experimentou vários tipos de saias calças, camisas, camisolas, casacos, tops entre outros tipos de vestuário. Aos a sua saída da loja, carregada de sacos, dirigiu-se a uma sapataria para aí escolher novo calçado. Voltou ao seu apartamento no final da tarde, completamente estafada, mas muito mais feliz.

.....

Já estava devidamente vestida e pronta para sair. Havia um almoço Weasley, para comemorar o aniversário de Percy. Ainda lhe faltava comprar o presente para o seu irmão, e por isso desceu as escadas a corre para não se atrasar, porém foi parada à saída do prédio.

-Bom dia Gina.
-Ah.. bom dia Hugh...
-Estás muito bonita hoje.
-Obrigado.
-Já tens companhia para o almoço?
-Bem, por acaso já... e estou um pouco atrasada...
-E estás disponível esta noite?
-Estou.
-Então encontro-te aqui às 19.30, pode ser?
-Sim... adeus então... -despediu-se saindo do edifício em busca de uma prenda para seu irmão.

Quando entrou na Toca, toda a agitação existente cessou. Ela havia conseguido atrair todas as atenções para si mesma, que não eram poucas, além dos seus seis irmãos e das suas acompanhantes havia ainda os seus pais e Harry, que a observavam atentamente.

-Filha o que é que te aconteceu?
-Nada mãe, mas porquê a pergunta?
-Porque estás diferente.... Muito diferente.

Era verdade, quem não conhecesse bem Virgínia não a reconheceria. O seu cabelo estava agora mais curto e muito liso, conferindo ao rosto um enquadramento bastante diferente. Usava umas calças de cabedal pretas muito justas, um casaco de cabedal e umas botas igualmente pretas, assim como um topo vermelho, que combinava com o tom dos seus cabelos.
Depois do comentário da mãe foi a vez dos gémeos se pronunciarem.

-Então maninha isso é para agradar alguém em especial? – Perguntou Fred Fazendo a ruiva rodar em torno de si mesma.
-Sim, alguém conhecido? – Continuou George repetindo o procedimento do irmão.
-Não comecem....

O único que ainda não se tinha pronunciado era Harry, que parecia hipnotizado, completamente embasbacado.

-Então Harry o que é que achas? – perguntou Ron Dando uma cotovelada no amigo.
-...Ahn... eu bem quer dizer... - disse muito corado assim que saiu do "transe" - ...eu acho que estás muito gira – concluiu voltado para Gina.
-Obrigado Harry –disse sentando-se à mesa, ao lado deste –Toma Percy – disse passando-lhe um pequeno embrulho – Parabéns
-Obrigado Gina.

Depois do almoço, que decorreu sem quaisquer problemas, dirigiram-se para a sala.

-Gina, posso falar contigo?
-Claro Harry, o que foi?
-Vamos até ao jardim.

Caminharam lado a lado, em silencio, até ao exterior da casa.

-Bem....Gina...tuqueressaircomigo?
-O quê? Podes repetir?
-Queres sair comigo? Se não quiseres eu entendo....
-Está bem.
-A... a sério? Pode ser esta noite?
-Esta noite não dá, já tenho um compromisso.
-Pois, eu já devia saber...
-Mas se quiseres podes ir à minha casa amanhã à tarde.
-Está bem... só um pormenor... eu não sei onde é a tua casa...
-Não faz mal, vai ter comigo ao ministério.
-A que horas é que te dá jeito?
-Ás seis está bom.
-Ok.

Ela sorriu e pegou na mão dele encaminhando-se para casa. Despediu-se da família e voltou para o seu apartamento, para se arranjar para o encontro com Hugh.

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Ele estava ansioso para que chegasse a segunda-feira. Não sabia porquê mas ansiou por isso todo o fim-de-semana. Na realidade ele sabia o motivo mas não queria admitir que o que o fazia desesperar por segunda- feira tinha perto de um metro e setenta, olhos castanhos e longos cabelos ruivos

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Eram 19:15 e ela já estava pronta. Usava uma camisola fininha de gola alta, combinada com uma outra vermelha com o decote em bico, uma saia curtinha de ganga e uns ténis vermelhos – porque depois de andar todo o dia de botas os seus pés doíam bastante.
Fez um feitiço no cabelo para que ele ficasse totalmente liso e fez outro para se maquiar levemente, vestiu o casaco e saiu do apartamento. Desceu as escadas sem pressa e encontrou Hugh à sua espera.
Era a primeira vez que olhava realmente para o rapaz. Ele era jovem no máximo dois anos mais velho do que ela, loiro e tinha os olhos de um tom verde invulgar, e agora que reparava nele concluiu que tinha um sorriso lindo. Quando ela se aproximou ele estendeu-lhe o braço, que ela prontamente entrelaçou no seu.

-Vamos? – Perguntou num sorriso

Ela assentiu com a cabeça e sorriu despreocupadamente, como já não sorria à tempos. A noite foi bastante agradável, foram jantar a um restaurante simples e conversaram sobre os mais variados assuntos. A ruiva estava a divertir-se imenso e a companhia de Hugh fazia-lhe bem. Depois de jantar foram ao cinema ver uma comédia. Quando saíram do cinema Hugh segurou a mão de Virgínia e encaminhou-se para um jardim ali perto. Sentaram-se num banco a observar as estrelas, pouco tempo depois Hugh passou um dos braços por cima dos ombros da ruiva, e esta, numa tentativa de se por mais confortável, aconchegou-se nos braços dele, apoiou a cabeça no peito dele e cerrou os olhos enquanto o rapaz acariciava os cabelos ruivos, permanecendo em silencio para aproveitar a companhia um do outro.

-Já é tarde – murmurou Gina quebrando o silêncio. -Tens razão, é melhor irmos para casa – disse erguendo-se.

Seguiram em silêncio, de mãos dadas, até ao prédio onde moravam. Ela sentia- se estranhamente bem perto dele, não sabendo explicar o facto de ter tanta confiança num homem que conhecia à tão pouco tempo. Entraram no edifício e o rapaz acompanhou a ruiva até ao segundo andar.

-Foi uma noite maravilhosa.
-Sim...bem...tenho de entrar...já é bastante tarde e tenho de trabalhar amanhã cedo.

A ruiva encontrava-se encostada ao vão da porta e Hugh à frente desta. Ele aproximou-se perigosamente da ruiva e só parou quando meros milímetros os separavam.

-Boa noite – murmurou-lhe ao ouvido fazendo-a arrepiar. Beijou-lhe os lábios levemente e em seguida desceu as escadas.
Virgínia entrou no apartamento um pouco atordoada. ----- // -----

Draco parecia uma criança na manhã de Natal, a sua ansiedade era tanta que voltou a casa três vezes antes de se dirigir definitivamente ao trabalho.
Estava muito bem-humorado, fazendo com que todo o pessoal do Profeta Diário desconfiasse, afinal Draco Malfoy é sinónimo de mau humor.

-Sr. Malfoy está tudo bem? – Perguntou Maggie preocupada.
-É claro que está tudo bem. Por falar nisso, está muito bonita hoje! – Disse a sorrir.

Entrou na sua sala deixando para trás uma mulher pasmada, de boca aberta no meio do corredor.

-Draco, qual o motivo de tanta alegria? -Nada Mike, hoje acordei de bom humor. -De bom humor? Mas isso é histórico! Agora a sério, o que aconteceu? Já te esqueceste que tens de ir trabalhar com a Weasley esta tarde?

Draco uma postura um pouco mais séria mas nem por isso deixou de sorrir.

-É ela, não é? -É ela o quê? -A Weasley.... -Tu estás parvo ou quê? Eu sou um Malfoy! Ainda tenho nível! – disse num tom alterado, voltando ao seu estado de felicidade profunda logo em seguida.
-Ok... vou fingir que acredito – disse já do lado de fora da sala - ... e vê se paras de rir assim, parece que estás apaixonado.

Draco respondeu atirando um pisa-papéis que atingiu a porta instante em que ela se fechou.

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Nessa manhã Virgínia andava a pisar nas nuvens, sentia-se bastante feliz com a sua nova vida, passara uma noite maravilhosa e passaria a tarde na companhia de Harry, ou pelo menos ela achava que a sua felicidade se limitava a isso. Estava completamente abstraída da realidade e desligada do que a rodeava.

-Gina! ... Gina! ... Gina! – Chamou Kim – Gina estou a falar contigo! Estás a ouvir?
-Ahm... Kim.... Disseste alguma coisa?
-Não que ideia, estou aqui a chamar-te à cinco minutos.
-Desculpa, é que eu hoje estou um pouco distraída.
-Um pouco... e por acaso essa distracção tem nome?
-Nenhum em especial....
-Sei... Olha não te esqueças da reunião com o Malfoy, hoje às 16:00.
-Ok... – respondeu distante.
-Estas mesmo estranha, nem sequer reclamaste da reunião de hoje.

A ruiva sorriu e dirigiu-se à sua sala.
Não deu pelo passar da horas, principalmente depois do almoço. Estava bastante feliz e decidiu partilhar a sua felicidade com alguém e então lembrou-se do seu "amigo".

"D

Sinto que a minha não pode estar melhor, durante muito tempo pensei que a minha vida não poderia mudar por falta de vontade ou coragem, mas agora que isso aconteceu começo a sentir o que é a verdadeira felicidade, estranho que isso só aconteceu depois de mudar de casa e de visual mas de qualquer maneira sinto-me feliz.

À espera de uma resposta

Beijos

G"

Enviou o e-mail e levantou-se da cadeira. Rodeou a secretária, sentou-se em cima desta, voltada para a janela. Sentiu um toque suave no ombro e assustou-se. Levantou-se de rompante voltando-se para o causador de tamanho susto. O loiro observa Gina, percorrendo todo o seu corpo com aquele olhar, normalmente inexpressivo, mas que naquele momento sustentava o brilho invulgar. Olharam fixamente um para o outro, a ruiva numa expressão de espanto e ele sorrindo de uma forma, um tanto ou quanto, estranha.

-Malfoy... Malfoy... Draco... - Chamou passando a mão em frente do rosto do loiro. -Ahn... O quê? – Ficou confuso por um momento mas logo se recompôs – Vamos trabalhar Weasley! – Ordenou no tom mais frio que um Malfoy poderia utilizar. -Ok... vamos – respondeu levemente amuada.

Trabalharam durante bastante tempo sem interrupções, sem provocações ou comentários, apenas aqueles olhares intensos que causavam arrepios na ruiva. Draco fez a ultima pergunta do dia e depois de anotar a resposta fixou a ruiva, esta, por sua vez, encarou o loiro com um sorriso nos lábios. Ficaram assim, hipnotizado um pelo outro, durante vários minutos quebrando apenas o contacto visual quando pestanejavam. Então ouviram um som proveniente da porta, voltaram-se e deram de caras com Harry Potter.

-Ora, ora, se não é o Santo Potter! A que se deve a honra da sua visita? - Sorriu ironicamente. -Isso pergunto eu Malfoy, ou não eras tu que tinhas alergia a Weasleys? – Perguntou num sorriso mais irónico que o do loiro. -Correcção! Eu não era alérgico aos Weasleys, eu SOU alérgico aos Weasleys, mas também sei abrir excepções. -Vocês os dois podem parar? – Perguntou a ruiva visivelmente irritada, que até então se mantinha em silêncio. – Bem Harry, eu já acabei, podemos ir. – Completou num tom mais doce.
-Que romântico, o Potter veio buscar a namoradinha ao trabalho – provocou Malfoy.
-Cala a boca Malfoy! – Gritaram os outros dois ao mesmo tempo.
-Ok, Ok Weasley – disse voltando-se para Virgínia - na quinta feira à mesma hora.
-Tudo bem Dra... Malfoy – corrigiu.

Ele desaparatou-se deixando a ruiva e Harry a sós.
-Vamos? – Perguntou o moreno, esticando-lhe o braço.
-Só se for agora.

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"O Potter, sempre o Santo Potter"

Draco estava furioso, Harry tinha conseguido acabar mais uma vez com o seu bom humor. Apesar de ele não ter demonstrado isso na altura, agora estava prestes a explodir, com todos os sentimentos, que foram reprimidos por anos, à flor da pele.

"Ele vai ver só! OU eu não me chamo Draco Malfoy!"

O loiro estava completamente descontrolado, sem ao menos se dar conta que o motivo era Virgínia.

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O final da tarde com Harry foi bastante agradável, mas assim que ele foi embora a ruiva voltou a pensar no assunto que tentara evitar durante toda a tarde. Se ela já pensava no loiro antes, então depois daquela tarde, os motivos eram bem maiores. Tudo o que tinha acontecido era bastante estranho, muito estranho mesmo.

"Desde quando é que um Malfoy olha para uma Weasley daquela maneira?"

Sempre que fechava os olhos lembrava-se daqueles olhos cinzentos a observarem-na dos pés à cabeça e daquele sorriso indecifrável. Só conseguia pensar nele, na sua voz irritantemente arrastada, no seu perfume maravilhoso, no seu olhar e no seu sorriso. Tudo o que mais queria naquele momento era poder tê-lo ali, senti-lo de encontro ao seu corpo.

"Gina! Ele é um Malfoy! Tu não podes seque pensar em pensar nele! Não! Não! Não! Isto é errado, ele é um Malfoy!"

-Um Malfoy – repetiu em voz alta ----- // -----

A quinta-feira chegou depressa mas não trouxe consigo nenhuma novidade. Na hora combinada lá estava Draco à porta do escritório da ruiva. Bateu à porta e esperou por uma resposta. Assim que a obteve entrou na sala e sentou-se na cadeira que ficava de frente para a de Virgínia.

-Vamos trabalhar Weasley.
-Boa tarde para ti também – disse levemente amuada
-Boa tarde, Agora que já estas feliz vamos trabalhar – disse ainda mais frio que anteriormente.
-Mau humor... - murmurou a ruiva, alto o suficiente para que o rapaz ouvisse.
-Mau humor? Não queiras ver um Malfoy de mau humor – resmungou
-Bem...na segunda-feira foi melhor....
-Onde é que tínhamos ficado? – Perguntou mudando de assunto.

"Entre os olhares intensos..." – lembrou-se Gina.
-Não sei.....

......

Trabalharam durante duas horas sem que se desviassem do que estavam a fazer. Ambos tentavam ao máximo evitar o olhar do outro, para que não acontecesse uma cena como da ultima vez que estiveram próximos.

-Por hoje é tudo – disse concluindo a reunião.
-Então até para a semana, terça está bom?
-Por mim tudo bem Weasley.
-Gina.
-O quê?
-Trata-me por Gina.
-Vou pensar no teu caso, Weasley – disse desapartando-se.

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Fazia bastante tempo desde a última vez que tinha consultado a sua caixa de correio electrónico. Assim que chegou a casa ligou o computador e verificou os seus e-mails, procurando algo importante, que por fim encontrou, um mail da rapariga misteriosa. Leu-o atentamente e ficou a pensar numa resposta.

"G

Fico feliz por ti, pelo menos um de nós sabe o verdadeiro significado da expressão "vencer na vida", pois quando penso que as coisas já estão más o suficiente acontece sempre algo pior.
Pensei muito na minha situação e cheguei a uma conclusão, a de que eu nunca fui feliz. Claro que como todo o mundo, eu já tive os meus momentos de felicidade mas acho que isso não chega.
Não consigo entender o poder que tu exerces em mim, obrigando- me a confiar em ti como nunca confiei em ninguém. Só a ti consigo expressar os meus sentimentos sem quaisquer receios, e por isso tenho uma proposta a fazer-te: que tal nos encontrarmos?

Responde sem pressas

Com carinho

D"

Carregou no botão enviar antes que o arrependimento chegasse.

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Tinha combinado um encontro com Hugh, um dos muitos que haviam ocorrido desde o "dia da mudança". O relacionamento deles tinha evoluído significativamente, era uma espécie de namoro, alimentado pelas semelhanças entre os dois. Hugh era bastante carinhoso e respeitador, fazendo tudo parecer um sonho cor-de-rosa e Virgínia sentia-se muito bem com ele.
Nessa tarde tinham marcado na Florean Fortescue, para comer um gelado e em seguida irem ao parque para um passeio.

----- //----- Fim do 5º Capítulo ----- // -----