O "quarto" do hotel era uma mansão. Tinha uma sala enorme, decorada com sofás de muito bom gosto, uma mesinha de mogno que brilhava de tão limpa que estava e um lustre magnífico no teto. Havia também uma reluzente estante com um objeto prateado que Gina reconheceu, graças ao seu pai que havia levado uma dessas à Toca há muito tempo atrás, como sendo uma televisão. Mas esta era muito maior do que a que vira, e aparentemente muito mais cara.
Havia também uma chique mesa de jantar e um barzinho com várias taças de cristal, vinhos, whiskys... Tudo em mogno.
Draco, percebendo a surpresa estampada na face da ruiva, deu um sorriso divertido.
- Por que é que está com essa cara, Virgínia? Nunca viu nada tão chique? – alfinetou. E quando ela o olhou com desprezo, acrescentou. – É claro que não chega nem perto da Mansão Malfoy, mas foi o melhor que consegui.
Gina decidiu ignorá-lo e entrou mais, chegando ao banheiro. Este continha uma enorme banheira incrivelmente branca, além de um vaso sanitário e uma pia, é claro. Era tudo maravilhoso... só tinha um único problema...
- MALFOY!!! – Gina gritou de dentro do quarto.
Em um segundo, Draco estava dentro do quarto também, olhando-a com a testa franzida.
- O que foi agora? – retrucou.
- Por que é que só tem um quarto nesta porcaria? – ela parecia furiosa. "É claro que ele vai dormir na sala!".
Draco deu uma olhada no local em que se encontrava. Havia uma enorme e esplêndida cama de casal, uma penteadeira e um imenso guarda-roupa.
- B-bem – balbuciou, procurando palavras, - a cama é grande, não é? Dá para umas quatro pessoas dormirem nela!
- Mas somente EU vou dormir nela. Você vai dormir no sofá!
- Ora, Gina, já dormimos juntos antes...
Gina ficou vermelha dos pés à cabeça. Parecia um pimentão e estava furiosa.
- Mas isso NUNCA mais vai acontecer, Malfoy! – gritou, alterada. – E não me chame de Gina, você não tem esse direito!
- Ah, Virgínia, me dá um tempo! – retrucou, impaciente. "Por que é que as mulheres são tão frescas?!". – Foi o seu chefe que alugou o quarto, você sabe que eu não poderia fazê-lo. Se soubesse, certamente alugaria um de dois quartos. Você acha que eu não saberia que você iria dar um de seus showzinhos? Eu te conheço muito bem!
- Não, não conhece! Eu mudei muito, Malfoy. E em grande parte, por sua causa!
Draco fez uma expressão confusa.
- Porquê por minha causa?
- Porque depois que você me traiu eu aprendi a não ser uma menininha boba e frágil que as pessoas poderiam facilmente enganar.
- Então acho que você deveria me agradecer, não é? – murmurou cinicamente, o que irritou ainda mais a ruiva. – E além do mais, te ensinei muitas outras coisas. Afinal, você traiu o Randall e feriu os nobres sentimentos do Potter...
O que aconteceu em seguida foi muito rápido. Draco só sentiu um estalo e sua bochecha esquerda ardendo muito. Gina havia lhe dado um tapa na cara.
- Você não vale nada, Malfoy – sussurrou, antes de sair do quarto, entrar no banheiro e bater a porta, trancando-a em seguida.
Escorregou até o chão frio do banheiro. As lágrimas saíam descontroladamente de seus olhos.
Antes achava que seria muito difícil ter que reencontrar Draco e conviver com ele, mas no primeiro momento em que o vira sentado naquela poltrona em sua sala percebera que não seria difícil, seria impossível. Ela guardava muita mágoa dele, mas ao mesmo tempo tinha um imenso desejo de beijá-lo e abraçá-lo e dizer que apesar de tudo, ainda o amava muito. Mas é claro que não podia, não depois de tudo o que ele fizera e dissera.
i Onde é que ele se metera? Justo agora que finalmente o namoro se tornara público e eles poderiam namorar na frente de todos, ele desaparecia! Namoravam escondidos desde seu 5º ano e 6º dele, e só agora haviam assumido.
Ela ergueu seu vestido azul petróleo até um pouco acima do tornozelo e pôs-se a andar pelos jardins de Hogwarts, procurando-o. Andou até àfrente do lago, que se parecia com um espelho nessa época do ano: Junho.
Aquele seria o último dia que teriam para ficarem juntos, antes de entrarem no Expresso de Hogwarts e irem para suas casas. Ela ainda teria mais um ano de estudos pela frente, mas aquele seria o último ano dele. Sendo assim, só tinham esse Baile de Setimanistas para se despedirem e começarem uma vida nova. Ainda juntos, como ela esperava, mas mesmo assim seria diferente.
A garota começou então a andar em volta do lago. Sem perceber, ela se desviou do rumo e caminhou até perto de um conjunto de árvores, onde eles costumavam se encontrar. Foi quando ela viu.
Colocou as mãos sobre a boca, horrorizada.
Parecendo sentir a presença de mais alguém ali, ele abriu seus lindos olhos cinzentos e se deparou com os olhos castanhos da namorada a fitá-lo, muitos sentimentos reunidos naquele olhar.
Então ela virou-se, seus cabelos vermelhos cuidadosamente encaracolados por um feitiço esvoaçando, e começou a correr.
Ele largou a garota que estava beijando e sem hesitar, saiu correndo atrás da ruiva.
- Gina, espera!
Ela corria o mais rápido que podia. Mas ele era mais rápido e logo a alcançou, pegando em seu braço e virando-a, parecendo desesperado.
- Gina, eu posso explicar...
Gina mantinha sua face horrorizada, agora misturada com outra coisa: fúria.
- Não, Draco, não pode explicar nada! Eu vi o suficiente para entender!
Ela sentia tantas coisas ao mesmo tempo. Sentia-se traída, magoada, enojada... Não agüentaria muito tempo a segurar as lágrimas.
- Olha, eu vi você dançando com o Potter e fiquei furioso. Então sua amiga disse que você o havia beijado e...
- É claro que não o beijei, você sabe muito bem que eu não faria isso! – ela interrompeu, com desprezo. – Não tente arranjar desculpas esfarrapadas, Draco Malfoy, isso não vai aliviar sua culpa.
A expressão do loiro era ilegível.
- Gina, por favor, você precisa entender que eu não tinha a intenção...
Mas ela o interrompeu novamente.
- Claro que tinha! Você não vai me enganar!
- Gina...
- Não, Malfoy – doeu-lhe ouvi-la chamando-o pelo sobrenome, - eu não quero saber. Acabou – uma lágrima saiu de um de seus olhos. – Eu não quero te ver nunca mais – mais lágrimas rolaram em seu rosto.
- Não! – suplicou o loiro, desesperado. – Gina, eu te amo! Você sabe disso!
- Não, Malfoy, não sei – respondeu, as lágrimas agora correndo livremente pelos seus olhos. – Pensei que soubesse, mas não sei. Pensei que te conhecesse, mas não te conheço. Não me venha com essa ladainha, porque não quero ouvir! SOME DA MINHA VIDA! – berrou, se soltando dele e saindo correndo em direção ao castelo.
Ela mal podia ver o que estava à sua frente. As lágrimas haviam tomado conta de seus olhos e de seu coração.
Ela corria desolada, para onde seus pés a levassem. Quando chegou à frente do quadro da mulher gorda, disse a senha aos soluços e, não respondendo às perguntas preocupadas da mulher, correu em direção ao dormitório feminino do 6º ano da Grifinória e se trancou no banheiro.
Chorou a noite toda, e quando não tinha mais lágrimas para chorar, levantou-se e foi para sua cama o mais silenciosamente possível. Todas as outras garotas já estavam dormindo. Assim que se deitou, lembranças de momentos com Draco vieram à sua mente e ela tornou a chorar. Por que é que ele havia feito aquilo?A garota que ele estava beijando era a sua melhor amiga! Como podiam ter feito aquilo com ela?!
Mas logo adormeceu, as lágrimas começando a secar por fora, mas por dentro, não parariam tão cedo./i
Ela se lembrava desse dia perfeitamente. Lembrava-se do que vira. Do que se sentira. Do que sofrera.
Lembrava-se de como tinha pensado que sua vida acabara. De como até havia pensado em se suicidar. Mas é claro que ela nunca teria feito isso.
E agora, nesse banheiro, lembrava-se de onde tirara forças para aceitar aquela missão. Agora poderia mostrar-lhe que ela não era mais tão ingênua. E iria fazê-lo sofrer.
Pensando nisso, enxugou suas lágrimas. Levantou-se, e em minutos, já estava dentro da luxuosa banheira, cheia de óleos de banho relaxantes.
i No outro dia acordara com uma de suas amigas a chocalhando. Gina abriu lentamente os olhos.
- Hei, Gina, acorda garota! Falei com a Nádia e ela me contou o que aconteceu. Você está bem?
Gina fitou a amiga. Então as lembranças da noite passada voltaram com tudo à sua mente, e ela voltou a chorar.
Contou tudo à amiga, que no final a abraçou.
- Não fique assim. Eu sempre soube que o Malfoy era um mau-caráter, mas a Nadia... – e fez uma expressão indignada.
- Eu não sei o que faço! Não sei em quem confiar!
- Confie em mim! O Malfoy e a Nadia não te merecem. Você é um amor de pessoa e todos gostam de você! Ela tem inveja.
Gina assentiu com a cabeça.
Após tomar um banho e pôr outra roupa, visto que havia dormido com o vestido do baile, a ruiva desceu para a sala comunal.
Harry, Rony e Hermione estavam sentados conversando. Até que Harry a viu e foi até ela.
- Você está bem? Soubemos do que houve.
- Estou – respondeu sem emoção.
Harry inesperadamente a abraçou.
- O Malfoy não presta, Gina. Você merece coisa melhor – ele sussurrou em seu ouvido.
E a soltou. Ela deu um leve sorriso, que não atingiu seus olhos ainda brilhantes, segurando as lágrimas.
- Vamos tomar o café da manhã – ele sugeriu, puxando-a pelo braço. /i
Harry havia sido realmente muito legal com ela desde que a notara, apesar de ter demorado a fazê-lo.
Quando ela começara a namorar Draco, ele fora o primeiro a descobrir. Ficara furioso, mas a apoiara e às vezes até a havia ajudado a se encontrar com o loiro às escondidas.
Ela teria conversado com ele, e talvez, por que não, o perdoado. Ela pensava que todos mereciam uma segunda chance.
i Gina estava no Expresso de Hogwarts, voltando para casa, para passar as férias de verão.
Estava numa cabine com Rony, Harry e Mione quando Nadia entrou no vagão.
- Gina, eu preciso falar com você.
A ruiva hesitou. Mas então se levantou murmurando um "Já volto" aos presentes e seguiu a ex-amiga. Queria ouvir o que ela tinha a dizer.
Assim que chegaram em outra cabine vazia, a garota virou-se para ela.
- Olha Gina, eu não vou te pedir desculpas porque eu sempre fui apaixonada pelo Draco, e quando você começou a namorá-lo eu chorava toda a noite – Gina fez menção de interrompê-la, mas ela levantou a mão pedindo silêncio e prosseguiu. – Ontem, quando eu vi o Draco sozinho no jardim, não pude resistir e fui falar com ele. Ele disse que você estava dançando com Harry. Estava muito irritado. Então eu deixei meu coração falar e menti dizendo que tinha te visto beijando o Harry. Ele ficou furioso! E eu não podia deixar essa chance escapar, então o beijei. Ele até tentou resistir, mas acabou cedendo.
A garota respirou fundo para tomar fôlego.
- Por que é que está me dizendo isso? – perguntou Gina, uma lágrima teimosa escapando pelos seus olhos, que ela impacientemente limpou.
- Me arrependi. Sei que você o ama, e ele também gosta muito de você. Apesar de eu amá-lo também, é você a escolhida.Te aconselho a ir falar com ele. Ele deve estar muito arrependido – disse, com uma expressão magoada na face.
Sem dizer mais nada, Gina virou-se e saiu correndo pelas cabines, procurando Draco.
Finalmente o encontrou com alguns de seus "amigos" e Pansy Parkinson agarrada em seu braço.
- Draco – chamou, a voz falhando.
Ele olhou para ela, só agora notando sua presença na cabine.
Seus olhos imediatamente se tornaram frios e sem expressão.
- O que você quer, Weasley? – perguntou com desprezo.
Ela engoliu em seco. Ele nunca a chamara de Weasley depois de se conhecerem melhor.
- Precisamos conversar.
- Não converso com meus inimigos, Weasley. Vá embora, Potter deve estar te esperando.
- Draco, por favor, venha conversar comigo.
- Podemos conversar aqui.
Gina fez uma expressão suplicante. Ele hesitou, olhando para o lado. Então se soltou rudemente de Pansy. Acompanhou-a até à próxima cabine, que estava vazia.
- Fale.
- Draco, eu falei com a Nadia e ela me disse o que aconteceu.
Ele soltou uma risada sarcástica.
- Então você confia mais na sua nobre amiguinha que mentiu para você todo esse tempo do que em mim, não é? Pois bem, não confie em mim. Eu não preciso de você!
Ela abriu a boca para falar alguma coisa, mas ele não a deixou falar, prosseguindo com seus insultos.
- Agora quem não quer ouvir sou eu, Weasley. Não era para eu sumir da sua vida? Então suma da minha também.
Gina deu um passo para trás, não acreditando no que ouvia.
- Está bem, eu sumo, Malfoy – disse, quase num sussurro. – Mas saiba que eu não beijei o Harry. Eu sempre resisti às investidas dele. Porque eu sempre pensava em você. Eu não podia te trair, porque eu te amava! Enquanto você, na primeira oportunidade BEIJOU MINHA MELHOR AMIGA! – agora ela berrava. – E mesmo te dando uma segunda chance, você diz que eu não confiei em você?! Você também não confiou em mim pensando que eu tinha beijado o Harry! EU NUNCA TE TRAIRIA!
Ele ficou um tempo calado, baixando a cabeça. Parecia considerar uma resposta. Quando ele a olhou, Gina teve certeza que ele iria se desculpar e tudo voltaria ao normal. Mas estava redondamente enganada.
- Eu não quero saber, Weasley. Vá embora.
Ela ficou pasma por um instante. Até que balançou a cabeça negativamente, olhando-o magoada.
- Se é assim que você quer...
- É exatamente assim que eu quero.
Lançando-lhe um último olhar magoado, ela virou-se e pôs-se a correr novamente. Lágrimas saiam por seus olhos, mas ela não se preocupou em limpá-las./i
Gina suspirou, afundando a cabeça na água e voltando à superfície logo depois.
Ela nunca entendera esta última atitude de Draco. À noite ele implorava para ela o perdoar, e no dia seguinte terminou com ela definitivamente.
Depois daquele dia ela nunca mais o havia visto de novo. Até agora. É claro que havia ouvido falar muito dele, inclusive que ele pusera o próprio pai em Azkaban, mas nunca tivera coragem de vê-lo outra vez.
O último ano de Gina em Hogwarts havia sido, na opinião dela, um dos piores. O único pior havia sido o seu 1º ano, em que Tom Riddle a usara para abrir a Câmara Secreta.
***
Assim que ouviu a porta do banheiro batendo, Draco se jogou na cama. "Droga!", pensou. Aquilo não seria nada fácil. Ele pensara que não sentia mais nada por Gina, mas quando a vira entrando naquela sala, soubera na mesma hora que nunca deixaria de amá-la. Aquele cabelo vermelho simplesmente o fascinava. Ela o fascinava.
Fechou os olhos pensando em quando estiveram juntos, em quando podia beijá-la e tocá-la o quanto quisesse. Como sentia falta daquela época!
i Ela estava atrasada! Como podia se atrasar numa data tão importante?! Ele levantou-se e pôs-se a andar de um lado para o outro.
- Nossa! Tudo isso é nervosismo? – perguntou uma voz suave vinda da porta.
Ele virou-se, pronto para lhe dar uma bronca, mas assim que a viu, desarmou-se completamente.
Ela estava linda! Estava com uma saia jeans que ia até o meio das coxas e com uma blusa rosa de alcinhas. Seus cabelos estavam presos numa trança, com algumas mexas caindo sobre o rosto. Tinha um sorriso encantador na face.
Draco também sorriu.
- Oi! – disse, aproximando-se dela e lhe dando um beijo apaixonado na boca.
- Oi – ela saudou. Então, abraçou-o – Nem acredito que já faz um ano que estamos juntos, meu amor.
- Nem eu, Gina, nem eu...
Ele soltou-se do abraço e levou a mão ao bolso, tirando dele uma elegante caixinha verde musgo e entregando-a à ruiva.
- Para você.
Ela abriu a caixa delicadamente. Assim que a abriu, seus olhos se arregalaram.
- Draco! Isto é...
- Um colar de brilhantes? É – disse indiferente. Pegou o colar de dentro da caixinha, virou a garota de costas e colocou a trança de lado. Cuidadosamente, pôs o colar no pescoço de Gina.
Ela virou-se e sorriu. Beijaram-se demoradamente. Gina passou seus braços em torno do pescoço de Draco, e este pôs suas mãos em sua cintura, apertando-a contra si.
Depois de alguns minutos se beijando, Draco parou para tomar fôlego e conjurar uma cama. E voltou a beijá-la, deitando-a levemente.
Logo ele desceu os lábios para o pescoço da garota, colocando uma das mãos em sua coxa.
- Draco... – ela chamou num sussurro.
O loiro parou o que estava fazendo e olhou-a nos olhos.
- O quê? – perguntou ofegante.
Ela parecia constrangida.
- É que eu... eu nunca... você sabe...
- Sim, eu sei – disse sorrindo. – Se você não quiser, tudo bem.
Gina olhou bem fundo nos olhos dele por um instante.
- Eu quero... – disse finalmente.
Draco sorriu e deu-lhe um beijo apaixonado.
Suas mãos correram até os ombros de Gina e baixaram cuidadosamente as alças da blusa.
E então aconteceu. Sua primeira vez.
Gina havia sido realmente especial para ele. Ela era diferente de Pansy Parkinson e das garotas da Sonserina, com quem ele já havia tido alguma coisa.
Algum tempo depois, Draco deitou-se a seu lado, ofegante.
Gina apoiou sua cabeça no peito do garoto.
- Eu te amo, sabia? – sussurrou, com os olhos fechados, sorrindo.
Draco pôs-se a afagar-lhe os cabelos.
- Eu também te amo.
O sorriso de Gina se alargou. Ela apertou mais Draco contra si.
Aquela havia sido a primeira vez que Draco havia dito que a amava./i
Tinha sido terrível para ele ver aqueles lindos olhos castanhos o olhando aterrorizada naquela noite do baile. Ele se sentira a pior das criaturas. Mas depois que ela saira correndo e ele fora para seu quarto na Sonserina, havia ficado horas e horas pensando que seria melhor mesmo terminar com Gina.
Seu pai já sabia de seu namoro com a ruiva naquela época, mas Draco não sabia o que ele achava da situação. Certamente não ficara nada feliz,e ele descobrira estar certo pouco depois. Lembrava-se que tinha pensado que iria esquecê-la. Que teria que esquecê-la. Mas não conseguira. Cinco anos haviam passado e ele ainda a amava.
E pensando nisso, adormeceu.
***
Gina saiu da banheira e vestiu um roupão branco que estava em uma das gavetas da pia e enxugou seu cabelo com uma toalha.
Após pôr seus chinelos, saiu do banheiro. Mas assim que chegou à porta do quarto, parou.
Draco estava dormindo. Cautelosamente, ela andou até ao lado da cama e pôs-se a fitá-lo.
Seus cabelos loiros platinados caíam sobre sua face, que estava serena e angelical.
Ele parecia um anjo dormindo.
Gina sorriu.
- Até que enfim saiu do banheiro – ele disse inesperadamente, abrindo os olhos logo depois.
Gina deu um pulo e olhou-o surpresa e irritada.
- Você não estava dormindo? – perguntou, cruzando os braços.
- Estava – ele disse, sentando-se na cama. – Mas você me acordou.
- Oh, me desculpe, sua majestade! – ela resmungou com ironia.
Ele sorriu. "Tinha me esquecido de como ele fica lindo sorrindo desse jeito", ela pensou. Então foi até à sala e pegou uma de suas malas, levando-a para o quarto, colocando-a na cama e abrindo as trancas.
- Agora dá para me dar licença? – pediu.
Draco levantou-se e foi para o banheiro. Gina ouviu o barulhinho da tranca sendo ativada.
N/A: Desculpas pela demora, eu queria ter postado no fim de semana, mas devido a problemas técnicos não deu.
Por favor, eu imploro, mandem reviews!!!!!!
E muito obrigada a quem mandou!
