A LAGOA – Capítulo 6

AUTHOR: Lady K. Roxton

COMMENTS & THANKS: Towanda, eu sei q vc AMA minhas fics, só q infelizmente (p/ vc rs...) elas saum geralmente sobre R&M. Não se preocupe, em breve vc terá o seu momento, ok?

Oi maninha! Tomorrendo de saudade... Qdo vc volta????

Tata, sem golpe, ok? Os capítulos taum imensos. Eu até ia soltar o final agora, mas como ficou mto grande, vou enrolar mais um pouquinho rs... Se ficou vermelha lendo esse cap, imagina o próximo (aguarde hahaha).

Rosa, num vem cum essa de brochar as review q eu brocho nos cap e aí vc vai ter q se explicar com as FD rs... (vou pôr lenha na fogueira p/ te assar rs...)

Camilla, vou repetir o q disse p/ Tata: num tem nada de cap curto aki naum, tah? Rs... sem golpe, ok?

Obrigada a todos q estão lendo esta fic, mas q tal agora deixar review?????

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Capítulo 6

"Desde que o pensamento humano teve o seu nascimento e que o homem começou a lançar ao mundo sua cristalização, sob a forma de livros, tem-se estudado a mulher. Uns colocaram-na sob o microscópio dos desejos e só viam nela um objeto de prazer. Outros, estudando-a de maior distância, lhe atribuíam somente a fragilidade e a submissão. Porém, existem na mulher segredos que os homens jamais puderam decifrar. Quem mais de perto conheceu a mulher é o poeta árabe, que disse: 'Se a corromperes será o demônio. Se a corrigires será teu anjo guardião.' "

(Jorge E. Adoum, In: Adonai)

Depois de muito esforço, fazendo com que Roxton cheirasse um pouco de álcool embebido num lenço, o caçador foi aos poucos voltando a si. Challenger e Malone o levantaram, enquanto Verônica ia na frente verificando se não havia guardas. Felizmente, tudo estava calmo.

"Marguerite... não podemos deixá-la... eu não vou sem ela..." Roxton dizia ainda tonto.

"Não poderemos ajudá-la se nos pegarem, meu velho" tranqüilizou-o Challenger.

"Não vamos conseguir sair antes do amanhecer, vão acabar nos descobrindo. Acho que devemos nos esconder em algum lugar e traçar um plano" concluiu Verônica.

Roxton lembrou-se de um quarto o qual ninguém nunca entrava e indicou o caminho. Apesar de estar trancado, Malone usou de suas "habilidades de escoteiro" e o abriu. Verônica pegou seus fósforos e foi tateando as paredes até encontrar uma tocha. Luzes acesas, a surpresa foi geral: havia muitos tesouros, estátuas em ouro, baús transbordando de moedas, jóias e pedras preciosas. Parecia ser toda a riqueza do palácio.

O caçador sentiu-se no chão, ainda fraco, apoiando suas costas em um dos baús. Os outros foram analisar melhor os tesouros.

"Olhem isso!" Malone tinha nas mãos um livro feito de ouro maciço. Em sua capa, o desenho de uma rosa. "O que será que essa rosa significa?"

Roxton contou o que acontecera nos últimos dias. Challenger acreditava que poderia haver alguma resposta naquele livro e começou a examiná-lo, pois tinha alguns conhecimentos em hieróglifos.

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Enquanto isso, em seu quarto, Marguerite pensava no que havia acontecido entre ela e Roxton, e começava a se perguntar se Seti teria coragem de aplicar em sua própria esposa o ritual da rosa negra. E se tivesse feito isso, então ela não era quem ele disse que era, mas sim quem Roxton dizia. Antes estava segura de amar o marido, mas como um beijo a fez mudar de idéia tão rápido?

Começava a acreditar que o escravo, enfim, não mentira. "Oh meu Deus, o que está havendo?!"

Um ruído na porta a interrompeu: era Seti entrando.

"Parece distante, minha Nefer" ele disse enquanto a envolvia com seus braços e buscava sua boca, mas ela o afastou suavemente e lhe virou o rosto. "Não tenho nada. Onde está o escravo? Desde ontem não o vejo."

"O escravo tentou fugir e agora está na prisão. Você tinha razão, ele não serve mesmo para ser um medjai."

"O que vai acontecer com ele?"

"Não está demonstrando interesse demais com um mero escravo? Temos outras preocupações agora. As aberrações da natureza voltaram a nos atacar, são muitos. Talvez seja necessário fugir" ele disse saindo com um olhar rancoroso. Sabia que os beijos de Roxton a deixaram inquieta e que não tardaria a se rebelar contra ele, mesmo que não se lembrasse quem realmente era. Porém, no momento, Seti tinha outras preocupações: a invasão das "aberrações da natureza", como ele chamava seus piores inimigos: os homens lagarto.

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"Mas que fascinante! Essa variação genética raríssima de rosa possui uma neurotoxina que atua no cérebro como se fosse..."

"Challenger, não temos tempo para uma palestra! Onde está o antídoto para Marguerite?" Roxton interrompeu o falatório científico.

"Calma, ainda estou procurando... mas o que é isso... parece que está aqui a solução!"

"Pois então fale de uma vez!" apressou-o Malone.

"O único antídoto conhecido é um tipo de trevo de quatro folhas, que também é uma variação genética muito rara e que necessita das condições adequadas para viver e diz aqui que suas capacidades medicinais ainda se aplicam..."

Um clarão cruzou a mente de Roxton. É claro! Conhecia muito bem esses trevos, eles eram as "ervas daninhas" que cresciam no jardim das rosas negras. Se a flor era rara, seu antídoto deveria ser mais ainda. Não era à toa que não o deixassem crescer, em mãos inimigas, tiraria do efeito da droga e isso não era conveniente a Seti.

Com o livro em mãos, foram cautelosamente até os aposentos de Marguerite. Nos corredores, havia guardas indo para todos os lados, apressados. Os exploradores não foram reconhecidos também porque ainda estavam disfarçados e, na verdade, a maior preocupação dos medjai era o ataque dos homens lagarto.

"Nunca pensei que ficaria tão contente com a sede de poder de Tribuno" Roxton pensou consigo mesmo.

Roxton, meio a contra gosto, já havia se acostumado com a falta de roupas de Nefertite Marguerite, mas para os outros foi uma grande surpresa encontrá-la vestindo um biquíni egípcio, enfeitada com colares, pulseiras, anéis, tornozeleiras, além do cabelo liso e os olhos pintados como de uma autêntica egípcia. A herdeira estava segurando a máscara que usara no outro dia e os punhais sagrados; parecia preparada para a batalha.

Enquanto os outros ficaram olhando para a estranha e nova Marguerite, Roxton foi logo quebrando o gelo: "Onde pensa que vai assim? Nós temos que te salvar!"

"Não tenho que dar explicações a um escravo fugitivo, aliás, você não deveria estar preso?"

"Não tentei fugir, não sem você, foi tudo um plano de Seti. Agora não temos tempo para contar historinhas, vamos para o jardim, temos que te dar o antídoto" foi dizendo enquanto a conduzia pelo braço, mas ela se afastou furiosa.

"Eu estou salva! Quantas vezes vou ter que dizer que não conheço você e que..." ela nem pôde terminar, Verônica havia quebrado um vaso na cabeça de Marguerite, fazendo-a desmaiar.

"Por que você fez isso? Ficou louca?" Roxton perguntou furioso.

"Alguém tinha que assumir o controle!" ela respondeu. "Mas e agora?"

O caçador sabia perfeitamente o caminho e os levou para o jardim secreto. Challenger ficou fascinado, já queria estudar a planta e ainda levar uma muda para casa, ao que Verônica o impediu: "Essa flor maldita deve ser destruída para que não cause dano a mais ninguém."

Amassaram flores e folhas para extrair o suco e em seguida misturaram com a água da fonte, tal como dizia no livro. Não demorou muito e a herdeira começou a arder de febre e suas pupilas ficaram totalmente dilatadas. Segundo Challenger, era o efeito esperado, porém isso não foi o suficiente para acalmar Roxton, que poderia tirar o peso de seu peito quando tivesse de volta a sua Marguerite.

A herdeira demorou em sair das trevas, como dizia o livro. Abriu os olhos devagar e se perguntava o que seus amigos estavam fazendo ao seu redor. Challenger, não perdendo o costume, levantou as pálpebras dela, verificando as pupilas e foi tirar-lhe o pulso, que ela puxou bruscamente. "Podem me explicar o que está acontecendo? Como dói minha cabeça! Challenger, se você fez alguma experiência comigo eu vou avisando..."

"Ela voltou!" todos gritaram de uma vez, contentes.

Roxton começou a perguntar se ela se lembrava de Seti, da lagoa, de ser Neferititi e aos poucos foi se lembrando do que aconteceu.

Sem poder perder mais tempo, encheram o jardim de pólvora e fizeram um rastro para que pudessem explodir tudo. Voltando ao quarto, estava prestes a pôr fogo no estopim quando Seti entrou e deparou-se com o grupo de invasores.

"Nefer! O que estão fazendo com minha Nefer? Vocês não irão levá-la!"

"Já estou bem grandinha para decidir por mim mesma. Deixe-nos ir e pensaremos em não mata-lo" foi a resposta da herdeira.

"Maldito!" ele praguejou contra Roxton e ia jogar a lança que tinha em mãos direto para o peito do caçador, não fosse Marguerite que instantaneamente lembrou-se dos punhais sagrados que tinha escondidos na parte de trás do biquíni e acertou os dois no coração de Seti, fazendo-o cair já quase sem vida.

"Nefer... eu teria te dado tudo que um homem pode dar a uma mulher!"

"Acho que não... sou muito exigente!" ela disse irônica e todos saíram apressados, não sem antes mandar pelos ares o jardim de rosas negras.

Pelos corredores, não encontraram ninguém. Do lado de fora, ouvia-se comandos militares: os medjais estavam rendidos ao exército dos lagartos, liderados, nada mais, nada menos, que por Tribuno.

"Ora, ora, meus humanos preferidos por aqui! Não me digam que estavam praticando alguma boa ação aqui também?"

"Na verdade, Roxton e Marguerite eram prisioneiros e nós viemos salva-los."

"Marguerite, prisioneira? Com essas roupas e com essas jóias? Marguerite, minha querida, por que não consigo deixar de pensar que você não era prisioneira?"

"Até mesmo uma prisioneira precisa se vestir com estilo, Tribuno."

"Entendo. Mas não posso negar que você está incrivelmente... deliciosa, com essas poucas roupas" o lagarto disse sedutoramente, fazendo Roxton se aproximar mais de Marguerite e a encarar seu "rival" como um macho lutando por sua fêmea.

"Agora que meu débil inimigo foi subjugado, por que não me contam como vieram parar aqui? Claro que estas instalações não são adequadas a um lagarto da minha estirpe, entretanto deverei ficar por alguns dias até descobrir o que irei lucrar com a rendição de meu inimigo, se é que entendem. Vocês podem ficar como meus convidados."

"Seria ótimo descansar um pouco e toda essa aventura merece várias páginas do meu diário" Malone empolgou-se. Challenger e Verônica também aprovaram a sugestão.

"Não tenho mais nada que fazer aqui. Vocês podem ficar, mas estou voltando para a casa da árvore" o caçador disse secamente enquanto saía do lugar com passos apressados.

Verônica ia dizer algo, mas Marguerite foi mais rápida: "Fiquem tranqüilos, eu irei com ele."

"Lá se vai uma boa história!" o repórter lamentou-se.

CONTINUA...

Quer o final? Intaum pode ir apertando esse botãozinho lilás aí de baixo e deixando review, né?