DE VOLTA À CAPELA
CAPÍTULO 9 - MOTIVAÇÃO
No segundo dia de aula, Alex atravessou o estacionamento e viu Bud e outros dois garotos, também com uniformes do time de futebol, cercando um quarto garoto, pequeno e desengonçado, que carregava um pilha de livros. Naquele instante, ele descobriu o que ia fazer na hora do intervalo.
Enquanto mexia no seu armário, Alex viu Bud e os outros dois garotos que estavam com ele no estacionamento. Kelly, que passou por perto com outras garotas, apenas lhe lançou um rápido olhar, mas ignorou sua presença. Bud o encarava com firmeza e, acreditando que ele podia partir para cima a qualquer momento, viu um garoto parecido com o que os brutamontes do time de futebol pareciam perseguir no estacionamento. Passou pela sua frente, propositalmente, de modo a fazer com que os livros que carregava caíssem ao chão. Todos à volta começaram a rir, e Alex, sem ajuntar os livros do chão, começou a empurrar o garoto:
"Qual é, seu esquisitão?! Não olha por onde anda?"
"Desculpe!", exclamou ele, nervoso, percebendo que a discussão havia atraído a atenção de todos.
Alex viu de relance a reação de Bud e dos outros dois garotos que estavam com ele. Pareciam sorrir e aplaudir a situação, até que, mesmo com pena do garoto, sem hesitar, Alex o empurrou, fazendo-o cair ao chão. Todos olharam perplexos para ele, inclusive Bud e seu grupo, que quebraram o silêncio com risadas estridentes. Alex fingiu não se importar, pegou seus livros e foi para a sua próxima aula. Mas antes de entrar na sala, olhou para trás, lamentando ter usado aquele garoto. Viu que alguns estudantes o ajudaram a se levantar, e quando Bud e seus amigos passaram por perto, empurraram-no de volta, dizendo:
"É isso, aí, franguinho! Seu lugar é mesmo no chão!"
No final da aula, enquanto Alex se preparava para ir embora, guardando seus livros no armário, percebeu Bud e seus amigos se aproximarem.
"Olha, não quero confusão com vocês!", disse ele, levantando as mãos, como se estivesse se rendendo, enquanto os três o encaravam, parados à sua frente.
"Vimos o que você fez com aquele esquisito do Parker, na hora do intervalo", disse Bud.
Alex ergueu as sobrancelhas.
"Você é um dos nossos", disse o outro garoto, ao lado de Bud. "Queremos acabar com esses esquisitões".
Alex sorriu, e teve certeza de que havia encontrado os agressores de Clarence.
...
"Pelo jeito não foi só o zagueiro, mas o time inteiro de futebol que atacou o garoto Clarence", disse Hanson, após ouvir as informações de Alex, naquele final de tarde, à mesa de reuniões na capela.
"Mas ainda acho que pode ter mais gente envolvida, capitão", disse Lachance, referindo-se aos bilhetes ameaçadores que Carl Whitfield recebeu durante a aula.
"E tem mesmo", disse Lisa, saindo de um telefonema, numa mesa próxima. "O meu amigo do Departamento de Informática disse que conseguiu localizar a origem do e-mail. Veio de um computador da própria escola. Ele me deu o número de série do equipamento e, a julgar pelo dia em que foi enviado, foi numa aula de laboratório e, de acordo com o dia e horário, era uma aula em que Bud e seus amigos deviam estar treinando para o time de futebol".
Hanson ergueu as sobrancelhas, admirado.
"Então vamos ter que investigar as pessoas que estavam nessa aula", comentou ele, alisando o cavanhaque.
"Eu já tomei a liberdade para fazer isso", disse Lisa, surpreendendo cada vez mais a todos. "Os dois mais prováveis também estavam na aula da Sra. Clayton, quando Lachance viu Carl receber o bilhete de ameaça".
"E quem são eles?", perguntou Lachance.
"Na verdade, são elas", corrigiu Lisa. "Nicole Feldman e Patricia Blake", respondeu.
"Bom, acho que é hora de você entrar em cena e se aproximar dessas duas", disse Hanson, "enquanto isso, Mancini continua a se envolver com os garotos do time de futebol e Lachance", ponderou ele, encarando-o: "tente descobrir alguma coisa de Carl. Algo me diz que ele sabe quem matou o irmão e que revelar os nomes dos assassinos o está apavorando".
...
"Não estou curtindo muito esse lance de voltar a freqüentar a escola", disse Alex à Lisa e Daniel, enquanto bebiam uma cerveja num bar, no final do expediente daquela quarta-feira. Era o primeiro encontro social dos três, e eles ainda se sentiam um pouco desconfortáveis uns com os outros naquela primeira semana trabalhando juntos.
"Até que tem sido legal", disse Lachance, sorrindo, com o olhar perdido na direção da jukebox, que tocava Creedence. "Reviver a adolescência sem as responsabilidades inerentes à idade é uma experiência única".
"Vocês dois estão viajando, mesmo", disse Lisa, sorrindo, enquanto bebia um gole de cerveja. "Estamos trabalhando num caso. Não estamos aqui para reviver coisa alguma".
Alex sorriu.
"É que você ainda não entrou na jogada", disse ele, referindo-se ao fato de que Lisa só tinha trabalhado na parte investigativa externa, e que ainda não havia entrado com seu disfarce. "Vai ver quando tiver que andar com aquelas patricinhas".
Ela sorriu e tomou mais um gole de sua cerveja.
"A propósito, posso fazer uma pergunta pessoal?", indagou Alex.
Lachance e Lisa se entreolharam.
"O quê significa 'Sway'?", perguntou ele à Lisa.
"Ora, todo mundo sabe o quê significa", respondeu Lachance. "Significa influenciar, certo?"
Lisa sorriu.
"Como descobriu?", perguntou ela, enigmática.
Lachance, que não entendia coisa alguma da conversa, perguntou o quê estava acontecendo, e Alex explicou a ambos:
"É que ontem, quando a Lisa não estava, alguém telefonou na capela para falar com ela, perguntando por 'Sway'".
"Sway?", indagou Lachance. "Seu apelido é Sway?"
Lisa sorriu, balançando a cabeça.
"Não pelo significado, mas pelo sobrenome. Foi um trocadilho, de Swanson para Sway. Sei lá como meus amigos chegaram a isso, mas não é nada demais", esclareceu ela.
"Podemos chamá-la de Sway?", perguntou Lachance, sorrindo.
"Não na frente do capitão", respondeu ela.
"Falando em capitão, andei vasculhando o passado dele", disse Lachance, olhando com firmeza para os dois colegas, e com um pequeno sorriso de satisfação no canto dos lábios, como se se orgulhasse do quê fez. "E sabem o quê eu descobri? Ele já trabalhou antes num projeto similar a esse, na própria capela abandonado em que hoje estamos instalados".
"Não acho certo ficar investigando a vida dos colegas de trabalho", disse Lisa, sem esconder sa indignação.
"Ah, qual é? É legal", disse Alex, entusiasmado. "O quê mais descobriu?"
"Que ele só ficou três anos no projeto e que depois foi para Nova York", respondeu Lachance.
Lisa, que pareca incomodada com as revelações, levantou-se para pegar um maço de cigarros no balcão, enquanto os dois continuavam a conversa, indiferentes à ela:
"Há uns cinco anos atrás, ele foi baleado, e ao contrário do que nos disse, ganhou, sim, uma medalha por bravura, por tentar impedir um assalto e ser ferido gravemente", continuou Lachance.
"Será que ele tem vergonha dessa medalha?", perguntou Alex, dedutivo.
"Vocês não tem mais o que fazer?", perguntou Lisa, voltando com o maço de cigarros e acendendo um.
"O quê foi Sway? Não quer saber quem é o seu chefe?", perguntou Lachance, sarcástico.
"Não", respondeu ela, friamente.
Alex sorriu.
"Você é bem estranha", disse ele.
"Por que eu não fico comentando do modo como o nosso capitão se veste, ou o quê ele fazia antes de trabalharmos com ele?", perguntou ela. "Se for por isso, então sou mesmo estranha".
"Não precisa se zangar", disse Lachance, disposto a parar de falar as coisas que havia descoberto sobre Hanson. "Além do mais, ele mesmo disse que podíamos descobrir coisas sobre ele se quiséssemos".
"Foi um voto de confiança", explicou ela. "Sabe, ele deve ter achado que, assim como ele confiava em nós, não vasculhando nossas vidas à fundo, poderíamos fazer o mesmo".
"Mas isso é de se pensar, não é mesmo?", indagou Alex. "Quero dizer, se ele dá a entender que confia em nós, e que espera o mesmo da nossa parte, o quê quer dizer com isso? Será que ele tem algum segredo?", perguntou, olhando para Lachance, esperando que ele tivesse descoberto alguma coisa nesse sentido.
"Não sei", respondeu ele. "Tudo pareceu bem normal na ficha dele, exceto por esse episódio que eu contei, sobre a medalha que ele recebeu, mentindo no primeiro dia".
"Acho que vou indo embora", disse Lisa, subitamente, vestindo o casaco.
"Quer uma carona?", perguntou Alex, sabendo que o carro dela estava no conserto.
"Não", respondeu ela, "quero mesmo caminhar um pouco".
"Posso caminhar com você", disse ele, sob o olhar curioso e insinuante de Lachance. "Claro, depois eu volto para pegar meu carro", explicou.
"Eu moro longe", disse ela, levantando-se.
"Não faz mal", insistiu ele.
"Gosto de caminhar sozinha", finalizou ela, colocando sobre a mesa o dinheiro referente à sua parte na conta.
"Garota nervosa, não acha?", perguntou Lachance, depois que Lisa foi embora.
"Intrigante", completou Alex, pensando, também, no quanto a achava bonita.
Continua...
CAPÍTULO 9 - MOTIVAÇÃO
No segundo dia de aula, Alex atravessou o estacionamento e viu Bud e outros dois garotos, também com uniformes do time de futebol, cercando um quarto garoto, pequeno e desengonçado, que carregava um pilha de livros. Naquele instante, ele descobriu o que ia fazer na hora do intervalo.
Enquanto mexia no seu armário, Alex viu Bud e os outros dois garotos que estavam com ele no estacionamento. Kelly, que passou por perto com outras garotas, apenas lhe lançou um rápido olhar, mas ignorou sua presença. Bud o encarava com firmeza e, acreditando que ele podia partir para cima a qualquer momento, viu um garoto parecido com o que os brutamontes do time de futebol pareciam perseguir no estacionamento. Passou pela sua frente, propositalmente, de modo a fazer com que os livros que carregava caíssem ao chão. Todos à volta começaram a rir, e Alex, sem ajuntar os livros do chão, começou a empurrar o garoto:
"Qual é, seu esquisitão?! Não olha por onde anda?"
"Desculpe!", exclamou ele, nervoso, percebendo que a discussão havia atraído a atenção de todos.
Alex viu de relance a reação de Bud e dos outros dois garotos que estavam com ele. Pareciam sorrir e aplaudir a situação, até que, mesmo com pena do garoto, sem hesitar, Alex o empurrou, fazendo-o cair ao chão. Todos olharam perplexos para ele, inclusive Bud e seu grupo, que quebraram o silêncio com risadas estridentes. Alex fingiu não se importar, pegou seus livros e foi para a sua próxima aula. Mas antes de entrar na sala, olhou para trás, lamentando ter usado aquele garoto. Viu que alguns estudantes o ajudaram a se levantar, e quando Bud e seus amigos passaram por perto, empurraram-no de volta, dizendo:
"É isso, aí, franguinho! Seu lugar é mesmo no chão!"
No final da aula, enquanto Alex se preparava para ir embora, guardando seus livros no armário, percebeu Bud e seus amigos se aproximarem.
"Olha, não quero confusão com vocês!", disse ele, levantando as mãos, como se estivesse se rendendo, enquanto os três o encaravam, parados à sua frente.
"Vimos o que você fez com aquele esquisito do Parker, na hora do intervalo", disse Bud.
Alex ergueu as sobrancelhas.
"Você é um dos nossos", disse o outro garoto, ao lado de Bud. "Queremos acabar com esses esquisitões".
Alex sorriu, e teve certeza de que havia encontrado os agressores de Clarence.
...
"Pelo jeito não foi só o zagueiro, mas o time inteiro de futebol que atacou o garoto Clarence", disse Hanson, após ouvir as informações de Alex, naquele final de tarde, à mesa de reuniões na capela.
"Mas ainda acho que pode ter mais gente envolvida, capitão", disse Lachance, referindo-se aos bilhetes ameaçadores que Carl Whitfield recebeu durante a aula.
"E tem mesmo", disse Lisa, saindo de um telefonema, numa mesa próxima. "O meu amigo do Departamento de Informática disse que conseguiu localizar a origem do e-mail. Veio de um computador da própria escola. Ele me deu o número de série do equipamento e, a julgar pelo dia em que foi enviado, foi numa aula de laboratório e, de acordo com o dia e horário, era uma aula em que Bud e seus amigos deviam estar treinando para o time de futebol".
Hanson ergueu as sobrancelhas, admirado.
"Então vamos ter que investigar as pessoas que estavam nessa aula", comentou ele, alisando o cavanhaque.
"Eu já tomei a liberdade para fazer isso", disse Lisa, surpreendendo cada vez mais a todos. "Os dois mais prováveis também estavam na aula da Sra. Clayton, quando Lachance viu Carl receber o bilhete de ameaça".
"E quem são eles?", perguntou Lachance.
"Na verdade, são elas", corrigiu Lisa. "Nicole Feldman e Patricia Blake", respondeu.
"Bom, acho que é hora de você entrar em cena e se aproximar dessas duas", disse Hanson, "enquanto isso, Mancini continua a se envolver com os garotos do time de futebol e Lachance", ponderou ele, encarando-o: "tente descobrir alguma coisa de Carl. Algo me diz que ele sabe quem matou o irmão e que revelar os nomes dos assassinos o está apavorando".
...
"Não estou curtindo muito esse lance de voltar a freqüentar a escola", disse Alex à Lisa e Daniel, enquanto bebiam uma cerveja num bar, no final do expediente daquela quarta-feira. Era o primeiro encontro social dos três, e eles ainda se sentiam um pouco desconfortáveis uns com os outros naquela primeira semana trabalhando juntos.
"Até que tem sido legal", disse Lachance, sorrindo, com o olhar perdido na direção da jukebox, que tocava Creedence. "Reviver a adolescência sem as responsabilidades inerentes à idade é uma experiência única".
"Vocês dois estão viajando, mesmo", disse Lisa, sorrindo, enquanto bebia um gole de cerveja. "Estamos trabalhando num caso. Não estamos aqui para reviver coisa alguma".
Alex sorriu.
"É que você ainda não entrou na jogada", disse ele, referindo-se ao fato de que Lisa só tinha trabalhado na parte investigativa externa, e que ainda não havia entrado com seu disfarce. "Vai ver quando tiver que andar com aquelas patricinhas".
Ela sorriu e tomou mais um gole de sua cerveja.
"A propósito, posso fazer uma pergunta pessoal?", indagou Alex.
Lachance e Lisa se entreolharam.
"O quê significa 'Sway'?", perguntou ele à Lisa.
"Ora, todo mundo sabe o quê significa", respondeu Lachance. "Significa influenciar, certo?"
Lisa sorriu.
"Como descobriu?", perguntou ela, enigmática.
Lachance, que não entendia coisa alguma da conversa, perguntou o quê estava acontecendo, e Alex explicou a ambos:
"É que ontem, quando a Lisa não estava, alguém telefonou na capela para falar com ela, perguntando por 'Sway'".
"Sway?", indagou Lachance. "Seu apelido é Sway?"
Lisa sorriu, balançando a cabeça.
"Não pelo significado, mas pelo sobrenome. Foi um trocadilho, de Swanson para Sway. Sei lá como meus amigos chegaram a isso, mas não é nada demais", esclareceu ela.
"Podemos chamá-la de Sway?", perguntou Lachance, sorrindo.
"Não na frente do capitão", respondeu ela.
"Falando em capitão, andei vasculhando o passado dele", disse Lachance, olhando com firmeza para os dois colegas, e com um pequeno sorriso de satisfação no canto dos lábios, como se se orgulhasse do quê fez. "E sabem o quê eu descobri? Ele já trabalhou antes num projeto similar a esse, na própria capela abandonado em que hoje estamos instalados".
"Não acho certo ficar investigando a vida dos colegas de trabalho", disse Lisa, sem esconder sa indignação.
"Ah, qual é? É legal", disse Alex, entusiasmado. "O quê mais descobriu?"
"Que ele só ficou três anos no projeto e que depois foi para Nova York", respondeu Lachance.
Lisa, que pareca incomodada com as revelações, levantou-se para pegar um maço de cigarros no balcão, enquanto os dois continuavam a conversa, indiferentes à ela:
"Há uns cinco anos atrás, ele foi baleado, e ao contrário do que nos disse, ganhou, sim, uma medalha por bravura, por tentar impedir um assalto e ser ferido gravemente", continuou Lachance.
"Será que ele tem vergonha dessa medalha?", perguntou Alex, dedutivo.
"Vocês não tem mais o que fazer?", perguntou Lisa, voltando com o maço de cigarros e acendendo um.
"O quê foi Sway? Não quer saber quem é o seu chefe?", perguntou Lachance, sarcástico.
"Não", respondeu ela, friamente.
Alex sorriu.
"Você é bem estranha", disse ele.
"Por que eu não fico comentando do modo como o nosso capitão se veste, ou o quê ele fazia antes de trabalharmos com ele?", perguntou ela. "Se for por isso, então sou mesmo estranha".
"Não precisa se zangar", disse Lachance, disposto a parar de falar as coisas que havia descoberto sobre Hanson. "Além do mais, ele mesmo disse que podíamos descobrir coisas sobre ele se quiséssemos".
"Foi um voto de confiança", explicou ela. "Sabe, ele deve ter achado que, assim como ele confiava em nós, não vasculhando nossas vidas à fundo, poderíamos fazer o mesmo".
"Mas isso é de se pensar, não é mesmo?", indagou Alex. "Quero dizer, se ele dá a entender que confia em nós, e que espera o mesmo da nossa parte, o quê quer dizer com isso? Será que ele tem algum segredo?", perguntou, olhando para Lachance, esperando que ele tivesse descoberto alguma coisa nesse sentido.
"Não sei", respondeu ele. "Tudo pareceu bem normal na ficha dele, exceto por esse episódio que eu contei, sobre a medalha que ele recebeu, mentindo no primeiro dia".
"Acho que vou indo embora", disse Lisa, subitamente, vestindo o casaco.
"Quer uma carona?", perguntou Alex, sabendo que o carro dela estava no conserto.
"Não", respondeu ela, "quero mesmo caminhar um pouco".
"Posso caminhar com você", disse ele, sob o olhar curioso e insinuante de Lachance. "Claro, depois eu volto para pegar meu carro", explicou.
"Eu moro longe", disse ela, levantando-se.
"Não faz mal", insistiu ele.
"Gosto de caminhar sozinha", finalizou ela, colocando sobre a mesa o dinheiro referente à sua parte na conta.
"Garota nervosa, não acha?", perguntou Lachance, depois que Lisa foi embora.
"Intrigante", completou Alex, pensando, também, no quanto a achava bonita.
Continua...
